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POLÍTICAS E O PROCESSO

ENSINO/APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Prof.ª Me. WALÉRIA HENRIQUE DOS SANTOS


LEONEL
POLÍTICAS E O PROCESSO
ENSINO/APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
Prof.ª Me. WALÉRIA HENRIQUE DOS SANTOS LEONEL
Que lugar damos
ao “outro”
diferente de
“nós”?
PAN, M.A.G.S ( 2008)
CONCEPÇÃO DE DEFICIÊNCIA AO LONGO
DA HISTÓRIA
-A sociedade - mudanças de
concepções em relação ao
deficiente.

-Dificuldades para
compreender esse homem
deficiente.

-Concepções - estão
relacionadas a forma como os
homens se organizam e
produzem sua vida.
• Poucos escritos sobre a forma de tratamento antes da
Idade Média- datado Antiguidade.

• Pessotti (1984), na antiguidade Platão (427- 399 a.c)


seguido de Aristóteles (384- 322 a.c), admitiam a prática
do abandono à morte em nome de um equilíbrio e
organização política.
• Sociedade Espartana- deficiência: sub-humanos;
• Abandono e até mesmo extermínio era algo aceitável;

• Subsistência compreendia a agricultura, pecuária e


artesanato;

• Sociedade de classes os deficientes, não serviam a


nobreza com sua força de trabalho e não promoviam
sua própria subsistência.
Período da antiguidade à 1700 - concepções sociais
divergentes- demônios/dons divinos – medo/admiração;

Influência da igreja no pensamento da época;

Com o cristianismo sendo expandido a moral cristã não


permitia a eliminação dos deficientes como acontecia pela
sociedade espartana.
• O deficiente passa a ser um
possuidor de alma sendo visto a
partir de então como pessoa,
passaram a ser cuidados, sendo
então considerados filhos de
Deus.

• O cristianismo marca a conflito


entre caridade e castigo sendo a
segregação uma forma de
amparo aos deficientes e alívio
aos olhos da sociedade.
• Aos deficientes não era permitido o convívio social e
estes ficavam segregados, sendo inseridos em mosteiros
ou instituições sob os cuidados de religiosos.

• Idade Média - marca a tolerância e a aceitação desse


público, surgem os primeiros escritos que trazem algum
tipo de atendimento mas dentro das igrejas e conventos,
sendo de caráter assistencial.
• Período de 1700 à 1860 – humanismo renascentista.
valor humano - direito a oportunidades de desenvolver
suas potencialidades.

• Pensamento influenciou à mudanças de atitudes em


relação aos deficientes.

• Gerar ações em busca de assistência.


• Período de 1860 a 1890-integração e retrocesso.

• Ações não geram resultados esperados.

• Sociedade muda de atitude em relação a integração do


deficiente na comunidade.

• Neste período foram considerados perigosos para a


sociedade- pensamento eugênico- transmissão
genética.
• Período de 1890 à 1925 – movimento eugênico-
Francis Galton defende o controle genético-
eugenia (bem nascer).

• Ganha força pela ciência.

• As propostas de Galton ficaram conhecidas


como "eugenia positiva".

• casamentos seletivos
• Eugenia negativa.
• Eliminação das futuras
gerações:geneticamente
incapazes.

• Testes de inteligência:
necessidade de separar
os deficientes dos “não”-
contribuição para
exclusão.
• Período de 1925 à 1950 – final da I Guerra Mundial
surge os serviços de reabilitação;
• Concepção genética de deficiência mental – perde
força;

• Influências ambientais – fatores etiológicos não


hereditários: infecções, traumatismos, problemas
endócrinos..

• Inicia-se a perspectiva de educação especial em vários


países.
• Período de 1950 à 1960 –
maior aceitação da pessoa
deficiente.

• Influência familiar e pressão


a profissionais.

• Surgem estudos e
pesquisas na área.

• Ainda institucionalizadas e
esterilizadas. Escola não
era para todos.
• Período de 1960 à 1970-
movimento dos direitos
humanos nos países
desenvolvidos.

• Nos EUA - garantiam o


atendimento educacional.

• Programas de intervenção
precoce.
• Família - estimularam novas legislações que
proporcionasse recursos para pesquisa, treinamento
profissional e tratamento, essas iniciativas influenciaram
vários países como o Brasil.

• Década de 1970 a 1980 - o movimento dos direitos


humanos ganha força.

• Nos EUA as leis garantiam o atendimento educacional,


irrestritamente, para as pessoas com deficiências,
sobretudo os mais comprometidos.
• Brasil sob a influencia dos EUA e de
países europeus começara a ser
organizados serviços para os
deficientes mas como iniciativas
isoladas e particulares despertando o
interesse de alguns educadores para
esse público.

• A inclusão da educação especial na


política educacional brasileira ocorre
por volta do final da década de 50
início da década de 60.

• Década de 70 à 80 – EUA leis


garantiam o atendimento educacional
aos deficientes.
• Década de 80 – mudanças e avanços na educação. Leis
apoiam e dão subsídios para os serviços de atendimento
aos deficientes.

• Década de 90 – tentativa de democratizar o ensino-


escola para todos – inclusão sem exclusão.

• Não há aceitação da exclusão dos alunos com deficiência


múltipla e severa.
• Não é mais permitido a
exclusão escolar dos
alunos que apresentam
deficiência.

• Escolas discriminatórias.

• Escolas vem buscando se


adequarem para atender
esses alunos conforme as
leis vigentes.
Educação Especial e a Educação Inclusiva no
cenário brasileiro

• A educação especial brasileira se constituiu fortemente


marcada pela institucionalização, desde a época do
império, que por meio das mobilizações sociais levam as
ações governamentais e com isso as mudanças
respaldadas pelas legislações.
Evolução na Educação
Especial- Brasil

1854 a 1956-iniciativas oficiais particulares isoladas. 1957 a


1993- iniciativas oficiais de âmbito nacional.

1854 a 1956- Marco- Fundação do Imperial Instituto dos


Meninos Cegos – RJ – Primeiro atendimento escolar
especial. Iniciativa do Governo Imperial de D. Pedro II em
1854.
• 1890- Decreto n. 408- passa a chamar Instituto Nacional
dos Cegos;
• 1891-Decreto n. 1.320 - a escola denominou-se Instituto
Benjamin Constant (IBC);
• D. Pedro II que através da Lei n. 839 de 1857, fundou
Imperial Instituto dos Surdos-Mudos – RJ;
• Através da Lei n. 3.198 passou a chamar-se Instituto
Nacional de Educação de Surdos – INES;

• Foi com a criação do IBC e do INES que houve a


possibilidade de discussão sobre a educação das
pessoas com deficiências no 1º Congresso de Instrução
Pública, em 1883.
Período 1957 a 1993 – iniciativas oficiais de âmbito nacional.

Governo federal principia suas ações buscando refletir as práticas da


educação especial;

Campanha para a Educação do Surdo Brasileiro pelo Decreto Federal


n. 42.728 em 1957 onde foi instalada o INES no Rio de Janeiro.

Em 1958, através do Decreto nº 44. 236 cria-se a Campanha Nacional


de Educação e Reabilitação de Deficientes da Visão.
Em 1960 com os movimentos das Sociedades Pestalozzi e APAEs do
Rio de Janeiro pelo Decreto n. 48.961 de 22 de setembro é instituída a
Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes
Mentais.
• Com essas ações, a Educação Especial adquire maior
atenção por parte do governo federal, com a criação de
órgãos como: o Grupo-Tarefa de Educação Especial
(1972), em 1973, é criado no MEC, o Centro Nacional de
Educação Especial – CENESP Centro Nacional de
Educação Especial - e a Secretaria de Educação
Especial - SESPE.

• “Políticas Especiais” - Necessário a consolidação das


Políticas Públicas através das legislações e normas.

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