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Prova Didática – Edital Nº 04/2014

Área do concurso: Gestão e Administração em Saúde Coletiva


Subárea: Tecnologia, Gestão e Financiamento em Saúde Coletiva

Candidata: Michelly Geórgia da Silva Marinho

Vitória de Santo Antão - Maio de 2014 1


 Contextualização do Financiamento da Saúde;

 Inovações da Constituição de 1988 para a Saúde;

 Percalços do Financiamento Público da Saúde;

 Emenda Constitucional 29 (EC 29);

 Regulamentação da EC 29 - Lei Complementar


141/2012

 Considerações
2
 Compreender os mecanismos do financiamento da
saúde pública à luz da Emenda Constitucional 29;

 Conhecer os percentuais mínimos para aplicação


de recursos na saúde nas três esferas de governo;

 Identificar as fontes de recursos para o SUS;

 Identificar os avanços para o financiamento da


saúde com a aprovação da EC 29 e com sua
regulamentação (Lei Complementar nº141/2012)

3
◦ 7ª Economia Mundial – 72º gasto Público per capita em
saúde
◦ 2010 - Média mundial gasto per capita por ano US$ 571
 Brasil - US$ 348/ano

◦ Gastos em saúde equivalente a 8,4% do PIB (público +


privado) – participação privada corresponde a 58, 4% do
total.
◦ Países com sistemas Universais – 8% PIB – mais de 70%
participação PÚBLICA

Organização Mundial de Saúde, 2010 4


PER CAPITA % DO GASTO
PAÍSES % DO PIB PÚBLICO US$ PÚBLICO
Austrália 8,9 2.266 67,5
Brasil 8,4 348 41,6
Canadá 10,1 2.730 70
Cuba 10,4 875 95,5
Reino Unido 8,4 2.446 81,7
Suécia 9,1 2.716 81,7

Fonte: World Health Report, 2010.Estimativa em Doláres internacionais 5


Financiamento ANTES do SUS
União – mais de 70% do total dos recursos
públicos destinados para saúde
 Estados e municípios – menos de 30%

Recursos Federais para saúde


 Ministério da Saúde - menos de 20%;
 Previdência social – mais de 80%

◦ Vinculados ao INAMPS/Ministério da Previdência e


Assistência Social (MPAS).
◦ Clientela - Previdência Social. 6
 Saúde Pública - um direito fundamental,
Artigo 196:

◦ “A saúde é direito de todos e dever do Estado,


garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.”

7
Seguridade Social (previdência + saúde +
assistência social):

Financiamento do Orçamento da
Seguridade Social (OSS) baseado em
impostos, taxas e contribuições sociais

30% do OSS para a saúde Leis de


Diretrizes Orçamentárias (LDO)
8
 Financiamento – Artigo 198:
“ O sistema único de saúde será financiado, nos termos
do Art.195, com recursos do orçamento da seguridade
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes.”

 Tripartite= OSS (federal) + recursos fiscais dos


estados e municípios.

◦ A Lei 8.142/90 - determina a transferência dos


recursos para a saúde entre as esferas do governo –
mas não determina percentuais de investimento
9
 Esperava-se que um sistema de saúde
universal e integral com financiamento
público.

 Alguns eventos contribuiriam para


comprometer o financiamento da saúde

10
- Redução dos Recursos do OSS
 1993 - contribuições previdenciárias sobre a folha de
salários deixam de fazer parte do OSS;

 1994 - renegociação da dívida externa;


 1994/1995 - Fundo Social de Emergência (FSE)
 1996 /1999 - Fundo de Estabilização Fiscal (FEF)
 2000 – FEF reformulado - Desvinculação de Receitas da
União (DRU)
 Perdas de 20% dos recursos da Seguridade Social
desde 1994
PIOLA, et al, 2012; SERVO, et al,
201111
 O OSS passa a financiar principalmente a previdência
social.
 LDO não cumprida

12
 Redução dos recursos da União para o OSS
 Baixo percentual do OSS para a Saúde

◦ Gerou grande instabilidade, aumentando a


necessidade de outras fontes

 1997/2007 CPMF (Contribuição Provisória


sobre Movimentação Financeira) destinação
exclusiva para a saúde,
◦ Não ocorreu / diminuição dos recursos
direcionados à Saúde
13
14
 Indefinição do Financiamento TRIPARTITE

 “Perdas" de recursos para o SUS, tanto no


âmbito Federal, como de Estados e Municípios;
 Proposta de Emenda Constitucional para o
financiamento da saúde

◦ Emenda Constitucional = é uma modificação da


constituição - processo que garante a adaptação diante de
relevantes mudanças sociais

15
 2000 - Aprovada e promulgada após
intensa negociação e discussão;

 Proposta inicial
◦ 10% da receita da União + 12 % Estados +
15% municípios

 Tentativa de garantir fontes estáveis e


fixar os percentuais mínimos para o
financiamento da saúde; 16
Definiu os PERCENTUAIS DE APLICAÇÃO

 Estados - 12% da receita de impostos e transferências


constitucionais;
 Municípios - 15% da receita de impostos e transferências
constitucionais;
 União - o montante aplicado no ano anterior corrigido
pela variação nominal do PIB.

 Resolução nº 322/2003 do Conselho Nacional de Saúde -


aumento gradual

17
 Estabelece a vinculação Constitucional de
Receitas para o financiamento do setor saúde.

 Objetivos da vinculação de Receitas:

◦ Comprometer as três esferas de governo com o


financiamento da saúde.
◦ Estabelecer fontes estáveis de financiamento,
prevenindo crises.
◦ Propiciar o planejamento necessário à
sustentabilidade do SUS.
◦ Garantir a continuidade dos gastos do sistema com
base no financiamento público e cobertura universal.
18
 Receitas estaduais e municipais para o financiamento do setor
saúde – EC -29

19
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/siops

20
- Resultados
 Incremento real de recursos para saúde em termos de
gasto per capita e em relação ao Produto Interno Bruto -
PIB

- Gasto per capita* das três esferas com o SUS:


- 2001 - R$ 410,40
- 2010 – R$ 717,70 crescimento 89,7%

- Comparação com o PIB –


- 2000 - 2,89 % do PIB
- 2011 - 3,91% do PIB
*Gasto per capita em saúde - Gasto com ações e serviços públicos
de saúde por habitante no ano 21
Gasto público per capita em saúde

Fonte: SPO/MS (Esfera Federal) e Siops (Esferas Estadual e Municipal) in Piola,


et. al. 2012 22
- Resultados
- Viabilizou uma maior participação dos estados, DF e
municípios no financiamento do SUS;
 União – 60%
◦ 2000 - R$ 38,7 bilhões
◦ 2010 – R$ 62 bilhões
 Estados e municípios - 194%
◦ 2000 – R$ 26 bilhões
◦ 2010 – R$ 76,7 bilhões

 Alterou a divisão federativa do financiamento do SUS


◦ União - Redução do percentual do gasto com ações
e serviços públicos de saúde
23
Fonte: SPO/MS (Esfera Federal) e Siops (Esferas Estadual e Municipal) in Piola,
et. al. 2012 24
- Resultados

 Evitou o “colapso” no financiamento em 2007 com


a extinção da CPMF - que respondia por um terço
do financiamento federal da saúde

 Entretanto os resultados obtidos poderiam ter sido


melhores, caso as regras estabelecidas pela EC 29
fossem cumpridas ...

25
Dificuldades no cumprimento da EC 29

◦ A União não investiu conforme a variação nominal do


PIB - acumulando perdas no valor de R$ 2,7 bilhões
(2001 – 2006)
Gastos Valor Mínimo
Diferença
Ano (empenhado/liquidad (conforme variação
(R$ milhão)
o) do PIB

2001 22.474,10 22.539,20 -65,1


2002 24.736,80 24.883,00 -146,2
2003 27.179,50 28.240,30 -1.060,70
2004 32.701,20 32.484,90 216,3
2005 36.491,20 37.347,90 -856,7
2006 40.746,20 41.319,20 -573
26
Dificuldades no cumprimento da EC 29

- Aporte de Recursos Federais


◦ SUS continua subfinanciado - menos de 17% do
OSS

◦ O gasto social federal (Previdência, Saúde,


Assistência Social) aumentou 4,6% do PIB
 1995 - 11,2% do PIB
 2009 - 15,8% do PIB

 Gasto Federal com Saúde aumento de 1,6% do


PIB no mesmo período.
27
Dificuldades no cumprimento da EC 29

◦ Falha na definição do que são ações e serviços


públicos em saúde:
 Inclusão de despesas não enquadráveis (saneamento,
despesas com inativos, habitação urbana, recursos
hídricos, programas de alimentação e planos de saúde
privados)

◦ Percentuais mínimos – o PISO se tornou TETO, apesar


da crescente necessidade de saúde da população

28
Percentual Aplicado em Saúde
Estados
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Rondônia 7,79 10,6 9,47 10,5 11,4 12,1 12,1 12 12,8 12,6 14,7 12 12,1
Acre 18,5 14,8 13,5 13 12,5 12,1 13,8 13,82 14,3 17,2 17,4 16,2 16,3
Amazonas 14,6 21,2 25,1 20,4 19,6 20,8 23,5 22,17 19,2 23,2 20,7 22,2 21
Roraima 11,5 14,9 10,1 13,3 11,5 12,8 13,2 13,64 15 12,3 13,8 14,1 14,2
Pará 7,33 8,88 9,88 10,3 12 12,4 12,7 12,61 12,8 12,4 12,5 12,4 13,5
Amapá 10,2 10,3 12,5 15 14,1 11,3 12,9 13,74 13,9 12 12 13 12,5
Tocantins 9,4 12,3 11,5 11,3 12 12,1 13,5 14,74 13,8 15,7 17,2 18,7 18,5
Maranhão 1,51 1,75 5,56 7,98 13,2 12,7 11,2 11,77 12,1 12,6 12 12,2 12,5
Piauí 5,02 8,9 6,07 7,48 11,6 12,6 13,5 13,71 12,2 10,1 11,1 9,88 11,6
Ceará 2,6 7,54 8,18 8,74 12,7 12 14,2 12,14 14,4 15,8 16,1 15,5 13,8
Rio Grande do Norte 12,6 11,5 13,3 14,6 12 12,6 14,4 17,53 16,5 16,3 15,3 15,6 14,2
Paraíba 3,66 12,8 10,5 10,6 9,59 10,3 12,9 12,72 12,5 16 13,7 12 13,5
Pernambuco 10,5 11,6 11,6 11,9 12 12,2 13,2 14,11 14,8 15,8 17,6 15,7 15,7
Alagoas 9,35 7,96 9,39 8,96 12,1 12 12 12 12,2 12,1 12,3 11,9 12,1
Sergipe 3,32 5,77 8,06 10,1 12 12,1 11,1 12,44 12,7 12,7 13 12,7 12,8
Bahia 8,49 8,4 9,41 10,4 12,2 12,2 12,2 12,63 12,8 13,9 13,7 13,4 12,2
Minas Gerais 4,78 6,88 6,36 10,2 12,2 12,3 13,2 13,3 12,2 14,7 13,3 12,3 12
Espírito Santo 13,6 12,2 12,9 12,7 12,2 12,1 10,4 9,88 10,2 11,8 12,8 12,5 13,2
Rio de Janeiro 7,73 5,01 6,28 10,9 11,9 11,9 10,4 10,92 12,6 12,2 12,1 12,2 12,1
São Paulo 9,58 11,2 11,8 12,3 13,7 13 12,8 13,07 13,5 12,7 12,6 12,8 12,4
Paraná 4,06 10,1 5,98 5,75 6,14 8,35 11,6 9,22 9,79 9,76 9,98 9,74 9,94
Santa Catarina 9,34 8,43 5,9 8,18 11,3 10,8 13,1 13,35 12,5 12,1 12 12,1 12,1
Rio Grande do Sul 6,82 6,59 5,62 4,32 5,2 4,8 5,4 5,8 6,53 7,24 7,62 8,04 9,71
Mato Grosso do Sul 8,88 6,81 9,22 8,61 12,1 12,6 12,3 13,46 13 14,8 14,9 13,9 12,1
Mato Grosso 2,75 6,33 7,72 9,09 11 11,2 11,1 11,9 11,2 11,7 12,3 12,1 12,7
Goiais 7,88 12,4 8,12 10,1 12,5 12,1 12,9 12,3 12,9 13,1 12,2 14,6 12,1
Distrito Federal 6,16 8,91 9,78 11,1 13,3 15,5 16,6 20,25 17,5 14,4 13,4 16 15,5
29
Fonte: Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde SIOPS – maio 2014
30
Municípios 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total
Iati 13,62 -22,68 -43,91 23,16 12,85 15,06 15,12 15,92 16,83 15,08 16,27 15,72 15,02 23,28 13,3
Recife 5,45 7,86 9,5 11,27 15,14 15,37 15,22 15,6 15,27 15,03 15,12 15,11 15,14 16,24 14,43
Vitória de
Santo Antão 6,87 5,61 10,86 10,07 11,86 13,66 15,37 10,6 13,5 16,97 21,94 15,24 15,06 16,1 14,6
Ilha de
Itamaracá 5,91 8,06 13,84 23,83 8,48 13,66 16,54 18,84 15 19,22 16,14 16,43 1,67 21,83 14,67
Fonte: Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde – maio
2014 31
Emenda Constitucional n.29/2000
Dificuldades cumprimento da EC 29

-Manobras Contábeis – despesas empenhadas, incluídas no


cálculo da EC 29, transformaram-se em "restos a pagar" e
foram posteriormente canceladas.

- Apesar de ser legal – a proporção de cancelamentos não são


computados
Liquidação
Recursos
Orçados Despesas
Restos à pagar
para ano Empenhadas

Cancelamento

32
Emenda Constitucional n.29/2000

A regulamentação da EC 29 tornou-se uma


luta, em especial pelos gestores municipais
(maiores % investimentos em saúde);

Previsão de promulgação de Lei Complementar


que reavaliará a cada cinco anos;

 OBJETIVO - Efetivo aporte de recursos


financeiros - principalmente, a União – 10% do
orçamento para a saúde - retém mais de 60% dos
tributos arrecadados no país.

33
REGULAMENTAÇÃO DA EC 29

Lei Complementar n.º141


de 2012

34
• Regulamentação do financiamento da Saúde –
Artigo 198 da CF – por esfera de governo;
• Definição dos gastos em Saúde;
• Fortalecimento dos órgãos de controle;
• Ressarcimento ao SUS dos valores não
aplicados em Saúde;

35
 Percentuais mínimos – MANTIDOS

◦ Estados 12% e municípios15%

◦ União aplicará o valor destinado no ano


anterior acrescido da variação nominal do PIB

 Se acontecer de o PIB ter variação negativa em


relação ao ano anterior, não se poderá reduzir
o seu valor.

36
 Definição do que são gastos com saúde Art. 3º

 Esclarece quais ações e serviços que podem e não


podem ser financiadas com os recursos da saúde,
depositados nos fundos de saúde. Art 4º

37
Art. 3º Despesas com ações e serviços públicos de saúde as
referentes a:

 I - vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a


sanitária;
 II - atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de
complexidade, incluindo assistência terapêutica e
recuperação de deficiências nutricionais;
 III - capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de
Saúde (SUS);
 IV - desenvolvimento científico e tecnológico e controle de
qualidade promovidos por instituições do SUS;

38
Cont. Art. 3º Despesas com ações e serviços públicos de
saúde as referentes a:

 V - produção, aquisição e distribuição de insumos


específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como:
imunobiológicos, sangue e hemoderivados,
medicamentos e equipamentos médicoodontológicos;
 VI - saneamento básico de domicílios ou de pequenas
comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de
Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja
de acordo com as diretrizes das demais determinações
previstas nesta Lei Complementar;
 VII - saneamento básico dos distritos sanitários especiais
indígenas e de comunidades remanescentes de
quilombos;
39
Cont. Art. 3º Despesas com ações e serviços públicos de
saúde as referentes a:
 VIII - manejo ambiental vinculado diretamente ao
controle de vetores de doenças;
 IX - investimento na rede física do SUS, incluindo a
execução de obras de recuperação, reforma, ampliação
e construção de estabelecimentos públicos de saúde;
 X - remuneração do pessoal ativo da área de saúde em
atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo
os encargos sociais;
 XI - ações de apoio administrativo realizadas pelas
instituições públicas do SUS e imprescindíveis à
execução das ações e serviços públicos de saúde; e
 XII - gestão do sistema público de saúde e operação de
unidades prestadoras de serviços públicos de saúde.
40
• Fortalecimento dos órgãos de controle;
• Os controles sobre o uso dos recursos serão dos
Conselhos de Saúde, dos Tribunais de Contas e do
Sistema Nacional de Auditoria.

 Ressarcimento ao SUS dos valores não aplicados em


Saúde
◦ Utilização indevida dos recursos das transferências
interfederativas - deverá repor os recursos
aplicados indevidamente e reaplicá-los nas ações e
serviços de saúde prejudicados.

41
 ENTRAVES para o financiamento

◦ Não conseguiu vincular as receitas da União


42
 ENTRAVES para o financiamento
 Divergência quanto a metodologia para o controle –
Tribunais de Contas X Saúde
◦ Para assegurar o efetivo suprimento de saúde,
exigem a liquidação da despesa e não apenas o
empenho podendo ser cancelado sem reposição.

Liquidação
Recursos
Orçados Despesas
Restos à pagar
para ano Empenhadas

Cancelamento

43
 Desde a criação do SUS - cenário de restrições
orçamentárias e financeiras dificuldades em
garantir recursos estáveis e suficientes para o
seu financiamento;

 Garantir a universalidade e integralidade

 Emenda Constitucional 29 em 2000 – medida


a fim de garantir quantitativos razoáveis e
fontes estáveis de financiamento.

44
 EC 29 - Avanços para o financiamento :

◦ Responsabilização dos entes federados com o


financiamento do SUS;

◦ Vinculação dos recursos nas três esferas de


governo;

◦ Clara definição do que são ações e serviços


públicos de saúde;

45
◦ Apesar da EC 29 ter contribuído para
adicionar mais recursos financeiros, ainda
são insuficientes:
 para atingir os padrões de financiamento do
sistema universal de saúde proposto pela
Constituição de 1988;

 para melhorar substantivamente a qualidade


dos serviços prestados pelo sistema público.

46
 Definição de patamares mínimos
para investimento em saúde - não
resolve o problema das
desigualdades na capacidade de
financiamento por meio de recursos
próprios

47
 Desafio para o financiamento

 Alocar recursos de forma equânime


em um país de tantas desigualdades
sociais e regionais

48
Referências
•BRASIL, Lei Complementar nº 141 de 13 de janeiro de 2012. Dispõe sobre os
valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios em ações e serviços públicos de saúde. 2012.
•BRASIL, Ministério da Saúde. Sistema de informações sobre orçamentos
públicos em saúde (SIOPS). Minuta de Análise dos Gastos da União em Ações e
Serviços Públicos de Saúde, no período 2000 a 2010. Brasília, out 2011.
•BRASIL, Ministério da Saúde. Sistema de informações sobre orçamentos
públicos em saúde (SIOPS). Disponível
em:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/siops
•CAMPELLI; CALVO. O cumprimento da Emenda Constitucional no. 29 no Brasil.
Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(7):1613-1623, jul, 2007
•CONASS – CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. O
Financiamento da saúde. Brasília: Conass, 2011.
• IBGE. Políticas Sociais: acompanhamento e análise: Vinte Anos da Constituição
Federal, v. 1,n. 17, 2009.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. Estadísticas sanitarias mundiales,
2010.
•PIOLA, et al. Financiamento Público da Saúde: uma História à Procura de Rumo.
Revista Análise Econômica, Porto Alegre, ano 30, n. especial, p. 9-33, set. 2012.
•SERVO, et al. Financiamento e gasto público de saúde: histórico e tendências.
In: MELAMED, C.; PIOLA, S. (Org.). Políticas públicas e financiamento federal do 49

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