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GESTÃO DE STOCKS
E INDICADORES
50 horas
Formador:
Objetivos
■ Identificar os princípios de gestão de stocks, sua avaliação
e controlo
■ Identificar os principais indicadores de gestão de stocks
■ Utilizar os principais instrumentos de controlo de gestão
de stocks
■ Efetuar a gestão interna de stock com vista á
otimização dos espaço, custo e tempo
■ Identificar e analisar os custos associados à gestão de
stocks
■ Implementar ações corretivas na gestão de stocks
1. Princípios de gestão de stocks
1.1 Definição e objetivos de gestão de
stocks
■ Gestão de stocks é uma ferramenta importante na empresa
para maximizar o resultado líquido
■ Manter um nível adequado de stocks para minimizar
custos e ainda manter a operacionalidade da empresa
■ Definição: conjunto de ações que visa manter o stock ao
mais baixo nível (quantidade e custo) e garantem ao
mesmo tempo o fornecimento regular da empresa e o
desempenho de tarefas como o aprovisionamento e
armazenamento
■ Objetivo: definir quais os produtos a serem encomendados,
a altura e a quantidade certa para o fazer
■ À gestão física dos stocks compete assegurar que as
operações realizadas com o material acontecem ao menor
custo e tempo oprtuno (desde que entra até que sai da
empresa)
■ Tarefas da gestão física:
- Rececionar o material aprovisionado
- Armazenar os matérias da forma mais eficaz
- Expedir os materiais armazenados (PA)
(pode estar num único órgão ou em vários, como Receção,
Armazém e Expedição)
Requisitos para uma gestão física de stocks eficiente
■ Proporcionar uma eficiente receção dos materiais
■ Dispor de meios adequados para movimentação e
transporte
■ Dispor de meios e espaço devidamente adequados ao
armazenamento e guarda
■ Possibilitar e facilitara saída rápida de armazém
■ Prever, organizar e manter a segurança de pessoas e bens
Exercício: Inidique uma forma de desempenhar cada requisito
■ Proporcionar uma eficiente receção dos materiais
- Boas condições para receção e tratar de burocracia administrativa
■ Dispor de meios adequados para movimentação e transporte
- Pavimentos em boas condições; corredores amplos
■ Dispor de meios e espaço devidamente adequados ao
armazenamento e guarda
- Áreas com boas condições de temperaturas, humidade e arejamento
■ Possibilitar e facilitara saída rápida de armazém
- Espaço curto para acesso; Boa localização e acesso ao material
e transporte
■ Prever organizar e manter a segurança de pessoas e bens
- Sinalização; sistema de deteção de fogos; sistema contra insetos
1,2 Tipos de materiais a armazenar
Métodos de identificação
■ Descritivo
■ Referencial
Codificação do material
■ 2ª etapa da catalogação (atribuição de um código)
■ Simplifica vários processos pois através de apenas um
código sabemos tudo sobre o material
Técnicas de codificação
■ Sistema numérico
■ Sistema alfabético
■ Sistema alfanumérico
Especificação da catalogação
■ Última etapa (fase em que se regista toda a informação; o
cadastro)
■ Objetivo:
- Simplificar e especificar concretamente o material
- Evitar erros no cadastro de materiais
- Facilitar a consulta de dados
2. Avaliação e controlo de stocks
2.1 Instrumentos de controlo de
gestão de stocks
■ Gestão de stocks diretamente ligado a sistemas de custeio
■ Produtos circulam pelos armazéns com diferentes valores
imputados ao setor
■ Qual o valor designado para um produto sair de armazém?
Qual o custo a ser imputado a uma secção? (3 critérios
para definir estes valores)
FIFO (first in first out)
■ Saem primeiro do armazém os produtos que estão há mais
tempo
■ Aplicado em empresa de rápida rotação de produtos
■ Vantagem: Simples e rápida aplicação prática
■ Desvantagem: sobre valorização das existências, o que faz
aumentar custos em tempos de inflação e o contrário
quando baixam os custos de aquisição
■ Baixo rigor
LIFO (Last in first out)
■ Utilização defensiva quando há pouca rotação de stocks e
em períodos de elevada taxa de inflação
■ Vantagem: Valoriza das saídas de acordo com os custos
mais recentes
■ Desvantagem: subavaliação dos stocks e manipulação de
resultados; não permite o cálculo correto da rotação devido
à manipulação do stock físico
Custo médio
■ Critério em que sempre que algo sai do armazém sai com
um custo associado a um determinado momento.
■ Também pode ser associado um preço médio
■ Custo médio móvel ponderado permite calcular o custo
médio unitário num determinado momento
■ CMP = (CSI+CE) / (QSI+QE)
CSI = Custo stock inicial CE = Custo de entrada
QSI = Quantidade stock inicial QE = Quantida entrada
Registo de entradas e saídas de
mercadorias
Inventário permanente
■ É possível fazer uma listagem de armazém e as respetivas
quantidades em qualquer momento
■ Quando se atualiza em qualquer movimento de
entrada/saída (e aplicando o respetivo critério
valorimétrico) é possível saber em qualquer instante as
quantidades presentes e os respetivos valores
■ Ulmente utilizado. Se houver apenas um sistema de
informação há uma gestão mais eficiente
Inventário intermitente
■ Realizado uma vez por ano no final do exercício
contabilístico
■ Engloba todos os artigos e gera um elevado trabalho que
perturba a atividade normal
■ Com este sistema o custo das existências vendidas e
consumidas só pode ser apurado após contagem final
■ Fácil aplicação mas não serve os propósitos de gestão,
visto depender de uma contagem física
Balanço
Galloway
• Matérias-primas ou bens de compra
• Produtos acabados
• Produtos em vias de fabrico (WIP – work in process)
• Consumíveis
• Componentes de substituição
Nigel Slack
• Stock de segurança
• Inventário de ciclos
• Stock de antecipação
• Stock de linha
Filosofias associadas à gestão de
inventários
• PUSH – Alocação de capacidade (fornecimentos)
com base na previsão de necessidades de cada armazém.
• PULL – Reabastecimento de cada armazém com
encomendas baseadas nas suas necessidades reais.
Disponibilidade de um produto
Modelos
Modelo Q
■ Quantidade encomendada é fixa e período varia
■ Determina o nível de stock onde a encomenda é posta no
mercado
■ Procura e tempo proporcionais (quando um é maior o
outro também)
Modelo P
■ Período de encomenda fixo, quantidade variável
■ Objetivo: restituir o stock a um nível máximo
Modelo de revisão contínua
■ Quantidade encomendada é fixa quando o nível de
stock atinge um certo ponto de encomenda
■ Está sujeito a uma revisão regular, apoiado por um
sistema automatizado de registo de Inputs e Output
■ Se ponto de encomenda alto, stock médio alto (assim
como custo de posse) e período alto
■ Se ponto de encomenda baixo, stock médio baixo
(possível rotura)
Este modelo é adequando quando:
• Elevada procura.
• Elevado preço de custo dos produtos.
• Disponibilidade permanente de stock no
fornecedor.
• Elevada importância dos produtos no stock para a
catividade da empresa.
Modelo de revisão periódica
■ Stock verificado em períodos de tempo iguais
■ Quantidade encomendada variável devido à quantidade
procurada no período anterior
■ Durante a verificação é observado o stock existente e
as encomendas. Se o stock for baixo, aumenta as
encomendas
■ Se o stock objetivo for alto, o stock médio aumenta
assim como os custo. Caso contrário pode haver rotura
■ Se o período de revisão for longo, as encomendas
diminuem, mas a quantidade e os custos das mesmas
aumentam
Modelo adequado quando existe
• Baixa variação da procura e do prazo de
aprovisionamento.
• Baixo preço de custo dos produtos.
• Interesse em encomendar um grupo do mesmo
fornecedor.
Modelo ponto de encomenda periódico
■ Quantidade de encomenda fixada na revisão, quando a
quantidade é igual ou inferior a um ponto de
encomenda
■ Pretende-se obter um nível de stock médio inferior ao
modelo de revisão periódica e avaliar custos
administrativos
Modelo de revisão periódica com linite minímo
■ No momento de revisão se o stock for igual ou inferior
ao ponto de encomenda faz-se uma encomenda,
calcula-se a quantidade pela diferença e o nível de
stock médio
Procedimentos de auditoria no
inventário
• Observar os procedimentos seguidos na contagem e registo
das quantidades
• Efetuar testes apropriados para determinar se os
procedimentos estão a ser devidamente seguidos
• Comparar os resultados dos seus testes com os inventários da
empresa
• Se a empresa regista as quantidades pelo SIPermanente e
efetua contagens cíclicas – observar periodicamente as contagens e
fazer testes seletivos às mesmas.
• Se a empresa não possui registos adequadas e efetua as
contagens no fim do exercício – as observações e testes às
contagens são nessa mesma data.
Fases da auditoria
■ Fase 1: Assistir ao planeamento de contagem
■ Fase 2: Observação de contagem
■ Fase 3: Encerramento de contagem
2.2 Gestão física, Gestão económica,
Gestão administrativa
Gestão física
Estuda a localização e o layout dos armazéns, assim como os
equipamentos usados. Pretende:
■ Minimizar os custos de armazenagem
■ Evitar a deteorização dos materiais
■ Faciliar a correta identificação dos materiais
■ Racionalizar as movimentações no armazém
■ Promover o correto fornecimento dos bens
Gestão administrativa
Pretende implementar e gerir um sistema administrativo que
permite:
■ O correto e oportuno registo de qualquer movimentação de
material no armazém
■ O controlo das quantidades existentes em cada momento
dos produtos em armazém
■ O conhecimento das quantidades de material ainda em
armazém, mas já comprometidas
■ As previsões de entregas de novos materiais
Gestão económica
Procura estudar as quantidades ótimas (máximas, médias e
mínimas) a manter em stock para conseguir um justo
equílibrio entre:
■ O montante financeiro imobilizado em stock
■ O custo de posse em armazém dos materiais
■ Uma elevada probabilidade de não ter stock obsoleto
■ Uma probabilidade aceitável de não existir rotura de stock
Tipos de stocks
Custos de passagem
■ Compreende os custos devido a procedimentos de compra
(remunerações e encargos com os agentes de
aprovisionamento), estado de mercado, despesas de
reposição, redução de encomendas, controlo de entregas e
prazos, relance aos fornecedores…
■ 1% a 2% do total dos custos
Custo de posse
■ Compreende o interesse financeiro dos capitais
imobilizados (10% a 15% dos custos) e os gastas de
armazenagem (5% a 10% dos custos)
■ Custo de funcionamento de armazém, a amortização dos
locais e equipamentos, seguros, seguro, perda por roubo ou
material obsoleto
Custos de rotura
Rotura na:
- fabricação: falta devido a falta de materiais para produzir
(rotura potencial e rotura real)
- Manutenção: falta de peças para orientar o processo
produtivo
Custo de rotura = ph(t2-t1)(PV-CV)
Ph – produção horária
PV – preço de venda
CV – custos variáveis
T1 – tempo de reparação com a peça existindo no stock
T2 – tempo para arrancar a instalação quando a peça não
existe no stock
2.5 Análise ABC/ Lei de Pareto
■ Simples e eficaz
■ Assegura a manutenção de stocks médios reduzidos
■ Conduz à incidência de esforço de gestão sobre os materiais
importantes
■ Não é viável nem aconselhável tratar todos os artigos da mesma
forma
■ Classifica os stocks em 3 grupos (A, B ou C), de acordo com a
percentagem de consumos anuais
Classe A
■ Grupo de artigos com maior valor de consumo anual
■ Pequeno nº artigos (15-20% do total de artigos)
■ 70-80% do valor anual de consumo total
Classe B
■ 20 a 25% do total do nº artigos
■ 10 a 15% do valor anual do consumo total
Classe C
■ 60 a 65% do nº total de artigos
■ 5 a 10% do valor anual do consumo
■ Classe A - Os artigos devem ser controlados
frequentemente de forma a manter existências baixas e
evitar ruturas.
■ Classe B - Os artigos devem ser controlados de forma
mais automatizada.
■ Classe C - Os artigos devem possuir regras de decisão
muito simples e totalmente automatizadas. Os níveis de
stock de segurança podem ser elevados de forma a
minimizar os inconvenientes de eventuais ruturas.
■ Nesta prática são lançadas frequentemente encomendas de
reposição para o grupo A, que permite:
- Para o mesmo consumo anual, manter os níveis médios de
stocks em valores baixos
- Gerir cuidadosamente os 20% dos itens e concentrar os
esforços de gestão nos 80% dos consumos totais anuais
A prática recomenda que:
- Nº de encomendas para o grupo A deve ser de 6 a 12
- Nº de encomendas para o grupo B deve ser de 3 a 4
- Sejam lançadas 1 a 2 encomendas para o grupo C (pode
adquirir-se quantidade acima da média, dado o preço unitário
baixo
Algoritmo de Análise ABC
■ (1) Ordenar os artigos por ordem decrescente de valor anual de
consumo
■ (2) Calcular o valor acumulado
■ (3) Calcular a percentagem de cada artigo (em valor)
■ (4) Calcular a percentagem acumulada (em valor)
■ (5) Calcular a percentagem acumulada de quantidade de
referências
■ (6) Classificação dos artigos (A,B ou C).
3. Custos associados à Gestão de
stocks
Custo de passagem
Ph – produção horária
PV – preço de venda
CV – custos variáveis
T1 – tempo de reparação com a peça existindo no stock
T2 – tempo para arrancar a instalação quando a peça não
existe no stock
3,1 Custo de colocação da encomenda
C2= A x N
Q
C3 – Custo de posse dos stocks
■ Corresponde ao custo de manter em stock uma unidade de um
determinado produto, durante um determinado período de
tempo
■ Deverá ser considerado o stock médio que será a média entre a
quantidade máxima e mínima do stock e, portanto metade da
quantidade encomendada (Sm=Q/2)
■ c = Custo de posse unitário
■ SM = Stock médio
■ C3 = c × SM
■ À medida que aumenta o n.º de encomendas, diminui o
custo de posse (C3);
■ Ao elevarmos o n.º anual de encomendas, aumentamos o
custo de efetivação (C2).
■ Desta forma é possível calcular a quantidade ideal a
encomendar em cada encomenda de forma a minimizar
custos
■ É feito de 3 formas
- Quadro
- Gráfico
- Fórmula de Wilson
Fórmula de Wilson
1. Calcular C1
10000x15= 150000€
2. Somar todos os custos
CT= c1+C2+C3= 150000+60+500=150560€
4 Indicadores de stocks444
4.1 Nível de serviço