Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Classificação botânica
Família: Poaceae;
Subfamília: Panicoideae;
Tribo: Andropogoneae;
Subtribo: Tripsacinae;
Gênero : Zea;
Espécie: Zea mays.
Jesion Geibel da Silva Nunes
Cultura do Milho
Milho Safrinha
É o milho de sequeiro
semeado de janeiro a
março, em sucessão a
cultura de verão, quase
sempre a soja, sob
condições ambientais
peculiares.
VEGETATIVO REPRODUTIVO
VT: Pendoamento
Antes do Plantio
O que fazer?
Planejamento
Antes do Plantio
O que fazer?
Planejamento
Híbrido
Espaçamento
Profundidade
Híbrido
Fertilidade do solo;
Ciclo da cultivar;
Época de semeadura;
Espaçamento.
Espaçamento
Híbrido de milho;
Disponibilidade hídrica;
Espaçamento
Espaçamento
X
Híbridos
(Fonte: Pioneer)
Espaçamento
X
Híbridos
Espaçamento
Qual espaçamento utilizar?
Cada híbrido de milho possui uma
recomendação adequada de espaçamento;
Estádio VE - Emergência
Em condições normais de campo, as sementes plantadas absorvem água, incham
e começam a crescer. A radícula é a primeira a se alongar, seguida pelo coleoptilo
com plúmula incluída. O estádio VE é atingido pela rápida elongação do mesocótilo
o qual empurra o coleoptilo em crescimento para a superfície do solo.
Temperatura
Emergência da planta ocorre dentro de 4 a 5 dias.
Umidade
Temperatura
Germinação pode demorar duas semanas ou mais.
Umidade
Estádio VE - Emergência
Fonte: Embrapa
Estádio V3
Todas as folhas e espigas que a planta eventualmente irá produzir estão sendo
formadas no V3. Pode-se dizer, portanto, que o estabelecimento do número
máximo de grãos ou a definição da produção potencial estão sendo definidos
neste estádio. No estádio V5 tanto a iniciação das folhas como das espigas vai
estar completa e a iniciação do pendão já pode ser vista microscopicamente na
extremidade de formação do caule, logo abaixo da superfície do solo (Magalhães
et al. 1994) .
Estádio V3
Estádio V3
Estádio V6
Estádio V6 (Seis folhas desenvolvidas) - Neste estádio, o ponto de crescimento e
pendão estão acima do nível do solo (Magalhães et al., 2007), o colmo está
iniciando um período de alongação acelerada. O sistema radicular nodal
(fasciculado) está em pleno funcionamento e em crescimento.
Neste estádio, pode ocorrer o aparecimento de eventuais perfilhos (ou até mesmo
em estádios anteriores), os quais encontram-se diretamente ligados à base
genética do cultivar, ao estado nutricional da planta, ao espaçamento adotado, ao
ataque de pragas; ao estresse hídrico e às alterações bruscas de temperatura
(baixa ou alta). No entanto, existem poucas evidências experimentais que
demonstram a sua influência negativa ou positiva na produção (Magalhães et al.
1995; Magalhães et al., 2010).
Estádio V6
Estádio V6
Estádio V9
Nesse estádio, muitas espigas são facilmente visíveis se for feita uma dissecação
da planta. Todo nó da planta tem potencial para produzir uma espiga, exceto os
últimos 6 a 8 nós abaixo do pendão. Assim, uma planta de milho teria potencial
para produzir várias espigas; porém, apenas uma ou duas (caráter prolífico)
espigas conseguem completar o crescimento.
Estádio V9
Estádio V12
Estádio V12
Estádio V15
Estádio V15
Estádio V18
Híbridos não prolíficos produzirão cada vez menos grãos com o aumento da
exposição ao estresse. Porém, tendem a render mais que os prolíficos em
condições não estressantes. Os prolíficos, por sua vez, tendem a apresentar
rendimentos mais estáveis em condições variáveis de estresse, uma vez que o
desenvolvimento da espiga é menos inibido pelo estresse (Thomison & Jordan
1995).
Estádio V18
O número de óvulos que será fertilizado é determinado neste estádio. Óvulos não
fertilizados, evidentemente, não produzirão grãos. Estresse ambiental nesta fase,
especialmente no hídrico, causa baixa polinização e baixa granação da
espiga, uma vez que, sob seca, tanto os “cabelos” como os grãos de pólen
tendem à dissecação (Bruce et al., 2002). Não se deve descuidar de insetos
como a lagarta-da-espiga que se alimentam dos “cabelos”. Devem-se combater
essas pragas, caso haja necessidade. A absorção de potássio nesta fase está
completa, enquanto nitrogênio e fósforo continuam sendo absorvidos.
Os grãos nesta fase apresentam rápida acumulação e matéria seca e com cerca
de 80% de umidade, sendo que as divisões celulares dentro do endosperma
apresentam-se essencialmente completas. O crescimento a partir daí é devido à
expansão e enchimento das células do endosperma com amido.
Este estádio é alcançado com cerca de 20 a 25 dias após a emissão dos estilo-
estígmas, os grãos continuam se desenvolvendo rapidamente, acumulando amido.
O fluído interno dos grãos passa de um estado leitoso para uma consistência
pastosa, e as estruturas embriônicas de dentro dos grãos encontram-se já
totalmente diferenciadas. A deposição de amido é bastante acentuada,
caracterizando desse modo um período exclusivamente destinado ao ganho
de peso por parte do grão.
Alguns genótipos do tipo “duro” não formam dente, daí este estádio nos referidos
materiais é mais difícil de ser notado, podendo ser apenas relacionado ao aumento
gradativo da dureza dos grãos.
Materiais destinados a silagem devem ser colhidos neste estádio, pois as plantas
apresentam em torno de 33% a 37% de matéria seca. O milho colhido nesta fase
apresenta as seguintes vantagens: apesar do decréscimo na produção de matéria
verde, obtém-se significativo aumento na produção de matéria seca por área;
decréscimo nas perdas de armazenamento, pela diminuição do efluente, e
aumento significativo no consumo voluntário da silagem produzida (Fancelli &
Dourado Neto, 2000). Sementes colhidas neste estádio com 50% do endosperma
sólido apresentam grande qualidade fisiológica (Faria et al., 2002).
Efeitos do estresse
Intensidade
Genética da planta
Estresse Abiótico
Condições Climáticas
Estresse Abiótico
Temperatura
A planta de milho precisa acumular quantidades
distintas de energia ou simplesmente unidades
calóricas necessárias a cada etapa de crescimento e
desenvolvimento. A unidade calórica é obtida através
da soma térmica necessária para cada etapa do ciclo
da planta, desde o plantio até o florescimento
masculino. O somatório térmico é calculado através
das temperaturas máximas e mínimas diárias, sendo
30ºC e 10ºC, respectivamente, as temperaturas
referenciais para o cálculo. Com relação ao ciclo, as
cultivares são classificadas em normais ou tardias,
semiprecoces, precoces e superprecoces. As
cultivares normais apresentam exigências térmicas
correspondentes a 890-1200 graus-dias (G.D.), as
precoces, de 831 a 890 e as superprecoces, de 780
a 830 G.D.
Estresse Abiótico
Umidade
A planta absorve água do solo para atender às
suas necessidades fisiológicas e, com isto,
suprir a sua necessidade em nutrientes, que são
transportados junto com a água sob a forma de
fluxo de massa. Do total de água absorvida pela
planta, uma quantidade bem reduzida (cerca de 1%)
é retida pela mesma. Embora possa-se pensar
que há desperdício, na verdade isso não ocorre,
pois é pelo processo da transpiração (perda de
calor latente) que os vegetais controlam a sua
temperatura (Klar, 1984; Magalhães et al. 1995).
Estresse Abiótico
Radiação Solar
Estresse Biótico
Pragas
Doenças
Estresse Biótico
Pragas
Pragas subterrâneas ou pragas de solo ou
pragas de sementes e raízes;
Pragas do colmo;
Pragas
Pragas subterrâneas ou pragas de
solo ou pragas de sementes e raízes:
Larva-arame;
Cupins;
Corós, Pão-de-galinha;
Larva-alfinete;
Larva-angorá;
Vaquinhas;
Percevejo-castanho.
Pragas
Pragas iniciais que ocorrem após a
germinação e/ou vivem na superfície
do solo:
Lagarta-elasmo;
Tripes;
Percevejo-barriga-verde;
Percevejo-verde;
Cigarrinha-do-milho;
Lagarta-rosca.
Pragas
Pragas da parte aérea (colmo
e folhas):
Lagarta-militar ou curuquerê-dos-
capinzais;
Lagarta-do-cartucho;
Cigarrinha-das-pastagens;
Cigarrinhas;
Pulgão-do-milho;
Percevejos, tripés e formigas
cortadeiras.
Fonte: Embrapa (2015)
Pragas
Pragas do colmo:
Broca-da-cana-de-açúcar;
Cupins.
Lagarta-da-espiga;
Lagarta-do-cartucho;
Mosca
Fonte: Embrapa (2015)
Pragas
Lagarta-do-cartucho ou lagarta-militar – Spodoptera frugiperda
Pragas
Lagarta-da-espiga – Helicoverpa zea
Pragas
Lagarta-do-velho-mundo – Helicoverpa armigera
Pragas
Broca da cana-de-açúcar – Diatraea saccharalis Fabricius
Pragas
Broca-do-colo (lagarta-elasmo) – Elasmopalpus lignosellus
Pragas
Lagarta-rosca – Agrotis ipsilon
Pragas
Lagarta-do-trigo – Pseudaletia sequax
Pragas
Pulgão-do-milho – Rhopalosiphum maidis
Pragas
Cigarrinha-do-milho – Dalbulus maidis
Pragas
Percevejo-barriga-verde – Dichelops furcatus
Pragas
Percevejo-barriga-verde – Dichelops melacanthus
Pragas
Percevejo-marrom – Euchistus heros
Pragas
Percevejo-do-milho ou percevejo bombachudo – Leptoglossus zonatus
Pragas
Larva-alfinete – Diabrotica speciosa
Pragas
Estresse Biótico
Doenças:
Doenças foliares;
Podridões do colmo;
Podridões da espiga.
Doenças
Doenças foliares:
Doenças
Doenças foliares:
Mancha de antracnose – Colletotrichum graminicola;
Doenças
Doenças foliares:
Mancha-branca – Pantoea ananatis;
Doenças
Doenças foliares:
Helmintosporiose – Exserohilum turcicum;
Doenças
Doenças foliares:
Cercosporiose – Cercospora zeae-maydis;
Doenças
Doenças foliares:
Mancha de macróspora – Diplodia macrospora;
Doenças
Doenças foliares:
Ferrugem-comum - Puccinia sorghi;
Doenças
Doenças foliares:
Ferrugem polissora – Puccinia polysora.
Doenças
Doenças causadas por molicutes:
Enfezamento vermelho e enfezamento pálido
– Fitoplasma e Spiroplasma kunkelii.
Doenças
Podridões do colmo:
Doenças
Podridões do colmo:
Doenças
Podridões do colmo:
Doenças
Podridões do colmo:
Doenças
Podridões do colmo:
Doenças
Podridões da espiga:
Doenças
Podridões da espiga:
Diplódia (podridão-branca da espiga) – Diplodia
macrospora e Diplodia maydis;
Doenças
Podridões da espiga:
Giberela (podridão-rosada da ponta da espiga) –
Fusarium graminearum;
Doenças
Podridões da espiga:
Fusariose – Fusarium verticillioides.
Calagem e adubação da
Cultura do Milho
CALAGEM E
ADUBAÇÃO
DO MILHO
Declínio da produtividade
com o tempo
Remoção sem reposição
Exigência das plantas por
nutrientes
Baixa fertilidade versus
elevada exigência
Aumento da produção e
qualidade
Porque?
Quando? Como?
Quanto?
DEPENDE
Jesion Geibel da Silva Nunes
Cultura do Milho
Análise de Solo
Amostragem de solo
Calagem
Calagem
mmolc dm-3
V2 milho = 70%
Aumento de Ca em superfície
Lixiviação de SO42- e cátions acompanhantes
Diminuição da atividade do Al3+
Cuidados necessários
61% 30% 15
Profundidade (cm)
29% 22% 30
45
8% 18%
60
1% 18%
75
Sem Gesso Com Gesso
1% 12%
11,5
11,0
10,5
10,0
0 2 4 6 8
Dose de gesso (t ha-1)
Produtividade de grãos de milho em função da dose de gesso com calcário (2 t ha-1).
Adaptado de Zandoná et al.
(2015)
Jesion Geibel da Silva Nunes
Cultura do Milho
Parte aérea e sistema radicular de plantas de milho cultivada em solução nutritiva sem e com
toxidez alumínio (Al).
11000
PRODUÇÃO DE MILHO, kg ha-1
9000
Calagem Gessagem
Altera pH do solo; Não altera pH do solo;
Análise foliar
Adubação
Nitrogenada
• Cultura do Milho
Aumenta o
Aumento de Qualidade do
teor de
produtividade produto final
proteína
N
Ciclo do Nitrogênio
Fixação Retirado atmosférico
colheita Fixação industrial Entrada
atmosférica Fertilizantes comerciais
e deposição
Componente
Esterco volatilização
animal e Saída
fertilizantes Resíduo
orgânicos plantas Escoamento e
erosão
Fixação biológica
Absorção
por leguminosas
planta
N Desnitrificação
RECOMENDAÇÃO
Parte na Parte em
semeadura cobertura
<6 < 45 90 60 30
6–8 45 – 55 120 90 60
8 - 10 55 – 60 160 120 90
1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio contínuo de
milho ou outras culturas não leguminosa; primeiros anos de plantio direto; solos
arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviação.
2. Média resposta esperada: solos muito ácidos, que serão corrigidos; ou com plantio
anterior esporádico de leguminosas; solo em pousio com um ano; ou uso de
quantidades moderadas de adubos orgânicos.
3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou cultivo de
milho apos pastagem (exceto em solos arenosos),; cultivo intensivo de leguminosas ou
plantio de adubos verdes antes do milho, uso constante de quantidades elevadas de
adubos orgânicos.
Jesion Geibel da Silva Nunes
Cultura do Milho
aérea.
estruturas reprodutivas;
(Huber, 1994).
RECOMENDAÇÃ
O DE ADUBAÇÃO
DEPENDE DO
SISTEMA E
CONDIÇÕES DE
CULTIVO
Deficiências
Nutricionais
Clorose
Fonte: yarabrasil
Jesion Geibel da Silva Nunes
Cultura do Milho
Resumo
Condições edafo-climáticas,
Rotação de culturas,
Fontes de nitrogênio,
Adubação
Fosfatada e
Potássica
• Cultura do Milho
Tabela de adubação para a cultura do Milho para grãos e Silagem (Estado de São Paulo)
--- t ha-1 --- ----- P2O5 (kg ha-1) ----- ----- K2O (kg ha-1) -----
<6 < 45 90 60 30 70 40 30
6–8 45 – 55 100 70 40 90 50 30
8 - 10 55 – 60 120 90 60 100 70 40
> 12 > 65 -
120 80 120 100 60
(1) Doses recomendadas para a produção de grãos. O milho para silagem exporta grandes quantidades de K, as quais devem ser compensadas na
cultura subsequente, na ordem de 30 kg de K2O para cada 10 t de MF de silagem, de preferência em aplicação a lanço antes do plantio.
Recomendações
A adubação potássica pode ser suprimida quando para teores de K muito altos (>6,0
mmolc dm-3);
Exportações “médias”
pelo milho
Adubação
Fosfatada No sulco ou a lanço: fonte
solúveis em água
Função na planta:
Essencial na
Participa de
Desenvolvimento floração e
reações vitais
radicular formação de
(ATP)
sementes
Solo com elevado potencial para perdas por erosão (escoamento superficial)
Sulco
Solo com teor razoável de P ao longo do perfil, sem risco de escoamento superficial
e desejo de alto rendimento operacional A lanço
1. Intercalar localização é uma possibilidade.
2. Antecipar P localizado é uma possibilidade.
Deficiências
Nutricionais
Descoloração
Fonte: yarabrasil
Jesion Geibel da Silva Nunes
Cultura do Milho
- Cobertura (cedo)
- Sulco de plantio (evitar doses elevadas)
Função na planta:
Regula
Regulação Ativador de
abertura e
hídrica e funções
fechamento
osmótica enzimáticas
de estômatos
Verificar nível de K no solo: Se for pelo menos “médio”, pode se usar a lanço. Se
for baixo ou muito baixo, dar preferência para aplicação na linha (dependendo da
dosagem parte será aplicado a lanço);
Solos Argilosos: Pode ser aplicado em pré ou pós plantio. Tem menor
possibilidade de perdas por lixiviação;
10000
-1)
Produtividade de grãos (kg ha
8000
6000
4000
0
0 40 80 120
Doses de K2O (kg ha-1)
Adaptado de Rodrigues et al. (2014)
Deficiências
Nutricionais
Fonte: yarabrasil
Jesion Geibel da Silva Nunes
Cultura do Milho
Macronutrientes Ca e Mg
Macronutriente S
Macronutriente S
Pode ser aplicado através de diversas matérias-primas. São elas:
Gesso Agrícola: contém de 13 a 16% de S. Porém, seu uso é limitado somente quando há
necessidade de suprimento de Ca em subsuperfície e/ou elevada saturação de Al;
Via Foliar
• Via solo:
Óxidos: são insolúveis em água, por isso devem ser aplicados na forma de pó,
para aumentar a superfície específica de contato com o solo;
“Fritas”– FTE: por serem produtos de muito baixa solubilidade em água, são
eficientes quando aplicados na forma de pó fino, a lanço e, em particular, quando
incorporados ao solo;
Via foliar – Para alguns elementos recomenda-se aplicação apenas via foliar, devido sua alta
capacidade de fixação em óxidos de ferro e alumínio e formação de complexos estáveis com a
matéria orgânica. O Cobre (Cu) é um exemplo.
Mg
Ca
Mn
Fonte: yarabrasil
B
Fe
Cu
Fonte: yarabrasil
Zn
Adubação na cultura do
Milho
Adubação foliar complexo de
micronutrientes
Adubação de N e K2O em
cobertura
Ca + Mg Ca + S P ou P + S a
Calagem Gessagem lanço
Adubação P, K, S e
micronutrientes
(formulações comerciais)
Considerações
Finais