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CONSTRUÇÕES

DE MUNDO
“Conhecimento é poder”: preservação e
transmissão do conhecimento
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Os seres humanos
tendem a reconhecer
o valor do
conhecimento e
buscam formas de
acessá-lo (p.18).
“Conhecimento é
poder”. Essa frase
está na obra Leviatã
(1668) de Thomas
Hobbes (1588-1679).
Thomas Hobbes nos faz pensar que o conhecimento é
uma ferramenta poderosa. A ideia por trás da frase é que,
quanto mais conhecimento uma pessoa tiver, mais
possibilidades ela terá de tomar decisões assertivas e
controlar as circunstâncias do mundo em que vive (p.18).
Justamente por ser uma ferramenta de poder, o
conhecimento esteve sob a proteção de alguns grupos na
sociedade em diferentes momentos da História (p.19).
Inicialmente, o
conhecimento
produzido era
transmitido de
forma oral.
Mas, com o
desenvolvimento da
escrita, seu registro e
arquivamento, em
algumas sociedades, foi
sendo destinado a
acervos (p.19).
A Igreja Católica, durante a Idade Média europeia, teve papel
importante como guardiã do conhecimento. Muitos dos textos antigos
de Filosofia e Literatura foram preservados em bibliotecas de igrejas
e mosteiros, onde monges transcreviam livros à mão, ajudando a
preservar o conhecimento para as gerações futuras (p.19).
Durante a Idade Média, a Igreja Católica, achava-se
“protetora” e “detentora” (dona) do conhecimento produzido
pela humanidade. Acreditando que tinha o poder de
“decidir”quais saberes eram válidos e quais poderiam ser
acessados.
A Igreja rejeitou conhecimentos considerados
ameaçadores, como por exemplo, a Teoria Heliocêntrica
de Galileu Galilei, que afirmava que a Terra girava em
torno do Sol (Hélio em grego, significa Sol).
A Igreja Católica procurava
combater as ideias ou
conhecimentos que fossem
contrárias às defendidas por ela.
Nesse contexto, a Igreja por
questões religiosas, defendia a
teoria Teocentrica (Teo, Deus em
grego) e do Geocentrismo (Geo,
signica Terra).
Atualmente, existe grupos de pessoas chamadas de
terraplanistas, porque acreditam que a superfície da Terra é plana
e está parada (não se move), o Sol e a Lua seriam menores e
mais próximos do que os cientistas dizem (e o Sol e a Lua se
moveriam em seus próprios padrões).
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Mito, lógica e razão na
193021534022071322/ aquisição do conhecimento
(p.20)
Os diferentes povos, a partir
de sua cultura local,
procuravam explicar os
fenômenos da natureza
(chuva, sol, primavera,
outono), acreditando ser
ações de deuses que
habitavam a natureza.
Essa atitude
de tentar
desvendar e
explicar as
ações que
ocorriam na
Terra, deu
origem a uma
série de
religiosidades
(mitologias).
Mitologia: Conjunto de crenças e narrativas de um
determinado povo. A mitologia explica, por exemplo, o
nascimento do Universo, os fenômenos da natureza e o
comportamento das pessoas.
O mito e as origens do
Universo (p.23)
O pensamento mítico
(deuses) também serve
para explicar o
surgimento do Universo.
Cada povo desenvolveu
sua própria
“Cosmogonia” (cosmo:
universo / gonia:
origem).
A Cosmogonia mais
conhecida por nós é a
judaico cristã, descrita na
Gênesis (Primeiro livro da
Bíblia).
Já os gregos,
explicam o
“nascimento do
Universo” por meio
do poema Teogonia
(Teo: deus / gonia:
origem) (p.23).
Na Cosmogonia Iorubá, de
origem africana e tradição
oral, o senhor do Universo,
Elodumare, que está cheio
de energia, explode e daí,
surge a água, a terra, o ar,
o fogo e os outros
elementos (p.23).
Já os estudos científicos, vai afirmar que, a Terra teria se formado
por volta de 4,6 bilhões de anos, resultado de uma grande explosão
cósmica chamada “Big Bang”.
ATIVIDADE (Copiar as perguntas no caderno)

1. Por que o Conhecimento adquirido pelos estudos,


pode proporcionar o poder? Justifique. (3 linhas)

2. Como a Igreja Católica usava o controle do


conhecimento para tirar vantagens sociais, político
e econômica durante a Idade Média? Justifique
em seu caderno (4 linhas)

3. Considerando as teorias sobre a criação do


Universo: as míticas e a natural (Big Bang), é
possível afirmar que, uma é melhor que a outra?
Justifique no caderno. (4 linhas)
A passagem do mito para a razão (p.24)
A partir do século VII a. C., na Grécia, o filósofos procuravam
explicar os fenômenos da natureza (inverno, verão, outono,
primavera), não mais pelos mitos, mas pela observação do ocorria
na própria natureza.
Os filósofos naturalistas, buscam explicar as ações da
natureza pelas observações e as investigações científicas,
não mais aceitando as explicações por meio do
Pensamento Mítico” (onde tudo era explicado por meio das
ações dos mitos ou deuses)(p.24).
Porém,
mesmo após
o surgimento
dos filósofos
na Grécia, o
pensamento
mítico
continuou
tendo
importância
na vida das
pessoas.
Portanto, passou a existir duas
formas de interpretar o
mundo: Uma por
“conhecimento científico” e a
outra, por “conhecimento
mítico/religioso”.
Se quisermos pensar a questão do mito com menos rigor,
podemos considerar alguns rituais populares (censo comum)
presente na cultura, como bater na madeira para evitar a má-
sorte, tomar banho de sal grosso para lavar as energias
negativas, vestir roupas com determinadas cores para atrair paz,
dinheiro, amor e etc. (p.25).
1. Como definir a “Teoria Heliocéntrica” defendida por Galileu
Galilei? (2 linhas)

2. Como a Igreja explicava a “Teoria Geocéntrica” na Idade


Média? (3 linhas)

3. Como os diferentes povos, procuravam explicar os


fenômenos da natureza? Justifique. (3 linhas)

4. O que é Mitologia? (5 linhas)

5. Na Cosmogonia Iorubá, como o Universo surgiu? (5 linhas)

6. Qual o papel desempenhado pelos filósofos naturalistas (5


linhas)

7. Com base em nossas aulas, quais são as duas formas de


interpretar o mundo?
TECNOLOGIAS,
ESPAÇOS,
TEMPOS E
CONHECIMENTO
(p.28)
O acúmulo de
conhecimentos,
mesmo de
forma oral, fez
com que os
grupos
humanos se
organizassem
em sociedades
complexas.
Por meio do conhecimento oral na Antiguidade, foi
possível ensinar como construir armas para caçar, como
fazer fogueira...
...o
conhecimento
oral também foi
utilizado para
decifrar os
desenhos nas
paredes das
cavernas...
...estratégia de caça aos grandes animais, ensinar a pescar...
...construir as primeiras moradias e desenvolver a agricultura.
Dessas sociedades complexas, que descobriram como
fazer o fogo, as armas para caçar, a pesca, as moradias e a
agricultura. Portanto, surge então a “Civilização”.
Civilização: É uma sociedade humana que estabelece
regras, normas, leis, idioma, costumes e religiosidade (p.28).
Os primeiros grupos humanos (p.28)
Os primeiros seres humanos surgiram no leste da África.
Ao se
desenvolverem na
África, esses
grupos cresceram
e se deslocaram
para outras
regiões.
Devido as dificuldades encontradas nos locais que habitavam,
esses grupos humanos começaram a se deslocar para outras
terras, ocupando gradativamente os continentes.
Na pratica da caça, ocorreu também a domesticação de
alguns animais, como o cachorro, as ovelhas, o cavalo e o
gado (utilizados para puxar o arado nas áreas agrícolas).
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No processo de domesticação dos animais, muitos foram criados


para reprocriar e posteriormente, serem usados como trocas,
sacrifícios aos deuses e sua carne, ser consumida pela
comunidade.
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No continente
africano, os seres
humanos, como
estratégia de
segurança e
sobrevivência,
passaram a viver
em pequenos
grupos que,
diariamente se
articulavam em
busca de
alimentos (p.28).
A caça, a pesca e a
coleta de plantas, frutos
e raízes, exigiam grande
esforço e dedicação, já
que a natureza era hostil
à esses seres humanos
(p. 28).
Muitos dos instrumentos para caçar e pescar, foram criados
conforme a necessidade. Pedras lascadas, após afiadas, tornavam-
se as pontas das lanças, flechas e machadinhas (p.28).
O uso e o domínio do fogo, permitiram o aquecimento e a iluminação
das moradias nas cavernas, o cozimento dos alimentos e o
manuseio e confecção dos metais e do barro (p.29).
Revolução Agrícola (p.29)
Os grupos humanos que eram
nômades (viviam mudando de lugar
em busca de território melhor para
viver), após descobrirem a prática da
agricultura, passaram a se tornar
sedentários (morarem em um local
por muitos anos ou décadas).
A agricultura passou a ser praticada após observarem que,
as frutas e sementes, em contato com o solo, germinavam e
geravam novas plantas (p.29).
A fim de que a agricultura fosse praticada, os grupos humanos
passaram a morar próximo aos rios. Esses rios, forneciam água
para beber, para irrigar a plantação, para a pesca e para dar os
rebanhos (p.29).
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Os rios também
passaram a ser utilizados
para o deslocamento de
pessoas e mercadorias
(p.29).
Aldeias
Cidades

Com a prática da Vilas


agricultura e a
sedentarização, os seres
humanos construíram as
primeiras aldeias e vilas
próximas aos rios, lagos e
mares. É nessa dinâmica
que surgem as primeiras
cidades (p.29).
Em volta das primeiras cidades, foram construídas muralhas
para proteger a população de invasões. Por estarem próximos
aos rios (terras boas para agricultura), as cidades eram
cobiçadas por outros povos.

MUROS
Povos da Antiguidade e
as representações do
céu (p.33)
Desde as primeiras
sociedades, os seres
humanos observavam os
elementos da natureza
como por exemplo: as
estrelas, as estações do
ano, as fases da Lua...
...os raios do Sol, os
períodos de chuvas, calor
intenso, o cair da neve e
o florescer das plantas e
árvores.
Eufrates https://www.artstation.com/artwork/g2ArNL

Tigre

Os povos da Mesopotâmia, buscavam entender e controlar


as enchentes dos rios Tigre e Eufrates, dando início aos
estudos de Astronomia ao observarem a rotação do Sol ou
nas fases da Lua (p.33).
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Os sacerdotes também fizeram uso dos estudos astronômicos


para ler a sorte e o futuro dos indivíduos.
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O
conhecimento
do céu
também
estava ligado
ao
misticismo,
como
tentativa de
prever o
futuro e se
conectar aos
deuses
(p.33).
Etnocentrismo e eurocentrismo (p.34)
Ao longo da formação das sociedades humanas, os diversos povos
construíram sua identidade e visão de mundo, a partir de onde eles
moravam e de qual cultura com qual se identificava. À esse
pensamento, chamamos de “etnocentrismo”.
Quando povos com culturas diferentes
entram em contato, as diferenças entre
elas causam estranhamento. Nesse
momento se estabelece uma hierarquia
cultural, com cada um dos povos
considerando sua cultura mais valiosa e
“desenvolvida” (p.34).
O etnocentrismo, entre os século XV e XIX, sofre mudanças.
Com as Grandes Navegações promovida pelos países
europeus, a política, a economia e a cultura europeia, serão
impostas aos diversos povos, colocando-se como superiores
aos demais povos do mundo (p.35).
Esse processo de imposição, foi chamado de “eurocentrismo”.
Foi nesse contexto, entre os séculos XV e XX, que ocorrerão
os movimentos “Colonialistas” e “Neocolonialistas”. Processos
de contato e dominação territorial dos europeus aos povos da
África, América e Ásia (p.35). FIM

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