HISTÓRIA DA LOUCURA

Prof. Helder de Pádua

 OBJETIVO DA AULA

• Refletir sobre os modelos históricos de compreensão da Loucura.

O QUE É ‘LOUCURA’?
 GLOSSÁRIO DE TERMOS

• Teste de Associação Livre de Palavras (TALP);

• Tempo do teste: 1 minuto;

• O que lhe vem à mente (cabeça) quando digo a palavra LOUCURA? Escreva as cinco primeiras
palavras que lhe lembram LOUCURA.
 GLOSSÁRIO DE TERMOS

• Desespero: Desânimo, desalento, desesperança.

• Abandono: ato ou efeito de largar, de sair sem a intenção de voltar. Falta de amparo e assistência.
• Isolamento: estado da pessoa que vive isolada, que se pôs ou foi posta à parte.
• Raiva: pretensão de causar dano e hostilizar alguém.
• Dor: sensação desagradável, expressa através de reação orgânica e ou emocional.
• Angústia: estado de ansiedade, inquietude, sofrimento, tormento.
• Solidão: estado de quem se sente só ou desacompanhado.
• Medo: temor, ansiedade irracional ou fundamentada, estado suscitado pela consciência de perigo.
• Cuidado: submetido à rigorosa análise.
 GLOSSÁRIO DE TERMOS

• Desespero: Desânimo, desalento, desesperança.

• Medo: temor, ansiedade irracional ou fundamentada, estado suscitado pela consciência de perigo.
• Cuidado: submetido à rigorosa análise.
• Raiva: pretensão de causar dano e hostilizar alguém.
• Distúrbio: defeito, desajuste, perturbação.
• Doido: aquele que age insanamente, de maneira insensata.
• Depressão: distúrbio mental caracterizado pelo humor deprimido, baixa autoestima, perda de interesse,
pouca energia ou dor.
• Tristeza: estado afetivo caracterizado pela falta de alegria, melancolia
O QUE FAZER COM AQUELE QUE VIVENCIA
A LOUCURA?
POR QUAL(IS) MOTIVO(S) LIDAR ASSIM COM
O ‘LOUCO’?
 MODELO MÍTICO-RELIGIOSO DA
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
• Etiologia da loucura: teológica.

• Os quadros de insensatez ocorrem por intervenção dos deuses.

• Recomendações ao ‘louco’: permanência junto aos parentes, encarceramento, contenção.

• Cura: reintegração ao modelo social.

• Hipócrates: a loucura tem causa orgânica (‘desarranjo do cérebro’).

 MODELO DEMONISTA DA IDADE MÉDIA

• Comportamentos bizarros não são mais desígnios de deuses, mas, sim, do demônio.

• A loucura é a prova da possessão diabólica direta ou por artes de bruxaria.

• “Demonização" da doença em geral. Espalhase o medo e incentiva-se o ‘exorcismo’.

• Ideia de periculosidade dos loucos, que fundamentará a constrição através de medidas de

segurança.
“O culto tem levado milhares de pessoas, todas as semanas, a exercitarem a fé no Pastor
_________, e grandes milagres ocorrem na vida daqueles que, verdadeiramente, crêem em Jesus.
Durante a Sessão, são feitas orações especiais, onde homens e mulheres que serviam às trevas,
fazem uma corrente de oração repreendendo todos os encostos que trazem maldições na vida das
pessoas. Muitos chegam com desejo de suicídio, vícios, doenças que os médicos não descobrem a
causa, visão de vultos, audição de vozes, enfim cheios de problemas espirituais. Porém, ao
assistirem à Sessão Espiritual de Descarrego, ouvirem a Palavra de Deus, e milagres acontecem.
Elas recebem orações fortes e saem fortalecidas para enfrentarem o mal e obterem a vitória em
nome do Senhor Jesus”.

MEDEIROS, 2007.
 MODELO ORGANICISTA - O ENFOQUE
MÉDICO DA LOUCURA
• Século XVII: médicos buscam fundamentos anatomofisiológicos para a loucura. As respostas
encontradas não são adequadas mas afastam explicações sobrenaturais.

• Século XVIII: hegemonia da internação como forma de abordagem.

• Fim do Século XVIII: Nenhum cidadão pode ser privado de liberdade, à excessão do louco.
 O ENFOQUE MÉDICO DA LOUCURA

• Philippe Pinel e a Psiquiatria como especialidade médica.

• A medicina moderna e a invenção da doença.

• Hospitais Psiquiátricos (manicômios).

 O TRATAMENTO MORAL PARA A LOUCURA

• Punição, contenção, disciplina e

medicamento.

• Cura: arrependimento.

• Internação: oportunidade de descrição

do que se considera ‘doença mental’.
 PSIQUIATRIA

• Exclusão da Loucura do contexto civilizatório e ruptura do diálogo com ela;

• Definição dos limites entre Loucura (transtorno mental) e Razão.

• Intenção ‘terapêutica’: controle, normalização social, ordem pública.

• Domínio exercido pelas concepções médicas no tratamento da loucura.

 REFLEXÕES FINAIS

• Modelos históricos de compreensão da Loucura.

• As práticas históricas e sociais diante da Loucura revelam: diversidade de compreensões e

dificuldades para lidar com o fenômeno.

• Tendência a excluir o diferente, aquele que desvia do ‘padrão social’.

• O Poder do Saber do Profissional da Saúde.