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Rede

urbana
A rede urbana expressa a
interdependência entre as diversas
cidades (Lugares centrais) e a sua
posição hierárquica, de acordo com a
sua população, as funções que exerce
(centralidade) e a sua área de
influência.
Função Central: atividade de comércio ou serviço que ocupa
uma determinada posição (Hospital, Universidade,
Livraria…);
Lugar Central: Localidade que possui funções centrais.
(Cascais, Parede, Lisboa…);
Centralidade: de acordo com o tipo e o nº de funções que o
lugar central possui;
Área de influência: Área servida por um lugar central
Raio de eficiência: Distância razoável de deslocação para
aquisição de um bem central (custo da deslocação não pode ser
maior que o bem adquirido)
Bens raros: produtos / serviços de utilização pouco
frequente e com maior raio de eficiência
Bens banais: Prod. / serv. de utilização frequente e de menor
raio de eficiência.
Internet através da Amazon ou outras lojas virtuais põem em causa a noção de função central e de lugar central
+ população ↔ + funções centrais
(mais bens raros) ↔ >
centralidade ↔ > área de influência = >
importância hierárquica na rede urbana
.
No Concelho de Cascais, o lugar central com
maior raio de influência é a vila de Cascais, que
tem funções centrais com área de influência
sobre todas os lugares centrais (povoações) do
concelho ( Hospital, Tribunal, serviços
camarários…), mas que se integra na área de
influência de Lisboa (lugar central), dado que
depende de funções centrais tais como hospitais
para situações + especializadas, serviços
altamente especializados (jurídicos, legislativos…)
Dependendo do ponto de vista: Rede urbana portuguesa =

• Macrocéfala/
Macrocefalia (liderança LX)

• Monocêntrica (A.M.
cerca 30% da pop. do país)

Bicéfala / Bicefalia
(liderança de duas cidades
(ainda que desiguais)

• Bipolar (duas grandes


áreas metropolitanas )
Centralidade
• Qual o problema do interior estar
maioritariamente povoado por cidades
pequenas?

Qual o problema da grande


concentração das maiores cidades
nas A.M. e, ainda que em menor escala, no
litoral?
Conceitos teóricos

Economias de escala: aumentam de acordo com


o volume da produção/ venda
(exemplo: sai mais barato, por unidade, produzir 1000 peças em
máquinas sofisticadas do que 2 ou 3 peças artesanais, ou um
hipermercado comparativamente a uma mercearia )

Economias de aglomeração: aumentam de


acordo com a divisão de custos com outras
unidades produtivas ou de vendas e com a
complementaridade de utilização de
infraestruturas
(exemplo: um cinema com 10 salas em comparação com um de
uma só sala)
O papel das cidades médias

Face à sua raridade, as cidades médias do interior


assumem uma posição muito importante.

O que é uma cidade média?


À escala europeia: entre 100 000 e 250 000 habitantes
o que no caso de Portugal implicaria que a maioria do território não teria qualquer cidade média.

(em Portugal considera-se adequado entre 20 000 e 100 000)

Mas há quem considere: o + importante é o critério funcional – cidade


intermédia - entre as de nível superior (as poucas grandes cidades
com muitas funções raríssimas) e as de nível inferior (aquelas que tem
poucas funções raras e que são a maioria das cidades portuguesas).
Países/Organizações Critérios numéricos
Comissão Europeia 100 000 / 250 000
Relat. Europa 2000 + 20 000 / 500 000
Portugal e França 20 000 / 100 000
Alemanha e R. Unido 150 000 / 600 000
Critério Funcional
Ministério do Planeamento e Nível 3² (funções) -
Administração do Território.
Português intermunicipal
Finisterra, XXXVII, 74, 2002

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