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Sistemas de um grau de liberdade:

Vibrações forçadas – Casos especiais


de cargas impulsivas
Vibrações forçadas

Carga impulsiva

Considere-se uma carga do tipo:

Fase I: vibração forçada


P(t)

Fase II: vibração livre iniciada após a vibração


forçada, com condições iniciais obtidas a partir
do deslocamento e velocidade no instante em
JECC

t que acaba a fase I, .


t1
Fase I Fase II
Amortecimento: uma vez que a resposta
máxima é alcançada em um tempo muito
pequeno, as forças de amortecimento não
chegam a atuar.
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal
p(t)

Considere-se um meio impulso de carga senoidal da


figura. A resposta é dividida em duas fases:

p0 Fase I  Vibração forçada, durante o intervalo de tempo da


ação da carga
t
t1
t=t-t1 Fase II  Vibração livre
Fase I
Fase II

Fase I: Vibração forçada


𝑝𝑜 1
𝑥 ( 𝑡 )=¿𝑒
−𝜉𝜔 𝑡
( 𝐴 . 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝐷 𝑡+𝐵 . 𝑐𝑜𝑠 𝜔 𝐷 𝑡+¿
) 𝑘 2 2
[ ( 1 − 𝛽2 ) 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 −2 𝜉𝛽 𝑐𝑜𝑠 𝜔 𝑡 ]
( 1− 𝛽 ) + ( 2 𝜉𝛽 ) 2

C
𝑝𝑜 1
𝑥 ( 𝑡 )=¿( 𝐴 .𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡+𝐵 .𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡+¿
) [ 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 ] (3.36)
𝑘 ( 1− 𝛽2 )
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal

Considerando que o sistema parte do repouso , a partir da eq. (3.36) e sua derivada:

+ (3.36)

𝑝𝑜 𝜔
𝑥˙ ( 𝑡 )=𝜔 . 𝐴 . 𝑐𝑜𝑠 𝜔 𝑡 − 𝐵 . 𝜔 . 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 + [ 𝑐𝑜𝑠 𝜔 𝑡 ] (3.37)
𝑘 ( 1− 𝛽 2)

𝑝𝑜 𝛽
Para resulta 𝐵=0 𝐴=−
𝑘 ( 1 − 𝛽2 )

𝑃𝑜 1
𝑥 ( 𝑡 )= ( 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 − 𝛽 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 ) (3.38)
𝑘 1 − 𝛽2
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal

𝑃𝑜 1
𝑥 ( 𝑡 )= ( 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 − 𝛽 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 )
𝑘 1 − 𝛽2

𝑃𝑜 1
𝑥˙ ( 𝑡 )= ( 𝜔 𝑐𝑜𝑠 𝜔 𝑡 − 𝛽𝜔 𝑐𝑜𝑠 𝜔 𝑡 ) (3.38)
𝑘 1 − 𝛽2

Relação entre as respostas dinâmica e estática:

𝑥 (𝑡 ) 𝑥 (𝑡 ) 1
𝑅 ( 𝑡 )=
𝑥 𝑠𝑡
=
𝑃0 → 𝑅 ( 𝑡 )=
1− 𝛽
2
[ 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 − 𝛽 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡 ] (3.39)

𝑘
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal

Introduzindo parâmetros adimensionais ,

𝜋𝛼
𝜔𝑡≡
𝛽
a equação da fase I pode ser escrita como

𝑅 ( 𝛼 )=
[ ][
1
1 − 𝛽2
𝑠𝑒𝑛 𝜋𝛼 − 𝛽 𝑠𝑒𝑛
𝜋𝛼
𝛽 ] 0≤𝛼≤1 (3.40)

onde:

No caso especial de =1, aplica-se a regra de L´Hopital para contornar a indefinição:

1
𝑅 ( 𝛼 )= [ 𝑠𝑒𝑛 𝜋𝛼 − 𝜋𝛼 𝑐𝑜𝑠 𝜋𝛼 ] 0≤𝛼≤1 (3.41)
2
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal

Fase II: Vibração livre

Nesta fase o sistema vibra livremente e tem como condições iniciais as condições finais da fase I, ou
seja, seu tempo iniciará em e dependerá de ) e .
Utilizando a equação de um sistema em vibração livre não amortecida e sendo :

;
′ ′
(3.42)
𝑥˙ ( 𝑡 )= 𝐴 𝜔 𝑐𝑜𝑠 𝜔 𝑡 − 𝐵 𝜔 𝑠𝑒𝑛 𝜔 𝑡

𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 0 → 𝑥 ( 𝑡 =0 )= 𝑥 (𝑡 1 ) 𝑥
˙ (𝑡 1 )
𝐴′ = 𝐵′=𝑥(𝑡¿¿1)¿ (3.43)
˙ ( 𝑡 =0 )= 𝑥
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 0 → 𝑥 ˙ (𝑡 1 ) 𝜔

Substituindo, tem-se:

(3.44)
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal

Lembrando que:
𝑥 (𝑡 )
𝑅 ( 𝑡 )=
𝑃0
𝑘

Na fase II (a resposta pode ser obtida através da seguinte equação:

𝑅 ( 𝛼 )=
[ −𝛽
1− 𝛽
2 ] {( 1+𝑐𝑜𝑠
𝜋
𝛽 )
𝑠𝑒𝑛
𝜋
𝛽
( 𝛼 − 1 ) + 𝑠𝑒𝑛 (
𝜋
𝛽 ) [
cos
𝜋
𝛽
( 𝛼 − 1) ]} (3.45)

𝛼≥1
onde: =)

No caso especial de =1 a expressão resulta indeterminada e deve se recorrer à regra de L´Hopital:

𝑅 ( 𝛼 )= [ ]
𝜋
2
𝑐𝑜𝑠 [ 𝜋 (𝛼 − 1) ]
(3.46)
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal

Usando as equações (3.40) e (3.41) para a fase I e (3.45) 3 (3.46) para a fase II, é possível gerar a
relação entre as respostas para diferentes valores de . Os pontos de máximas respostas estão
representados por a, b, c, d e e.

R( )
Response ratio R(  )

c
d a b c d e
b
a e
h
g
f  = t / t1
1 2 3
-
t1

Phase I
Phase II
Vibrações forçadas
Carga impulsiva senoidal

Em termos de projeto interessa apenas o valor máximo. Assim, se ele ocorre na fase I:

𝑑𝑅 (𝛼)
𝑑𝛼
=
[
𝜋
1− 𝛽
2 ][ 𝜋
𝑐𝑜𝑠 𝜋𝛼 −𝑐𝑜𝑠 𝛼 =0
𝛽 ] (3.47)

𝜋 𝜋𝛼
𝑐𝑜𝑠 𝜋𝛼=𝑐𝑜𝑠
𝛽
𝛼 quando 𝜋𝛼=±
𝛽
+2𝜋 𝑛 𝑛=0 ,± 1 ,± 2 , …

2 𝛽𝑛
𝛼=
( 𝛽 ± 1)
𝑛=0 ,± 1 ,± 2 , …

[ ] [( )] [ ][ ( )]
2 1/ 2 1/ 2

𝑅𝑚 á 𝑥 =
−𝛽
1− 𝛽
2
1+ 𝑐𝑜𝑠
𝜋 2
𝛽 ) (
+ 𝑠𝑒𝑛
𝜋
𝛽
=
−𝛽
1− 𝛽
2
2 1+𝑐𝑜𝑠
𝜋
𝛽 (3.48)

Sendo
(3.49)
Vibrações forçadas

Carga impulsiva retangular

p(t)
Da mesma forma que no caso anterior, a resposta será dividida
em duas fases:

Fase I  Nesta fase a carga se mantém constante e a solução


particular se dá através da deflexão estática
p0
𝑝0
𝑥 𝑝= 𝑅 𝑝=1
𝑘
t
t1
t=t-t1
Usando este resultado, a solução geral é:
Fase I
Fase II

[
𝑅 ( 𝛼 )= 1− 𝑐𝑜𝑠 2 𝜋 ( )
𝑡1
𝑇
𝛼
] 0≤𝛼≤1

𝛼=𝑡 /𝑡 1 𝜔 𝑡=2 𝜋 ( 𝑡 1 / 𝑇 ) 𝛼 (3.50)


Vibrações forçadas

Carga impulsiva retangular

Fase II: Usando a equação de vibração livre e utilizando as condições finais da fase I , a vibração livre
desta fase é dada por:

(
𝑅 ( 𝛼 )= 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜋
𝑡1
𝑇 ) [
𝑐𝑜𝑠 2 𝜋
𝑡1
𝑇 ]( 𝑡
𝑇 )
𝑡
[
( 𝛼 − 1 ) + 𝑠𝑒𝑛 2 𝜋 1 𝑠𝑒𝑛 2 𝜋 1 ( 𝛼 − 1 )
𝑇 ] 𝛼≥1

𝑡1
2𝜋 ( 𝛼 − 1 )= ω( 𝑡 − 𝑡 1 )
𝑇 (3.51)
Vibrações forçadas

Importante:

É importante conhecer o pico de resposta da estrutura, o qual pode ser efetuado considerando máximos das
funções

A partir das considerações, identifica-se a relação entre a frequência da excitação e a frequência natural da
estrutura, ou mais precisamente, a relação entre os períodos de excitação (impacto) e da estrutura.

𝜔 2 𝜋 / 𝑇 𝑒𝑥𝑐𝑖𝑡𝑎 çã 𝑜
𝛽= =
𝜔 2 𝜋 / 𝑇 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙

𝐼 𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎çã 𝑜
𝐼𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎çã 𝑜

𝑀á𝑥𝑖𝑚𝑎𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑎𝑓𝑎𝑠𝑒𝑑𝑒𝑣𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒

Essas relações são importantes para se chegar ao gráfico prático de fatores de amplificação dinâmica
em função da relação entre a duração do impacto e o período natural do sistema:

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