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Aula 4
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FÉRIAS
Direito a férias
Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um
período de férias, sem prejuízo da remuneração. Computa-
se esse período, inclusive, como tempo de serviço, na
seguinte proporção:
Direito de férias proporcionais
Férias proporcionais Até 5 faltas 6 a 14 faltas 15 a 23 faltas 24 a 32 faltas
1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia
2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias
3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias
4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias
5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias
6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias
7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias
8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias
9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias
10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias
11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias
12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias
Faltas justificadas
São faltas legais e justificadas, consideram-se dias úteis:
Até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua
Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua
dependência econômica;
Até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;
Por 5 dias, em caso de nascimento de filho;
Por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação
voluntária de sangue devidamente comprovada;
Até 2 dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da
lei respectiva;
No período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar
referida na letra “c” do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do
Serviço Militar);
Quando for arrolado ou convocado para depor na justiça;
Durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de
maternidade ou aborto. Observados os requisitos para percepção do salário-
maternidade custeado pela Previdência Social;
Por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo INSS. Exceto
se estiver afastado por período maior que 6 (seis) meses, embora descontínuos,
dentro do período aquisitivo;
Justificada pela empresa entende-se a que não tiver determinado o desconto do
correspondente salário;
Durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão
preventiva, quando for impronunciado ou absolvido;
Nos dias em que não tenha havido serviço, salvo quando durante o período aquisitivo o
empregado tenha deixado de trabalhar, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta)
dias;
As horas em que o empregado faltar ao serviço para comparecimento necessário como
parte na Justiça do Trabalho (enunciado TST 155);
O dia em que tenha faltado para servir como jurado (artigos 430 e 434 CPP);
Os dias em que foi convocado para serviço eleitoral (Lei nº 4.737/65);
Os dias em que foi dispensado devido à nomeação para compor as mesas receptoras ou
juntas eleitorais nas eleições, ou requisitado para auxiliar seus trabalhos (Lei nº 9.504/97);
Os dias de greve, desde que haja decisão da Justiça do Trabalho para dispor que, durante a
paralisação das atividades, ficam mantidos os direitos trabalhistas (Lei nº 7.783/89);
Período de frequência em curso de aprendizagem (DL nº. 4.481/42 e 9.576/89);
Nos dias em que, comprovadamente, realizar provas de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior;
Pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em juízo;
Greve lícita, se deferidas as reivindicações formuladas total ou parcialmente, pelo
empregador ou pela Justiça do Trabalho;
Para os professores, no decurso de 9 dias, as faltas verificadas por motivo de gala
(casamento) ou de luto, em consequência de falecimento do cônjuge, do pai, da mãe, ou de
filho;
Outras convencionadas em acordo, convenção coletiva ou dissídio coletivo.
Perda do direito de férias
Perderá o direito às férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua
saída;
Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;
Deixar de trabalhar, com percepção do salário por mais de 30 (trinta) dias em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa. Neste caso, a empresa comunicará ao
órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e
de fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa. E, em igual prazo, comunicará
nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional. Bem como afixará
aviso nos respectivos locais de trabalho;
Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-
doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
Concessão de férias
A época da concessão das férias corresponderá ao melhor período
de interesse do empregador, salvo as exceções. O início das férias
não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de
compensação de repouso semanal, conforme Precedente Normativo
TST 100, adiante reproduzido:
PRECEDENTE NORMATIVO Nº. 100 – Férias. Início do período de
gozo (positivo). O início das férias, coletivas ou individuais, não
poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de
compensação de repouso semanal.
Cancelamento ou adiantamento de
férias
O início das férias só poderá ser cancelado ou modificado
pelo empregador se ocorrer necessidade imperiosa.
Fracionamento do período
As férias deverão ser concedidas por ato do empregador,
em um só período, durante o período concessivo. Apenas
em casos excepcionais, as férias poderão ser concedidas em
2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10
(dez) dias corridos.
Formalidades para a concessão
Comunicação ao empregado