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ATENDIMENTO INICIAL AO

POLITRAUMATIZADO

José Gonçalves Alves Neto


MR1 Cirurgia Geral
Hospital Regional do Agreste
INTRODUÇÃO

• Principal causa de morte em menores de 44 anos;


• 9 óbitos/minuto;
• 5,8 milhões de óbitos/ano.
• Problema de saúde pública;
• 12% dos gastos em saúde;
• 500 bilhões de dólares investidos anualmente;
• 9 bilhões de reais no Brasil;
• Incapacidade.

(BRASIL, 2015)
INTRODUÇÃO

(BRASIL, 2015)
INTRODUÇÃO

• Curva trimodal do trauma (1982)


• Óbitos imediatos;
• Óbitos precoces;
• Óbitos tardios.

(BRASIL, 2015)
HISTÓRIA

• James K. Styner;
• Criação do ATLS;
• Acidente de avião em 1976;
• Otimizar tempo de atendimento.
• Abordagem multidisciplinar.

(ATLS, 2018; Imagem da Internet)


ABORDAGEM INICIAL

• Preparação;
• Triagem;
• Avaliação primária;
• Ferramentas para avaliação primária;
• Transferência;
• Avaliação secundária;
• Ferramenta para avaliação secundária;
• Reavaliação;
• Tratamento definitivo.

(ATLS, 2018)
FASE PRÉ-HOSPITALAR

• Estabilização inicial;
• Manutenção de via aérea;
• Imobilização da coluna cervical;
• Ventilação adequada;
• Ressuscitação volêmica.
• Notificação do centro de trauma;
• Minimizar o tempo de permanência na cena.

(ATLS, 2018)
FASE PRÉ-HOSPITALAR

• Avaliação do nível de consciência e sinais vitais:


• ECG < 14;
• PAS < 90;
• FR < 10 ou > 29.

(ATLS, 2018)
FASE PRÉ-HOSPITALAR

• Avaliação anatômica da lesão:


• Deformidade torácica;
• Fratura de dois ou mais ossos longos;
• Esmagamento, desenluvamento, amputação ou ausência de pulso membro;
• Fratura pélvica;
• Paralisia;
• Ferimentos penetrantes em tórax, abdome, dorso, cabeça, pescoço ou extremidades
proximais ao joelho/cotovelo.

(ATLS, 2018)
FASE PRÉ-HOSPITALAR

• Avaliação do mecanismo de trauma:


• Queda de altura > 6m;
• Acidente automobilístico de alto risco;
• Acidente motociclístico com velocidade > 40km/h;
• Colisão automóvel/pedestre ou automóvel/ciclista.
• Exceções.

(ATLS, 2018)
FASE HOSPITALAR

• Preparo do material;
• Teste do material de via aérea;
• Aquecimento de soluções.
• Equipe prontificada;
• Uso de EPIs.

(ATLS, 2018)
TRIAGEM

• Múltiplas vítimas:
• Número de vítimas não-excedente ao de equipes disponíveis;
• Ordenar por gravidade: Maior à menor.
• Vítimas em massa:
• Número de vítimas excedente ao de equipes disponíveis;
• Ordenar por gravidade: Menor à maior.
• Priorizar pelo ABC.

(ATLS, 2018)
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

• Admissão do paciente;
• Avaliação imediata do paciente;
• Identificar-se e contactuar com o paciente;
• ABCD.
• Avaliação dinâmica;
• Dificuldade de localizar lesões específicas.

(ATLS, 2018)
A: VIA AÉREA

• Avaliação da patência de via aérea;


• Obstrução de via aérea;
• Fraturas de ossos da face;
• Lesão de VAS.
• Aspiração de via aérea;
• Indicação de intubação orotraqueal;
• Via aérea cirúrgica.

(ATLS, 2018)
A: COLUNA CERVICAL

• Imobilização da coluna cervical;


• Uso de colar cervical;
• Uso da prancha rígida.
• Mobilização da coluna para abertura de via aérea;
• Chin Lift;
• Jaw Thrust.
• Manejo adequado para IOT.

(ATLS, 2018)
A: COLUNA CERVICAL

(Imagem da Internet)
A: COLUNA CERVICAL

(STIELL et al., 2003)


A: COLUNA CERVICAL

• Uso da Prancha Rígida:


• Trauma contuso de dorso +:
• Alteração aguda do nível de consciência;
• Dorsalgia;
• Déficit neurológico focal;
• Deformidade de coluna.
B: VENTILAÇÃO

• Avaliação da função respiratória;


• Exposição do pescoço e tórax;
• Exame físico adequado:
• Posição da traqueia;
• Palpação do tórax;
• Ausculta;
• Percussão.

(ATLS, 2018; Base de dados de imagem)


B: VENTILAÇÃO

• Diagnóstico de lesões ameaçadoras à vida:


• Pneumotórax hipertensivo;
• Pneumotórax aberto;
• Hemotórax maciço;
• Tamponamento cardíaco.
• Oferta de oxigênio;
• Conversão de pneumotórax simples em hipertensivo.

(ATLS, 2018)
C: CIRCULAÇÃO

• Múltiplas lesões como causa de choque;


• Hipovolemia;
• Redução do débito cardíaco.
• Hemorragia: Principal causa reversível de morte no trauma;
• Parâmetros avaliativos:
• Frequência cardíaca;
• Nível de consciência;
• Perfusão cutânea periférica.
• Excluir pneumotórax hipertensivo.

(ATLS, 2018)
C: CIRCULAÇÃO

• Acessos periféricos calibrosos;


• No mínimo, Jelco 18;
• Lei de Poiseuille.
• Infusão rápida de 1L de solução cristaloide isotônica;
• Piora do prognóstico com infusões > 1,5L;
• Avaliação clínica da resposta à volume;
• Soluções aquecidas.

(ATLS, 2018)
C: CIRCULAÇÃO

(ATLS, 2018)
C: CIRCULAÇÃO

• Controle hemorrágico:
• Pressão manual local;
• Pressão manual proximal;
• Uso de torniquete;
• Pinçamento da lesão.

(ATLS, 2018)
D: NEUROLÓGICO

• Avaliação neurológica;
• Nível de consciência;
• Reatividade pupilar.
• Fatores influenciadores:
• Hipoglicemia;
• Consumo de drogas.
• Lesão cerebral primária x Lesão cerebral secundária.

(ATLS, 2018)
D: NEUROLÓGICO

• Escala de Coma de Glasgow Pupilar:


E: EXPOSIÇÃO

• Remoção de todas as vestimentas;


• Controle térmico adequado;
• Mantas aquecidas;
• Soluções previamente aquecidas;
• Hipotermia – Piora do prognóstico.
• Ectoscopia completa;
• Mobilização em bloco do paciente.

(ATLS, 2018)
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

• Monitorização contínua;
• ECG;
• Oximetria;
• Gasometria;
• Sonda vesical de demora;
• Avaliação do volume intravascular e perfusão renal do paciente;
• Contraindicação: Trauma uretral.

(ATLS, 2018)
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

• Sonda nasogástrica;
• Descompressão gástrica;
• Hemorragia de TGI superior;
• Risco de aspiração;
• Radiografia de tórax e pelve;
• Não devem interromper as medidas de reanimação.

(ATLS, 2018; Imagem da internet)


ATLS 9ª X 10ª EDIÇÃO

Lesão traqueobrônquica como ameaçadora à vida;


Tórax instável passa a ser considerado uma lesão potencialmente ameaçadora à vida;
Descompressão torácica: 5º espaço intercostal na linha axilar média;
Drenagem torácica com drenos de menor calibre, entre 28 e 32 fr;
Implementação do FAST e eFAST;
Reanimação volêmica limitada a 1L de cristaloide;
Prescrição do ácido tranexâmico;
Protocolo de Transfusão Maciça;
ATLS 9ª X 10ª EDIÇÃO

Laparoscopia indicada no trauma abdominal penetrante;


Avaliação da resposta motora à pressão na ECG;
Uso do tromboelastograma para guiar transfusão e uso de transamin;
Fratura pélvica com hipovolemia configura indicação de arteriografia;
Intubação assistida por drogas;
Uso de videolaringoscopia para intubação;
Regra canadense para retirada de colar cervical;
Imobilização de coluna – Restrição de movimento da coluna
REFERÊNCIAS

• ATLS - Advanced Trauma Life Support for Doctors. American College of Surgeons. 10a.
Ed. 2018.
• BRASIL, Ministério da Saúde. Dados do Sistema de Mortalidade. 12/2015.
• BRENNAN, Paul M.; MURRAY, Gordon D.; TEASDALE, Graham M.. Simplifying the use
of prognostic information in traumatic brain injury. Part 1: the gcs-pupils score. Journal Of
Neurosurgery, [S.L.], v. 128, n. 6, p. 1612-1620, jun. 2018.
• FISCHER, Peter E. et al. Spinal Motion Restriction in the Trauma Patient – A Joint Position
Statement. Prehospital Emergency Care, [S.L.], v. 22, n. 6, p. 659-661, 9 ago. 2018.
• STIELL, Ian G. et al. The Canadian C-Spine Rule versus the NEXUS Low-Risk Criteria in
Patients with Trauma. New England Journal Of Medicine, [S.L.], v. 349, n. 26, p. 2510-
2518, 25 dez. 2003.
OBRIGADO

jose.gcalves.n@gmail.com

17/03/2021

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