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Alterações Celulares Reativas

Citologia Oncótica
Alterações celulares reativas do colo uterino

 representam uma ampla variedade de alterações morfológicas benignas e inespecíficas


decorrentes de injúria celular, inflamação ou infecção.

 Reparação
 Alterações Celulares Associadas ao Dispositivo Intrauterino (DIU)
 Alterações Celulares Associadas à Radioterapia
 Alterações Associadas à Deficiência de Ácido Fólico
Reparação

 É o processo de renovação celular que ocorre após destruição tecidual por diferentes
causas, como processos inflamatórios severos, biópsia, cauterização ou radioterapia
Reparação

 Características citológicas do processo de reparação:

• “Fundo” inflamatório.
• Agrupamentos unidirecionais de células com citoplasma abundante, de coloração variável,
delicado, às vezes com prolongamentos, com limites geralmente mal definidos. Células isoladas
são raras.
• Núcleos volumosos, redondos ou ovais, únicos ou múltiplos, com bordas regulares.
• Cromatina finamente granular.
• Nucléolo proeminente, único ou múltiplo, redondo a oval.
• Mitoses típicas às vezes.
Reparação

 a reparação deve ser diferenciada das neoplasias malignas, especialmente o carcinoma


escamoso não queratinizante de grandes células e o adenocarcinoma.

 Os principais pontos favorecem reparação:


• Ausência de diátese tumoral.
• Células isoladas raras ou ausentes.
• Relação núcleo/citoplasma baixa.
• Bordas nucleares lisas.
Reparação
Reparação
Reparação
Alterações Celulares Associadas ao DIU

 é um método contraceptivo de longa duração com grande eficácia. Ele é reversível, isto é,
depois de retirar o aparelho, a fertilidade da mulher volta ao normal.
 em algumas ocasiões se associa a alterações reativas das células endometriais,
endocervicais e/ou metaplásicas escamosas.

 Essas alterações envolvendo os núcleos podem ser significativas, simulando às vezes


neoplasias malignas, especialmente adenocarcinoma
Alterações Celulares Associadas ao DIU

 células endometriais podem descamar em qualquer época do ciclo menstrual


 Podem revelar grandes vacúolos citoplasmáticos, às vezes infiltrados por neutrófilos
(leucofagocitose),
 aumento nuclear com leve hipercromasia,
 alguns adensamentos de cromatina e nucléolo.
Alterações Celulares Associadas ao DIU

 células endocervicais, podem aparecer como células colunares grandes

 Hipervacuolizadas

 núcleos aumentados de volume com variação do tamanho e hipercromasia


Alterações Celulares Associadas ao DIU
Alterações Celulares Associadas ao DIU
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia

 Alterações citoplasmáticas:
• Vacuolização.
• Citomegalia.
• Policromasia (anfofilia) ou coloração pálida.
• Sobreposição ou infiltração leucocitária.
• Bordas citoplasmáticas mal definidas.
• Pseudocanibalismo.
• Projeções citoplasmáticas.
• Células gigantes multinucleadas.
• Células bizarras com alongamento do citoplasma e do núcleo.
• Histiócitos mono e multinucleados.
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia

 Alterações nucleares:
• Aumento nuclear.
• Anisocariose.
• Binucleação e/ou multinucleação.
• Macronucléolo que pode ser múltiplo.
• Cariorrexe e cariopicnose.
• Associação com processo de reparação.
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia
Alterações Celulares Associadas à Radioterapia

 Alterações nucleares:
• Aumento nuclear.
• Anisocariose.
• Binucleação e/ou multinucleação.
• Macronucléolo que pode ser múltiplo.
• Cariorrexe e cariopicnose.
• Associação com processo de reparação.
Alterações Associadas à Deficiência de Ácido Fólico

 A deficiência de ácido fólico é mais comum em mulheres pós-menopausadas, grávidas e


nas usuárias de contraceptivos orais.

 As alterações citológicas são às vezes similares àquelas associadas à radioterapia.


Alterações Associadas à Deficiência de Ácido Fólico

 Nos esfregaços citológicos:

• Macrocitose – aumento citoplasmático e nuclear (cerca de duas vezes o tamanho do núcleo


normal), com manutenção da relação nucleocitoplasmática.
• Prega longitudinal e dobramento nuclear.
• Bi ou multinucleação.
• Citoplasma pálido, às vezes com anfofilia.
• Vacuolização citoplasmática.
• Formas celulares bizarras, às vezes com projeções citoplasmáticas.
• Neutrófilos com núcleos hipersegmentados (seis ou mais lobos).
Alterações Associadas à Deficiência de Ácido Fólico
Alterações Associadas à Deficiência de Ácido Fólico
Alterações Associadas à Deficiência de Ácido Fólico
Alterações Celulares Reativas
Citologia Oncótica
Casos Clínicos
Citologia Oncótica
Caso

 Exame: Colpocitologia.
 Dados clínicos: 30 anos.
 Inspeção do colo: Normal.
 Descrição citomorfológica do caso – Figuras 1 e 2.
Caso
Caso
Caso
Caso
Caso

 Laudo técnico: Satisfatório.


 Metaplasia escamosa.
 Células escamosas atípicas de significado indeterminado, quando não se pode excluir lesão
intraepitelial de alto grau (ASC-H).
Caso 2:

 Exame: Colpocitológico 4 anos após a radioterapia.


 Dados clínicos: 40 anos. Colo ausente.
 Carcinoma de colo em 2001.
 Radioterapia.
 Descrição citomorfológica do caso – Figuras de 26 a 29.
Caso 2:
Caso 2:
Caso 2:
Caso 2:
Caso 2:

 Laudo técnico (citotécnico): Satisfatório.


 Células atípicas com efeito pós-radioterapia.
 Encaminhado ao citopatologista.
 Diagnóstico final (médico): Células escamosas displásicas, com efeito de radioterapia. Não se
pode afastar recidiva da lesão.

 Nova coleta, após seis meses


 Laudo técnico: Satisfatório.
 Células atípicas com efeito pós-radioterapia.

 Diagnóstico final (médico): Atipias celulares sugestivas de efeito pós-radioterapia.


Caso 3:

 Exame: Colpocitologia.
 Dados clínicos: 29 anos.
 Descrição citomorfológica do caso – Figuras de 33 a 37.
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:
Caso 3:

 Laudo técnico: Satisfatório. HSIL.

 Diagnóstico final (médico): HSIL.

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