Você está na página 1de 114

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO AUXILIAR DE

SAÚDE
UFCD 6578

Cuidados na Saúde Materna


Noções básicas de hereditariedade
O que é a hereditariedade?

Características ou
caracteres hereditários

A sua transmissão
de pais para filhos

Hereditariedade
O que é a hereditariedade?
Recebemos algumas características hereditariamente, mas não todas…

Cor do cabelo Tipo de sangue Músculos Conhecimento

Sardas
Tetraplegia

Caracteres hereditários Caracteres não-hereditários


O que é a hereditariedade?

realizou estudos

Ervilheiras-de-cheiro
Gregor Mendel (1822- (Pisum sativum)
1884)

descobriu os mecanismos básicos da hereditariedade

Pai da Genética
Mendel (1822-1884)

Foi Mendel que descobriu os princípios


básicos da hereditariedade!!!

Pai da genética
Mendel (1822-1884)

•Mendel nasceu numa pequena quinta em Heizandorf;


•Aos 21 anos ingressou no mosteiro Agostinho em Brunn para se tornar
monge;

•Aprofundou conhecimentos na Universidade de Viena nas disciplinas


de Matemática, Física e Ciências Naturais;

•Foi discípulo de:


-Doppler, físico que o encorajou a aprender ciência através da
experimentação e que o ensinou a usar a matemática para interpretar os
fenómenos naturais;
-Unger, botânico que lhe fez despertar o interesse pelas causas das
variações observadas nas planta;
Mendel (1822-1884)

• De regresso, tornou-se professor


numa escola em Brunn e ficou
encarregue de cuidar dos jardins do
mosteiro (ideal para os trabalhos que
pretendia desenvolver);

• Embora tivesse conhecimento de que


um novo ser resultava da união de
gâmetas (masculino e feminino),
Mendel desconhecia a existência de
cromossomas como suporte da
informação genética.
Para estudar a transmissão de caracteres hereditários,
Mendel realizou experiências com organismos de
várias espécies, mas obteve melhores resultados com
plantas da espécie:

Pisum sativum
(ervilheiras de
cheiro)
Porque razão as ervilheiras constituem bons materiais
biológicos para o estudo da hereditariedade?
Apresentam um conjunto de caracteres bem diferenciados e
constantes → fáceis de manipular.
Caracteres estudados por Mendel:

 A cor da corola
 A posição da flor

corola  A altura do caule


 A forma da vagem
 A cor da vagem
vagem
 A forma da semente
 A cor da semente
caule
semente
Carácter Órgão Esses caracteres são antagónicos

Flor Caule Fruto


Semente
(vagem)
Cor Posição
da da Altur Forma Cor Forma Cor
corola flor a
Aspectos antagónicos do carácter

branca terminal baixo rugosa amarela rugosa verde

púrpura axial alto lisa verde lisa amarela


Polinização cruzada artificial
Onde se encontra a informação genética?

Cromossoma
Núcleo
cromo (= colorido) + soma (= corpo)

São apenas visíveis durante a


divisão da célula.

Célula
eucariótica

ADN
Onde se encontra a informação genética?
Os cromossomas possuem milhares de pequenos segmentos de ADN.

Gene Cada característica pode ser


determinada por um ou mais genes.

Os cromossomas homólogos
possuem os mesmos genes.
Estes, podem conter informações Alelos
diferentes para as mesmas
características.

Conjunto de todos os genes do ADN. Genoma


Como se transmite a informação genética?
Cada característica é determinada por um par de alelos.

Mãe Pai

filho
Onde se encontra a informação genética?
Cada espécie possui um número constante de cromossomas.

23 pares de cromossomas (2n)


em cada célula

exceto nos gâmetas (n)


Cromossomas sexuais
23 cromossomas
Como se determina o sexo?
O par 23 determina o
sexo.

É diferente entre
rapazes e raparigas.

XY + XX

X X 50%
ou

Cromossomas sexuais Y X 50%


Como se transmite a informação genética?
A cor de uma planta também é determinada por um par de alelos.

Se a planta tem Se a planta tem


dois alelos de cor dois alelos
violeta (VV)
+ brancos (vv)

gâmeta
gâmeta
(V)
(v)

Porquê?
Alelos diferentes
(Vv)
Como se transmite a informação genética?
Para cada característica:

 Pode existir um alelo neste caso (V)


dominante

manifesta-se sempre VV
que está presente.
Vv

 Pode existir um alelo neste caso (v)


recessivo

manifesta-se apenas quando


está presente nos dois alelos. vv
Como se transmite a informação genética?
O que acontece quando cruzamos…

+
Flor 2 (Vv)

Flor 1 (Vv)
Flor 1 Flores de cor violeta (75%)
Flor 2 V v
Flores brancas (25%)
V VV Vv
v Vv vv
Como se transmite a informação genética?

Característica observável
definida pelo genótipo.

Fenótipo
Par de alelos que define Vv
uma característica.

Genótipo
Como se transmite a informação genética?

A Rita tem olhos azuis, no entanto ambos os


progenitores apresentam olhos castanhos.

Pai da Rita Mãe da Rita


Fenótipo: olhos castanhos Fenótipo: olhos castanhos
Genótipo: (Cc) Genótipo: (Cc)

Rita
Fenótipo da Rita: olhos azuis
Genótipo da Rita: (cc)
A Maria tem olhos azuis e está grávida. Calcula a
probabilidade de nascer uma criança com olhos
azuis se…
a) O pai da criança tiver olhos azuis.
c c
Mãe da criança Pai da criança c cc cc
Maria
Fenótipo: olhos azuis Fenótipo: olhos azuis c cc cc
Genótipo: (cc) Genótipo: (cc)

100% probabilidade da
criança ter olhos azuis
Criança
A Maria tem olhos azuis e está grávida. Calcula a
probabilidade de nascer uma criança com olhos
azuis se…
a) O pai da criança tiver olhos castanhos (CC) Homozigótico.

C C
Mãe da criança Pai da criança a aC aC
Maria
Fenótipo: olhos azuis Fenótipo: olhos castanhos a aC aC
Genótipo: (cc) Genótipo: (CC)

0 % probabilidade da
criança ter olhos azuis
Criança
100% olhos castanhos
A Maria tem olhos azuis e está grávida. Calcula a
probabilidade de nascer uma criança com olhos
azuis se…
a) O pai da criança tiver olhos castanhos (Cc)- Heterozigótico

C c
Mãe da criança Pai da criança c cC cc
Maria
Fenótipo: olhos azuis Fenótipo: olhos castanhos c cC cc
Genótipo: (cc) Genótipo: (Cc)

50% probabilidade da
criança ter olhos azuis
Criança
50% olhos castanhos / 50% olhos azuis
Árvores genealógicas…
Através sua análise pode-se investigar:

 se os genes que condicionam as


características são dominantes ou recessivos;

 que probabilidades tem um casal de ter um


filho com um determinada característica.
Lóbulo da orelha aderente / solto …

Os lóbulos da orelha são classificados como aderentes ou


soltos.

O tamanho e aparência dos lóbulos da orelha são


também traços hereditários.
Como se herda a forma da orelha?

A B C D

E F

G H I J K
L

Miguel João Lóbulo da orelha aderente Homem

Lóbulo da orelha solto Mulher


O lóbulo aderente é uma característica determinada por um
Lóbulo solto Lóbulo solto
gene recessivo.
Ss J Ss
I
Como se herda Lóbulo aderente

a forma da orelha? ss João

SE O LÓBULO ADERENTE É SE O LÓBULO SOLTO É


DOMINANTE: DOMINANTE:

A – lóbulo aderente S – lóbulo solto


a – lóbulo solto s – lóbulo aderente

FENÓTIPO / GENÓTIPO: FENÓTIPO / GENÓTIPO:

Lóbulo aderente / AA ; Aa Lóbulo aderente / ss


Lóbulo solto / aa Lóbulo solto / SS ; Ss

IxJ a a IxJ S S IxJ S S IxJ S s


a aa aa S SS SS S SS SS S SS Ss
a aa aa S SS SS s Ss Ss s Ss ss

75% dos filhos têm


100% dos filhos 100% dos filhos 100% dos filhos
lóbulo solto
têm lóbulo solto têm lóbulo solto têm lóbulo solto
25% dos filhos têm
lóbulo aderente
Muitas das características humanas são
transmitidas hereditariamente
Algumas doenças hereditárias
O nosso genótipo depende do genótipo dos nossos pais.

Algumas doenças têm origem genética e podem ser:


recessivas ou dominantes.

Albinismo — alelo recessivo Polidactilia — alelo dominante


Doença recessiva:

Mulher albina
Homem albino
Mulher normal
Homem normal

casamento

filhos
Doença dominante
:

Mulher com polidactilia


Homem com polidactilia
Mulher normal
Homem normal

casamento

filhos
Hereditariedade ligada
aos cromossomas sexuais
X Y Homóloga

Não homóloga

Não homóloga
Herança Restrita ao Sexo

Herança Ligada ao Sexo


HERANÇA LIGADA AO SEXO

-Ocorre quando os genes envolvidos se situam no


cromossoma X, em sua porção não-homóloga.

-A mulher, por apresentar dois cromossomas X, poderá


portar genes ligados ao sexo em dose dupla.

-O homem , por apresentar apenas um cromossoma X,


terá sempre apenas um gene ligado ao sexo (dose
simples).
-A mulher, portanto, pode ser considerada
HOMOZIGOTA OU HETEROZIGOTA, enquanto o
homem é considerado Hemizigoto.
DALTONISMO: Um exemplo de herança ligada ao sexo
na espécie humana
Daltonismo: Dificuldade em distinguir algumas cores.

O daltonismo é determinado por um gene recessivo,

ligado ao sexo, simbolizado por Xd


O gene alelo dominante, que condiciona a visão

normal, é simbolizado por XD.


Daltonismo
É uma condição hereditária que dificulta o indivíduo a
distinguir algumas cores;
É determinada por um gene recessivo ligado ao
cromossoma X;
GENOTIPOS E FENÓTIPOS NO
DALTONISMO
SEXO GENÓTIPO FENÓTIPO

Masculino XDY Normal


Masculino XdY Daltónico
Feminino XDXD Normal
Feminino XDXd Normal
Feminino XdXd Daltónica
HEMOFILIA: Outro exemplo de herança ligada ao sexo
na espécie humana
Hemofilia: ausência de um dos fatores associados a

coagulação sanguínea.
A hemofilia é uma doença condicionada por um gene

recessivo, ligado ao sexo, simbolizado por Xh


O gene alelo dominante, que condiciona a coagulação

normal, é simbolizado por XH.


GENÓTIPOS E FENÓTIPOS NA HEMOFILIA

SEXO GENÓTIPO FENÓTIPO

Masculino XHY Normal


Masculino XhY hemofílico
Feminino XHXH Normal
Feminino XHXh Normal
Feminino XhXh hemofílica
Sistema Rhesus

Em 1940, Landsteiner e Wiener,


enquanto trabalhavam com sangue de
Macacus rhesus, observaram resultados
inesperados.

Verificaram que se trata de um sistema


independente do sistema ABO.
Sistema Rhesus

Verificaram também:

um só par de alelos está envolvido no Sistema Rh;


 o alelo que condiciona o factor Rh é dominante relativamente ao que determina a
sua ausência;
 um indivíduo Rh+ não contém nem forma aglutininas anti-Rh;
 um indivíduo Rh- não tem aglutininas anti-Rh, mas pode formar essas aglutininas
se o seu sangue entrar em contacto com sangue Rh+
Que consequências podem advir deste facto?

Ocorrer reacções de incompatibilidade sanguínea, capazes de


provocar graves acidentes e até mesmo a morte:

Transfusões sanguíneas

Doença hemolítica do recém-nascido


Sistema Rh e as transfusões

Suponha que um indivíduo com sangue do tipo A recebe


uma transfusão de outro indivíduo também com sangue do
tipo A.

Não se verifica nenhuma alteração

Suponha que o mesmo indivíduo precisa de uma segunda


transfusão sendo-lhe fornecido sangue do mesmo dador

Desta vez o receptor tem graves complicações


Sistema Rh e as transfusões
Dador é Rh+

Receptor é Rh-

1ª transfusão 2ª transfusão

 O individuo foi sensibilizado  Os anticorpos já existentes


para o antigénio; aglutinaram as hemácias recebidas
 Desencadeou a formação de do dador.
anticorpos ou aglutininas anti-Rh
que ficaram no plasma.
Sistema Rh e a gravidez

Fenótipo
Rh+ Rh-

1ª gravidez 2ª gravidez

Rh+ Rh+

Não teve problemas Doença hemolítica do recém-nascido


Sistema Rh e a gravidez
Rh+ Rh+
ou Rh- Rh-
Genótipo Rh+ Rh-
2ª gravidez
1ª gravidez
Rh+ Rh-
Rh Rh
+ -

Sangue
materno Rh-

Sangue
fetal Rh+

Anticorpo
anti-Rh

O aglutinogéneo Na 2ª gravidez as aglutininas


Durante o parto, Rh+ das hemácias anti-Rh, já produzidas ,podem
sangue do bebé do feto induzem o atravessar a placenta e
passa para a corrente organismo da mãe a provocar a aglutinação e a
sanguínea da mãe produzir anticorpo destruição das hemácias do
anti-Rh feto, se este for Rh+
Sistema Rh e a gravidez

As mulheres Rh- têm hoje menos motivos de


preocupação em relação à doença hemolítica dos seus
filhos. Numa gravidez devidamente acompanhada, nas
48 a 72 horas após o parto de um filho Rh+, a mãe
recebe uma injecção de soro anti-Rh que neutraliza as
hemácias fetais que passaram para o sangue da mãe
antes de ela se tornar sensível.
Em síntese…

Fenótipos Genótipos Antigénios Anticorpos

Rh+ Rh+
Rh+ Rh Não tem
Rh+ Rh-
Pode formá-
Rh- Rh- Rh- Não tem
los

Fenótipo da
Feto Rh- Feto Rh+
mãe
Em caso de
Rh+ Sem problemas Sem problemas
gravidez
Pode criar
Rh- Sem problemas
problemas
FECUNDAÇÃO Início de uma vida
Momento em que o espermatozóide
penetra no ovócito
Ocorre no início da Trompa de Falópio

Ovo ou Zigoto
53
Divisão do Ovo ou Zigoto

54
Nidação
Implantação do embrião na mucosa uterina (endométrio)

Gravidez
55
Início da vida…
48 h depois

18 a 39 h
depois

Formação do ovo ou zigoto

Cerca de 7 dias depois da fecundação

Apenas um espermatozóide consegue penetrar no oócito

56
Anexos embrionários
Anexos embrionários
Anexos embrionários
Anexos embrionários
Placenta

É um órgão constituído pelo endométrio do útero materno e por


vilosidades do córion do embrião. Permite trocas seletivas entre a mãe e o
filho.
Placenta
Barreira Hemato - placentária
Substâncias que atravessam a BHP:
- Vírus
- Anticorpos IgG
produzidos um pouco mais tardiamente, mas ainda na fase aguda da infeção,
protegendo a pessoa contra possíveis infeções futuras pelo mesmo microrganismo
(são uma espécie de memória que o organismo cria para o resto da vida).
- Drogas
- Moléculas pequenas como gases,
- Água, proteínas pequenas e aminoácidos,
vitaminas e nutrientes em geral.
- Excresões
Substâncias que Não atravessam a BHP
- Moléculas grandes como proteínas de alto peso
molecular.
 - Bactérias
 - Protistas
 - Vermes
 - Anticorpos IgM – primeiros anticorpos a serem produzidos
quando há uma infeção, sendo considerado um marcador de fase aguda da
infeção.
Cordão Umbilical
É uma exclusividade dos mamíferos.
É o elemento de ligação entre o feto e a placenta materna.
Apresenta duas artérias e uma única veia, estruturas que
garantem a nutrição e respiração do embrião.
É formado a partir do alantóide e da vesícula vitelínica.
Desenvolvimento Embrionário - EMBRIOGÉNESE

Apesar dos fenómenos do desenvolvimento


embrionário decorrerem de modo contínuo, podem
ser assinalados dois períodos.

Período embrionário - dura cerca de 8


semanas, ao fim das quais todos os órgãos
estão já totalmente esboçados.
Período fetal – dura as restantes semanas e
corresponde ao desenvolvimento dos
órgãos e ao crescimento do feto.
Desenvolvimento Embrionário - EMBRIOGÉNESE
Desenvolvimento do novo ser…
Embrião com 5 semanas

Embrião com 6 semanas

68
25 semanas
Desenvolvimento do novo ser…
Feto com 5 meses

Feto com 36 semanas

71
REGULAÇÃO HORMONAL DURANTE A
GRAVIDEZ E PARTO

Desde o início da nidação do embrião é produzida a hormona gonadotrofina


coriónica humana (HCG).
Uma das funções é impedir a degeneração do corpo amarelo. Desse modo, o
corpo amarelo continua a produzir estrogénios e progesterona, que são
essenciais à manutenção do endométrio, permitindo que a nidação do
embrião se mantenha.
REGULAÇÃO HORMONAL DURANTE A
GRAVIDEZ E PARTO

A hormona HCG, após a sua ação é eliminada através da urina. Isto permite
que os primeiros testes de gravidez sejam baseados na deteção, na urina da
mãe, da hormona HCG, produzida pelo embrião jovem.
REGULAÇÃO HORMONAL DURANTE A
GRAVIDEZ E PARTO

Após 8 a 10 semanas, em função do declínio da produção de HCG, o corpo


amarelo degenera, mas a produção de estrogénios e de progesterona fica
assegurada pela placenta.
REGULAÇÃO HORMONAL DURANTE A
GRAVIDEZ E PARTO

Progesterona

• Aumento dos seios


• Obstrução do cérvix
• Crescimento da placenta
• Aumento do útero
• Bloqueio dos ciclos
• Inibição das contrações
uterinas
REGULAÇÃO HORMONAL DURANTE O PARTO

Oxitocina

• Contrações uterinas
• Produção de leite
REGULAÇÃO HORMONAL DURANTE O PARTO

Prolactina

• Desenvolvimento das
mamas
• Produção de leite
Conselhos de saúde na gravidez
Vigilância periódica - Por norma as consultas na
gravidez são mensais até às 32 semanas, data a
partir da qual têm a periodicidade quinzenal. A
partir das 37 semanas a grávida tem consulta no
médico todas as semanas até ao parto.
Alimentação saudável e a restrição de açúcares
Atividade física
Não consumir bebidas alcoólicas - a toxicidade do
álcool poderá comprometer o desenvolvimento fetal
Conselhos de saúde na gravidez

Não fumar – o tabaco pode causar complicações


como aborto, parto pré-termo, hemorragia vaginal e
alterações da aprendizagem e comportamento no
bebé.
Não tomar medicamentos se controlo médico – os
medicamentos podem afetar a placenta e prejudicar
o desenvolvimento do embrião ou do feto.
PARTO – período desde o início da dilatação do colo
do útero até à expulsão da placenta

Expulsão do bebé Expulsão da placenta


Etapas do Parto- sinais de alerta

Expulsão do Rolhão Mucoso- eliminação, pela vagina, de


muco gelatinoso, rosado ou acastanhado. A sua expulsão
pode ocorrer dias ou horas antes do parto.

Rotura da Bolsa de Líquido amniótico - rotura das


membranas que envolvem o bebé. Pode sair lentamente ou
de repente, em grande quantidade. Normalmente, é claro e
transparente.
Etapas do Parto- sinais de alerta

Contrações Uterinas Regulares


Etapas do Parto- 1ªEtapa - Dilatação
Cuidados relativos à parturiente

Levantar e andar, com autorização enfermeira.

Em posição deitada, estar virada para o lado esquerdo,


para facilitar uma melhor oxigenação do feto.

No início e durante a contração, inspirar


profundamente pelo nariz, como se estivesse a “cheirar
uma flor ”, e expelir o ar pela boca, como para “apagar
uma vela”. Quando a contração terminar, inspirar e
expirar profundamente. No intervalo das contrações,
respirar normalmente, relaxando o mais possível.
Etapas do Parto- 2ªEtapa - Descida
Cuidados relativos à parturiente

Em cada contração, inspirar profundamente e, depois,


não deixar sair o ar enquanto faz força. A seguir, expirar.

Aproveitar o intervalo entre duas contrações para


descontrair e recuperar as forças.
Etapas do Parto- 3ªEtapa - Expulsão
Etapas do Parto- 4ªEtapa - Dequitadura
Refere-se à expulsão da placenta e membranas fetais do útero após o nascimento.
Cuidados relativos à parturiente
Permitir que os técnicos de saúde massajem a barriga
para ajudar a placenta a desprender-se do útero.
 Ficar deitada de barriga para cima. No caso de perda
excessiva de sangue, alertar o técnico de saúde.
Tipos de Parto
PARTO NORMAL ou VAGINAL
O RN passa através do colo do útero e da vagina, o corpo
da mulher é preparado para isso, sendo que se recupera
muito mais rápido, existe menos probabilidades de ter
infeções e hematomas.
Tipos de Parto
PARTO CESÁREA OU
CESARIANO
 É um parto cirúrgico, que
deve ser utilizado ser
houver necessidades, como:
pouca dilatação pélvica, o
bebé ser desproporcional
em relação ao tamanho da
pelve, gestante diabética, o
bebé estar em posição
invertida e se o trabalho de
parto não estiver a decorrer
normalmente.
Tipos de Parto
Parto Fórceps
É o parto via vaginal (parto
normal) no qual se utiliza um
instrumento cirúrgico
semelhante a uma colher, que é
colocado no canal genital da
mulher, ajustando-se nos lados
da cabeça do bebé para ajudar
o obstetra a retirá-lo do canal
de parto em casos de
emergência ou sofrimento
fetal. É utilizado quando o
parto já está no final poupando
desgastes da mãe e do bebé.
Tipos de Parto- Partos Humanizados
Parto na Água
Durante o trabalho de parto a mãe é colocada numa
banheira que pode ser plástica ou de hidromassagem, com
água na temperatura de 36 –37 ºC, cobrindo a barriga. A
mãe poderá ficar na água durante as contrações, sair para
ter o bebé ou permanecer nela, até que o bebé nasça.
Tipos de Parto- Partos Humanizados
Parto de Cócoras
 A mãe pode caminhar ou
ficar em baixo de um
chuveiro ou deitada de
lado durante o processo
da dilatação. No
momento chamado
expulsivo, ela posiciona-
se de cócoras.
Tipos de Parto- Partos Humanizados
Parto Leboyer
 O parto é feito com os seguintes requisitos: pouca luz
para não incomodar o bebé, silêncio principalmente
depois de nascer, banho perto da mãe após o
nascimento que poderia ser dado pelo pai e colocação
do bebé no colo da mãe.
Cuidados Pós-Parto

 Puerpério - é a fase pós-parto em que a mulher experimenta

modificações físicas e psíquicas.

- Este é o período de tempo que decorre desde a dequitadura até que os


órgãos reprodutores da mãe retornem ao seu estado pré-gravidico. Nesta
fase, a mulher é chamada de puérpera.
Cuidados Pós-Parto (Puerpério)

Acompanhamento no primeiro levante (cerca 6h após


parto)

A puérpera poderá sentir tonturas e consequentemente risco de queda


provocada pelas alterações fisiológicas no decurso do parto, pelo que não
deve levantar-se sem estar acompanha pela Enfermeira.
Esta irá avaliar a sua condição para realizar o primeiro levante sem
intercorrências.
Cuidados Pós-Parto
Mamas

- Por volta do 3º dia de puerpério inicia-se a produção de leite. Até lá a

secreção da mama designa-se de colostro.

- A quantidade de leite produzido nas 24 horas aumenta com a

estimulação produzida pelo recém-nascido a mamar.


Cuidados Pós-Parto
Cuidados a ter:

- Realizar a higiene das mamas quando efetua a higiene corporal diária


- Manter a mama seca e utilize um soutien adequado à amamentação
-Manter os mamilos sempre secos
-Colocar colostro/leite no final das mamadas e deixar secar (hidrata e
protege o mamilo)
-Se, necessário utilizar arejadores de mamilos
https://www.saudecuf.pt/mais-saude/artigo/pos-parto-a-enfermeira-carmen-respondeu-as-suas-duvid
as

https://www.saudecuf.pt/areas-clinicas/maternidade-cuf/pos-parto
Cuidados Pós-Parto
Involução uterina

- Diminuição do tamanho do útero. Tem como causa principal a


repentina queda dos níveis de estrogénio e progesterona.

- As contrações durante 10 dias.

- Durante a amamentação é natural que a puérpera sinta dor


abdominal/contrações uterinas pois ao amamentar, o reflexo de
sucção do recém nascido promove a estimulação da oxitocina,
hormona que ira desencadear as contrações uterinas.
Cuidados Pós-Parto
Lóquios (Fluxo de sangue via vaginal)

- Constituem uma secreção uterina durante as


primeiras 3 semanas após o parto, alterando as
características ao longo do tempo.
- Inicialmente caracteriza-se por uma secreção
vermelho-escuro, que aparece nos primeiros 2/3 dias
após o parto, do 10º dia à terceira semana torna-se
incolor amarelada.
Cuidados Pós-Parto
Lóquios (Fluxo de sangue via vaginal)

-É importante para a puérpera tomar banho diário,


manter limpa a zona genital e mudar com muita frequência
(de quatro em quatro horas) os pensos higiénicos.
Cuidados Pós-Parto
Função Urinária

- desconforto e receio em urinar


- incontinência urinária (perda involuntária de urina) nos
primeiros 3 meses que será transitória, devido à pouca força muscular da
bexiga, pelo que se aconselha a realização de contrair e descontrair os
músculos do períneo (exercícios de Kegel) para estimular a tonicidade
muscular.
Cuidados Pós-Parto
Função Intestinal
- O funcionamento intestinal normaliza ao fim de uma a duas
semanas. É frequente ocorrer obstipação (prisão de ventre)
devido ao medo da dor perineal e hemorróides.

Cuidados a ter:
- Aumentar a ingestão de líquidos e alimentos ricos em
fibras;
- Fazer caminhadas/ exercício.
Cuidados Pós-Parto
Hemorróides

São veias dilatadas do canal anal que podem ser internas


ou externas, dolorosas e que podem sangrar ou não.
Podem surgir durante a gravidez ou resultam dos
esforços expulsivos durante o parto.
Cuidados Pós-Parto
Hemorróides

Cuidados a ter:
-Aplicar gelo, devidamente protegido durante
alguns minutos e várias vezes ao dia
-Alternar a aplicação de água fria e água morna
localmente
-Na posição sentada, utilizar uma boia
-Eliminação intestinal regular
Cuidados Pós-Parto

Episiorrafia

- Consiste na sutura da ferida cirúrgica perineal (região


muscular entre a vagina e ânus) realizada durante o parto
para facilitar a saída do seu recém-nascido.

- Nas primeiras horas após o parto pode ter dor e edema


do períneo.
Cuidados Pós-Parto
Episiorrafia
Cuidados a ter:

- Manter a zona perineal o mais limpa e seca


possível pois a ferida cirúrgica encontra-se em fase de
cicatrização.
- Manutenção do penso higiénico, o mais limpo
possível, mudando-o sempre que for à casa de banho.
- Efetuar sempre a higiene perineal.
- Evitar sentar-se sob a ferida cirúrgica, utilizar
uma bóia.
- Aplicar gelo, devidamente protegido durante
alguns minutos e várias vezes ao dia.
Cuidados Pós-Parto
Ferida Cirúrgica Abdominal

-Ferida na incisão abdominal provocada no parto por


Cesariana.
Cuidados Pós-Parto
Ferida Cirúrgica Abdominal

- Cuidados a ter:

-A higiene corporal irá manter-se no internamento


acompanhada pela equipa de Enfermagem.
- No domicílio a puérpera deve manter higiene corporal
pois o penso que reveste a ferida cirúrgica é impermeável.
-Deve manter a zona abdominal limpa e seca.
-Evitar fazer esforços pois a ferida encontra-se em fase
de cicatrização. A sutura da pele normalmente cicatriza ao fim
de uma semana e a incisão uterina mais ou menos 6 semanas
-Utilizar cinta pós-parto para ajudar nos desconfortos.
Cuidados Pós-Parto
Em casa
-Repouso e sono (deve repousar enquanto o
recém-nascido dorme)
- Higiene geral, mamas, perineal, manutenção
do penso cirúrgico abdominal seco, de forma a
prevenir complicações, e usar roupas largas e de fibras
naturais)
-Hábitos alimentares corretos, enquanto estiver
a amamentar a ingestão calórica diária deve ser
aumentada de forma polifracionada; deve ingerir pelo
menos 1,5 L de água diariamente.
Cuidados Pós-Parto
Em casa
-Exercícios pós-parto (ligação)
-Sexualidade, a contraceção e o relacionamento
conjugal.
-Adoção de medidas preventivas (a perda
vaginal após o parto pode durar de 4 a 6 semanas; a
primeira menstruação pode surgir entre a 6 e a 8
semana pós parto nas mulheres que não amamentam;
nas que amamentam é imprevisível pelo que devem
utilizar contraceção adequada; deve usar penso
higiénico e não tampões).
Cuidados Pós-Parto
Em casa

-Adoção de medidas perante sinais de alarme


(deve recorrer a uma instituição de saúde se tiver
febre; aumento da hemorragia vaginal, corrimento
vaginal com cheiro fétido, desconforto a urinar;
aumento da dor nas mamas, ferida perineal, ferida
cirúrgica abdominal; penso da ferida da cesariana com
drenagem)
Cuidados Pós-Parto
Em casa

-Ferida cirúrgica abdominal (deve dirigir-se ao


Centro de Saúde com a carta de Alta de enfermagem
para proceder à remoção de pontos/agrafes, após
remoção manter local da ferida limpa e seca, massajar
local da sutura com creme cicatrizante, evitar esforços
e usar cinta abdominal)

Você também pode gostar