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TREINAMENTO DE NR 05

COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES E
ASSÉDIO

Facilitador: Gutenberg Rodrigues


O que é CIPA?
Qual é o Objetivo da CIPA?
A prevenção de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho, de modo a tornar
compatível, permanentemente, o trabalho com a
preservação da vida e promoção da saúde do
trabalhador.
Qual é a principal função da
CIPA?

Trabalhar em parceria com a direção da


empresa e colaboradores para a
promoção de um ambiente de trabalho
seguro e adequado para todos.
Campo
de Aplicação

As organizações e os órgãos
públicos da administração direta
e indireta, bem como os órgãos
dos Poderes Legislativo,
Judiciário e Ministério Público,
que possuam empregados
regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, devem
constituir e manter CIPA.
5.3 ATRIBUIÇÕES

a) acompanhar o processo de identificação


de perigos e avaliação de riscos, bem como
a adoção de medidas de prevenção
implementadas pela organização;
b) registrar a percepção dos riscos dos
trabalhadores, em conformidade com o subitem
1.5.3.3 da NR-1, por meio do mapa de risco ou
outra técnica ou ferramenta apropriada à sua
escolha, sem ordem de preferência, com
assessoria do Serviço Especializado em
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT,
onde houver;
c) verificar os ambientes e as condições de trabalho,
visando identificar situações que possam trazer riscos
para a segurança e saúde dos trabalhadores;

d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que


possibilite a ação preventiva em segurança e saúde no
trabalho;
e) participar no desenvolvimento e implementação de
programas relacionados à segurança e saúde no
trabalho;

f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças


relacionadas ao trabalho, nos termos da NR-1, e
propor, quando for o caso, medidas para a solução dos
problemas identificados;
g) requisitar à organização as informações sobre
questões relacionadas à segurança e saúde dos
trabalhadores, incluindo as Comunicações de
Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela
organização, resguardados o sigilo médico e as
informações pessoais;
h) propor ao SESMT, quando houver, ou à
organização, a análise das condições ou situações
de trabalho nas quais considere haver risco grave
e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores
e, se for o caso, a interrupção das atividades até a
adoção das medidas corretivas e de controle; e
i) promover, anualmente, em conjunto com o
SESMT, onde houver, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT,
conforme programação definida pela CIPA.
Cabe à organização:

a) proporcionar aos membros da CIPA os


meios necessários ao desempenho de suas
atribuições, garantindo tempo suficiente
para a realização das tarefas constantes no
plano de trabalho;
b) permitir a colaboração dos trabalhadores nas
ações da CIPA; e

c) fornecer à CIPA, quando requisitadas, as


informações relacionadas às suas
atribuições.
Cabe aos trabalhadores indicar à CIPA, ao SESMT
e à organização situações de riscos e apresentar
sugestões para melhoria das condições de
trabalho.
CIPA
CONSTITUIÇÃO E ESTRUTURAÇÃO
Representantes da
organização
x
Representantes
dos empregados
Dimensionamento da CIPA
Voto Secreto
O mandato dos membros
eleitos da CIPA terá a duração
de um ano, permitida uma
reeleição.

Os membros da CIPA, eleitos


e designados serão
empossados no primeiro dia
útil após o término do
mandato anterior.
5.4.8 A organização deve fornecer cópias das
atas de eleição e posse aos membros titulares e
suplentes da CIPA.

5.4.10 A CIPA não poderá ter seu número de


representantes reduzido, bem como não poderá ser
desativada pela organização, antes do término do
mandato de seus membros, ainda que haja redução
do número de empregados, exceto no caso de
encerramento das atividades do estabelecimento.
É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa
causa do empregado eleito para cargo de direção
da CIPA desde o registro de sua candidatura até
um ano após o final de seu mandato.

O término do contrato de trabalho por prazo


determinado não caracteriza dispensa arbitrária
ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção da CIPA.
O MEI está dispensado de nomear o
representante da NR-05.
A nomeação de empregado como
representante da NR-05 e sua forma de
atuação devem ser formalizadas
anualmente pela organização.

A nomeação de empregado como


representante da NR-05 não impede o
seu ingresso na CIPA quando da sua
constituição, seja como representante
do empregador ou como dos
empregados.
CIPA
Processo eleitoral
A organização deve comunicar, com
antecedência, podendo ser por meio eletrônico,
com confirmação de entrega, o início do processo
eleitoral ao sindicato da categoria preponderante.

O Presidente e o Vice-
Presidente da CIPA constituirão
dentre seus membros a comissão
eleitoral, que será a responsável
pela organização e
acompanhamento do processo
eleitoral.
Inscrição e eleição individual, sendo
que o período mínimo para inscrição
será de 15 (quinze) dias corridos

Realização de eleição em dia normal


de trabalho, respeitando os horários
de turnos e em horário que possibilite
a participação da maioria dos
empregados do estabelecimento;

Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com


acompanhamento de representante da organização e dos
empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral,
facultado o acompanhamento dos candidatos
Organização da eleição por meio de processo que garanta tanto a
segurança do sistema como a confidencialidade e a precisão do
registro dos votos.
Havendo participação inferior a cinquenta por cento
dos empregados na votação, não haverá a apuração dos
votos e a comissão eleitoral deverá prorrogar o período de
votação para o dia subsequente, computando-se os votos já
registrados no dia anterior, a qual será considerada válida
com a participação de, no mínimo, um terço dos
empregados.
Constatada a participação inferior a um terço dos
empregados no segundo dia de votação, não haverá a
apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá prorrogar o
período de votação para o dia subsequente, computando-se
os votos já registrados nos dias anteriores, a qual será
considerada válida com a participação de qualquer número
de empregados.
CIPA
FUNCIONAMENTO
CIPA FUNCIONAMENTO
Reunião Ordinária
x
Reunião Extraordinária

 Atas da CIPA e cópias


 Decisões por consenso
REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA

 houver denúncia de situação de


risco grave e iminente que
determine aplicação de medidas
corretivas de emergência;

 ocorrer acidente do trabalho


grave ou fatal;

 houver solicitação expressa de


uma das representações.
 Faltar a mais de 4
reuniões
 Presidente da CIPA
afastado – 2 dias
úteis para indicar
 Vice-presidente
afastado – membros
titulares escolhem
O que fazer após vacância de membro
representante do empregador e não há
substituto?
• Eleição extraordinária – prazos reduzido pela
metade.
• O prazo do mandato será compatibilizado
com o mandato dos demais membros da
Comissão.
• Treinamento em 30 dias.
CIPA
TREINAMENTO
TREINAMENTO

A organização deve promover


treinamento para o representante
nomeado previsto no item 5.4.13
desta NR e para os membros da
CIPA, titulares e suplentes, antes da
posse.
O treinamento de CIPA, em primeiro
mandato, será realizado no prazo máximo
de trinta dias, contados a partir da data da
posse.
O treinamento realizado há menos de dois
anos, contados da conclusão do curso,
pode ser aproveitado na mesma
organização, observado o estabelecido na
NR-1.
GRADE DO TREINAMENTO
a) estudo do ambiente, das condições de trabalho,
bem como dos riscos originados do processo produtivo;
b) noções sobre acidentes e doenças relacionadas
ao trabalho decorrentes das condições de trabalho e da
exposição aos riscos existentes no estabelecimento e suas
medidas de prevenção;
c) metodologia de investigação e análise de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;
GRADE DO TREINAMENTO
d) princípios gerais de higiene do trabalho e de
medidas de prevenção dos riscos;
e) noções sobre as legislações trabalhista e
previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;
f) noções sobre a inclusão de pessoas com
deficiência e reabilitados nos processos de trabalho; e
g) organização da CIPA e outros assuntos
necessários ao exercício das atribuições da Comissão.
CARGA HORÁRIA

a) 8 horas = estabelecimentos de grau de risco 1;


b) 12 horas = estabelecimentos de grau de risco 2;
c) 16 horas = estabelecimentos de grau de risco 3;
d) 20 horas = estabelecimentos de grau de risco 4.
Como a CIPA é formada?

1. Grupo da CIPA

2. Número de funcionários
Quadro I - Dimensionamento da CIPA

*Grau de Risco conforme estabelecido no Quadro I da NR-4 - Relação da Classificação


Nacional de Atividades Econômicas - CNAE (Versão 2.0), com correspondente Grau de Risco
- GR para fins de dimensionamento do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina
do Trabalho - SESMT.
Os Sete Mandamentos do Bom Cipeiro:

1- Prevenir não é observar se o trabalhador está usando EPI,


mas também estar a atento as condições do local de trabalho
e seus efeitos sobre os trabalhadores. É ter consciência que
o mais importante é a prevenção “coletiva”.

2- Ouça sempre, esteja preparado para ouvir toda e qualquer


reclamação ou denúncia dos trabalhadores. As vezes pode
parecer pouco, mas todo trabalhador pode ajudar o cipeiro e
toda informação tem importância.
Os Sete Mandamentos do Bom Cipeiro:

3- Anote tudo o que lhe for dito: todas as reclamações,


sugestões e críticas para que possam ser averiguadas
e respondidas.

4- Responda a todos os questionamentos, sugestões e


reclamações que receber dos trabalhadores. Isto
estabelece uma relação de confiança entre o
trabalhador e o cipeiro.
Os Sete Mandamentos do Bom Cipeiro:

5- Investigue todo e qualquer acidente no local de trabalho e


elabore um relatório completo sobre o infortúnio.

6- Não existe CIPA atuante e forte sem a organização dos


trabalhadores, que precisam conhecer e ajudar no trabalho do
cipeiro.

7- É preciso constantemente buscar conhecimento, fazer


cursos de formação e conhecer a legislação. Só assim é
possível argumentar na hora de defender os direitos dos
trabalhadores.
Erros mais comuns:
• Falta de motivação dos membros da CIPA
para exercer suas atividades;

• Desinteresse de encarregados, supervisores,


gerentes e chefes em geral por assuntos de
segurança e saúde;
Erros mais comuns:
• Não liberação de funcionários, pela chefia, para
treinamentos de segurança e saúde;

• Ausência de uma política de segurança e saúde


na empresa;

• Ausência de objetivos práticos que suportem a


política de segurança e saúde adotada pela
empresa;
Erros mais comuns:
• Falta de definição de responsabilidade nos
assuntos ligados à segurança e saúde;

• A falta de um bom relacionamento entre a CIPA


e o SESMT;

• Pessoas que vêm para a CIPA só buscando


estabilidade.
Símbolo
da
CIPA
O CÍRCULO

O CÍRCULO É O SÍMBOLO DA
PERFEIÇÃO,DA FAMÍLIA, DA
FELICIDADE,DA CONTINUIDADE DA
VIDA.
A CRUZ

A CRUZ, ORIUNDA DO SÍMBOLO DA


LONGEVIDADE, DE USO HOSPITALAR,
ENFATIZA O SENTIMENTO DE INTEGRIDADE
E PROTEÇÃO.
O SÍMBOLO COMPLETO

SÍMBOLO COMPLETO COMBINA AS IDÉIAS DE


INTEGRIDADE E AUTORIDADE COM AS DE
PROTEÇÃO, PERFEIÇÃO E PREVENÇÃO DE
ACIDENTES.
SEGURANÇA DO TRABALHO

Segurança do Trabalho pode ser entendida


como os conjuntos de medidas e ações que
são adotadas visando diminuir os acidentes
de trabalho e doenças ocupacionais e assim
proteger a integridade do trabalhador no
ambiente de trabalho.
SEGURANÇA DO TRABALHO

A Segurança do Trabalho atua de diversas


maneiras dentro da empresa, sempre buscando
adaptar o ambiente de trabalho ao trabalhador.
A cultura de Segurança é a forma mais
prática que temos para utilizar no dia a dia
com o objetivo de diminuirmos os riscos de
acidentes no local de trabalho e garantir a
saúde e segurança dos funcionários.
Visando minimizar e evitar acidentes ocorridos no
ambiente de trabalho, o conceito de Segurança
no Trabalho pode ser entendido como uma
ciência que estuda meios de proteger os
trabalhadores em seu ambiente profissional,
além de promover a saúde de forma geral,
oferecendo melhor qualidade de vida ao
funcionários.
Acidentes de
Trabalho
São todas as ocorrências
indesejáveis, que interrompem o
trabalho e causam ferimentos em
alguém ou algum tipo de perda à
empresa
ACIDENTES
ACONTECEM?
ACIDENTE DO TRABALHO
(Lei 8.213/91)
Art.19 - Aquele que ocorrer pelo exercício
do trabalho a serviço da empresa ou
segurados especiais;
- Provoca lesão corporal ou perturbação
funcional;
- Causa morte, perda ou redução
permanente ou temporária da capacidade
para o trabalho.
ART.20 - Considera-se acidente de
trabalho, as seguintes entidades
mórbidas:

I – Doença profissional, assim entendida a


produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e Previdência Social.
II – Doença do trabalho, assim entendida e
adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
Noções sobre Doenças
do Trabalho
São aquelas inerentes ou peculiar a
determinado ramo de atividade,
dispensando a comprovação de nexo
causal (comprovação de que houve
dano efetivo).
Causas de Doenças
do Trabalho
Ex.: Um trabalhador que trabalhe em posto
de gasolina com combustíveis, se vier a
desenvolver leucemia, bastará comprovar
que trabalhou exposto a BETX, para ficar
comprovada a doença profissional,
dispensando qualquer tipo de outra prova.
EXEMPLOS DE DOENÇAS
PROFISSIONAIS:

Silicose
É uma doença pulmonar causada pela inalação de
poeiras com sílicas livre e sua consequente reação
tecidual de caráter fibrogênica. Frequentemente é
encontrada nos operários de cerâmicas,
minerações, pedreiras e metalúrgicas.

Asbestose
É causada pelas partículas do amianto, provocando
redução na capacidade de transferência de oxigênio
para o sangue, além de câncer no pulmão.
Doenças do pulmão preto
Denominada “Doença dos Minérios” é causada
pelas partículas do carvão, provocando a
tuberculose.
Doença como bronquite e resfriados crônicos,
alergias ou sinusites também são provocadas pela
inalação de partículas.

Saturnismo ou Plumbose
Doença causada pela inalação dos gases
provenientes do chumbo. Atacam o fígado, rins,
pulmões.
Bagaçose
Doença causada na manipulação de bagaços de
cana-de-açúcar.

Bissinose
Doença causada pelo pó de algodão. Afeta os
pulmões.

Tenossinovite
Doença causada em atividade com movimentos
repetitivos a exemplo a digitação.
§ 1º - Não são consideradas como doença
do trabalho:
a) A doença degenerativa;

b) A inerente a grupo etário;

c) A que não produza a incapacidade laborativa;

d) A doença endêmica adquirida por segurado


habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de
exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a
doença não incluída na relação prevista nos
incisos I e II deste artigo resultou das condições
especiais em que o trabalho é executado e com
ele se relacione diretamente, a Previdência social
deve considerá-la acidente do trabalho.
ART. 21 - Equiparam-se também ao
acidente do trabalho, para efeitos desta
lei:

I - Acidente ligado ao trabalho; embora não tenha sido a


causa única, haja contribuído diretamente.
II - No local e horário do trabalho:
a) Sabotagem ou terrorismo;
b) Ofensa física intencional relacionada com o trabalho;
c) Ato de imprudência, negligência ou imperícia;
d) Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) Desabamento, inundação ou incêndio.
III - Doença de contaminação acidental.
IV – Fora do local e horário de trabalho:
a) Na execução de ordem (autoridade da empresa);
b) Prestação espontânea de qualquer serviço;
c) Em viagem a serviço da empresa;
d) No trajeto;
§ 1º: Nos períodos destinados a refeição ou descanso,
ou por ocasião da satisfação de outras necessidades
fisiológicas.
ACIDENTE DO TRABALHO
(Conceito Prevencionista)
- Qualquer ocorrência não programada,
inesperada ou não, que interrompe ou
interfere no processo normal de uma
atividade.
OCASIONANDO:
- Perda de tempo;
-Danos materiais, ou;
- Lesões nos trabalhadores.
• ACIDENTE DO TRABALHO
• Por que ocorrem ?
– Os acidentes do trabalho ocorrem quando as
causas não são totalmente eliminadas ou
neutralizadas antes da ação final que leva ao
acontecimento. “Quando a Prevenção Falha”.
Suas causas

a violação de um procedimento aceito como


seguro, que pode levar a ocorrência de um
acidente.
Ordem e limpeza:
É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores
de ordem física exercem influências de ordem
psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira
positiva ou negativa no comportamento humano
conforme as condições em que se apresentam. Neste
contexto, a ordem e a limpeza constituem um fator
de influência positiva no comportamento do
trabalhador.
Exemplos de fatores de ordem física:
 cor;
 luminosidade;
 temperatura;
 ruído, etc.

As pessoas que trabalham num ambiente desorganizado


sentem uma sensação de mal-estar que poderá tornar-se um
agravante de um estado emocional já perturbado por outros
problemas. Esse estado psicológico poderá afetar o
relacionamento dos trabalhadores e expô-los ao risco de
acidentes, além de prejudicar a produção da empresa.
Exemplificando, ambiente desorganizado tem:
 passagens obstruídas com tábuas, caixotes,
produtos acabados etc;
 obstáculos que impedem o trânsito normal das
pessoas por entre máquinas ou corredores;
 obstáculos onde se pode facilmente tropeçar ou
escorregar;
 chão sujo de graxa, combustíveis ou substâncias
químicas.
A cada 3 horas e 40 minutos uma pessoa
morre por acidente de trabalho no Brasil,
Segundo o observatório digital de
Segurança e Saúde do Trabalho, entre
2012 e 2018 foram contabilizados 17.200
falecimentos em razão de algum incidente
ou doença relacionados à atividade
laboral.
Entre os homens, os acidentes foram mais
frequentes na faixa etária dos 18 aos 24 anos.
Já entre as mulheres, no grupo de 30 a 34
anos.

Os estados com maior ocorrência destes


incidentes foram São Paulo (1,3 milhão), Minas
Gerais ( 353 mil), Rio Grande do Sul (278 mil),
Rio de Janeiro ( 271 mil), Paraná (269 mil) e
Santa Catarina (185 mil).
Importância da eliminação
dos riscos no ambiente de
trabalho

Risco x Perigo
Consequências dos riscos
Importância da eliminação dos
riscos no ambiente de trabalho

PERIGO
Situação de fato, da
qual pode decorrer
lesão física, material à
pessoas ou bens.
Importância da eliminação dos
riscos no ambiente de trabalho

RISCO
É a característica potencial ou inerente de
uma atividade, condição ou circunstância
que pode produzir consequências adversas
e/ou perigosas.
RISCO X PERIGO

A principal diferença entre Riscos e Perigos está na


exposição.
O Risco advém da exposição a um certo Perigo;

Perigo é toda fonte, situação ou ato com potencial para


provocar danos humanos em termos de lesão ou doença.

O Perigo pode ser um produto químico, uma máquina rotativa,


uma superfície quente, um chão escorregadio, uma área
ruidosa, uma área com alta temperatura, área energizada,
entre outros. Perceba que todos esses casos
representam situações potenciais para acontecer uma
lesão. São situações perigosas.
RISCO X PERIGO
Contudo, essa lesão só acontece se houver exposição do
trabalhador a esses Perigos. Essa exposição tem a ver
com a proximidade do trabalhador à fonte de perigo.

Tomemos como exemplo uma máquina rotativa operando


sem proteção. Ela é uma fonte de perigo. O Risco aparece
com a aproximação do trabalhador ou qualquer outra
pessoa, pois eles estão se expondo àquele perigo. Se não
houver aproximação do trabalhador não haverá Risco de
qualquer dano sobre ele.
RISCO X PERIGO

O mesmo acontece com uma superfície quente. Ela é uma


fonte de perigo. Enquanto não houver aproximação de
trabalhadores à superfície quente não há nenhum risco de
acidente. Mas no momento em que há essa aproximação,
aumenta-se a exposição e o trabalhador fica sob risco.

O mesmo acontece com todas as outras fontes de perigo.

Portanto, o Risco está associado à exposição ao perigo.

Se pensarmos em uma linha cronológica, primeiro surge o


Perigo para em seguida, se houver exposição, surgir o risco.
MEDIDAS DE CONTROLE - COMO REDUZIR O
RISCO

Agora que sabemos que o risco depende da


exposição ao perigo, se quisermos controlá-lo
podemos fazer de duas formas: eliminando o
perigo ou reduzindo a exposição a ele.

As medidas de controle de riscos devem seguir a


seguinte sequência hierárquica:
MEDIDAS DE CONTROLE - COMO REDUZIR O
RISCO

 Eliminação;
 Substituição;
 Controles de Engenharia;
 Sinalização / alertas e/ou controle administrativos;
 Equipamentos de Proteção Individual - EPI.

Se analisarmos profundamente estas medidas de


controle, perceberemos que elas se resumem em
atuações para eliminar o perigo ou limitar a
exposição a ele.
A Eliminação e a Substituição atuam geralmente

na fonte do perigo. Por outro lado, os controles de


engenharia, sinalização, alertas e os controles
administrativos visam diminuir a exposição do
trabalhador ao evento perigoso. Por último, nos
casos em que não se consegue eliminar o perigo,
nem controlar a exposição ao evento danoso,
utilizam-se os equipamentos de proteção
individual.
Por exemplo:

a retirada de um produto químico


armazenado indevidamente em um
ambiente de trabalho é uma forma de
eliminação da fonte de perigo no ambiente
de trabalho;
Por exemplo:

a troca de máquina rotativa por outra sem


estrutura rotativa, ou de um equipamento
com pouco isolamento térmico por outro
com melhor isolamento térmico de tal forma
que sua superfície não fique aquecida são
exemplos de controle do perigo através da
substituição;
Contudo, nem sempre será possível eliminar o
perigo do ambiente de trabalho, seja por
limitações tecnológicas ou econômicas. Nestes
casos, é recomendado que se atue na limitação
da exposição. São os casos dos controles de
engenharia, da sinalização, dos alertas e dos
controles administrativos.
RISCOS AMBIENTAIS
Os riscos ambientais presentes no ambiente
de trabalho que podem comprometer a saúde
e a segurança dos trabalhadores são:

- Físicos;
- Químicos;
- Biológicos;
- Ergonômicos;
- Acidentes (antigo risco mecânico).
GRUPO 02 GRUPO 03 GRUPO 04 GRUPO 05
GRUPO 01 VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
VERDE

FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES


RUÍDOS POEIRA VÍRUS ESFORÇO FÍSICO INTENSO ARRANJO FÍSICO
INADEQUADO

VIBRAÇÕES FUMOS BACTÉRIAS LEVANTAMENTO E MÁQUINAS E


TRANSPORTE MANUAL EQUIPAMENTOS SEM
DE PESO PROTEÇÃO

RADIAÇÕES NÉVOAS PROTOZOÁRIOS EXIGÊNCIA DE POSTURA FERRAMENTAS E EQUIPA-


IONIZANTES INADEQUADA MENTOS SEM PROTEÇÃO

RADIAÇÕES NÃO NEBLINAS FUNGOS CONTROLE RÍGIDO DE ILUMINAÇÃO


IONIZANTES PRODUTIVIDADE INADEQUADA

FRIO GASES PARASITAS IMPOSIÇÃO DE RITMOS ELETRICIDADE


EXCESSIVOS

CALOR VAPORES BACILOS TRABALHO EM TURNO E PROBABILIDADE DE


NOTURNO INCÊNDIO OU EXPLOSÃO

PRESSÕES ANORMAIS SUBSTÂNCIAS, JORNADAS DE TRABALHO ARMAZENAMENTO


COMPOSTOS OU PROLONGADAS INADEQUADO
PRODUTOS QUÍMICOS
EM GERAL

UMIDADE MONOTONIA E ANIMAIS PEÇONHENTOS


REPETITIVIDADE

OUTRAS SITUAÇÕES OUTRAS SITUAÇÕES DE


CAUSADORAS DE STRESS RISCO QUE PODERÃO
FÍSICO E/OU PSÍQUICO CONTRIBUIR PARA
OCORRÊNCIA DE
ACIDENTES
Riscos Físicos:
Agentes físicos de diversas
formas de energia a que
possam estar expostos os
trabalhadores
Estes são representados pelo ambiente de
trabalho, que, de acordo com as
características do posto de trabalho e
tempo de exposição, podem causar danos
à saúde.
Ruído
Barulho ou som indesejável produzidos
por máquinas, equipamentos e
processos de trabalho.

Danos causados:
Surdez parcial e/ ou total
Irritabilidade e vertigens
Distúrbios gastrintestinais
Nervosismo e aceleração do pulso
Aumento de pressão arterial
Impotência sexual
NÍVEIS ACIMA DE 140 dB PODEM CAUSAR A
RUPTURA DO TÍMPANO
Vibração
Oscilações, tremores, balanços, movimentos
vibratórios e trepidações produzidas por
máquinas e equipamentos

Danos causados:
1.Alterações musculares e ósseas
2.Problemas em articulações
3.Distúrbios na coordenação motora
4.Enjoo e náuseas
5.Diminuição do tato
 Síndrome dos
dedos brancos.
Radiações Ionizantes
e Não Ionizantes

Radiações Ionizantes:
Energia produzida por
materiais artificiais que
afetam gravemente o
organismo humano
como: césio, cobalto,
aparelho de raio x.

Não Ionizantes:
Energia
eletromagnética,
apresenta-se na forma
de raios
infravermelhos,
ultravioletas, micro-
ondas e laser
Danos causados pela
Ionizante

1.Queda de cabelo
2.Lesões na córnea
3.Câncer e mutações
genéticas com efeitos em
gerações futuras.
Danos causados pela
Não Ionizante

1.Alterações da pele
2.Cataratas
3.Conjuntivite
4.Câncer de pele
5.Lesões na retina
Temperaturas Extremas: Calor
Danos causados: Calor
Calor e Frio: 1.Queimaduras
2.Inflamação nos olhos e conjuntivite
Alta utilizada em processos 3.Cansaço e fadiga
4.Irritação na pele
industriais 5.Insolação
Temperaturas Extremas: Frio

Danos causados: Frio


Frio:
1.Alergias
Baixa temperatura utilizada em 2.Hipotermia
3.Problemas circulatórios
4.Doenças como: resfriados, inflamação
processos industriais. das amígdalas
Pressões
Anormais Hiperbárica e Hipobárica:

Atividades que expõe o homem a


condição de pressão diferente da
pressão atmosférica
Hiperbárica:

Pressões maiores do que a


pressão atmosférica. Estas
situações ocorrem quando a
pessoa está abaixo do nível Hipobárica:
da terra, como em mergulhos.
Pressões menores que a
pressão atmosférica. Estas
situações ocorrem quando o
colaborador esta trabalhando
em elevadas altitudes,
exemplo: no topo de algum
arranha-céu.
Danos causados:

1.Barotraumas
2.Narcose do nitrogênio no cérebro
3.Embolia gasosa
4.Espasmos musculares
Umidade
Atividades realizada em ambiente alagados ou encharcados
Danos causados:

1.Doenças respiratórias
2.Dermatites e dermatoses
Riscos Químicos
É o perigo a que determinado indivíduo está
exposto ao manipular produtos químicos que
podem causar-lhe danos físicos ou
prejudicar lhe a saúde. Os danos físicos
relacionados à exposição química inclui,
desde irritação na pele e olhos, passando
por queimaduras leves, indo até aqueles de
maior severidade, causado por incêndio ou
explosão.
Riscos Químicos
Os danos à saúde pode advir de exposição
de curta e/ou longa duração, relacionadas ao
contato de produtos químicos tóxicos com a
pele e olhos, bem como a inalação de seus
vapores, resultando em doenças
respiratórias crônicas, doenças do sistema
nervoso, doenças nos rins e fígado, e até
mesmo alguns tipos de câncer.
VIAS DE
PENETRAÇÃO NO
ORGANISMO:
- Via respiratória: inalação pelas vias Aéreas
- Via cutânea: absorção pela pele
- Via digestiva: ingestão
RISCOS QUÍMICOS
A contaminação por Via Respiratória se dá: Ao respirar num
ambiente contaminado.
Aerodispersóides:São dispersões de partículas sólidas ou
líquidas de tamanho bastante reduzido (abaixo de 100 mícron) que
podem se manter por longo tempo em suspensão no ar.

• poeiras
• neblina
• fumos
• fumaça
• névoas
A classificação dos aerodispersóides pode ser resumida na figura a
seguir:
RISCOS QUÍMICOS
Poeiras

Poeiras Fibrogênicas e Não


Fibrogênicas:

Partículas sólidas, geradas


mecanicamente, resultantes de
operações, como: serrarias,
serralherias, perfuração e
beneficiamento de rochas. São
irregulares, depositam-se por
gravidade. Subdivide-se em poeiras
orgânicas (madeira, lã, algodão,
cereais, etc.) e poeiras minerais (sílica,
amianto, manganês, etc).
Danos causados:
Silicose, pneumoconiose,
asbetose
Problemas respiratórios
diversos
Fumos Metálicos

Partículas sólidas resultantes da


fusão, oxidação, evaporação e
condensação dos metais de certas
substâncias. São partículas que se
depositam com ar parado. Estão
presentes nos processos de
soldagem. Ex: fumos de zinco, de
chumbo, de cloreto de amônia, etc.
Danos causados:

• Doença pulmonar
2. Febre de fumos
metálicos
3. Intoxicação de
acordo com o metal
Névoas e Neblinas

Suspensão de partículas líquidas no ar,


produzidas por ruptura mecânica de
líquidos (névoas) e de partículas
líquidas que são produzidas por
condensação de vapores de
substâncias que são líquidas à
temperatura normal (neblinas). Ex:
névoas ou neblinas de vapor d’água
Danos causados:

• Irritação nos olhos e das


vias aéreas superiores
2. Atinge o sistema
respiratório
3. Intoxicações
4. Dermatites
5. Lesões nos pulmões
Gases e Vapores

Substâncias que se difundem no ar e


permanece no estado gasoso em
Condições Normais de Temperatura e
Pressão.
Ex: CO2, CO.

Substâncias que, eventualmente se


encontram no estado gasoso, mas que
em CNTP são líquidos. Ex: solventes,
acetona, tetracloreto de carbono, etc.
RISCOS QUÍMICOS
Danos causados:

1.Dores de cabeça
2.Náuseas
3.Sonolência
4.Convulsões
5.Coma e morte
Produtos Químicos em Geral

Tipos de Produtos:
É formado por um ou mais
compostos químicos que lhe
permitem cumprir com uma
determina função. Os compostos
químicos, por sua vez, são
substâncias que contam com dois
ou mais elementos que fazem parte
da tabela periódica
Controle de todos Agentes
Químicos:

Na Fonte
Ex.: Sistema de exaustão

No Processo
Ex.: Substituição de um produto
tóxico por um menos tóxico

No Trabalhador
Ex.: Uso de EPI
RISCOS QUÍMICOS

Quais são os efeitos da contaminação?

Quando a contaminação ocorre por um


breve período, o indivíduo pode ter
uma irritação nas vias aéreas.
Normalmente, isso acontece com
determinadas substâncias, como ácido
clorídrico ou sulfúrico, amônia, cloro ou
soda cáustica.

O contato com gases pode causar


dores de cabeça, náuseas, sonolência,
convulsões ou, até mesmo, a morte.
Os principais causadores desses
efeitos são os gases hidrogênio,
nitrogênio, hélio, metano e dióxido de
carbono.
RISCOS QUÍMICOS

Muitos gases, como o butano,


propano, acetona e aldeídos, têm
ação no sistema nervoso central e
podem gerar danos nos órgãos dos
indivíduos. Muitos casos de câncer
são gerados em ambientes de risco
químico devido à exposição aos
produtos. Algumas substâncias, como
níquel, cromo e urânio, têm forte
influência nessa doença.
RISCOS QUÍMICOS

Também não são raros os problemas


de visão ocasionados pela
contaminação de agentes químicos.
O problema pode ser percebido
quando o funcionário começa a sentir
muito desconforto nos olhos. Se ele
não for tratado a tempo, poderá
desenvolver catarata ou cegueira.
RISCOS QUÍMICOS

É perigoso reutilizar o frasco de um


produto rotulado para guardar
qualquer outro diferente, ou mesmo
colocar outra etiqueta sobre a original.
Isto pode causar acidentes.
Quando encontrar uma embalagem
sem rótulo, não tente adivinhar o que
há em seu interior. Se não houver
possibilidade de identificação,
descarte o produto.
RISCOS QUÍMICOS

Quais são os níveis de prevenção de riscos químicos no ambiente


de trabalho?

Os colaboradores que atuam com produtos químicos diariamente têm


grande probabilidade de sofrerem algum tipo de contaminação por esses
agentes. Por esse motivo, precisa - se avaliar o ambiente e adquirir os
equipamentos de proteção individual e coletiva para prevenir os
principais efeitos causadores de doenças.
RISCOS QUÍMICOS

Geralmente, os EPIs indicados para


esse tipo de situação são:
• máscaras;
• roupas especiais;
• botas;
• óculos de proteção;
• luvas;
• respiradores.
RISCOS QUÍMICOS

Também é muito importante que a empresa disponibilize um médico


para fazer exames frequentes nos colaboradores. Assim, se houver
qualquer contaminação, o problema será identificado cedo e o
funcionário poderá se tratar logo.
Ainda é preciso orientar a equipe sobre o manuseio correto das
substâncias ou sobre o tempo limite que os funcionários podem ficar
expostos à contaminação. Para complementar, é necessário adotar as
práticas de prevenção conforme os níveis de segurança:
RISCOS QUÍMICOS
Via Cutânea: A pele absorve a substância tóxica.

Dermatite
RISCOS QUÍMICOS

Unheiro
RISCOS QUÍMICOS

Via Digestiva: Ocorre quando ingerimos alimentos


contaminados, ou mesmo por causa de mãos
sujas/contaminadas. Por isso, é sempre recomendado
que o trabalhador nunca se alimente em ambientes com
manuseio ou presença de produtos químicos.
RISCOS QUÍMICOS

Úlcera Estomacal
RISCOS BIOLÓGICOS
São vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Os riscos biológicos
ocorrem por meio de micro-organismos que, em contato com o homem, podem
provocar inúmeras doenças.
São microrganismos causadores de
doenças com os quais o trabalhador pode
Exemplos de doenças
entrar em contato no exercício de diversas
profissionais:
atividades profissional. Vírus, bactérias,
• tuberculose;
fungos, bacilos, são exemplos de
microrganismos aos quais frequentemente • tétano;
ficam expostos médicos, enfermeiros, • meningite viral
funcionários de hospitais etc... • hepatite
• febre amarela
• HIV
• gripes
Riscos Ergonômicos
Fator Homem x Máquina
Ou
Máquina x Homem
Fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador,
proporcionando-lhe desconforto ou doença
Riscos Ergonômicos

A ergonomia é o conjunto de conhecimentos sobre o


homem e seu trabalho.
Tais conhecimentos são fundamentais ao planejamento de
tarefas, postos e ambientes de trabalho, ferramentas,
máquinas e sistemas de produção, a fim de que sejam
utilizados com o máximo de conforto, segurança e
eficiência.
Riscos Ergonômicos

O risco ergonômico é uma situação de inadaptação das


condições de trabalho às características psicofisiológicas
do trabalhador.
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência
relativamente recente que estuda as relações entre o
homem e seu ambiente de trabalho e definida pela
Organização Internacional do Trabalho - OIT como:
Riscos Ergonômicos

"A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto


com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o
ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho,
e cujos resultados se medem em termos de eficiência
humana e bem-estar no trabalho".
Riscos Ergonômicos

Riscos ergonômicos são os fatores que podem


afetar a integridade física ou mental do
trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou
doença.
São considerados riscos ergonômicos:
• esforço físico,
• levantamento de peso,
• postura inadequada,
• controle rígido de produtividade,
• situação de estresse,
• trabalhos em período noturno,
• jornada de trabalho prolongada,
• monotonia e repetitividade,
• imposição de rotina intensa.
Danos causados - Risco Ergonômico:
• Cansaço
• Dores musculares
• Fraqueza e alterações do sono
• Reflexos na saúde e no comportamento
• Hipertensão arterial e taquicardia
• Doenças do aparelho digestivo

• Tensão, ansiedade e depressão


Risco de Acidentes

É qualquer circunstância ou comportamento


que provoque alteração da rotina normal de
trabalho com potencial de causar acidente.
Situações de riscos que podem contribuir
diretamente ou indiretamente para a
ocorrência de acidentes.
Risco de Acidentes

Diferentemente dos riscos ambientais e


ergonômicos cujos efeitos nocivos aparecem,
geralmente, após certo tempo, os riscos de
acidentes têm a capacidade de causar dano
instantâneo. Devido aos grandes prejuízos
causados pelos acidentes, saber quais as
situações de riscos de acidentes e saber identificá-
los no ambiente de trabalho é fundamental para
todo profissional de segurança do trabalho.
ARRANJO MÁQUINAS E
FÍSICO EQUIPAMENTOS
INADEQUADO SEM PROTEÇÃO
Defeito ou ausência nas
Disposição irracional de
proteções das partes perigosas
máquinas, equipamentos e
de máquinas e equipamentos
processos no ambiente de
trabalho
Causam Acidentes graves
(esmagamentos,
Causam Acidentes,
perfurações).
desgastes físicos excessivos
.
.
PERIGO DE
ELETRICIDADE INCÊNDIO OU
Deficiência nas instalações EXPLOSÃO
elétricas (fios e cabos
desencapados, utilização de Situações envolvendo produtos
chaves elétricas tipo faca, de alta inflamabilidade (gasolina,
improvisações “gambiarras” álcool, solventes

Curto- circuito, choques Causam Queimaduras,


elétricos, incêndios, incêndios, explosões
queimaduras, acidentes fatais

.
ARMAZENAMENTO ANIMAIS
INADEQUADO PEÇONHENTOS
Incompatibilidade entre Animais portadores de
quantidade, produto e local de substâncias venenosas,
armazenamento alérgicas que podem atacar o
homem
Causam Incêndios,
desmoronamento, dificuldades Causam Alergia, irritações de
de acesso ou fuga em caso de pele, morte
emergências no local de
armazenamento
.
OUTRAS SITUAÇÕES DE RISCOS
QUE PODERÃO CONTRIBUIR PARA
OCORRÊNCIA DE ACIDENTES
Transportes de materiais;
Edificações com defeitos;
Deficiência de equipamentos de combate a
incêndio
Ausência ou inadequação de Equipamentos de
proteção individual – EPI (botas, luvas, capacetes,
etc..)
Matéria prima sem especificação.
E os Riscos Específicos da
Empresa?
Ocorrem em função das condições de trabalho e das atividades
exercidas no local de trabalho (ambiente)
Exemplo: Atividades do Frentista:
Riscos:
Explosão
BETX via respiratória e cutânea
Trabalho em pé por muito tempo
Produtos químicos em geral
Repetitividade, postura inadequada
Risco principal:
Combustíveis
Gasolina, óleo diesel e etanol

Presente nas bombas de abastecimento e nos tanques subterrâneos


Outros Riscos no Posto de Serviço:
Cigarros
Utilizar o celular
Óleos lubrificantes
Vasos de pressão (cilindros, botijões e
compressor
PARA CADA ATIVIDADE EXISTEM RISCOS A SEREM IDENTIFICADOS
PRINCIPAIS CAUSAS E EFEITOS
E MEDIDAS PREVENTIVAS
O que pode influenciar sua
saúde e integridade física?

• Tempo de exposição a um risco


• Concentração, intensidade ou natureza do risco existente
• Sensibilidade individual aos riscos
Investigação
de
Acidentes
A investigação de
acidente de trabalho é
importante para
descobrir as causas e
evitar que ocorram
acidentes parecidos
Acidente de trabalho é um evento não
usual, não esperado e não desejado que
pode causar: ferimentos às pessoas,
danos ao meio ambiente, instalações e
equipamentos. Quando ocorre um
ferimento em uma pessoa, chamamos de
acidente. Se não houver ferimento ou a
ocorrência de um dano, chamamos de
incidente ou quase acidente. Um evento
que interrompe o fluxo normal da
produção.
Vamos reforçar o conceito?
Acidente de trabalho é um fato
casual que traz consequências:
pode ser uma lesão, o dano de
um material, a perda da
capacidade produtiva, doenças
ou até mesmo a morte.
Acidente de trabalho
Imagine um trabalhador que está
carregando uma caixa pesada com
ferramentas. Ele tropeça em algum
obstáculo deixado no chão
indevidamente. Com isso, esse
funcionário derruba os instrumentos e
acaba se cortando com as peças. Isso
é um acidente.
Incidente de trabalho
Um incidente é uma ocorrência
com potencial de causar um
acidente. Imagine que o mesmo
profissional esteja transportando a
mesma caixa e que, ao esbarrar
nesse obstáculo no piso, ele
perca o equilíbrio.
O colaborador tem dificuldades
para ficar de pé, mas consegue se
restabelecer sem deixar as
ferramentas caírem. O acidente
não aconteceu, mas fica claro que
foi por mero acaso. Não foi
registrado nenhum prejuízo, uma
vez que o profissional não foi
afetado, e também não houve
danificações nos instrumentos de
trabalho.
Mas isso não significa que uma
ocorrência assim deva ser
desconsiderada, muito pelo contrário.
Quando as empresas estudam a fundo
os seus incidentes, elas têm mais
chances de afastar as eventualidades
mais graves, isto é, os acidentes.
Infelizmente, é comum que as
companhias deixem de lado a
investigação sobre os incidentes, o que
é um grande equívoco.
A falta de tempo é um dos motivos,
mas o ideal é que a equipe supere
esse problema. Dessa forma, é viável
criar estratégias para barrar um evento
mais crítico. Nesse caso, bastaria uma
singela providência: simplesmente
remover os obstáculos da área de
circulação.
Quase acidente de trabalho
Já o quase acidente de trabalho é
caracterizado por um imprevisto
que por muito pouco não resultou
em um acidente de fato. Voltemos à
mesma cena do trabalhador
carregando uma caixa de
ferramentas pesadas.
Esse funcionário topa no obstáculo
e sofre uma queda, porém nada
acontece com ele nem com os
equipamentos da empresa. Um
evento dessa modalidade deve ser
classificado como quase acidente e
também merece a atenção dos
técnicos da segurança do trabalho.
Quais são os objetivos e princípios da investigação
de acidente de trabalho?

Os propósitos da investigação de acidente de trabalho são


bastante variados, mas o principal intuito é criar um programa
preventivo baseado em fatos concretos para reduzir ou eliminar os
riscos na rotina laboral.
Afora isso, essas apurações servem para cumprir a legislação,
para mensurar as perdas financeiras, para avaliar o grau de
obediência da companhia às NRs (Normas Regulamentadoras) do
Ministério do Trabalho e até mesmo como prova em eventual
processo trabalhista. A seguir, confira outras metas dessas
averiguações!
Educar
A investigação de acidente de trabalho tem um objetivo
educacional, desde que as verificações sejam feitas a
fundo e realmente divulgadas entre os profissionais.
Tomando por exemplo o funcionário com a caixa de
ferramentas pesadas, o gestor poderia passar um
vídeo explicativo, usar o depoimento da vítima como
um alerta e impor regras para que nada seja deixado
fora de ordem dentro das instalações da organização.
Monitorar
Quando um acidente de trabalho é apurado como se deve, é
possível olhar para o conjunto de fatores que desencadeou esse
evento e, a partir disso, criar uma tática coletiva de
monitoramento constante.
Por exemplo: se um trabalhador sofreu um choque elétrico, a
empresa pode ensinar toda a equipe a agir com mais
responsabilidade ao lidar com a fonte de energia. Assim,
qualquer funcionário poderá alertar o profissional da segurança
do trabalho ao identificar alguma ameaça semelhante.
Corrigir
Os elementos informacionais de uma investigação de
acidente de trabalho também são fontes ricas de
orientação para os próprios gestores. Dessa forma, ao
analisar as razões de uma eventualidade, a empresa
consegue iniciar as providências para estancar esses
fatores de risco.
Quando a investigação é necessária e
por que deve ser feita?
A investigação de acidente de trabalho deve acontecer
sempre que uma eventualidade for registrada. Aliás, o ideal,
como já explicamos, é que as causas de incidentes e de
quase acidentes também passem por verificações profundas.
Eventos de risco durante a jornada trazem prejuízos para
todas as partes envolvidas na cadeia produtiva.
Em uma análise macro, os acidentes são ruins para a
economia: as empresas perdem sua capacidade
produtiva, amargam danos financeiros e deixam de
fazer novos investimentos pela perda de tempo e de
recursos.
Em outras palavras, novos empregos e riqueza
deixam de ser gerados, o que atrapalha o crescimento
do país. Além disso, um trabalhador aposentado
precocemente traz impacto sobre as contas da
Previdência Social, por exemplo.
A morte de um funcionário acarreta males incomensuráveis
para os parentes dessa vítima, que vão desde a questão
emocional e psicológica, chegando até as dificuldades
econômicas, principalmente no caso de essa pessoa ser o
provedor ou a provedora da casa.
Enfim, os acidentes precisam ser investigados por incontáveis
motivos e muitos trabalhadores que sofrem com os efeitos de
um ambiente de trabalho no qual essas apurações não
ocorrem.
Vale recordar que o objetivo desses exames minuciosos
não deve ser encontrar culpados, e sim conseguir
identificar os motivos que levaram a tal situação
perigosa. Seres humanos erram, e isso deve ser
encarado com naturalidade. Mais do que descobrir
quem cometeu a falha, é importante saber por que essa
pessoa se equivocou.
Quais as principais etapas de investigação?
Muitos líderes na área de segurança do trabalho se preocupam
com a possibilidade de serem acusados de negligência,
imprudência ou imperícia. O medo é até justificado quando se
leva em consideração os riscos, que vão de multas, processos
e até possíveis prisões.

O segredo para evitar problemas desse tipo é ter muita


organização em todos os itens que envolvam a proteção das
pessoas e do patrimônio nas atividades ocupacionais. Com a
investigação do acidente de trabalho não é diferente.
Levantamento de Fatos
• Pesquisa no Local
• Entrevistas
• Recursos humanos
• Ambiente de trabalho
• Máquinas, equipamentos e acessórios de proteção
• Interpretação dos fatos
Objetivando

LEVANTAMENTO DE FATOS REAIS

Não fazer prejulgamentos


nem interpretações
FASES DA METODOLOGIA

1. Levantamento dos FATOS.

2. Ordenação dos FATOS.

3. Procurar Medidas Preventivas.

4. Priorizar e Acompanhar a
Implantação das Medidas.
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DOS ACIDENTES

CASO DO JOÃO
João das Almas, Mecânico de Manutenção, casado, portador
da carteira de identidade nº3.988.876-5 –SSP/PR, residente a
rua Paraná, nº333 – Vila G – Foz do Iguaçu – PR. no dia 30
de agosto de 2001, as 15:00 horas, estava furando uma
parede para a fixação de uma placa de sinalização, no
armazém da empresa. Para executar o serviço equilibrava-se
em cima de umas caixas (em um bloco mau estivado) em
forma de escada. Utilizava uma furadeira elétrica portátil. Ele
já havia feito vários furos e a broca estava com o fio
desgastado, por esta razão, João estava forçando a
penetração desta.
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DOS ACIDENTES

Momentaneamente, a sua atenção foi desviada por


algumas faíscas que saíam do cabo de extensão,
exatamente onde havia um rompimento, que deixava a
descoberto os fios condutores da eletricidade.
Ao desviar a atenção, ele torceu o corpo, forçando a
broca no furo. Com a pressão ela quebrou e, neste
mesmo instante, ele voltou o rosto para ver o que
acontecia, sendo atingido por um estilhaço da broca
em seu olho esquerdo. Com um grito, largou a
furadeira, pôs as mãos no rosto, perdeu o equilíbrio e
caiu.
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DOS ACIDENTES
Um acontecimento semelhante, ocorrido há um ano
atrás, nesta mesma empresa, determinava o uso de
óculos de segurança na execução desta tarefa.
O óculos que João deveria ter usado estava sujo e
quebrado, pendurado em um prego.
Segundo o que o supervisor dissera, não ocorreu
nenhum acidente nos últimos meses e o pessoal não
gostava de usar os óculos, por esta razão, ele não se
preocupava em recomendar o seu uso nesta operação,
porque tinha coisas mais importantes a fazer.
Ficha de Investigação de Acidente

Nome do Acidentado: Estado civil:


Idade: Função: Setor:
Data do acidente: Horário: Turno:
RG: Emissão: CTPS: Emissão:
Local do acidente:

Descrição do acidente:

Parte do Corpo atingida:

Análise das Causas

Agente da lesão: é aquilo que, em contato com a pessoa determina a lesão.


01 - Máquina; 09 - Líquidos inflamáveis;
02 - Caldeira ou outro equipamento sob pressão; 10 - Transportadores, de calhas, de rolos, de correntes;
03 - Produtos químicos; 11 - Ventiladores, ventoinhas;
04 - Poeiras e outros dispersóides; 12 - Radiações não ionizante;
05 - Piso, escada, plataforma; 13 - Substâncias quentes;
06 - Eletricidade - aparelhos, instalações e painel; 14 - Veículos - passageiro, carga, industrial;
07- Motores - Elétrico, a explosão, turbina; 15 - Temperatura extremas;
08 - Ferramentas manuais; 16 - Móveis.
Comentário:

Condição insegura: são aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, comprometem a segurança
do trabalhador é a própria segurança das instalações e dos equipamentos.
01 - Máquina ou equipamento com proteção inadequada; 09 - Desvio de função;
02 - Defeito na máquina, no equipamento, na edificação; 10 - Falta de proteção individual - EPI's;
03 - Falta de treinamento do funcionário; 11 - Falta de proteção coletiva - EPC;
04 - Arranjo físico inadequado; 12 - Falta de dispositivos de segurança;
05 - Ferramentas inadequadas ou defeituosas; 13 - Falta de manutenção preventiva;
06 - Iluminação inadequada ou incorreta; 14 - Instalação elétrica inadequada;
07 - Ventilação inadequada; 15 - Falta de sinalização.
08 - Falta de proteção na máquina ou equipamento;
Comentário:

Ato inseguro: é a maneira pela qual o trabalhador se expõe, a riscos de acidentes.


01 - Operação de máquina a velocidades inseguras;
02 - Realização de operações para os quais não esteja devidamente autorizado ou treinado;
03 - Trabalhar com dispositivo de segurança neutralizado;
04 - Usar ferramentas inadequadas, em más condições ou as mãos como ferramentas;
05 - Levantamento impróprio de carga ou dispor materiais de maneira insegura;
06 - Manipular, misturar produtos químicos de modo impróprio;
07 - Colocar-se , ou parte do corpo, em posição ou local perigoso;
08 - Manutenção, lubrificação ou limpeza de máquinas em movimento;
09 - Distrair-se, brincadeiras grosseiras;
10 - Remoção de dispositivo de proteção ou alteração em seu funcionamento, de maneira a torná-las ineficientes;
11 - Uso incorreto do equipamento de proteção individual, necessário para a execução da tarefa;
12 - Usar roupa inadequada, pulseiras, anéis.
Comentário:
FICHA DE ANÁLISE DE ACIDENTES
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EMPRESA:
ENDEREÇO:
Nº: DATA: HORAS:
NOME DO ACIDENTADO:
IDADE: OCUPAÇÃO:
SEÇÃO:
DESCRIÇÃO DO ACIDENTE:
PARTE DO CORPO ATINGIDA:
INFORMAÇÃO DO ENCARREGADO:

ENCARREGADO
INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
COMO OCORREU:
CAUSA APURADA:
CONCLUSÕES DA COMISSÃO
CAUSA DO ACIDENTE:
RESPONSABILIDADE:
MEDIDAS PROPOSTAS:

SECRETÁRIA PRESIDENTE
RESPONSABILIDADE CIVIL E
CRIMINAL DOS

ACIDENTES DE TRABALHO

PERANTE A CONSTITUIÇÃO
ACIDENTE

NÃO ACONTECE POR


ACONTECER

EXISTE UMA CAUSA

EXISTEM RESPONSABILIDADES

EXISTEM RESPONSÁVEIS
O PRIMEIRO CASO NO PAÍS
Morte de operário por descarga elétrica ocasionou
condenação dos responsáveis

O primeiro caso brasileiro de condenação penal na área


de acidentes de trabalho que envolveu o presidente de uma
empresa, além de outros funcionários, ocorreu em 1987, na
cidade de Restinga Seca, cidade localizada a cerca de 250
quilômetros da capital gaúcha. A morte de um operário por
descarga elétrica levou o Tribunal de Alçada a condenar
todos os responsáveis pela segurança da vítima. Foram
condenados o presidente da usina hidroelétrica, o gerente,
o engenheiro elétrico responsável e o eletrotécnico da
empresa de energia elétrica local.
Todos foram enquadrados nas sanções do artigo 121
(matar alguém),combinado com o artigo 29 do Código
Penal. A condenação foi de um ano e quatro meses de
detenção, por homicídio culposo. Como os réus
condenados eram todos primários, a pena privativa de
liberdade foi substituída pela pena restritiva de direitos,
que se deu através da prestação de serviços à
comunidade. A critério do juiz de Execuções Penais, os
condenados tiveram de ministrar aulas a professores e
alunos sobre como lidar com energia elétrica com absoluta
segurança.
OBRIGAÇÕES DA EMPRESA
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
LEI 8.213 DE 240791
(REGULAMENTO DA PREVIDENCIA SOCIAL )

ARTIGO 120 : nos casos de negligência da empresa quanto às normas


padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção
individual e coletiva a previdência social proporá ação regressiva
contra os responsáveis

ARTIGO 121 : o pagamento pela previdência social das prestações por


acidente do trabalho não excluem a responsabilidade civil da empresa
ou de outrem.
CONCEITO DE CULPA:
ALTERAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

A constituição promulgada em 05 de outubro de 1988


estendeu as ações de responsabilidades contra as
empresas quando houver a comprovação da culpa
(simples / grave ou dolo eventual).
A constituição anterior só permitia ações dessa natureza
quando se conseguisse comprovar a culpa grave da
empresa.
TEXTO DA NOVA CONSTITUIÇÃO ( 05.10.88 )

ART. 7º XXVIII : seguro contra acidentes do trabalho, a


cargo do empregador, sem excluir a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
CULPA GRAVE OU DOLO EVENTUAL:

Embora não exista a intenção da ação o resultado é


previsto.
Exemplo: pedir ao operário que utilize o elevador de
carga, em más condições de uso, cuja manutenção já foi
pedida (a famosa ¨esta é a ultima vez¨). o elevador
despenca e o operário se acidenta.
CULPA SIMPLES:

É TIPIFICADA POR TRÊS FATORES:

• NEGLIGÊNCIA,
• IMPRUDÊNCIA,
• IMPERÍCIA,
IMPRUDÊNCIA
O Indivíduo assume uma coisa contrária das normas
técnicas. Ex., atravessar a avenida com o sinal fechado.

NEGLIGÊNCIA
O Indivíduo deixa de fazer uma coisa que deveria ter
feito. Ex., remédio com validade vencida.

IMPERÍCIA
O Indivíduo pode causar a morte de alguém sem ter
conhecimento/treinamento adequado do trabalho que
está realizando.
Ex., dirigir sem carteira de habilitação.
CULPA SIMPLES:

NEGLIGÊNCIA:

ausência de precaução ou indiferença em relação


ao ato realizado.

exemplo: fábrica suja / mal iluminada / mal ventilada,


que proporcione condições de uma situação ou
ambiente inseguro.
CULPA SIMPLES:

IMPRUDÊNCIA:

PRÁTICA DE UM ATO PERIGOSO

EXEMPLO: OPERÁRIO QUE RETIRA A PROTEÇÃO DA


MÁQUINA COM O INTUITO DE AUMENTAR
A PRODUÇÃO.

BREVE COMENTÁRIO: Essa atitude reponsabiliza a chefia


do trabalhador por esta se constituir
em elo de ligação ( preposto )
trabalhador / empresa. É crime a
conivência ou omissão.
CULPA SIMPLES:

IMPERÍCIA:

falta de aptidão para o exercício de


determinada profissão ou arte

exemplo: submeter trabalhador não habilitado a substituir -


em caráter eventual - trabalhador titular na função.

breve comentário: substituir operador de empilhadeira


apto para a função por motorista comum, sofrendo este
último grave acidente por falta de preparo específico.
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

É uma ação privada. Deve ser pleiteada pelos


herdeiros do trabalhador acidentado.
Comprovando-se a responsabilidade da empresa,
esta é obrigada a reparar o dano pagando
indenização arbitrada pelo juiz considerando as
lesões ou morte do trabalhador.
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE PENAL

É uma ação pública.


Procura responsabilizar pela morte ou dano à saúde do
trabalhador os prepostos da empresa que têm como
função cargos de chefia e como consequência serem
divulgadores e cumpridores das normas de segurança.
estão nessa condição:
• ENGENHEIROS DO TRABALHO
• MÉDICOS DO TRABALHO
• TÉCNICOS DE SEGURANÇA
• CIPEIROS
• GERENTES
• SUPERVISORES
• CHEFES / MESTRES / ENCARREGADOS
Situação em que gerentes / supervisores
/chefes / encarregados podem responder por
crime de responsabilidade penal:

- Quando for notificado - por escrito - de uma


situação de condição ou ação insegura no seu
setor. Nestas circunstâncias ocorre um acidente
causando morte, lesão grave ou doença
profissional. Como preposto da empresa e sem
haver tomado providências quanto à notificação
recebida, responderá criminalmente.
PENA PREVISTA: 7 MESES A 2 ANOS DE
DETENÇÃO.

BREVE COMENTÁRIO: Em caso de condenação, o


individuo não cumprirá pena se for réu primário.
Porém ficará o registro na folha de antecedente.
PROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO TRABALHO
- PRECAUÇÕES NAS ATIVIDADES

• Tem sido visado como preposto específico,


conforme o grau de dolo ou culpa em virtude do
acidente ocorrido.

• Penas - serviço comunitário e cassação do registro


profissional.
E P I - Equipamento de Proteção Individual
e EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

Portaria 3.214/78 MTE NR 06.

CONCEITO: É todo dispositivo de uso individual, de


fabricação nacional ou estrangeira, destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

Só tem validade através do CA – Certificação de


Aprovação.
E P I - Equipamento de Proteção
Individual

A nr 6 determina a obrigatoriedade do fornecimento de


equipamento de proteção individual aos empregados;
responsabilidades e competências quanto ao
fornecimento, uso, aprovação, comercialização e
fiscalização dos epis.

Portaria nº3.214, de 08/06/78, do Ministério do Trabalho.


E P I - Equipamento de Proteção
Individual
Conforme a NR 6, a empresa é obrigada a fornecer aos
empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento nas
seguintes condições:
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
Enquanto as medidas de proteção estiverem sendo
implantadas; e,
Para atender situações de emergência.
E P I - Equipamento de Proteção
Individual
Cabe ao empregador:
a)Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b)Exigir seu uso;
c)Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado,
guarda e conservação;
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Individual

a)Responsabilizar-se pela higienização e manutenção


periódica; e,
b)Comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada.
E P I - Equipamento de Proteção
Individual

Cabe ao empregado:
a)usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se
destina;
b)Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c)Comunicar ao empregador qualquer alteração que o
tome impróprio para uso; e,
d)Cumprir as determinações do empregador sobre o uso
adequado.
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Individual

• A legislação em vigor dá plenos poderes ao empregador


para tornar obrigatório o uso do EPI, podendo o
empregado ser passível de punição que vai desde uma
advertência verbal até a demissão por justa causa.

• Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado


ao cumprimento dessa exigência legal.
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Individual

Tipos de EPI`s:

•Proteção Cabeça;
• Proteção Membros Superiores;
•Proteção Membros Inferiores e
•Proteção Para o Tronco.
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Individual

•Capacete: Proteção do crânio contra


impactos, choques elétricos e no
combate a incêndios.

• Capuz: Proteção do crânio contra


riscos de origem térmica respingos e
produtos químicos e contato com
partes móveis de máquinas.
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Individual

Óculos: Proteção contra


partículas, luz intensa,
radiação, respingos de
produtos químicos;
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Individual
PROTETOR AUDITIVO INSERÇÃO
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Individual
PROTETOR AUDITIVO ABAFADOR
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Individual
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Individual
Protetores Auditivos Tipo Inserção Reutilizáveis
Passe uma das mãos de trás da cabeça e puxe
levemente a parte superior da orelha e, com a outra mão,
introduza o protetor no canal auditivo.

1. Não manuseie o protetor com as mãos sujas;


2. Utilize os protetores durante todo o período de trabalho;

3. Após o uso, guarde o protetor na embalagem;


4. Lave regularmente seu protetor auditivo, com água e
sabão neutro;
5. Para retirar o protetor do ouvido, puxe o protetor pela
sua.

Evite puxar os protetores pelo cordão.


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Individual

Vantagens dos Plugs:


- Utilizado por pessoas de cabelos compridos, barba,
cicatriz
- Compatível com outros equipamentos
- Descartáveis
- Pequenos e facilmente transportados e guardados
- Boa adaptação a ambientes com calor e umidade
excessiva
- Não restringe movimentos em áreas muito pequenas
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Individual

Desvantagens dos Plugs:


- Menor atenuação: movimentos (fala, mastigação)
podem deslocar o plug
- Necessidade de treinamento específico
- Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação
- Menos higiênicos
- Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis
- Fáceis de perder
- Menor durabilidade
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Individual
Vantagens dos Abafadores:

- Único tamanho;

- Colocação rápida;

- Atenuação uniforme nas duas conchas;

- Partes substituíveis;

- Modelos variados;

- Higiênicos.
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Individual
Desvantagens dos Abafadores:

- Desconforto em áreas quentes;


- Dificuldade em carregar e guardar;

- Interfere no uso de outros EPI´s;

- Pode restringir movimentos da cabeça;

- Desconfortável para 8 horas de trabalho;

- Não recomendado uso com cabelos compridos, barba, óculos,


etc.
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Individual
Tipos de proteção respiratória
Descartável – Semifacial - Facial completa - Recarga
E P I - Equipamento de Proteção
Individual
RESPIRADORES

- O respirador deve ser apoiado inicialmente no


queixo. Depois, posicione-o de forma que a boca
e o nariz fiquem cobertos.

- Em seguida, puxe o elástico de baixo, passando-o


pela cabeça e ajustando-o na nuca. Faça o
mesmo com o elástico superior, ajustando-o bem
acima das orelhas.
E P I - Equipamento de Proteção
Individual

RESPIRADORES

- Com dois dedos de cada mão, pressione a peça


de alumínio de forma a moldá-lo ao seu formato de
nariz.

- Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente


do respirador cobrindo toda sua superfície e inale.
O ar não deve passar pelas laterais.
Proteção para as Mãos

Dedos, mãos e braços são frequentemente atingidos do


que qualquer outra parte do corpo humano.
Quando Usar?
Você deve adotar a proteção adequada para as suas mãos
quando estas estiverem expostas a riscos tais como:
Manuseio de substâncias perigosas;
Cortes;
Perfurações;
Queimaduras químicas e térmicas.
Proteção para as Mãos

Há diferentes tipos de luvas desenvolvidas para


proporcionar a adequada proteção para suas mãos:
- Luva de raspa ou couro: utilizada para trabalhos com
chapas de ferro, canos, cabo de aço, etc.
- Luva Nitrílica: utilizada para trabalhos em que se tenha
contato com: óleos, graxas, ácidos, alguns solventes,
gasolina, álcool, etc.
Proteção para as Mãos

Luva de Raspa Luva de Malha de Luva de Alta Tensão


Aço

Luva de Látex Luva Nítrilica Luva Baixa Temperatura


Proteção para as Mãos

Luvas/ Creme Protetor de Pele

Creme protetor ;
G1–Água resistentes: para
trabalhos em contato direto
com água e óleos de corte;
G2-Óleo resistentes: resistente
a óleo mineral, diesel,
gasolina, graxas e solventes;
G3–Especiais: para trabalhos com
solventes e produtos químicos;

Recomenda-se também o uso de


protetor solar fator 50(pele clara);
Proteção para o Corpo
Relacionado a risco térmico e químico.

Calça Janela Avental


Proteção para os Pés

Quando Usar?
Ambiente de trabalho que tenha objetos pesados ou
pontiagudos;
Ambiente úmido;
Ambiente com substâncias químicas, óleos, graxas no
piso.
O calçado de segurança deve ter o solado
antiderrapante, a prova de perfurações e biqueiras de
aço são formas de proteção em relação aos vários
riscos em relação aos pés.
Proteção para os Pés
PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM
DIFERENÇAS DE NÍVEL

•Uso em trabalhos acima de 2 metros.


PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM
DIFERENÇAS DE NÍVEL

•Cintos de segurança tipo pára-quedista e com talabarte;


PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM
DIFERENÇAS DE NÍVEL

•Trava Quedas
Equipamento de Proteção Coletiva

•Proteção em partes móveis de máquinas;


•Enclausuramento de máquinas ou equipamentos;
•Sinalização de segurança;
•Extintores e etc.
Equipamento de Proteção
Coletiva
Equipamento de Proteção
Coletiva
Inspeção
de Segurança
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

A inspeção de segurança é o
conjunto de ações que objetivam
a detecção de riscos que possam
causar acidentes do trabalho e
doenças profissionais.
Objetivo da Inspeção de Segurança:

 possibilitar a determinação de meios


preventivos antes da ocorrência de
acidentes;
 encorajar os próprios empregados a
agirem inspecionando o seu ambiente de
serviço;
 melhorar o entrelaçamento entre o
serviço de segurança e os demais
departamentos da empresa;
 divulgar e expandir nos empregados o
interesse da empresa pela segurança do
trabalho.
As inspeções podem ser:

 Inspeção Geral;
 Inspeção Parcial;
 Inspeção de Rotina;
 Inspeção Periódica;
 Inspeção Eventual;
 Inspeção Oficial;
 Inspeção Especial.
Geral:
São aquelas realizadas em toda a empresa, ou
seja, que envolvem todos os setores. Em geral,
participam das verificações engenheiros,
técnicos de Segurança do Trabalho, médicos,
assistentes sociais, membros da CIPA
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)
e funcionários.
As inspeções gerais devem ser repetidas em
intervalos regulares. Em empresas que não
contam com uma equipe de serviços
especializados em segurança e medicina do
trabalho, o cumprimento deve partir dos
integrantes da CIPA.
Parcial:
São feitas em determinados
espaços e pode ser feita de
forma mais focada, como em
determinados equipamentos,
certas atividades, etc.
De rotina:
As inspeções de rotina são aquelas
realizadas frequentemente dentro da
empresa. Assim, os responsáveis
pela vistoria averiguam se existem
problemas ou erros comuns nas
atividades, equipamentos, processos,
métodos de trabalho e fatores
ambientais, por exemplo.
As inspeções de rotina levam a
identificar defeitos em equipamentos,
atitudes dos funcionários diante das
situações de trabalho, uso de EPIs,
entre outros. Em geral, é o tipo de
inspeção mais comum e que deve
obrigatoriamente ser adotada no dia a
dia de todos os trabalhadores da área
de segurança e saúde do trabalho.
Periódicas:
As inspeções periódicas são aquelas
realizadas em determinados períodos
de tempo, visando detectar condições
inseguras, que naturalmente surgem
pelo desgaste de peças, uso de
ferramentas, depreciação de
máquinas e equipamentos.
Vale destacar que algumas inspeções
são obrigatórias por lei, como aquelas
referentes a equipamentos perigosos
como caldeiras e equipamentos de
segurança, como extintores e outros.
Eventuais:
Assim como as gerais, elas podem
ser feitas por técnicos, engenheiros,
médicos e outros profissionais do tipo
e são feitas sem uma data ou período
pré-definido. Essas inspeções são
mais gerais e não possuem caráter de
urgência.
Especiais:
A mais específica de todas as
inspeções, essas são feitas por
profissionais e controles técnicos que
garantem o bem estar do trabalhador.
Nas inspeções especiais são
analisadas, por exemplo, a gravidade
de ruídos ambientais, a presença de
toxinas, etc. Essa inspeção deve ser
feita em conjunto com a CIPA.
Esse tipo de inspeção busca
identificar riscos presumíveis, ou seja,
que necessitem de profissionais
especializados para realizar medições
e testes em aparelhos. Poderão ser
detectadas situações anormais de
trabalho e que apresentem risco à
saúde e segurança.
Em geral, é um tipo de inspeção mais
técnica e minuciosa, por isso a
necessidade de utilizar equipamentos
e aparelhos especializados.
Pode-se citar como exemplos das
inspeções especiais a medição do ruído
ambiental, quantidade de partículas
tóxicas em suspensão no ar, entre outros.
A melhor forma de controlar cada etapa no
processo das
inspeções de segurança é por meio de um
checklist.
Programando as atividades de vistorias
(gerais, de rotina, periódicas, etc.), é
possível inspecionar no tempo certo e
identificar, assim, as não conformidades
que possam representar riscos à saúde e
segurança o trabalhador.
Com um checklist é possível elaborar
um cronograma de cumprimento do
que precisa ser feito ― no dia e hora
certos ― e evitar esquecimentos e
aborrecimentos. Essa ferramenta
otimiza a rotina dentro da empresa e
eleva a segurança, colocando em
prática medidas de correção e
neutralização dos riscos.
Oficiais:
São feitas por agentes
especialistas, empresas de
seguro e outros órgãos
oficiais.
Noções sobre a inclusão de
pessoas com deficiência e
reabilitados nos processos de
trabalho
O QUE
PRECISAMOS
SABER SOBRE
PCD
O QUE É PCD?

PCD é a sigla para Pessoas com


Deficiência e é utilizada no meio
corporativo para identificar
colaboradores e candidatos que
apresentem algum tipo de
deficiência física, intelectual, visual
ou auditiva, seja ela de nascimento
ou adquirida durante a vida.
A sigla passou a ser utilizada em 2006, após a
publicação da Convenção sobre os Direitos
da Pessoa com Deficiência pela Organização
das Nações Unidas (ONU). Antes da
publicação, o termo mais utilizado era
“portador de deficiência”, uma expressão
inadequada.
A lei também contempla os casos
de reabilitação, ou seja, aqueles
em que a pessoa sofreu um
acidente de trabalho e foi
recolocada na empresa.
Quem são as pessoas portadoras
de deficiência?

Muitos gestores ficam com dúvida sobre o


que caracteriza o PCD por confundirem
algumas doenças com essa condição. Por
isso, clareamos aqui o que caracteriza essa
parcela da população, que apesar de ter
limitações, tem muito potencial na carreira.
O que determina a lei sobre cotas
para PCD?
A inclusão de profissionais PCD no mercado de
trabalho tem como marco no Brasil a Lei nº 8.213,
de 1991. Conhecida como Lei de Cotas, ela foi
regulamentada apenas em 1999, por meio do
decreto nº 3.298. Apesar de estabelecida, na
prática, sua implementação evoluiu de forma lenta,
por conta dos poucos mecanismos de fiscalização.
De acordo com a norma da lei, as empresas
devem destinar de 2% a 5% de suas vagas a:

• Pessoas portadoras de deficiências


habilitadas: que têm ou não certificado ou
diploma expedido pelo Ministério da Educação,
órgão equivalente ou INSS, desde que
capacitadas para exercer a função;
• Beneficiários reabilitados: pessoas que
passaram por processos de reintegração ao
mercado de trabalho.

A cota para PCD vale tanto para vagas de


nível pleno quanto para oportunidades de
aprendiz e estagiário.
A porcentagem de vagas é distribuída com
base no porte da empresa e, no caso de
descumprimento, a organização deve
pagar multa diária definida pelo Ministério
do Trabalho, a saber:
• 100 a 200 funcionários: cota de 2% das
vagas. Multa de R$ 2.143,04 a R$ 2.571,65/dia;

• 201 a 500 funcionários: cota de 3% das


vagas. Multa de R$ 2.571,65 a R$ 2.785,95/dia;
• 501 a 1000 funcionários: cota de 4% das vagas.
Multa de R$ 2.785,95 a R$ 3.000,25/dia;

• Mais de 1001 funcionários: cota de 5% das


vagas. Multa de R$ 3.000,25 a R$ 3.214,55/dia.

*No caso de frações no cálculo da cota, o número de


colaboradores PCD a serem contratados deve ser
arredondado para cima.
Regras de acessibilidade

A ideia de acessibilidade foi se ampliando ao


longo do tempo e, hoje, se fala em 6 tipos
diferentes de acessibilidade. Mas quais são
elas?
Arquitetônica:

Aqui estamos falando das rampas, elevadores,


indicadores para portadores de deficiências
visuais, banheiros adaptados a pessoas com
deficiência física, ou seja, o cuidado com
obstáculos físicos e do ambiente.
Comunicacional:

Envolve várias medidas, como a escrita em


braille, a adaptação de computadores, a
presença de intérpretes de libras e o uso de
letras maiores em textos para pessoas com baixa
visão, por exemplo. Esse tipo de acessibilidade
diz respeito ao diálogo interpessoal,
comunicação escrita e virtual.
Metodológica:

Os métodos e as técnicas de trabalho não devem


promover diferenciações que excluem nem criam
obstáculos à participação de pessoas com
deficiência. Isso vale para a ergonomia, treinamentos,
plano de carreira e avaliação de desempenho, por
exemplo.
Instrumental:

Também está ligada ao ambiente, mas tem mais


relação com os instrumentos usados no trabalho.
Aqui é preciso pensar em material de escritório,
canetas, ferramentas, computadores adaptados,
impressora, enfim, os objetos usados nas tarefas
cotidianas.
Programática:

Tem relação com as regras e políticas da


organização. Essas normas devem ser construídas
objetivando a inclusão e a aposta no potencial dos
colaboradores. É preciso estar atento para não
embutir ideias limitantes e obstáculos na construção
dessas regras.
Atitudinal:
Ligada principalmente à atitude da equipe frente as
pessoas com deficiência. Envolve barrar estigmas,
estereótipos e exclusões. Demanda principalmente
políticas de conscientização dos profissionais e uma
aprendizagem para lidar com a diferença. Fortalecer os
laços na equipe, incentivar a cooperação e a visão de
todos como talentos buscando crescimento e realização
na carreira também é fundamental.
Fiscalização

O Ministério do Trabalho e Emprego lançou, em 2012, a


instrução normativa nº 98, uma norma que regulamenta
a fiscalização. As Superintendências Regionais do
Trabalho e Emprego enviam auditores fiscais para as
organizações, para verificar o cumprimento da
legislação que atende as pessoas com deficiência.
O fiscal deve monitorar se a empresa
oferece garantia da participação
equitativa de PCDs no recrutamento,
seleção, contratação e processos de
trabalho, com jornada e pagamento
equivalentes.
Ele verifica também se a empresa promove
condições de acessibilidade, estímulo e capacitação
para a pessoa com deficiência. A multa pela violação
da lei de cotas, por exemplo, é de R$ 1.925,81 por
pessoa com deficiência que deixa de ser admitida,
podendo chegar a R$ 192.578,66.
Por que é importante trabalhar a inclusão
das pessoas com deficiência?

A sociedade tem passado por muitas transformações,


que também afetaram a indústria. A noção de uma
organização apenas ligada a questões financeiras ficou
para trás e deu lugar a ideias bem mais amplas.
Agora, as empresas passam a ter uma um
papel político e social e a se preocupar com
sustentabilidade, direitos do trabalhador e do
consumidor, qualidade e saúde ligada aos seus
produtos, por exemplo.
Ou seja: a empresa passa a ter uma responsabilidade
social, um dever com a coletividade, e trabalhar a
inclusão é uma maneira de cumprir esse dever. Integrar
as pessoas com deficiência é possibilitar que esse
grupo tenha acesso aos direitos que são garantidos
pela Constituição.
Assim, a verdadeira razão de incluir pessoas
com deficiência no time não é a obrigação ou
uma suposta ação solidária, mas, sim, o
cumprimento de uma responsabilidade,
garantindo o respeito aos direitos de PCDs.
Além disso, essa é uma ótima forma para a
equipe aprender a lidar com as diferenças e
trabalhar estigmas e preconceitos.
Assim, a verdadeira razão de incluir pessoas
com deficiência no time não é a obrigação ou
uma suposta ação solidária, mas, sim, o
cumprimento de uma responsabilidade,
garantindo o respeito aos direitos de PCDs.
Além disso, essa é uma ótima forma para a
equipe aprender a lidar com as diferenças e
trabalhar estigmas e preconceitos.
Como as pessoas com deficiência estão no
mercado de trabalho atualmente?

Segundo o censo de 2010 do IBGE, no Brasil,


45,6 milhões de pessoas têm alguma
deficiência, o que representa 23,9% da
população.
De acordo com dados de uma cartilha
publicada pelo instituto, entre as 44 milhões de
pessoas em idade ativa que têm algum tipo de
deficiência, 53% não estavam ocupadas,
representando uma população de 23,7 milhões.
Diante desse cenário, há ainda muito trabalho
a ser feito quando se trata de inclusão.
A inclusão das pessoas com deficiência é
fundamental para a organização, tanto pela
responsabilidade social quanto pela
aprendizagem da equipe e por respeito a esse
público.
Com a lei de cotas e a promoção de
acessibilidade, as organizações podem facilitar
a inserção de PCDs, mas é preciso que essa
inclusão seja também social, com a igualdade
de oportunidades e respeito às necessidades
especiais dessas pessoas. Com essas medidas,
todos saem ganhando: tanto a organização
quanto as pessoas com deficiência.

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