ESTADO

Estado – sociedade politicamente organizada, sita em

determinado território com as características de soberania e
independência

Funções:
 Jurídicas - executiva, legislativa e judicial
 Não Jurídicas - económica, social e política

Poder Político – Povo

Órgãos de Soberania:
 Presidente da República
 Assembleia da República
 Governo
 Tribunais

SPA – Atividades tradicionais do Estado

SEE – Intervenção do Estado na Economia

Nacionalizações – 1974 – Propriedade de empresas privadas

passam para Estado

Privatizações – 1989 – para reduzir Dívida Pública, maior

eficiência no setor privado do que SEE

1
 Necessidade de estabilidade e equidade =
necessidade do Estado

Séc. XVI e XVII

– Estados Absolutistas = controlo total da Economia e

comércio

Acumulação de metais

Séc. XVIII

– Estado Liberal = Estado não intervém na Economia

(Adam Smith)

Liberdade de concorrência e de iniciativa

Aparecimento de monopólios e oligopólios + crises

económicas = necessidade da intervenção do Estado
em algumas áreas, como no emprego, investimentos,
rendimentos, etc.
↓
– Estado Intervencionista
(John Keynes)
1883-1946

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Principais Funções do Estado:

 Equidade = igualdade

 Estabilidade = minorar efeito das crises

 Eficiência = satisfazer necessidades, obter a maior produção com

o menor custo

Falhas de Mercado:

 Concorrência imperfeita (monopólios, oligopólios, …)

 Externalidades (efeitos não contabilizados no mercado)

 Bens Públicos

Instrumentos de Intervenção:

 Planeamento

 Plano (económico e social)


Imperativo
Indicativo
(sector público) (sector privado)

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 INTERVENÇÃO DO ESTADO
Políticas económicas e sociais – são as ações
desenvolvidas pelo Estado, que recorre a medidas e
instrumentos macroeconómicos, para atingir determinados
fins.

Instrumentos Macroeconómicos:
 Produzem efeitos na globalidade da economia
 Podem ser direta ou indiretamente controlados pelo Estado

Há que fazer previamente um diagnóstico da situação =>

recorre-se aos “indicadores da conjuntura económica”
(ex: índice de preços, índice de produção, taxa de
desemprego, etc.)

Políticas Económicas:

1. Conjunturais
 Objetivo: estabilizar a economia e atenuar desequilíbrios
 Efeitos: Curto prazo
 Ex: políticas fiscais, monetários, orçamentais, política de
preços, combate ao desemprego e redistribuição de
rendimentos

2. Estruturais
 Objetivo: alterar a base da própria economia / alteração
qualitativa
 Efeitos: M/L prazo
 Ex: políticas sectoriais, do ambiente, de proteção social, etc.

4
1. Políticas Conjunturais

A) Política Fiscal – instrumento de trabalho = impostos

Caso 1: Estado pretende estimular a economia / crescimento

económico

política fiscal expansionista: ↓ impostos
efeitos: mais € disponível = mais consumo (mais procura)
maior capacidade de investimento = mais produção
(mais oferta)
↓
Aumento da procura
Aumento da produção
Aumento de preços
Aumento do emprego

Caso 2: Estado pretende diminuir o défice orçamental


Política fiscal retracionista: ↑ impostos
efeitos: mais receitas fiscais para fazer face ao défice
diminui € disponível (menor consumo)
diminui o investimento (menor produção, menos
emprego)
diminuem os preços

Nota: Por vezes surgem conflitos de interesses

Caso 1 – excesso de procura = aumento de preços => tensões
inflacionistas e aumento de défice
Caso 2 – redução do défice, mas corre-se o risco de estagnação
da economia

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B) Política Orçamental – minorar os efeitos dos ciclos
económicos

 Quando há recessão = Política Orçamental Expansionista

 Quando há expansão = Política Orçamental Retraccionista

C) Política Monetária – controlar a massa monetária em

circulação, a inflação e a actividade económica.

Caso 1: ↑ quantidade de moeda em circulação => Política

Monetária Expansionista

Instrumentos: diminuição das taxas de juro

diminuição das taxas de desconto
redução dos limites ao crédito
diminuição de reservas bancárias
compra de títulos em open market (>
liquidez)
revalorização da moeda nacional
▼
Mais € disponível => aumenta consumo
Mais recursos ao crédito => aumenta investimento
▼

Crescimento Económico

6
Caso 2: ↓ quantidade de moeda em circulação

Política Monetária Retraccionista
(Tudo ao contrário!)

Menos € disponível
Menor consumo e investimento

Estabilização dos preços

D) Política de Preços – tem como objectivo controlar a inflação

Ex: fixar os preços dos bens essenciais; controlar preços dos
bens produzidos pelo SEE; controlar os preços de certas
empresas;…

E) Política de combate ao desemprego – combater a taxa de

desemprego através de medidas no lado da oferta (mais
qualificação, formação contínua, oportunidade aos mais
novos, diminuir a idade da reforma,…) e do lado da procura
( reduzir encargos para as empresas, flexibilidade horária,…)

F) Política de Redistribuição de Rendimentos – Atuam sobre

os rendimentos primários, tendo como objetivos: ↓ assimetrias
sociais e ↑ coesão social.
Instrumentos:
 Política fiscal – impostos progressivos diretos
 Política orçamental – aumento de transferências sociais
( pensões, subsídios,…); prestação de serviços ( saúde,
educação, transportes públicos,…)

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2. Políticas Estruturais:
A) Política Agrícola – Objetivo: melhorar os meios, modernizar e
aumentar eficácia.
Ex: PAC

B) Política Industrial – Objetivo: idem

Papel do Estado: apesar do cada vez menos peso do SEE,
há muitos incentivos como: benefícios fiscais, subsídios
para I&D,…

C) Política do Ambiente
– preocupação com o ambiente:
custo de oportunidade = poluição
1992 – “Carta da Terra” –ONU
1997 - Conferência de Quioto
2001 – Porto Alegre
2002 – Joanesburgo -“ Desenvolvimento Sustentável”

D) Políticas de Proteção Social

– Objetivo: promover coesão e reduzir as assimetrias

2 conceitos: segurança social / assistência social

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Fractura social = aumento da pobreza e exclusão social -
desempregados de longa duração, falta de apoio a pessoas
doentes, subsídios mal atribuídos,…

Breves notas sobre Portugal:

 Taxas de desemprego crescentes desde 2001;
 Lacunas na qualificação de mão-de-obra;
 Falhas na formação;
 Falhas nas apostas em I&D e novas tecnologias;
 Discriminação sexual…

Entrada para U.E.(1986) => regras a cumprir!

Ex:
Política Monetária – definida e regulada pelo BC
Políticas fiscal e orçamental – definida por cada estado
membro, mas sujeitas a condições (PEC)

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 ORÇAMENTO DO ESTADO

 Documento onde a administração pública prevê as receitas e

despesas do estado para determinado período de tempo (1
ano). É aprovado pela Assembleia da República (Artº161)

Funções:
 Adaptar as receitas às despesas;
 Limitar as despesas (não podem ultrapassar o previsto);
 Expor o plano financeiro ao estado (quais as áreas a
privilegiar?)

DESPESAS PÚBLICAS

 Para proporcionar bens e serviços à população o estado tem

que efetuar gastos! Há uma preocupação em ter prioridades
consoante as necessidades, minimizando os custos.

 Tipos de despesas:
 Correntes – efetuam-se num determinado ano e os seus
efeitos terminam nesse mesmo ano.
Ex: vencimento dos funcionários públicos,
transferências sociais, pagamento da dívida pública
 De capital – efeitos prolongam-se por mais de um ano.
Ex: Investimento em capital fixo, compra de acções
e reembolso de empréstimos.

 Efeitos de um aumento das despesas públicas:

↑ de despesas correntes (vencimentos)=> mais €
disponível, logo aumenta o consumo
↑ de despesas de capital (investimentos) => mais
produção e oferta

Crescimento Económico
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RECEITAS PÚBLICAS

 Forma do estado financiar as suas despesas.

 Tipos de receitas:
 Patrimoniais ou Voluntárias – alienação do património do
estado, rendas, lucros de empresas,…
 Obrigatórias ou coativas – Taxas (em troca de serviços);
Impostos; Segurança social.
 Creditícias – na forma de empréstimo de outros agentes;
último recurso.

Impostos:

• Diretos – incidem sobre os rendimentos ou património, a

matéria coletável é determinada.

Ex: IRS,IRC,IMI

• Indiretos – incidem sobre consumo/ despesa, a matéria

coletável é indeterminada.
Ex: IVA, imposto s/ tabaco,…

• Progressivos – taxa varia com rendimento

• Proporcional – taxa fixa (IVA)
• Regressivo – pesa menos quando o rendimento é maior! Ex:
Iva é igual para todos, logo custa mais a pagar a quem tem
menos.

 Efeitos das receitas:

 Impostos progressivos =>diminuem as desigualdades,
melhorias na redistribuição = + Equidade
 Impostos regressivos => mais injustiça = menos Equidade

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 SALDO ORÇAMENTAL

Instrumento importante para conhecer a situação do país

Fórmula geral: Receitas Públicas(1 ano) – Desp. Públicas(1 ano)

Diferentes definições:
 S.O.Corrente = Receitas Correntes – Despesas Correntes
 S.O. Global = Receitas Totais (excepto a emissão de dívida
pública) – Despesas Totais (excepto as amortizações da dívida)
 S.O. Primário = S.O. Global – juros da dívida pública

S.O. pode ser:

Superavitário => R>D
Deficitário => R<D
Nulo => R=D

DIVIDA PÚBLICA
São os empréstimos contraídos pelo estado para financiar o défice
orçamental (D>R)
Para além da dívida há que pagar o custo desta: juros

A dívida pode ser:

Interna – quando é contraída a residentes;
Externa – quando os financiadores não residem no país
▼
O encargo é menor quando a dívida é interna, porque assim há um
recurso a poupanças internas e o dinheiro circula no país; tal não
acontece se for externa porque há saída de divisas.

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