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A R E C IC L A GE M P O P U L A R E A

ED U C A Ç Ã O A M B IE N T A L
P OP U L A R : O Q U E E M E R G E D A
VIV Ê N C IA D E C AT A D O R AS /E S
DE MA T E R IA IS R E C IC L Á V E IS?
Camilla Helena Rostas
Mário Ricardo Guadagnin
Cristiano Benites Oliveira
introdução
• Caminhos que me levaram à essa pesquisa.
• Como contribuir com a luta das/os catadoras/es?

Fonte: Arquivo do MNCR/RS, 2022.


referencial teórico
• Educação existem (e coexistem) educações.
• Educação
Popular

é necessário uma educação comprometida


com a transformação social
BRANDÃO,
2002
Freire (1993, p. 19) afirma Que: “[...] (entende) a educação
popular como esforço de mobilização, organização e
capacitação das classes populares [...]”.
o s s o
e u p -
q u e i d a r
l i x o s u i c
n o m d e
a l g o a g e
n t ro c o r e . ”
n c o e n h o f o m
e u e ã o t r d e
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196
“Q u m o . s o m
u c o p o s
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c om E
me .

"Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: faz de


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conta que eu estou sonhando." Carolina Maria de Jesus

"Quarto de despejo"

"Atualmente somos escravos do custo de vida."

"Nunca vi uma uma preta gostar tanto de livros como você."


referencial teórico
" Do lixo a bixo"
Expressão contemporânea de Cultura Popular

#vaitercatadordoutor
referencial teórico
Freire pensava em uma educação que contemplasse a
formação de um sujeito Crítico, capaz de “ler o mundo”
além de “ler a pal Avra”. Então, não poderia ficar de
fora das suas incontáveis contribuições, o campo
ambiental.

Educação Ambiental Popular - EAP, comprometida


com a emergente problemática ambiental das
realidades locais e regionais ao mesmo tempo em
que contestava as relações de dominação social,
almejando a justiça socioambiental.
procedimentos
metodológicos
• Entrevistas semiestruturadas;
• Amostragem em snowball;
• Análise de Conteúdo de Bardin (2011);

Fonte: Arquivo pessoal..


resultados
EDUCAÇÃO:

“poder”, “cidadania”, “processo político”, “constituição dos


sujeitos” e “garantia de direitos”

intencionalidade da educação
resultados
EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

“processo mais amplo”, “carrega em si um caráter utópico” e


“não deveria acontecer só na semana do meio ambiente, em
junho, mas durante o ano todo”

“[...] eu vejo a educação ambiental como isso, né? Como uma dimensão que
integra imaginários utópicos e imaginários racionais, objetivos [...]
(desintegrar) As utopias, os sonhos e tal, da realidade material… eu vejo que
a transformação da realidade ela caminha junto, o reino da necessidade
caminha junto, né? Quando tu tira a utopia [...] faz com que as pessoas não
consigam enxergar mais a relação com o todo, com os sonhos e tal, com as
transformações.”
Prof. Xavier
resultados
PROCESSOS DE FORMAÇÃO:

• Os processos de formação são "estratégicos", sendo


impossível pensar na conformação de um movimento
político, social e ambiental, como o MNCR, sem essa
ferramenta.
• Bases que possuem pouca formação, tendem a se desintegrar
e serem muito conflitivas.
resultados
AS 3 EDUCAÇÕES:

• formação mais prática e instrumental de dentro dos galpões


(informal)
• viés de formação (ECO)política - MNCR (não-formal)
• educação formal dos bancos escolares
resultados
PAPEL DOS APOIADORES:

• a representação e o protagonismo têm que ser de sujeitos da


categoria, sendo essencial que os apoios ajudem a criar
estratégias e condições para que isso aconteça.
• “ferramenta” MNCR - formação de interlocutores
qualificados, para fomentar a luta por garantia de direitos.
• Complexidade e abrangência da luta dos catadores.
resultados
Paulo Freire - denúncia/anúncio.
É necessário assumir o papel político de falar, ocupar os
espaços.
Pensando nesse emaranhado de significados que envolvem o
“ser catadora/r”, com as dimensões sociais, ambientais,
políticas, técnicas, dentre outras, mais uma vez chegamos na
convergência de uma solução pautada na Educação Ambiental.
proposta
Balizando o exposto até aqui, chegamos à proposta de uma Educação Ambiental
Popular na práxis da Pedagogia Libertadora Freireana. Os atravessamentos de
significados e pautas observados, nos levam a entender a importância da/o profissional
catadora/r, enquanto agente de transformação socioambiental; em outras palavras,
defendemos que essa categoria constrói sentidos diversos para a EA e, enquanto
movimento organizado, atua na formação de Educadores Ambientais Populares. De
acordo com a conformação das práticas já existentes e as demandas levantadas nas
entrevistas, acreditamos que a melhor forma de instrumentalizar e promover a EAP são
a partir das práticas Freirianas, que levam em conta a realidade dos educandos,
promovendo assim a autonomia. Sugerimos também que as 3 instâncias educativas
identificadas (base, movimento, escola formal) estejam em consonância e preparadas
para promover uma formação humana integral, que capacite para os enfrentamentos e
práticas necessárias na luta diária pela cidadania e pela sustentabilidade.
• Observar contextos outros de
educação;
• Ultrapassar a barreira dos
conhecimentos positivados;
• Ampliar horizontes;
considerações • Contribuir com a sociedade.

finais PRÓXIMOS PASSOS:

• Aumentar o escopo da pesquisa;


• Validar com entrevistados através
de Círculo de Cultura;
• Publicar, divulgar e aplicar.
Os direitos de todos são
violados quando os
direitos de um grupo são
ameaçados.
Nossa luta definirá o futuro.

"Quem tem apenas aspirações


individuais jamais entenderá uma
luta coletiva."
BIBLIOGRAFIA
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011, 229 p.
BRANDÃO, C.R. A educação popular na escola cidadã. São Paulo: Editora Vozes, 2002.
BRANDÃO, C.R. O que é educação? Editora Brasiliense, 57ª ed. São Paulo. 2013.
COLESEL, A.; LIMA, M.F. O movimento da educação popular nas décadas de 1950 e 1960. Anais do I Seminário de
Pedagogia. 2010.
FREIRE, P.R.N. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1982.
___ Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
___ À sombra desta mangueira. 4. ed. São Paulo: Olho D'Água, 2001.
GOMES, R.R.L. Sentidos da educação popular na história brasileira. Movimento Revista de Educação, Niterói, ano 7,
n.12, p.30-53, jan./abr. 2020.
NASCIMENTO, L.A.; GHIGGI, G. PEDAGOGIA DO MUNDO: afirmando o compromisso com a preservação e a
renovação do mundo – diálogos com Freire e Arendt. Anais do IX Seminário de Pesquisa em Educação da Região
Sul, 2012.
PERALTA, J.E.; RUIZ, J.R. Educação popular ambiental. Para uma pedagogia da apropriação do ambiente. In: LEFF,
Enrique. A complexidade ambiental. 2010.
REIGOTA, M. Fundamentos teóricos para a realização da educação ambiental popular. Em Aberto, v. 10, n. 49, 1991.
RUIZ, J. R. La educación popular y la dimensión ambiental del desarrollo. Documento de discusión, Asamblea del
Consejo de Educación de Adultos de América Latina. Santiago de Chile: CEAAL, 1994.
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#MNCRPRES

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Fonte: Arquivo do MNCR/RS,

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