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TRANSTORNOS FUNCIONAIS

ESPECÍFICOS

PROFESSORA SONIA LANDI


soniamlandi@yahoo.com.br
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• É um sistema integrador que analisa os sinais
provenientes das vias sensoriais ( visão,
audição, tato, etc.) e utiliza essas informações
para gerar sinais de comando, transmitidos
pelas vias motoras até os músculos efetores
Neuroanatomia funcional
Neuroanatomia funcional
PLANEJAMENTO
DE MOVIMENTOS Coordenadas
COMPLEXOS E espaciais do
ELABORAÇÃO DE corpo
PENSAMENTO

.
FORMAÇÃO
DE PALAVRAS

COMPREENSÃO DA
LINGUAGEM E
INTELIGÊNCIA
• ÁREA DE ASSOCIAÇÃO PARIETO-TÊMPORO-OCCIPITAL:

• Pode ser subdividida em:


• a) Área para análise de coordenadas espaciais do corpo:
• b) Área para compreensão da linguagem ( área de Wernicke): Se uma pessoa sofrer danos
nesta região, ela poderá reconhecer palavras, mas não será capaz de organizar estas palavras
em pensamento coerente. Da mesma forma, a pessoa poderá ler palavras, mas não será capaz
de reconhecer a idéia que estaria sendo transmitida
• c) Área para processamento da linguagem visual( leitura):- logo atrás da área de Wernicke
encontramos a área do giro angular, responsável pela interpretação da informação visual, que
passa então á área de Wernicke. Se esta região for destruída, mantendo a área de Wernicke
intacta, a pessoa será capaz de interpretar experiências auditivas normalmente, mas o fluxo de
informações visuais passando na área de Wernicke, vindas do córtex visual é bloqueado. O
indivíduo pode ver as palavras e saber que são palavras, mas não será capaz de interpretar seus
significados.
• d) Área para nomeação de objetos: Fica entre as poções laterais do lobo occipital e
posteriores do lobo temporal. Os nomes são aprendidos principalmente através da entrada
auditiva enquanto que a natureza física dos objetos é aprendida principalmente pela entrada
visual. Os nomes são essenciais para a compreensão da linguagem auditiva e visual, função
realizada pela área de Wernicke, localizada na porção imediatamente superior à região
auditiva para nomes e anterior à área visual de processamento de palavras
Área de associação pré-frontal

• A) Área de Broca:
• Localizada parcialmente na parte posterior do córtex pré-frontal e parcialmente na área pré-
motora. Nesta área são executados os planos e padrões motores para a expressão de
palavras individuais ou mesmo de pequenas frases. A área de Broca trabalha associada com a
área da compreensão da linguagem área de Wernicke
PLANEJAMENTO
Coordenadas
DE MOVIMENTOS espaciais do
COMPLEXOS E corpo
ELABORAÇÃO DE
PENSAMENTO

FORMAÇÃO
DE PALAVRAS

COMPREENSÃO DA
LINGUAGEM E INTELIGÊNCIA

O que acontece quando um indivíduo ouve uma palavra até sua reprodução por meio da fala:
. 1) A recepção na área auditiva primária dos sinais que serão decodificados em palavras,
2) A interpretação das palavras na área de Wernicke,
3) a determinação, ainda na área de Wernicke, dos pensamentos e palavras a serem ditos,
4) Transmissão dos sinais da área de Wernicke à área de Broca por meio do fascículo arqueado,
5) ativação dos programas motores para a formação das palavras na área de Broca,
6) Transmissão de sinais apropriados no córtex motor para os músculos da fala.
7) Por fim, falamos
PLANEJAMENTO
Coordenadas
DE MOVIMENTOS espaciais do
COMPLEXOS E corpo
ELABORAÇÃO DE
PENSAMENTO

FORMAÇÃO
DE PALAVRAS

COMPREENSÃO DA
LINGUAGEM E INTELIGÊNCIA

O que acontece quando o indivíduo lê e então pronuncia uma palavra?


1) A área receptiva inicial é a área visual primária ( no lugar da área auditiva primária)
.
2) Partindo da área parietal a informação passa, então pelos estágios de interpretação no giro angular,
3) Finalmente atinge seu nível pleno de reconhecimento na área de Wernicke,
4) Transmissão dos sinais da área de Wernicke à área de Broca por meio do fascículo arqueado,
5) ativação dos programas motores para a formação das palavras na área de Broca,
6) Transmissão de sinais apropriados no córtex motor para os músculos da fala.
7) Por fim, falamos
PLANEJAMENTO
Coordenadas
DE MOVIMENTOS espaciais do
COMPLEXOS E corpo
ELABORAÇÃO DE
PENSAMENTO

FORMAÇÃO
DE PALAVRAS

COMPREENSÃO DA
LINGUAGEM E INTELIGÊNCIA

O que acontece quando o indivíduo na comunicação escrita?


São recrutados os neurônios do córtex motor responsáveis pelo controle das mãos , no lugar dos neurônios
. motores recrutados para a produção da fala. O aprendizado da escrita requer um treinamento motor para
especializar neurônios desta área responsável pelo controle da mão possibilitando realizar o desenho das
diversas letras do alfabeto.
Portanto, para um indivíduo escreverr ocorre a integração dos diferentes grupos de neurônios: córtex motor, a
aqueles que identificam visualmente as letras no córtex parieto-têmporo-occipita, aos neurônios que
identificam oralmente os sons equivalentes, aos neurônios do córtex frontal que aprendem escrever as
letras, além de neurônios parietais de memorização visual das palavras e do controle visual da
movimentação da mão.
NEURÔNIO
Só para relaxar
O QUE É LER?
• NUMA PERSPECTIVA COGNITIVA, A LEITURA É
CONSIDERADA COMO UMA ATIVIDADE COMPLEXA
COMPOSTA POR UMA SÉRIE DE PROCESSOS
PSICOLÓGICOS DE DIFERENTES NÍVEIS QUE,
COMEÇANDO POR UM ESTÍMULO VISUAL,
PERMITEM, ATRAVÉS DE UMA SITUAÇÃO GLOBAL E
COORDENADA, A COMPREENSÃO DO TEXTO.
PROCESSOS DE BAIXO NÍVEL OU PROCESSO DE
RECONHECIMENTO OU PROCESSO DE
DECODIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
• SÃO OS QUE INTERVÊM NO RECONHECIMENTO DAS
PALAVRAS OU SEJA SÃO AQUELES QUE TRADUZEM A
LETRA IMPRESSA PARA A LINGUAGEM ORAL,
ANALISANDO E IDENTIFICANDO OS PADRÕES
VISUAIS PARA TRANSFORMA-LOS EM SONS
PROCESSOS DE ALTO NÍVEL OU PROCESSOS DE
COMPREENSÃO OU PROCESSO DE ACESSO
LÉXICO
• SÃO OS QUE INTERVÊM NA COMPREENSÃO DE UMA FRASE OU
TEXTO, TEM COMO FINALIDADE CAPTAR A MENSAGEM OU A
INFORMAÇÃO QUE NOS PROPORCIONAM OS TEXTOS ESCRITOS.

• ESTE PROCESSO CORRESPONDERIA À BUSCA E RECUPERAÇÃO DOS


SEUS SIGNIFICADOS NUMA ESPÉCIE DE DICIONÁRIO INTERIOR QUE
TODOS NÓS POSSUÍMOS, DENOMINADOS LÉXICO INTERNO,
COMPOSTO POR TODAS AS PALAVRAS QUE O INDIVÍDUO CONHECE.
ROTAS DE APRENDIZAGEM
• ROTA LEXICAL ( VISUAL OU DIRETA)

• ROTA SUBLEXICAL ( FONOLÓGICA OU


INDIRETA
ROTA LEXICAL
• ESTA VIA IMPLICA NA LEITURA DAS PALAVRAS DE
UM MODO GLOBAL. BASTARIA UMA ANÁLISE VISUAL
PARA RECONHECER E CHEGAR DE IMEDIATO AO
SISTEMA SEMÂNTICO, ONDE SERIA CAPTADO O SEU
SIGNIFICADO.
ROTA SUBLEXICAL OU NÃO
LEXICAL
• USO DESTA VIA IMPLICA QUE PARA CHEGAR
AO SIGNIFICADO DAS PALAVRAS QUE LEMOS,
TEMOS QUE PASSAR ANTES POR UMA ETAPA
DE CONVERSÃO DOS ESTÍMULOS VISUAIS
NUM CÓDIGO FONOLÓGICO
• RECODIFICAM –SE OS ESTÍMULOS GRÁFICOS
NUM CÓDIGO DE FALA, MEDIANTE A APLICAÇÃO
DAS REGRAS DE CORRESPONDÊNCIA ENTRE O
GRAFEMA –FONEMA.
• POR ESTA VIA PODEMOS LER TANTO AS
PALAVRAS FAMILIARES COMO AS NÃO
FAMILIARES, E SERÁ O ÚNICO MEIO DE LEITURA
DAS PSEUDO-PALAVRAS.
LEIA E COMPROVE O USO DA ROTA
LEXICAL
• DE AORCDO COM A PQSIEUSA DE UMA
UINRVESRIDDAE IGNLSEA, NÃO IPOMTRA EM
QAUL ODREM AS LRTEAS DE UMA PLRAVAA
ETÃSO, A ÚNCIA CSIOA IPROTMATNE É QUE A
PIREMRIA E A ÚTMLIA LRTEA ETJASM NO LGAUR
CRTEO. O RSETO PDOE SER TTAOL BÇGUANA QUE
VCDÊ PDOE ANIDA LER SEM POBRLMEA. ITSO É
POQRUE NÃO LMEOS CDAA LRTEA ISLADOA, MAS
A PLRAVAA CMOO UM TDOO
LEIA E COMPROVE O USO DA ROTA
SUBLEXICAL
• TAMZOSPLOIDO TASXAPO MAGRIKOSTO
NAISSIPROSFICO CIANKANSTENSURIPE
SESCOSTIRFUJO KOLOIUMAINE QUISONHIMOS
POBUCATOGUESFA PODUCI SPEKRITOQUENHO
ZOVREBLUKASSUÇO MYKLEBUST LYSAUGHT
CRUTCHFIELD NATHANAEL WADSWORTH
PINDAMONHAGABA
Fonemas e grafemas
• Grafemas são representações gráficas dos
sons e ´podem corresponder a uma ou mais
letras
• Chocalho – tem seis fonemas - /ch/ /0/ /c/ /a/
/lh/ /o/
• - seis grafemas – [ch] [0] [c] [a] [lh] [o]
• - Oito letras – c - h- o – c – a – l- h - o
Métodos de Alfabetização
• O QUE É MÉTODO?
• Um caminho para se chegar a um fim;
• Um modo ordenado de fazermos as coisas;
• Um conjunto de procedimentos e técnicas
científicas.
Métodos de Alfabetização
Um conjunto de princípios teóricos e prático
que organizam o trabalho pedagógico em
torno da alfabetização

Um conjunto de saberes práticos ou de


princípios organizadores do processo de
alfabetização, (re)criados pelo professor
em seu trabalho pedagógico.
ALFABETIZAR
• Ensinar a ler e escrever. Tornar o indivíduo
capaz de ler e escrever
• alfabet + izar

Alfa(primeira letra do alfabeto grego)


+ Sufixo indica:
Beta(segunda letra do alfabeto grego) tornar, fazer com que.
ALFABETIZAÇÃO
• Ação de alfabetizar, de tornar “alfabeto”.
• alfabet + izar + ção

-ção: sufixo que forma substantivos


indica: ação. Ex.: traição: ação de trair.
Métodos de Alfabetização

MÉTODOS SINTÉTICOS
Rota Sublexical MÉTODOS ANALÍTICOS
ou Rota lexical
auditiva Ou
ou visual
Fonológica

Método Alfabético Palavração


(Soletração)

Sentenciação
 Método Fônico
Global de Contos/Textos
Método Silábico

MÉTODOS SINTÉTICOS (rota
sublexical)
• Partem de elementos menores que a palavra.
• Insistem na correspondência entre o oral e o escrito.
Entre o som e a grafia ( fonema e grafema).
• Estabelecem correspondência a partir dos elementos
mínimos, num processo que consiste ir das partes
para o todo.
• A principal estratégia : Consciência Fonológica
1) MÉTODO ALFABÉTICO
(SINTÉTICO)
• 1º Passo: Memorização do nome das letras;

• 2º Passo: Representação gráfica;

• 3º Passo: Representação famílias silábicas (b+a=ba;


b+e=be, b+i=bi)

• 4º Passo: Monossílabos, dissílabos, trissílabos e sílabas não


canônicas.

• 5º Passo: Textos segmentados (a ca sa a ma re la na flo res


ta)
2) MÉTODO FÔNICO
(SINTÉTICO)
• 1º passo: Vogais: nome e som das letras são iguais;
• 2º passo: palavras formadas apenas por vogais;
• 3º passo: apresentação os fonemas regulares (d, b, f,
j,m,n...) de forma isolada e, processualmente, os
irregulares;
• 4º passo: junção dos fonemas regulares e,
processualmente os irregulares, com as vogais,
formando sílabas;
• 5º passo: formação de palavras;
• 6º passo: formação de frases;
• 7º passo: formação de textos.
3) MÉTODO SILÁBICO
(SINTÉTICO)
• 1º passo: Apresenta-se as vogais, com ajuda de ilustrações
e palavras como “o” de OVO; “e” de ELEFANTE;
• 2º passo: Apresentam-se as sílabas simples, utilizando
palavras e ilustrações e destacando a sílaba na palavra:
“ma” de macaco, “na” de navio, “pa” de panela;
• 3º passo: Famílias silábicas da sílaba em destaque na
palavra;
• 4º passo: Formação de palavras;
• 5º passo: Formação de frases;
• 6º passo: Formação de pequenos textos.
MÉTODOS SINTÉTICOS
(alfabético, silábico, fônico)

PROPOSTA ENFOQUE VANTAGENS LIMITAÇÕES

Progressão de Processos de Possibilita a análise


unidades decodificação, das relações entre Em algum momento, o
menores (letra, análise fonemas (sons ou aprendiz tem que se
fonema, sílaba) a fonológica, unidades sonoras) e desvincular da fala para
unidades mais relações entre grafemas (letras ou codificar (escrever) e
complexas fonemas (sons) e grupo de letras) decodificar (ler)
(palavra, frase, grafemas (letras) palavras, frases e textos,
texto). Promove o já que em alguns casos
desenvolvimento da a escrita não representa
consciência fonológica os sons da fala.
e os processos de
codificação e
decodificação.
MÉTODOS ANALÍTICOS (rota
Lexical)
• Partem de unidades maiores (palavra) para
unidades menores;
• A leitura é um ato global e ideovisual;
• Reconhecimento global das palavras e das
frases;
• Estratégia perceptiva: visual.
1) MÉTODO DA PALAVRAÇÃO
(ANALÍTICO)
• 1º passo: Apresentação de palavras ilustradas que fazem
parte do universo infantil;
• 2º passo: Memorização (leitura e escrita da palavra);
• 3º passo: divisão silábica das palavras;
• 4º passo: formação de novas palavras com as sílabas
estudadas;
• 5º passo: estudo e análise de grafemas/fonemas;
• 6º passo: formação de frases;
• 7º passo: formação de textos.
2) MÉTODO DA SENTENCIAÇÃO
(ANALÍTICO)

• 1º passo: Apresentação de frases que fazem parte do


universo infantil;
• 2º passo: Memorização (leitura e escrita da frase);
• 3º passo: Observação de palavras semelhantes dentro da
sentença;
• 4º passo: Formação de grupo de palavras;
• 5º passo: Isolamento de elementos conhecidos dentro da
palavra (sílaba);
• 6º passo: Estudo e análise de grafemas/fonemas.
3) MÉTODO DO TEXTO/CONTO
(ANALÍTICO)
• 1º passo: Apresentação de partes do texto com sentido
completo, em cartazes;
• 2º passo: Memorização - leitura e escrita do texto;
• 3º passo: Decomposição do texto estudado em frases,
(iniciando-se o estudo do 2º cartaz);
• 4º passo: Decomposição das frases em palavras;
• 5º passo: Decomposição das palavras em sílabas;
• 6º passo: Formação de novas palavras com as sílabas
estudadas;
• 7º passo: Estudo e análise de grafemas/fonemas.
MÉTODOS ANALÍTICOS
(palavração, sentenciação, global contos/textos)

PROPOSTA ENFOQUE VANTAGENS LIMITAÇÕES

Progressão de Compreensão Reconhecimento Se não houver uma correta


unidades de de sentidos e global e mais orientação do professor:
sentido mais aprendizagem rápido das Pode dificultar a leitura com
amplas (palavra, ideovisual palavras, sentido quando o texto apre-
frase, texto) a (reconheci- possibilitando a sentar palavras completamente
unidades mento global leitura de novas.
menores pela silhueta unidades com Se não houver uma orientação
(sílabas). da palavra, sentido desde o correta para a decodificação,
frase ou texto). início da
escolarização. corre-se o risco do aluno utilizar
do recurso da memorização sem
observar que as palavras são
compostas de unidades menores.
O Aprendizado da Leitura: Fases de
aquisição:
• Fase Logográfica: - caracterizada pelo reconhecimento
de um conjunto de palavras, em geral familiares e de alta
frequência de contato.
• - que acabam sendo memorizadas e reconhecidas toda vez
que são encontradas.
• - recurso de memória visual – rota lexical- várias palavras ou
símbolos escritos podem ser lidos.
• Não há uma correspondência entre fonemas e grafemas.
• Identificação de logomarcas, nomes de pessoas conhecidas

DADO – BOLA
MARCOS
• Fase Alfabética: - é quando a criança
compreende o papel das letras que constituem as
palavras, atribuindo valores sonoros a elas,
correspondência fonemas-grafemas.
• Ao ler uma palavra nova, a criança não consegue
reconhecê-la como um todo, então precisará
identificar letra por letra, ou sílaba por sílaba e a
atribuir a cada um destes segmentos visuais um
determinado valor sonoro.
• Letras são transformadas em sons e depois é
necessário fazer a síntese destes elementos sonoros,
juntando-os em sílabas e as sílabas em palavras.
• B O L A BOLA OU BO LA BOLA
• Fase Ortográfica:
• a formação desta fase depende do
envolvimento da criança com a leitura, em
termos de frequência e de variedade de
textos.
• A leitura vai proporcionar um vocabulário ou
léxico visual que será constituído por aquelas
palavras mais frequentes encontradas nas
leituras, propiciando a formação de uma
memória ortográfica ou visual da palavras
• BOLA lê como um todo
O aprendizado da escrita: fases de
aquisição e o desenvolvimento da
consciência fonológica
• Emilia Ferreiro ( 1986)
• Nível 1- Pré-silábico ( fase pictórica, gráfica
primitiva e pré-silábica propriamente dita)
• Nível 2 – Intermediário 1
• Nível 3 – Sílábico
• Nível 4 – Intermediário 2 ou sílábico-alfabético
• Nível 5 - Alfabético
Nível 1: Pré-silábico
(PICTÓRICA, PRIMITIVA E PRÉ-SILÁBICA)

Fase pictórica ou iônica


 A criança registra garatujas, desenhos sem
figuração e mais tarde com figuração.
Fase gráfica primitiva ou garatuja:
 A criança registra símbolos e pseudoletras,
misturadas com letras e números. Demonstra
linearidade e utiliza o que conhece do meio
ambiente para escrever ( bolinhas, riscos,
pedaços de letras.
Fase Pré-silábica:
 A criança começa a diferenciar letras de números, desenhos ou símbolos e
reconhece o papel das letras na escrita. Percebe que as letras servem para
escrever, mas não sabe como isso acontece.

Apresenta as seguintes concepções:


 Não faz correspondência entre pensamento e palavra escrita;
 Não faz correspondência entre fonema e grafema ou seja, não relaciona o som A e
a letra A;
 Impressão de que a ordem das letras não é importante e que pode ser usada
qualquer letra em qualquer ordem. Pode escrever boi assim: DFOVRALMIUT
 Impressão de que só pode escrever substantivos, pois eles tem significado.
 Impressão de que a leitura e a escrita só são possíveis se houver muitas letras e
diferentes.
 A criança acredita que as letras ou sílabas não se repetem na mesma palavra.
 Nesta fase a criança se encontra no realismo nominal – Ela acredita que para
escrever elefante ela precisa de muitas letras porque o elefante é grande.
NÍVEL 2- INTERMEDIÁRIO 1

• Caracteriza-se por um conflito. Ela repensa a certeza do nível


pré-silábico e fica sem saída, pois ainda não consegue
entender a organização do sistema linguístico. Nesta fase o
aluno nega a escrita. Diz que não sabe escrever. O estimulo
do professor é essencial para o aluno continuar sua busca.
 Características desta fase:
 A criança começa a usar alguns valores sonoros
convencionais, além de alguns trechos da palavra.
 Ex: ELEFANTE – EXTATEUCE – Sabe que começa com E e
termina com E.
Sabe que a palavra RODRIGO tem dois R, mas não sabe onde
colocá-los.
NÍVEL 3 - SILÁBICO
• Neste nível a criança descobre que pode escrever com lógica.
Ela conta os pedaços sonoros, isto é, as sílabas, e coloca um
símbolo ( letra) para cada pedaço. FITA – IA ou LX.
• A criança acha que já resolveu o problema da escrita, mas
ainda os adultos não conseguem ler o que ela escreve.
As características do nível silábico são:
 Aceita que a palavra pode ter uma ou duas letras, mas
algumas vezes, depois de escrever a palavra, coloca mais
letras só para ficar mais bonito. UALXTO/ UVA
 Utização de uma letra para cada palavra ao escrever uma
frase
NÍVEL 4 - SILÁBICO-ALFABÉTICO
• Outro momento conflitante para a criança, pois ela
precisa negar a lógica do nível silábico. Ela escreve e
ninguém consegue ler o que ela escreve. A criança
começa a acrescentar letras principalmente na
primeira sílaba. Ex: TOAT/ TOMATE
• TIAO/TIAGO
• KVAO/CAVALO
• O professor deve refletir com a criança sobre o
sistema linguístico a partir da observação da escrita
alfabética e da reconstrução do código.
NÍVEL 5 - ALFABÉTICO
• Ela já consegue ler e expressar graficamente o que pensa ou fala.
• Apresenta as características:
• Compreensão da logica da base alfabética da escrita. A criança sabe que os
sons G e A são grafados ga e T e O são grafados TO e que, juntos significam
GATO
• Conhecimento do valor sonoro convencional de todas ou de grande parte
das letras e que, juntando-as formam sílabas e palavras.
• ~Distinção de letra, sílaba, palavra e frase. Só que pode ainda dividir a frase
não da forma convencional , mas de acordo com o ritmo frasal. Ex:
OMININU COMEUM DOCI
• A criança já escreve foneticamente ( faz a relação entre som e letra), mas
não ortograficamente. O desafio do professor agora é encaminhar o aluno
em direção a convencionalidade, em direção à correção ortográfica e
gramatical.
PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

• DIFICULDADE

• DISTÚRBIOS

• DEFICIÊNCIA
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
• É um termo mais global e abrangente com causas
relacionadas ao sujeito que aprende, aos conteúdos
pedagógicos, ao professor, aos métodos de ensino,
ao ambiente físico e social da escola.

• É um tipo de problema em que a criança não


apresenta deficiência mental e no entanto não
aprende;

• Inclui qualquer tipo de problema apresentado


durante o processo de ensino e aprendizagem, e que
podem ser decorrente de fatores biológicos, fatores
familiares e fatores sócio-culturais.
FATORES BIOLÓGICOS
• Má nutrição do feto por deficiente
alimentação da mãe;

• Perturbações no recém-nascido por uso de


drogas ( álcool, tabaco, excesso de
antibióticos, duração excessiva do parto, uso
excessivo de anestésicos, baixo peso ao
nascer.
FATORES FAMILIARES
• Desvalorização do trabalho escolar;
• Baixo nível cultural dos pais;
• Baixo nível de motivação para o trabalho
escolar;
• Baixo envolvimento afetivo familiar.
FATORES SOCIO-CULTURAIS
• Classe social: crianças que vivem em ambientes
desfavorecidos, sofrem de uma carência de estímulos. A falta
de estímulos não permitem que a criança potencialize suas
aprendizagens e o seu desenvolvimento cognitivo.

• Contexto escolar: a própria escola fracassa no processo


ensino e aprendizagem de um número significativo de alunos
uma vez que não existe nenhum ajustamento entre a escola e o
aluno em aspectos tais como: o código linguístico, níveis de
expectativas e aspirações, tempo de espera, motivações,
métodos, etc.
DEFICIÊNCIA MENTAL
• “A deficiência mental refere-se a um estado de
funcionamento atípico da criança na comunidade,
manifestando-se logo na infância, em que as limitações do
funcionamento intelectual (inteligência) coexistem com as
limitações no comportamento adaptativo. Para qualquer
pessoa com deficiência mental, a descrição deste estado de
funcionamento exige conhecimento das suas capacidades e
uma compreensão da estrutura e expectativas do meio social
e pessoal do indivíduo”
(Luckasson et al, 1992, citado em correia, 1997, p.54-
55)
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
• São considerados alunos com distúrbios de
aprendizagem aqueles que apresentam um atraso
considerável em leitura, escrita e matemática,
tendo como causa uma disfunção de ordem
neurológica relacionada ao processamento da
informação ou de uma parte dela, sem contudo
apresentarem outras causas possíveis que possam
contribuir para esse déficit como: def. Mental,
escolaridade pobre, baixo ambiente sócio-cultural,
problemas emocionais e déficits sensoriais.
TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS :

1. DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM :
2. DISLEXIA
3. DISORTOGRAFIA
4. DISGRAFIA
5. DISCALCULIA.

6. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO /


HIPERATIVIDADE ( TDAH)
DISTURBIOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA
• DISLEXIA – Caracteriza-se por uma
leitura oral lenta, com omissões, distorções
e substituições de palavras, com paradas,
correções e bloqueios, ocorrendo também
um transtorno de compreensão da leitura. A
principal característica é o rendimento
escolar abaixo do esperado para a idade
cronológica apesar de o potencial
intelectual e escolaridade do indivíduo
estarem adequados para a idade.
DISLEXIA AUDITIVA
• DIFICULDADE EM DISTINGUIR SEMELHANÇAS
E DIFERENÇAS ENTRE SONS ACUSTICAMENTE
PRÓXIMOS; EM PERCEBER SONS NO MEIO DE
PALAVRAS EM ANALISE-SÍNTESE, MEMÓRIA E
SEQUÊNCIAS AUDITIVAS
TROCAS ENTRE CONSOANTES SURDAS POR
SONORAS
• F ( FACA) POR V ( VACA)
• P ( PALA) POR B (BALA)
• CH ( CHATO) POR J( JATO)
• T ( TOCA) POR D( DOCA)
• S( SECA) POR Z( ZECA)
• C(COLA) POR G ( GOLA)
VOGAIS NASAIS E VOGAIS ORAIS
• AN (ANTA) POR A ( ATA)
• EN (ENTÃO) POR E ( ETÃO)
• IN ( INTERIOR) POR I ( ITERIOR)
• ON ( ONDE) POR O (ODE)
• UM ( UNTAR) POR U ( UTAR)
EXEMPLO
• Raimundo, depois de andar o dia todo,
encontrou .....
• Ra-i-um-do pos a-daro di-a-to—tos
• En-co-to-u.....
DISLEXIA VISUAL
• DIFICULDADE NA LEITURA DE PALAVRAS COM
DETALHES OU CONFIGURAÇÕES SEMELHANTES. A
CRIANÇA TEM DIFICULDADE EM MÉMÓRIA E
ANÁLISE-SÍNTESE VISUAIS, EM DISCRIMINAÇÃO
VISUAL DE DETALHES, EM PERCEBER RAPIDAMENTE
AS PALAVRAS ESCRITAS, EM RESPEITAR AS
SEQÜÊNCIAS VISO-ESPACIAIS
EXEMPLOS
• U e N Ele tem poucos lápis.
• Ele tem poncos lápis
• b e d O boi dorme no estábulo.
• O doi borme no estádulo.
• p e q O papai foi viajar.
• O qaqai foi viajar
• ENTRE LETRAS QUE DIFEREM POR PEQUENOS
DETALHES:
• “o” e “ e”; “f” e “t”; “c” e “e”; “h” e “b”; “a” e
“o”
• Ou entre palavras que possuem configurações
semelhantes.
• “ O homem foi ao cinema”.
• “ O bomem toi ao cinoma”.

• “ preto” em vez de “ prado”


DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA

• DISORTOGRAFIA – REFERE-SE ÀS
DIFICULDADES DE ESCRITA RELACIONADAS
AOS PROCESSOS DE ORTOGRAFIA. AS TROCAS
ORTOGRÁFICAS PODEM SER: TROCAS
AUDITIVAS, VISUAIS E AS MISTAS.
TROCAS ENTRE CONSOANTES SURDAS POR
SONORAS
• F ( FACA) POR V ( VACA)
• P ( PALA) POR B (BALA)
• CH ( CHATO) POR J( JATO)
• T ( TOCA) POR D( DOCA)
• S( SECA) POR Z( ZECA)
• C(COLA) POR G ( GOLA)
VOGAIS NASAIS E VOGAIS ORAIS
• AN (ANTA) POR A ( ATA)
• EN (ENTÃO) POR E ( ETÃO)
• IN ( INTERIOR) POR I ( ITERIOR)
• ON ( ONDE) POR O (ODE)
• UM ( UNTAR) POR U ( UTAR)
• E NA ESCOLHA DA GRAFIA ADEQUADA PARA
REPRESENTAR DETERMINADO SOM, QUANDO
ESTE PODE SER REPRESENTADO POR DUAS OU
MAIS GRAFIAS ( O SOM /Z/ PODE SER
REPRESENTADO POR “S”, EM “CASA”,POR “Z” EM
“ AZAR” E POR “X” EM “ EXAME”. NESTE CASO,
A ESCOLHA CORRETA DA GRAFIA ESTÁ
INTIMAMENTE LIGADA À MEMÓRIA VISUAL.
Disortografia
DISGRAFIA

• DIFICULDADE NA QUALIDADE DO TRAÇADO


GRÁFICO ( LETRA FEIA).
.MÁ ORGANIZAÇÃO DA PÁGINA;
• MÁ ORGANIZAÇÃO DAS LETRAS;
ERROS DE FORMAS E PROPORÇÕES;
Caracterisitcas da disgrafia
• Lentidão na escrita.
• Letra ilegível.
• Escrita desorganizada.
• Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
• Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
• Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou
ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da
folha.
• Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão
de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita
(um S ao invés do 5 por exemplo).
• Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita
alongada ou comprida.
• O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
• Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
• O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas
destas citadas acima.
• Tipos:
• Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
• - Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e
ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina
para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a
figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para
escrever
• - Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o
sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as
palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo
que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à
escrita.
DISCALCULIA
• O INDIVÍDUO QUE APRESENTA DISCALCULIA COMETE
ERROS DIVERSOS NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
VERBAIS, NAS HABILIDADES DE CONTAGEM, NA
COMPREENSÃO DOS NÚMEROS , COMO:
 CONTAR COM SENTIDO,
 ASSOCIAR OS SÍMBOLOS AUDITIVOS E VISUAIS,
 APRENDER OS SISTEMAS CARDINAL E ORDINAL DE
CONTAGEM,
 EXECUTAR OPERAÇÕES MATEMÁTICAS, ETC
A Discalculia apresenta seis subtipos:
• Discalculia Verbal– Dificuldade para nomear as quantidades
matemáticas, os números, os termos os símbolos e as relações;
• Discalculia Practognóstica – Dificuldade para enumerar,
comparar e manipular objetos reais ou em imagens,
matematicamente;
• Discalculia Léxica – Dificuldade na leitura de símbolos
matemáticos;
• Discalculia Gráfica – Dificuldade na escrita de símbolos
matemáticos;
• Discalculia Ideognóstica – Dificuldade em fazer operações
mentais e na compreensão de conceitos matemáticos;
• Discalculia Operacional – Dificuldade na execução de
operações e cálculos numéricos.
• De acordo com a neuropsicóloga Taya ( 2008),
as áreas afetadas pala discalculia são:
 áreas terciárias do hemisfério esquerdo, que dificultam a
leitura e a compreensão dos problemas verbais, a
compreensão de conceitos matemáticos;
 Lobos frontais, dificultando a realização de cálculos mentais
rápidos, bem como a habilidade de solução de problemas e
de conceitualização abstrata;
 Áreas secundárias occípito-parietais esquerdas, dificultando a
discriminação visual de símbolos matemáticos escritos;
 Lobo temporal esquerdo, dificultando memória de séries,
realizações matemáticas básicas;
• De acordo com Johnson e Myklebust a criança com
discalculia é incapaz de:
 Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
 Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro
pacotes de 250 gramas.
 Sequenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor
e sucessor.
 Classificar números.
 Compreender os sinais +, - , ÷, ×.
 Montar operações.
 Entender os princípios de medida.
 Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações
matemáticas.
 Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos
de uma sala à quantidade de carteiras.
 Contar através dos cardinais e ordinais.
• Os processos cognitivos envolvidos na discalculia
são:
• 1. Dificuldade na memória de trabalho;
• 2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;
• 3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas
de escrita);
• 4. Não há problemas fonológicos;
• 5. Dificuldade na memória de trabalho que implica
contagem;
• 6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;
• 7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e
perceptivo-táteis.
DESCRIÇÃO DE SINAIS SUGESTIVOS DE TFE –LEITURA E
ESCRITA
Características comum de escrita, nas crianças que apresentam
distúrbios de aprendizagem, dislexia, distúrbios globais do
desenvolvimento, déficit de atenção e dificuldades escolares:
• Níveis elementares de escrita, predominando a fase pré-silábica,
• Limitações para compreender a composição sonora das palavras,
ao nível das sílabas e dos fonemas,
• Dificuldade para compreender que os mesmos sons podem estar
presentes em diferentes palavras,
• Dificuldade para realizar atividades que relacionem palavras de
acordo com sua composição sonora,
• Dificuldades com rimas,
• Desconhecimento dos nomes de todas as letras,
• Limitação na escrita de letras: são capazes de evocar somente
algumas delas,
• Ausência ou precariedade de correspondência fonema-grafema;
• Não diferenciação entre o nome da letra e som que a letra pode
fazer;
• Não diferenciação entre letra, sílaba, palavra, frase.
• Pouco contato com textos escritos, mesmo na condição de
ouvintes de leituras praticadas por outros.
• Desconhecimentos das várias funções e significados que os textos
podem ter ou conter;
• Vocabulário reduzido em geral;
• Ausência de influência da linguagem escrita sobre a linguagem oral
( Nóis foi passiá);
• Desinteresse por situações envolvendo
atividades de leitura e escrita;
• Autoestima prejudicada, marcada pela crença
de que aprender a ler e escrever são coisas
difíceis de ser alcançado.
• Dificuldades na construção de narrativas orais.
Quanto a avaliação da leitura verificar (Capellini-2007):
1. Nível funcional de leitura: Verificar o nível de leitura
( logográfico, alfabético e ortográfico), bem como a
compreensão da leitura;
2. Potencial e capacidade de leitura: verificar a capacidade de
realizar diferentes tarefas de leitura ( letra, palavras, frases e
textos) correlacionando-as com o nível cognitivo do escolar;
3. Determinar a extensão da deficiência da leitura: verificar se o
nível funcional de leitura da criança está dois ou mais anos
abaixo do esperado em relação à idade e escolaridade
4. Determinar as deficiências específicas na habilidade da leitura:
São determinadas por meio da comparação entre o esperado
para a idade e escolaridade e o obtido pela criança em tarefas de
leitura e compreensão
5. Determinar a presença de disfunção neuropsicológica:
verificar o comportamento e os resultados qualitativo de testes
e provas que envolvam atenção, organização, percepção,
memória e integração sensorial.
6. Determinar os fatores associados que ocasionam desordens
de aprendizagem: falta de motivação, nível sócio-econômico-
cultural desfavorável, problemas psicológicos e pedagógicos;
7. Analise da linguagem oral : podem ser utilizadas as provas de
discriminação auditiva, nomeação, fala encadeada, memória de
curta e longa duração, análise e síntese para fonemas e sílabas
isoladas, palavras e frases, compreensão de frases e textos,
organização e formação de frases.
RELAÇÃO ENTRE HABILIDADES COGNITIVO-LINGUÍSTICAS E ESTRATÉGIAS DE
ACESSO PARA AVALIAÇÃO ( Capellini, Smythe,2008)
HABILIDADES ACESSO

Leitura - Conhecimento do Alfabeto


- Leitura de palavras e de pseudopalavras

Escrita - Escrita sob ditado de palavras e pseudopalavras

Habilidades Metalinguísticas - Identificação de rima


- Aliteração
- Segmentação silábica e fonêmica
- Manipulação silábica e fonêmica
Processamento Auditivo - Discriminação de sons
- Ritmo
- Repetição de palavras e pseudopalavras
- Memória direta e indireta de dígitos
Processamento Visual - Cópia de formas
- Memória visual
Velocidade de Processamento - Nomeação automática rápida de figuras
- Nomeação automática rápida de dígitos
O Papel do
professor
no processo de ensino e
aprendizagem de alunos
com Distúrbios de
aprendizagem
• O professor desempenha um papel muito importante, tanto no
processo de diagnóstico como no processo educativo.

• É importante que os “problemas” que a criança apresenta, sejam


vistos como decorrentes de dificuldades e não como fruto da
“preguiça” ou do “desleixo”.

• O professor deve tomar cuidado para não colocar um rótulo no


aluno pois uma vez colocado, o aluno não se livrará mais dele.

• Mais importante que dar um rótulo é saber identificar as


dificuldades do aluno e quais são as intervenções pedagógicas
necessárias para que o aluno possa superá-las
• Não podemos esquecer de que o distúrbio de
aprendizagem produz efeitos na adaptação do
indivíduo dentro e fora da escola, na personalidade –
sentimentos de fracasso, dificuldades para reagir,
baixa autoestima –, na motivação – padrões
atribucionais inadaptados –, na interação social –
habilidades sociais - , o que complica muito a situação
e também exige uma resposta GLOBAL.

• Portanto cabe ao professor auxiliar os alunos com


Distúrbios de aprendizagem para que eles possam
confrontar-se de forma ativa com as desigualdades
procedentes da escolarização e da sociedade, que se
concretiza na ideia de que as escolas são de e para os
que triunfam nelas
• Inicialmente o professor deve:
1. Respeitar as dificuldades da criança;
2. Respeitar o ritmo da criança e não
envolver em situações de competição
com os demais colegas;
3. Não colocá-la em situações geradoras
de ansiedade;
4. Evitar comparações com os outros colegas
que não apresentam dificuldades;
5. Conversar com o aluno sobre as
dificuldades, explicando-lhe porque
ocorrem;
6. Desenvolver a sua autoestima
identificando as áreas de interesse e
estimulá-la.
Trabalhando com os erros ortográficos
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem
desenvolvidas

Substituições de Carrossa – traviceiro – 1) O que é som?


letras em razão queicho – girasou – 2) O que é letra?
da possibilidade auçaotou – visinho – 3) Que as letras escrevem sons;
4) Que os sons podem ser transformados
de representação macarão – jurasgo –
em letras?
múltiplas – um inchugar – susegada – 5) Diferenciar o som que a letra representa
som pode ser cofrece- quarisem - fasia do som da letra (ex: “efe” é o nome da
representado por letra “f”, enquanto o som que ela
diferentes letras representa é /f/;
e, inversamente, 6) Que existem possibilidades variadas de
uma mesma letra relação entre letras e sons:
pode escrever a) Um mesmo som pode ser sempre escrito
pela mesma letra
diferentes sons
b) Um mesmo som pode ser escrito por
diferentes letras;
c) Uma mesma letra pode escrever mais do
que um som;
7) Diferenciar vogais e consoantes;
Trabalhando com os erros ortográficos
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem
desenvolvidas

Substituições de Carrossa – traviceiro – 8) Compreender o papel das “regras


letras em razão queicho – girasou – contextuais”, como a influência das
da possibilidade auçaotou – visinho – vogais sobre determinadas consoantes:
“s”, entre as vogais,fica com som de /z/;
de representação macarão – jurasgo –
“c” quando acompanhada de “a”, de “o”
múltiplas – um inchugar – susegada – e de “u”, escreve o som de /k/, enquanto
som pode ser cofrece- quarisem - fasia que, com as demais vogais “e” e ‘i”,
representado por representa o som /s/; a ltra “z”, no final
diferentes letras de palavras, fica com o som /s/; etc.
e, inversamente, 9) Detectar as situações de risco ou conflito
uma mesma letra produzidas pela própria língua,
pode escrever desenvolver estratégias de superação de
tais conflitos ( ex: buscando informações
diferentes sons
sobre qual letra, dentre várias, é a
correta;.
10) Memorizar a forma de escrever as
palavras
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Apoio na Girasou; 1) Trabalhar com as mesmas atividades que envolvem os erros por
oralidade: soutou; representação múltipla;
Tendência de inchugar; 2) Escrever as palavras exatamente do modo que são pronunciadas,
como numa atividade de transcrição fonética e, comparar com a
escrever as moli;
forma correta de escrevê-las, analisando as diferenças;
palavras do Parqui; 3) Solicitar que as palavras sejam repetidas da maneira como são
modo como chuveu; naturalmente pronunciadas e, em seguida, analisar fonema por
elas são pioro( pior fonema para, depois disto, soletrar as palavras a fim de identificar
pronunciadas, ou); lati sua composição escrita, letra por letra. Essa atividade mostra, com
como uma ( late). clareza, o modo de falar e o modo de escrever.
espécie de 4) Levar a criança a identificar palavras de risco, a fim de que, numa
transcrição situação, de escrita real ela possa detectar situações passíveis de
erro e buscar estratégias de resolução de conflito.
fónética.
5) Criar situações de analise de semelhança sonora entre as palavras.
Detectar determinadas categorias de palavras mais sujeitas a erros
deste tipo: palavras com “oura” ( tesoura, vassoura, etc.); com
“ouro” ( tesouro, besouro, couro, etc.); com “eira” e “eiro”
( coleira, bandeira, goleiro, chaveiro, etc.); palavras escritas com “l”
as que se pronuncia com “u” ( lençol, jornal, pincel, etc.); palavras
escritas com “o” e que são articuladas com “u” ( beijo, colo, mato.
Etc.) e palavras escritas com “e” mas que são faladas com “i”
( passear, chave, canivete, etc.)
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

OMISSÕES: Taqui 1) Trabalhar com as mesmas atividades que envolvem os erros por
Ausência de ( tanque) representação múltipla;
letras que Sague 2) Segmentar as palavras de modo a detectar todos os sons que a
compõem;
deveriam com ( sangue);
3) Saber corresponder letras e sons, ou seja , conhecer o valor sonoro
por as Cobinar; das letras e as possíveis relações entre ambos;
palavras Ninque 4) Compreender as várias possibilidades de construção de sílabas, não
( ninguem); se limitando à escrita de palavras selecionadas somente com o
Mã ( mãe); padrão CV( consoante- vogal). A criança deve ser capaz de
perdi( perd segmentar palavras em silabas e saber quantificar a composição
ido); fizes sonora das mesmas, a fim de dominar o modo de se escrever sílabas
( felizes); de estruturas mais complexas, como é o caso daquelas contendo
CCV ( pra), CVC ( par); CCVC ( tres); CCVCC ( trans).
Mamã
( mamãe)
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Junção: Derepente 1) O que é frase;


separação ( de 2) Que uma frase está composta por palavras;
indevida de repente); 3) O que é palavra e seus diferentes tipos ou categorias;
4) Que existem palavras de diferentes extensões e composição
palavras em bora
silábicas: uma só sílaba e uma só letra ( e, o, a). Uma só sílaba e
( embora); duas ou três letras ( de, do, com, que); duas sílabas. Três silabas,
maismagra quatro ou mais sílabas;
( mais 5) Que o tamanho das frases varia de acordo com o número de
magra); palavras que as compõem.
Quees tava 6) Compreender a variação entre o modo de falar ( todas as palavras
( que vindo interligadas) e o modo de escrever ( todas as palavras
estava) separadas por um espaço);
7) Compreender o papel da pontuação. Como marcador de aspectos
interfrasais, de final e tipo de frase.
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Confusão Do ponto de vista A criança deve compreender:


am x ão: fonético ambas as 1.O que é palavra;
substituir terminações são 2.Que as palavras se dividem em sílabas;
em a pronunciadas da 3.Que a intensidade sonora que recai sobre as sílabas pode variar de
terminaçã mesma forma, ou posição: pode ser encontrada na última sílaba, na penúltima ou na
o “am” seja, como /ão/. antepenúltima;
por “ ão”. Só que, além, de 4.Que pode haver diferença entre o modo de falar e o de escrever:
marcar os tempos embora palavras do tipo “comerão” e “comeram” sejam pronunciadas
verbais, estas com /ão/ no final a primeira será escrita com “ão” porque a tonicidade
terminações dizem recai na última sílaba, enquanto que a segunda será escrita com “am”
respeito a porque a sílaba tônica está na penúltima posição.
tonicidade da 5.Que uma mesma palavra pode ser lida de forma diferente na medida
palavra , como no em que se varia a aplicação da tonicidade em cada uma das sílabas;
caso das oxítonas , 6.A partir da compreensão de sílaba tônica e da capacidade de localizá-
emprega-se a las, podem ser até mesmo trabalhadas as noções de palavras oxítonas,
terminação ão paroxítonas e proparoxítonas.
( comerão, gostarão, 7.Dependendo do nível de escolaridade, e da compreensão de outros
caminhão, etc.); aspectos gramaticais, pode ser trabalhado as noções relativas a verbo e
enquanto que “am”é tempo verbal para a decisão da forma correta de escrita;
usada para as 8.Desenvolver uma sensibilidade para que a criança torne-se capaz de
paroxítonas detectar, enquanto escreve palavras que entram nesta categoria e
( comeram, buscar estratégias adequadas para escrevê-las corretamente
gostaram, falaram,
etc.)
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Generalizaç Chapel ( chapéu), O professor deve orientar a criança no sentido de indicar as situações
ão: Quando egreja ( igreja), nas quais um determinado conhecimento se aplica ou não.
um Caio ( caiu) Por exemplo se a criança escreve “bandeija”, diremos a ela que, nesta
conheciment palavra, o “i” não existe, diferente de outras como “ bandeira”,
o, gerado “cadeira”, que embora não tenham o “i” quando se fala, acabam
em uma recebendo tal letra quando são escritas. A um processo de
situação, é generalização, devem seguir procedimentos de diferenciação, para que
estendido a confirmem as situações nas quais o conhecimento ou regra é possível
outras de ser aplicado ou não.
situações
semelhantes
, do ponto
de vista da
criança.
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Trocas Machugado 1. Desenvolver a consciência fonológica;


envolvendo n( machucado) 2. Desenvolver na criança uma atitude controle consciente do
substituições Ticholu ( tijolo) ato da escrita, de modo que ela possa, enquanto escreve,
entre letras Chornal ( jornal) detectar as situações passíveis de erro e daí aplicar as
que Viacharão ( viajarão) estratégias de decisão a respeito de que letra deve ser usada.
representam Jurasco ( churrasco) 3. Depois da consciência do erro, trabalhar no sentido de
os fonemas Agordou ( acordou) memorizar a escrita correta das palavras.
surdos e Dende( dente)
sonoros. Ninque( ninguém)
surdas: /p/ Quera ( guerra)
pata, /t/ Vasia ( fazia)
tata, /f/faca ;
Sonoros:
/b/ bata
/g/gola
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Acréscimo Vece ( vez), As mesma para o trabalho com omissão de letras:


de letras Carata ( carta) 1)Trabalhar com as mesmas atividades que envolvem os erros por
Prerto ( preto) representação múltipla;
2)Segmentar as palavras de modo a detectar todos os sons que a
compõem;
3)Saber corresponder letras e sons, ou seja , conhecer o valor sonoro
das letras e as possíveis relações entre ambos;
4)Compreender as várias possibilidades de construção de sílabas, não
se limitando à escrita de palavras selecionadas somente com o padrão
CV( consoante- vogal). A criança deve ser capaz de segmentar palavras
em silabas e saber quantificar a composição sonora das mesmas, a fim
de dominar o modo de se escrever sílabas de estruturas mais
complexas, como é o caso daquelas contendo CCV ( pra), CVC ( par);
CCVC ( tres); CCVCC ( trans).
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Confusões Diz respeito ao 1) Identificar e diferenciar letras umas em relações às outras;


entre traçado das letras, 2) Saber nomear cada letra ou grupo de letras, como é o caso dos
letras assim como o valor dígrafos;
parecidas: sonoro que pode 3) Conhecer o valor sonoro das letras;
ser atribuído a cada 4) Promover substituições intencionais de letras ou conjunto de
uma delas; letras parecidas, identificando os resultados de tais operações
( como as palavras devem ser lidas na medida em que, quando se
modificam as letras, modifica-se também o modo de leitura)
5) Comparar o traçado das letras confundidas, descrevendo
semelhanças e diferenças entre elas.
ERROS EXEMPLOS INTERVENÇÃO – Noções a serem desenvolvidas

Inversões Confusão entre b e a) No caso de rotação ou espelhamento:


d ( espelhamento 1) A criança deve compreender que a posição da letra no espaço
ou rotação): cedola pode determinar seu valor sonoro e aprender a situá-las de acordo
( cebola), com o espaço gráfico ( margens).
Tradalhar 2) Aprender o nome específico de cada letra, determinado pela sua
( trabalhar), posição: p – b-d-q-u-n,
Inversões quanto a 3) Identificar o som correspondente a cada uma delas.
posição das letras:
braco ( barco), b) No caso de mudança de posição da letra dentro da sílaba ou da
Secova ( escova) palavra:
1. A criança deve compreender que a posição da letra na palavra
escrita tem relação com a posição do fonema correspondente
dentro da palavra falada: as letras devem ser colocadas na ordem
em que os fonemas aparecem na fala,
2. Compreender também que, na leitura, o processo é inverso: os
fonemas devem ser falados de acordo com a ordem das letras na
palavra escrita;
3. Identificar os fonemas que compõem as palavras, pro meio de
segmentação sonora, localizando a posição de cada um deles
dentro da palavra.
INTERVENÇÕES PARA CRIANÇAS COM DISLEXIA

• Primeira etapa : TREINAMENTO AUDITIVO:


a) Decodificação: a criança precisa adquirir a percepção,
discriminação de sons ambientais, instrumentais e sons da fala:
Treinamento auditivo-fonêmico associado com pistas visuais e
táteis-cinestésicas para adquirir a percepção e discriminação de
cada um dos sons a ser trabalhado – discriminação auditiva do
fonema para a sílaba e para a palavra. Depois pode-se realizar
atividades de discriminação auditiva do vocábulo no texto, na
música e na história.
Completar palavras auditivamente dando-se apenas parte da
palavras para a criança realizar o fechamento auditivo.
• b) INTEGRAÇÃO: Capacidade de associar estímulos
auditivos a estímulos visuais, ou seja a capacidade de
relacionar fonema-grafema:
Trabalhar com o saco ou a caixa-tátil : táteis-cinestésicas,
Atividades de discriminação auditiva do fonema para a
palavra,
Sequências de sons verbais e sons não verbais com jogos de
memória auditiva.
Atividades com músicas, ritmo, instrumentos para estimular
as funções do hemisfério direito,
Cd- Rom de livros de histórias com contos da literatura
infantil e canções, para a criança ouvir, ler, desenhar e
escrever,
Atividade com bingo de sons: ouvir, falar a letra, associar com
a figura, ler e escrever.
c) PROSÓDIA: Desenvolver a capacidade de
reconhecimento de padrões de intensidade, duração e
frequência de sons. Perceber sons graves e agudos, curtos e
longos, para ajudar depois na discriminação de fonemas surdos
e sonoros.
Utilizar a reprodução de sons, instrumentos musicais.
Dramatização em situação de jogos simbólicos e teatro,
Leitura com entonações exageradas, com uitos diálogos e
repetir as mesmas frases com diversas entonações;
• Segunda Etapa: CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
• A) Análise de sons: identificar sons na posição inicial, medial e
final
• B) adição, subtração e substituição de sons: acrescentar,
retirar, substituir fonemas e sílabas em uma determinada
palavras para transformá-la em outra.
• C) Segmentação: Identificar o número de palavras na frase, o
número de sílabas no vocábulo;
• D) Recepção de rimas: Repetir, formar, inventar rimas, ler
poiesias, fazer poesias e reconhecer as palavras que rimam.
• E) Reversão silábica: Trocar sílabas e descobrir que palavra
forma.
• Terceira Etapa: Treinamento Visual:
• A)Deslocamento de objetos no espaço: Pode ser feito com pequenos objetos ou mesmo
com um facho e luz de uma lanterna;
• B) Deslocamento de pequenos objetos: Deslocar objetos como carrinhos ou bolinhas
sobre a mesa ou uma cartolina, acompanhando o espaço gráfico.
• C) Reconhecimento e discriminação visual de formas, grafemas e números: Utilizar
primeira mente formas, letras e números de borrachas e depois letras impressas.
• D) Posição de objetos letras e números no espaço: Primeiramente com letras de
borrachas e, em seguida no papel: comparar as diferenças e posição dos traçados de:
p/q, b/d, u/n, M/W entre outros .
• E) Memória visual de figuras, letras e números: Mostrar uma cartela, memorizar,
reproduzir no ar, depois no papel; realizar jogos de memória visual com apenas uma
forma gráfica, depois com duas ou três em sequência: b b b /b d b.
• F) Fechamento visual de formas, grafemas e números: atividades de completar o traçado
das formas letras e números.
• G) Atividade de figura –fundo: Escrever palavras misturando as letras maiúsculas com as
letras minúsculas e solicitar que a criança leia somente as maiúsculas e depois as
minúsculas
HABILIDADES NECESSÁRIAS NO PROFESSOR
PARA EDUCAR NA DIVERSIDADE

1. AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA
CAPACIDADE DE REFLETIR SOBRE SUA
PRÁTICA PEDAGÓGICA.

2. DESENVOLVIMENTO DA HABILIDADE PARA


TRABALHAR EM EQUIPE COM OUTROS
DOCENTES E PROFISSIONAIS

3. RECONSTRUÇÃO CRÍTICA DO PAPEL DA


EDUCAÇÃO NA NOVA SOCIEDADE DO
CONHECIMENTO E DA INFORMAÇÃO
O ELEFANTE ACORRENTADO

Prof. Damásio de Jesus


Você já observou elefante no circo?
Durante o espetáculo, o enorme animal faz
demonstrações de força descomunais.
Mas, antes de entrar em cena,
Permanece preso, quieto, contido somente
Por uma corrente que aprisiona uma de suas patas
a uma pequena estaca cravada no solo.
A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.
E, ainda que a corrente fosse grossa,
Parece óbvio que ele, capaz de
Derrubar uma árvore com sua
própria força, poderia, com
Facilidade, arrancá-la do solo e fugir.
Que mistério!!!
Por que o elefante não foge?
Perguntei a um adestrador e ele
Me explicou que o elefante não escapa porque
está adestrado.
Fiz então a pergunta óbvia:
* Se está adestrado, por que o prendem?
Não houve resposta!
Há alguns anos descobri que,
Por sorte minha, alguém havia
Sido bastante sábio para encontrar a resposta:
o elefante do circo não escapa, porque foi preso à
Estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei
o pequeno recém-nascido preso.
Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou,
tentando se soltar.
E, apesar de todo o esforço, não pôde sair.
A estaca era muito pesada para ele.
E o elefantinho tentava, tentava e nada.
Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino
:
Ficar amarrado na estaca, balançando
o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora
De entrar no espetáculo.
Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.
Jamais, jamais voltou a colocar à prova sua força.
Isso muitas vezes acontece conosco!
Vivemos acreditando em um montão de coisas “que não podemos ter",
“que não podemos ser",
"que não vamos conseguir",
Simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes,
Algo não deu certo
Ou ouvimos tantos "nãos"
Que "a corrente da estaca"
Ficou gravada na nossa memória com tanta força
Que perdemos a criatividade e aceitamos o
"sempre foi assim".
De vez em quando sentimos
As correntes e confirmamos o estigma:
"não posso",
"é muita terra para o meu caminhãozinho",
"nunca poderei",
"é muito grande para mim!"
A única maneira de tentar de
Novo é não ter medo de enfrentar
As barreiras, colocar muita
Coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!
Vá em frente!!!
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO / HIPERATIVIDADE
(TDAH)
TRÊS SUBTIPOS DE TDAH
1. TDAH COM HIPERATIVIDADE ( O TIPO
HIPERATIVO IMPULSIVO)
2. TDAH SEM HIPERATIVIDADE ( TIPO
PREDOMINANTEMENTE DESATENTO)
3. TDAH – TIPO COMBINADO
• ESTIMA-SE QUE ENTRE 5 A 7% DAS
CRIANÇAS APRESENTAM DE TDAH
• É MAIS COMUM EM MENINOS
PODEMOS APONTAR COMO CARACTERÍSTICAS
FUNDAMENTAIS:
• COMPORTAMENTO:
1. HIPERATIVIDADE: Entendida como
movimento corporal constante.
A criança pode apresentar:
- Hiperatividade verbal
- Destruição
- Agressividade.
Déficit de atenção e controle
• A criança mostra-se atraída por pormenores
irrelevantes e, tem a mesma reação perante o
essencial e o acessório.
• Pode apresentar perseverança, ou seja
incapacidade para desviar a atenção de algo
irrelevante.
EMOCIONAL
1. Irritabilidade: Devido a sua escassa
tolerância a frustração a criança torna-se
imprevisível;
2. Afetividade: a criança apresenta uma
deficiente autoestima e dificuldade para se
relacionar com os colegas
NA ESCOLA
• PODE APRESENTAR AS SEGUINTES
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM:
1. DIFICULDADE NA ÁREA COGNITIVA,
MATEMÁTICA, LEITURA/ESCRITA E
MEMÓRIA;
2. GRAFISMO, COORDENAÇÃO VISOMOTORA E
ORIENTAÇÃO ESPACIAL
ETIOLOGIA
• Disfunções neurológicas;

• Fatores ambientais;

• Fatores comportamentais
FORMAS DE AVALIAÇÃO
• História da criança: desenvolvimento
evolutivo, sintomas atuais, ambiente familiar,
informações da escola;
• Inventários;
• Exame neurológico
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
• HÁ SINTOMAS DE FALTA DE ATENÇÃO,
IMPULSIVIDADE E HIPERATIVIDADE.
• APRESENTA-SE NO MEIO FAMILIAR E/ OU
ESCOLAR. MUITAS VEZES NÃO É OBSERVADO
NA CONSULTA CLÍNICA.
A. FALTA DE ATENÇÃO: Existem pelo
menos três sintomas :
1. É FREQUENTE NÃO ACABAR AS COISAS QUE
COMEÇA;
2. É FREQUENTE NÃO ESCUTAR O QUE SE DIZ;
3. DISTRAI-SE FACILMENTE;
4. TEM DIFICULDADE EM SE CONCENTRAR NO
TRABALHO ESCOLAR OU NAS TAREFAS QUE EXIGEM
MUITA ATENÇÃO.
B. IMPULSIVIDADE Verificam-se pelo menos três
dos seguintes sintomas:
1. AGE SEM PENSAR;
2. MUDA CONSTANTEMENTE DE ATIVIDADE;
3. TEM DIFICULDADE PARA SE ORGANIZAR NO TRABALHO
( SEM QUE EXISTAM ALGUM DÉFICIT COGNITIVO;
4. NECESSITA DE CONSTANTE SUPERVISÃO;
5. EM CASA É PRECISO CONSTANTEMENTE CHAMAR À
ATENÇÃO;
6. NOS JOGOS OU OUTRAS SITUAÇÕES DE GRUPO É MUITO
DIFÍCIL CONSEGUIR ESPERAR SUA VEZ;
C. HIPERATIVIDADE: Pelo menos dois dos
sintomas abaixo:
1. CORRE AGITADAMENTE DE UM LADO PARA
OUTRO, SOBE EM TUDO( CADEIRA, SOFÁ, MESA,
ETC.);
2. TEM MUITA DIFICULDADE EM ESTAR QUIETO NUM
LUGAR E MEXE-SE EXCESSIVAMENTE;
3. CUSTA-LHE ESTAR SENTADO;
4. MEXE-SE MUITO ENQUANTO DORME;
5. ESTÁ SEMPRE “EM AÇÃO” OU AGE COMO SE FOSSE
“MOVIDO POR UM MOTOR”
• D.ÍNÍCIO DOS SINTOMAS ANTES DOS SETE
ANOS;
• DURAÇÃO DE, PELO MENOS, SEIS MESES;
Inventário abreviado de Conners para
professores
1. Não para de se mexer;
2. É excitável, impulsivo;
3. Incomoda as outras crianças;
4. Tem dificuldade em terminar o que começou;
5. Custa-lhe manter a atenção;
6. Enerva-se facilmente;
7. Distrai-se facilmente;
8. Quer ver os seus pedidos satisfeitos imediatamente, abandona
facilmente;
9. Grita frequentemente;
10. Tem alterações de humor rápidas e frequentes;
11. Tem explosões de cólera e comportamentos agressivos e imprevisíveis
INVENTÁRIO DE WERRY E WEISS MUITO
UTILIZADA PARA OS PAIS:
• EM CASA DURANTE
AS REFEIÇÕES: nunca as vezes muito

1. Sobe e desce da cadeira


2. Interrompe a refeição sem
razão
3. Mexe-se constantemente
na cadeira;
4. Brinca nervosamente com
os objetos;
5. Fala excessivamente
• EM CASA ( Enquanto Nunca as vezes muito
• vê televisão)
6- Levanta-se e senta-se
7 – Balança o corpo
8- Brinca com objetos
9- Fala constantemente
10- Interrompe as outras pessoas
EM CASA ( durante as
brincadeiras)
11-Mostra-se agressiva
12- Não fica quieta
13- Muda constantemente de
brincadeira
14- Procura a atenção dos pais
15- Fala excessivamente
16- Interfere nos jogos dos outros
17- Não mede o perigo
18- É impulsiva
19- É teimosa
• EM CASA nunca as vezes muito
• ( durante o sono)
20- Tem dificuldade em começar
a dormir
21- Dorme pouco
22- Tem sono agitado
FORA DE CASA (sem ser a
escola)
23- É irrequieta nos
transportes
24- Mostra-se irrequieta
Durante as compras
25- É irrequieta na igreja e /
ou cinema
26- É irrequieta durante as
visitas
27- Desobedece constantemente
NA ESCOLA
28- Não se concentra no
Trabalho
29- Aborrece os companheiros
30- Não permanece quieto no
Seu lugar
Os professores deve:
• Compreender e aceitar que crianças com TDAH não conseguem se
controlar: seu comportamento não é causado por desobediência;
• Ter expectativas positivas;
• Monitorar o progresso regularmente ao longo da aula;
• Dar instruções claras e frequentes e, sempre que possível, visuais ( isto é,
com tempos programados e escritos);
• Ser coerentes, firmes, justos e pacientes;
• Fazer comentários constantes;
• Criar “ regras da classe” que não sejam ambíguas, escritas de maneira
positiva;
• Fazer listas claras- essas crianças necessitam de lembretes a que possam
ter acesso direto;
• Repetir as instruções: escrever, falar em voz alta mais de uma vez;
certificar-se de que entenderam;
• Manter bastante contato visual;
• Certificar-se de que eles sabem os limites: evitar
longas discussões sobre o que está certo e errado no
comportamento: dizer o que deseja- mostrar os
aspectos positivos;
• Evitar fazer testes com tempo determinado, pois eles
não mostrarão o que sabem;
• Não dar tarefas de casa longas, preferindo a
qualidade;
• Decompor cada tarefa em partes menores;
• Dar um tempo maior , sempre que necessário
• Fazer a aprendizagem ser divertida- toda criança ou
adolescente detesta ficar entediado.
Em casa necessitam de:
• Estrutura;
• Coerência;
• Limites claramente definidos;
• Amor;
• Paciência

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