SOMATOTROPINA

BOVINA: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Bianca Antunes
Jamile Remboski
 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, identificou-se a influência direta ou indireta de fatores de crescimento na reprodução animal. Um exemplo notável é a

somatotropina bovina (bST), conhecida como hormônio de crescimento dos bovinos Esse hormônio passou a ser produzido em escala industrial

de maneira recombinante, com foco especialmente nas vacas1

leiteiras. A aplicação da bST resulta em um aumento significativo na produção de

leite e gordura láctea, atendendo assim à demanda crescente por melhorias na produção e qualidade dos produtos derivados da pecuária.

A produção em laboratório é feita através da clonagem da célula do bovino para síntese da somatotropina em um plasmídeo de Escherichia coli

K12, onde é inserido o DNA bovino, após esse transporte as bactérias passam a usar a síntese para produzir a BST como se fosse uma proteína

microbiana.

A Somatotropina bovina, ou hormônio de crescimento (GH), é um hormônio produzido naturalmente pelo organismo dos bovinos, entre outros

animais. Entre seus principais efeitos consta a estimulação na síntese de proteína e glicose, a oxidação de gordura e a inibição na utilização da

glicose por tecidos periféricos

Além de seu efeito de estimular o crescimento, o GH exerce efeitos metabólicos no organismo, por meio de alterações na partição dos nutrientes

absorvidos, modificando o catabolismo de carboidratos (efeito diabetogênico) e gorduras

 MECANISMOS DE AÇÃO

A somatotropina é um hormônio pituitário que controla diversos aspectos do crescimento corporal e metabolismo de nutrientes no animal. A

secreção pela adenoipófise é estimulada pelo hormônio liberador de somatotrofina e inibida pela somatostatina, ambos produzidos pelo

hipotálamo.

peso molecular, secretadas pelo hipotálamo. (Rangel et al.,2008). A aplicação da somatotropina (ST) em vacas leiteiras de alta ou média produção

tem sido reconhecida como uma estratégia eficaz para aumentar a produção de leite. Estudos têm consistentemente confirmado esse efeito positivo,

ressaltando a importância de administrar a ST em animais com condições metabólicas adequadas. No entanto, é crucial evitar sua aplicação antes

do pico de lactação, período no qual as vacas enfrentam um balanço energético negativo.

 MECANISMOS DE AÇÃO

O mecanismo subjacente ao aumento da produção de leite pela ST está relacionado ao seu efeito homeorrético. Esse efeito direciona os nutrientes

do organismo para a glândula mamária, reduz a sensibilidade à insulina, otimizando o direcionamento de glicose para a glândula mamária.

Em termos de resultados práticos, a aplicação de ST pode resultar em aumentos substanciais na produção de leite, variando de 6 a 35%, tanto a

curto quanto a longo prazo. Essa estratégia destaca-se como uma importante contribuição para atender à crescente demanda por melhorias na

produção e eficiência em sistemas de produção leiteira.

Atualmente no Brasil, foram disponibilizados dois produtos comerciais de somatotropina de liberação lenta, Boostin® 500 mg – MSD Saúde

Animal e o Lactotropin® - Elanco.

 DESENVOLVIMENTO

PERDAS EMBRIONÁRIAS

Outra dificuldade vivenciada na bovinocultura é a redução da fertilidade através da morte embrionária e fetal 90% e 50-55% que ocorre

tanto em vacas como em novilhas, somando a isso a perdas que acontecem do 8 ao 16 dia de gestação, que somam cerca de 70 a 80%, o

sucesso do embrião de doadoras também tende a ser menos eficiente que o do embrião concebido naturalmente.

No objetivo de diminuir a mortalidade embrionária o uso da Somatotropina ou hormônio do crescimento, realiza sua ação em diferentes

etapas da luteólise e do reconhecimento materno gestacional, atuando no útero e embrião,acelerando o crescimento do CL e a secreção

das glândulas do endométrio assim melhorando o desenvolvimento e sobrevivência do embrião

 DESENVOLVIMENTO

SOMATOTROPINA E MASTITE
O processo de aprovação do uso comercial do bST gerou inúmeras discussões relacionadas aos seus efeitos sobre a saúde animal,

principalmente, sobre a incidência de mastite e consequente utilização de antibióticos. O impacto de qualquer nova tecnologia na incidência

de mastite é de particular interesse porque a mastite é considerada a doença de maior custo do gado leiteiro, pois reduz a produção de leite

pelos danos causados ao tecido secretor.

Com o aumento da produção láctea o bovino acaba sofrendo um crescimento na incidência de mastite, através de um estudo realizado nos

Estados Unidos perceberam um aumento discreto de mastite nos animais em relação ao grupo de controle, mesmo apresentando esse ligeiro

aumento na contagem de células somáticas os animais suplementados com a somatotropina tiveram a qualidade do leite dentro dos

parâmetros ideais.

No grupo tratado com bST a produção de leite estava completamente recuperada após três semanas de infecção, mas no grupo controle a

produção de leite permaneceu abaixo daquela observada no período antes da infecção

 CONCLUSÃO

Com todas as informações obtidas na pesquisa conclui-se que a somatotropina bovina é um fármaco de grande

importância para a cadeia leiteira, principalmente na atualidade onde é esperado maior produção com uma menor
quatidade de animais. Resalta-se que a samatotropina bovina, assim como todo fármaco, têm seus pontos

negativos, porém com a recomendação e apoio de um Médico Veterínatio especializado e controle no uso, torna-se
essencial para a alta produtividade.
Obrigado!