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PGR

Programa de Gerenciamento de riscos


O que é o PGR?
O Programa de Gerenciamento de
Riscos (PGR) é a materialização do Programa de
Gerenciamento
processo de Gerenciamento de Riscos de riscos
Ocupacionais (por meio de documentos
Empresa
físicos ou por sistema eletrônico), Fulana de tal
visando à melhoria contínua das
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condições da exposição dos 2a
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trabalhadores por meio de ações
multidisciplinares e sistematizadas.
Obs:Entrou em vigor no dia 03 de Janeiro de 2022 a nova NR-01.
O PGR deve ser composto, no mínimo,
por dois documentos:
a) Inventário de Riscos Ocupacionais, que
compreende as etapas de Identificação de Perigos e
Avaliação de Riscos, de modo a estabelecer a
necessidade de medidas de prevenção;
b) Plano de Ação, onde se estabelecem as medidas de
prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou
mantidas, de modo a eliminar, reduzir ou controlar os
riscos ocupacionais.
Inventário de riscos
O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar,
no mínimo, as seguintes informações:
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das atividades;
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à
saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes
ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos
perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores
sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de
prevenção implementadas;
Inventário de riscos
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das
exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os
resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17.
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de
elaboração do plano de ação; e
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de
decisão.
O histórico das atualizações deve ser mantido por um período
mínimo de 20 (vinte) anos ou pelo período estabelecido em
normatização específica.
O PGR tem prazo de validade?
O PGR deve acompanhar continuamente as atividades da
empresa por meio da execução das medidas previstas no
plano de ação. Inclusive, deve refletir eventuais mudanças
no ambiente de trabalho que alterem as características dos
riscos ocupacionais. A avaliação de riscos do PGR - que é
uma das etapas desse programa - deve ser revista no
máximo a cada dois anos.
Quando devo alterar meu PGR?
Segundo a NR-01, a avaliação de riscos deve ser alterada ou revista quando da
ocorrência das hipóteses descritas no item 1.5.4.4.6 A avaliação de riscos deve
constituir um processo contínuo e ser revista a cada dois anos ou quando da
ocorrência das seguintes situações:
a) após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos
residuais;
b) após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes, processos,
condições, procedimentos e organização do trabalho que impliquem em novos
riscos ou modifiquem os riscos existentes;
c) quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das
medidas de prevenção;
d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho;
Devo guardar meu relatório PGR em formato
físico ou digital?

A organização pode optar por manter o Relatório do PGR


tanto em meio físico ou meio digital, devendo o
empregador garantir amplo e irrestrito acesso desses
documentos à fiscalização e aos trabalhadores e seus
representantes, conforme NR-01.
LTCAT
A sigla LTCAT significa Laudo Técnico das Condições
do Ambiente de Trabalho. O documento — instituído
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — é
utilizado para comprovação de exposição aos agentes
ambientais que tragam prejuízos à saúde ou à integridade
física do trabalhador. É a sujeição a esses fatores que
ensejam a solicitação de concessão de aposentadoria
especial.
Qual o objetivo do LTCAT?
O Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho,
como documento, tem como objetivo indicar a existência ou
não de exposição do trabalhador aos agentes nocivos
químicos, físicos e biológicos. Para isso, cabe ao LTCAT
realizar o registro fiel das condições e/ou situações definidas
pelas normas e regulamentações estabelecidas pelo Decreto
3048/99, em seu anexo IV.
Segundo o qual os riscos podem ser tipificados:
Qual o objetivo do LTCAT?
físicos: agentes como radiações, ruídos, vibrações, pressões anormais,
temperaturas muito altas ou muito baixas, entre outros;
químicos: possibilidade de contato por via respiratória, pela pele ou
por ingestão, com agentes químicos como óleos, tintas, poeira, fumo,
chumbo, cloro, mercúrio;
biológicos: exposição às bactérias, fungos, parasitas e/ou vírus, com
potencial para causar danos à saúde do trabalhador, assim como a
microrganismos e parasitas infecto contagiosos vivos e suas toxinas
existentes nas atividades relacionadas no referido anexo.
Ressalta-se que sempre que se fizer necessário, o empregador deve,
também, informar a associação de dois ou mais dos riscos definidos
pelo decreto em questão.
Da obrigatoriedade da emissão
Com a implantação do e-Social, os profissionais de Segurança e
Saúde Ocupacional passam a ter o dever de enviar— de forma
adequada e periódica — informações sobre os postos de trabalho
(incluindo as condições do ambiente de trabalho e os riscos nele
inseridos) para o Ministério do Trabalho, Receita Federal e INSS.
Outrora, as empresas só tinham de manter tais informações
arquivadas, para que pudessem ser disponibilizadas mediante
visitas e/ou solicitações formais. No entanto, a partir do e-Social
— com o monitoramento da elaboração e envio ocorrendo de
forma automática e em tempo real — não há mais como se
eximir dessa tarefa.
Da obrigatoriedade da emissão
Nesse sentido, cabe lembrar que, de acordo com a Lei
8.213/1991, a elaboração do LTCAT é obrigatória para todas
as empresas. Mesmo para aquelas que têm apenas um
trabalhador registrado. Assim, tanto uma pequena loja de
bairro quanto uma cimenteira multinacional tem a mesma
obrigação legal.
O que deve constar no LTCAT?
Ainda de acordo com o texto do artigo 58, da Lei 8213/1991, o
LTCAT deve conter informações sobre agentes nocivos no
ambiente de trabalho (de acordo com o anexo IV do decreto
3048). O documento também deve registrar — ao longo do
tempo — toda e qualquer alteração relativa à presença ou
ausência destes agentes.
Além disso, o art. 247, da Instrução Normativa 45 do
INSS, determina como obrigatória a correta apresentação
do LTCAT com a informação dos itens abaixo:
O que deve constar no LTCAT?
■ se individual ou coletivo;
■ identificação da empresa;
■ identificação do setor e da função;
■ descrição da atividade;
■ identificação de agente nocivo capaz de causar dano à
saúde e integridade física, atrelado na Legislação
Previdenciária;
■ localização das possíveis fontes geradoras;
O que deve constar no LTCAT?
■ via e periodicidade de exposição ao agente nocivo;
■ metodologia e procedimentos de avaliação do agente
nocivo;
■ descrição das medidas de controle existentes;
■ conclusão do LTCAT;
■ assinatura do médico do trabalho ou engenheiro de
segurança do trabalho;
■ data da realização da avaliação ambiental.
PCMSO

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional é


regulamentado pela norma nº 07 do Ministério do
Trabalho e Emprego. Ela estabelece a obrigatoriedade de
criação e implementação, por parte das empresas
empregadoras, do PCMSO com a finalidade de promover
e preservar a saúde de seus colaboradores.
CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta Norma se aplica às organizações e aos órgãos


públicos da administração direta e indireta, bem como
aos órgãos dos poderes legislativo e judiciário e ao
Ministério Público, que possuam empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
PCMSO
Portanto, as empresas devem encarregar o setor de RH para
providenciar exames médicos admissionais, periódicos, de
retorno ao trabalho, mudança de função e demissionais. Tudo
isso para que seja possível prevenir, monitorar e controlar
possíveis danos à saúde dos colaboradores.
O PCMSO é obrigatório e pode, ainda, exigir a fiscalização do
ambiente de trabalho para verificar possíveis riscos que possam
afetar a saúde dos colaboradores. Sobretudo, ele procura
identificar especificamente as doenças diretamente relacionadas
ao trabalho.
PCMSO
Assim, não haverá riscos e acidentes que possam afetar a
saúde dos profissionais. Principalmente em
prestadoras de serviços, os colaboradores são os agentes
“ativos” das empresas. Portanto, é preciso que haja todo
um cuidado com a saúde e bem-estar dos mesmos. Além
disso, as corporações que não fazem exame PCMSO e
não possuem esses programas regulamentados podem
acabar sofrendo multas ou até processos caso a saúde do
colaborador seja afetada. O responsável pela empresa
pode, inclusive, responder judicialmente pelos eventuais
danos causados.
EXAMES
Os exames clínicos devem obedecer aos prazos e as suas
periodicidades
exame admissional: ser realizado antes que o empregado assuma
suas atividades;
No exame de retorno ao trabalho, o exame clínico deve ser
realizado antes que o empregado reassuma suas funções, quando
ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por
motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não.
O exame de mudança de risco ocupacional deve,
obrigatoriamente, ser realizado antes da data da mudança,
adequando-se o controle médico aos novos riscos.
EXAMES
No exame demissional, o exame clínico deve ser
realizado em até 10 (dez) dias contados do término do
contrato, podendo ser dispensado caso o exame clínico
ocupacional mais recente tenha sido realizado há menos
de 135 (centro e trinta e cinco) dias, para as organizações
graus de risco 1 e 2, e há menos de 90 (noventa) dias,
para as organizações graus de risco 3 e 4.
Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico
emitirá Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, que deve
ser comprovadamente disponibilizado ao empregado,
devendo ser fornecido em meio físico quando solicitado.
EXAMES
O ASO deve conter no mínimo:
a) razão social e CNPJ ou CAEPF da organização;
b) nome completo do empregado, o número de seu CPF e
sua função;
c) a descrição dos perigos ou fatores de risco identificados e
classificados no PGR que necessitem de controle médico
previsto no PCMSO, ou a sua inexistência;
EXAMES
d) indicação e data de realização dos exames
ocupacionais clínicos e complementares a que foi
submetido o empregado;
e) definição de apto ou inapto para a função do
empregado;
f) o nome e número de registro profissional do médico
responsável pelo PCMSO, se houver;
g) data, número de registro profissional e assinatura do
médico que realizou o exame clínico.
EXAMES
Constatada ocorrência ou agravamento de doença relacionada
ao trabalho ou alteração que revele disfunção orgânica por
meio dos exames complementares do Quadro 2 do Anexo I,
dos demais Anexos desta NR ou dos exames complementares
incluídos com base no subitem 7.5.18 da presente NR, caberá
à organização, após informada pelo médico responsável pelo
PCMSO:
a) Emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT;
b) Afastar o empregado da situação, ou do trabalho, quando
necessário;
EXAMES

c) Encaminhar o empregado à Previdência Social,


quando houver afastamento do trabalho superior a 15
(quinze) dias, para avaliação de incapacidade e definição
da conduta previdenciária;
d) Reavaliar os riscos ocupacionais e as medidas de
prevenção pertinentes no PGR.
Obrigada por sua atenção!!!

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