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ALUNOS COM TRANSTORNOS /

DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM/DEFICIÊNCIA:
COMO LIDAR COM ELES EM
SALA DE AULA?
NOSSAS ESCOLAS ESTÃO PREPARADAS
PARA RECEBER ALUNOS COM ESSAS
NECESSIDADES?

Não é o aluno que tem que se adaptar à escola: a


instituição de ensino é que deve se adaptar ao
estudante — trata-se da lógica da educação
inclusiva. Nessa perspectiva, novas estratégias
devem ser criadas com o objetivo de promover a
adaptabilidade da estrutura e das práticas
educacionais, abarcando um público heterogêneo.
COMO INCLUIR OS ALUNOS COM
NECESSIDADES ESPECIAIS?

◦A seguir, veja de que forma


proceder quando se trata de alunos
com Transtornos/Dificuldades de
aprendizagem/Deficiência.
OBTENDO INFORMAÇÕES SOBRE SEU ALUNO

Os alunos com espectro autista


terão sempre um dos sentidos
mais aguçados do que os outros.
A primeira coisa a ser feita é Por isso, eles podem se mostrar
verificar os laudos médicos desses hipersensíveis a estímulos visuais
alunos. No caso de haver muito fortes, cheiros ou sons
estudantes com deficiência visual ruidosos e altos. Portanto, o ideal
e auditiva, por exemplo, a é que o professor se cerque de
presença do professor intérprete é informações sobre esse aluno. Ter
obrigatória. uma conversa com os pais para
saber mais informações ajuda a
evitar que haja alguma crise
durante a aula.
Esse aluno invariavelmente necessita de uma
atenção especial. Por isso, é essencial que ele se
sente mais próximo do professor, para que seja
mais bem acompanhado. Porém, tome cuidado
para não acabar tratando o estudante como se
tivesse dó dele, pois isso pode gerar um
ELABORANDO desconforto.

ATIVIDADES EM
QUE ELE POSSA
SER
NATURALMENTE Além disso, converse com o aluno e procure saber
de seus interesses e suas preferências. O
INCLUÍDO acolhimento pode começar com uma postura
interessada e amigável do professor. Autistas
costumam ser bastante enfáticos nos seus
interesses, portanto procure conciliá-los de alguma
forma com os conteúdos trabalhados, para
capturar sua atenção.
TRABALHANDO A ACEITAÇÃO DAS
DIFERENÇAS

◦ Sempre use o significado denotativo das


palavras quando quiser se comunicar com seu
aluno. Eles gostam de entender tudo o que se
diz no sentido literal das palavras, portanto seja
muito objetivo!
◦ Para os alunos com deficiência auditiva, é
preciso atentar também à comunicação. Ainda
que você não domine a linguagem dos sinais,
tenha boa vontade para estabelecer contato por
meio de expressões faciais, gestos, desenhos
etc.
USANDO JOGOS DIDÁTICOS
E ATIVIDADES LÚDICAS
◦ Autistas gostam da sensação do jogo,
de lidar com suas regras e de chegar
a objetivos predefinidos. No entanto,
tome cuidado para que eles não se
fixem na atividade por muito tempo e
percam o foco no objetivo da
aula. Proponha atividades para que
haja a inclusão no grupo social dos
colegas, dando preferência ao
desenvolvimento do raciocínio lógico.
Não se esqueça de trabalhar a
construção de vínculos afetivos por
meio da interação dos alunos nas
atividades.
COMO TER ROTATIVIDADE NO ENSINO?
A rotatividade de ensino se dá pelas diversas formas como o conteúdo
pode ser passado a um aluno dentro da sala de aula, seja por meio de
vídeos, textos, objetos interativos ou oralmente. Sendo assim, ter uma
rotatividade significa variar a forma como a matéria é transmitida na
comunicação de professor para aluno.

A importância de ter uma alta rotatividade se deve ao fato de ser


possível atingir um maior número de alunos e fazer com que muitos não
se sintam perdidos ou excluídos das aulas. Isso porque uma parte dos
estudantes entende melhor aquilo que é explicado por meio de textos,
já outra aprende mais facilmente com imagens ou vídeos.

Vale lembrar que, quando há alunos com deficiência em sala de aula, as


medidas a serem tomadas para passar conhecimento requerem
adaptação (caso seja necessário). Portanto, formatos excludentes não
devem ser considerados em medidas rotativas ao montar as aulas.
COMO TRABALHAR TOD NA
ESCOLA?
◦O
Transtorno Opositivo Desafiador (TO
D)
pode representar um aspecto
preocupante aos educadores, pois é
normal que muitos desses
profissionais ainda não saibam como
lidar com tal situação. Se você
enfrenta um dilema parecido em sala
de aula, veja como trabalhar de
forma proveitosa para todos.
É importante saber que quando uma
criança apresenta características
do TOD, ela pode ter bons
resultados pedagógicos. Tudo isso
depende, é claro, de algumas
adaptações que visem ao que é
esperado. Por falar em adaptar o
estudante, este quesito é o primeiro
ADAPTAÇÕES QUE FAZEM
DIFERENÇA
◦ A primeira sugestão é fazer algumas
mudanças que podem beneficiar o
aluno, como colocá-lo em um lugar
que não o faça distrair. Sendo assim,
vale tentar reposicioná-lo na primeira
fileira, por exemplo. O TOD não é uma
condicionante do TDAH, mas os dois
transtornos podem apresentar
comorbidades. Estima-se que 50 %
dos pacientes apresentem ambos.
O fato do aluno não ter com o que se
distrair favorece a apreensão do
conteúdo e, consequentemente, um
clima mais harmônico entre o pequeno
e seus colegas. No entanto, é sempre
bom ressaltar que cada caso pode
variar muito.
◦ Quando o aluno quiser adotar comportamentos
que chamem a atenção, a melhor maneira é
não repreendê-lo na frente dos coleguinhas. Ao
adverti-lo, faça da maneira mais branda
possível e nunca o coloque em uma situação de
constrangimento. É importante que você
estimule a amizade da criança.
ADVERTIR Outra dica é manter a calma, mesmo em
COMPORTAMENTOS momentos de agressão. Quando a
criança com TOD é contrariada, ela pode agir
COM CALMA de forma mais ríspida e ameaçar a bater. A
melhor forma de lidar com isso é segurar-lhe as
mãos, agachar-se junto dela e falar com muita
doçura para que a criança perca a coragem de
prosseguir com o ato pensado anteriormente.
Por isso é aconselhável nunca debater com o
pequeno para evitar situações que só trarão
muito desgaste aos dois, principalmente a você.
INCLUSÃO TOTAL DA
CRIANÇA
◦ Se a criança com TOD agir de
maneira inadequada, não faça como
muitos profissionais fazem
erroneamente: isolamento. A solução
é chamá-la para ser ajudante de
turma ou pedir ajuda a ela para fazer
parte de alguma brincadeira. Se isso
não adiantar, procure estabelecer um
contato com os pais e o terapeuta da
criança para que você possa
encontrar uma solução para essa
rebeldia. A única coisa que não deve
ser feita é submetê-la ao isolamento
ou ao constrangimento.
As crianças com TDAH — Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade — podem apresentar
comportamentos de atenção ou agitação extrema.
Dessa forma, torna-se um desafio para os pais
entender quais brincadeiras são capazes de deixar
as crianças mais calmas.
BRINCADEIRAS Se o jogo for muito complicado, elas podem se
PARA TDAH frustrar facilmente, aumentando a agitação ou até a
agressividade. Os jogos tecnológicos são bons para
alguns momentos, mas em demasia podem deixar
as crianças super estimuladas. Por esse motivo, no
post de hoje, vou compartilhar com vocês
sugestões de brincadeiras simples para crianças
com TDAH.
CONFIRA!

O mais importante, antes de


entrarmos nas sugestões de
Quebra-cabeça- É um desfio que
brincadeiras, é saber qual o
Leitura - Letras grandes e frases estimula a inteligência, o
objetivo com cada uma delas.
curtas, com muitas imagens e pensamento lógico, a composição
Alguns jogos trabalham a atenção
histórias curtas são ideais. de figuras, discriminação visual,
e o foco, outros o ganhar e o
atenção e descontração.
perder, outros melhoram a
capacidade cognitiva e por aí vai.

Brincadeiras corporais- Envolvem


Montar blocos- são atividades
Jogo de memória- É muito bom a consciência corporal, estimula a
simples que permitem às crianças
para trabalhar a atenção e o foco concentração e o controle da
criar livremente
impulsividade.

Esportes- Praticar esportes, além


Jogos de tabuleiro- São ótimos
Pintura e argila- Favorecem a de gastar energia acumulada,
para desenvolver as habilidades
expressão, além de desenvolver a promove a interação social e a
cognitivas, sociais e de
autoconfiança capacidade de lidar com a perda,
comunicação.
com a frustração.
SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA
◦ Muitas crianças com Síndrome de Down têm associada a
Deficiência Intelectual (DI), o que leva a dificuldades na
aprendizagem. Tais dificuldades podem estar
relacionadas à linguagem, raciocínio lógico, memória e
refletir na socialização e na autonomia.
◦ Dessa forma, a criança com Síndrome de Down na
escola precisa de estratégias diferenciadas no processo
de aprendizagem. É muito importante que seja realizado
um planejamento pedagógico que considere as
características de cada criança.
◦ O professor precisa conhecer as potencialidades de seu
aluno, assim como suas maiores dificuldades, cognitivas
e comportamentais. Por esse motivo, é essencial a
participação da família, assim como dos profissionais que
trabalham com a criança fora da escola.
ESTRATÉGIAS NORTEADORAS
PARA A INCLUSÃO

◦ Ainda que o planejamento


precisa ser individualizado,
algumas estratégias podem ser
norteadoras para a inclusão das
crianças com Síndrome de Down
na escola.
Muitas vezes, será necessária uma
adaptação no currículo, adequando-
o às necessidades da criança de
Síndrome de Down. Isso não
Adaptação do currículo Suporte concreto e visual
significa que ela irá aprender algo
diferente dos colegas de turma, mas
que o conteúdo será abordado e
avaliado de uma forma específica.

As crianças com Síndrome de Down Ao trabalhar um conteúdo em sala


aprendem melhor com estímulos de aula, busque estratégias de
visuais e materiais concretos. fragmentação. A repetição é
Sempre que necessário, o professor Fragmentação de conteúdos importante para as crianças com
deve utilizar esses recursos para Síndrome de Down e o trabalho em
trabalhar os conteúdos em sala de etapas facilita a memorização e o
aula. aprendizado.
Use uma linguagem clara

Assim como os recursos concretos ajudam na aprendizagem da criança com Síndrome de Down, os
comandos do professor também devem ser claros e simples. Isso para que o entendimento do que deve ser
feito ou é esperado do aluno naquele momento possa ser melhor compreendido por ele.

Raciocínio abstrato

Principalmente nos anos iniciais na escola, as crianças com Síndrome de Down ainda aprendem muito pelo
concreto. O professor deve valorizar seus progressos nesse sentido, sem deixar de trabalhar o raciocínio
lógico.

Repetição

Como dissemos, a memorização dos conteúdos depende da repetição. A prática é muito importante para
todas as crianças na aprendizagem, principalmente para as com Síndrome de Down.
Conhecendo as características comuns
na Síndrome de Down, é possível
Dicas e práticas de Inclusão pensar em estratégias e atividades Estratégias de alfabetização
para a sala de aula. Preparamos
algumas dicas para te inspirar, confira!

As crianças com Síndrome de Down Outra dica é usar lápis mais grosso ou
Dessa forma, as estratégias de
costumam apresentar déficits de adaptadores com apoio para os dedos,
alfabetização que trazem mais
linguagem que dificultam a trabalhando a escrita das letras com
benefícios são as que trabalham com a
alfabetização. A aprendizagem de um tamanho maior. As crianças com
palavra inteira, como o método global.
leitura pelo método fônico (som da Síndrome de Down podem apresentar
Trabalhar as letras e os sons deve ser
letra) pode não ser o mais indicado. Ao hipotonia muscular, o que leva a
um segundo passo na alfabetização
mesmo tempo, elas costumam ter boa dificuldades com a coordenação
das crianças com Síndrome de Down.
memória visual. motora fina.

O mais importante no processo de


Utilize apoio visual e materiais ensino aprendizagem é fazer com que a
Essas são algumas orientações
concretos para trabalhar a matemática. criança se sinta capaz de superar as
importantes para os anos iniciais da
Aprender matemática exige muita suas dificuldades, potencializando as
criança com Síndrome de Down na
capacidade de abstração e raciocínio suas habilidades. Essa é a verdadeira
escola. O trabalho com as diferenças é
lógico e esses materiais ajudam a inclusão e estamos aprendendo com as
um desafio para todos, mas também
contextualizar o conteúdo, facilitando a crianças com Síndrome de Down, que
um aprendizado valioso.
compreensão do mesmo. não só elas, mas todas as crianças,
têm necessidades especiais.
🚨 Ansiedade no ambiente escolar

Em resumo, quando tratamos especificamente do cenário educacional,


percebemos que, para a pessoa socialmente ansiosa, o ambiente
escolar apresenta muitas situações potencialmente estressantes. Fazer
uma apresentação, responder a perguntas em sala de aula, fazer amigos ou
participar de grupos são alguns bons exemplos.

Além disso, existem diferentes formas de manifestação


da ansiedade. Aliás, esse é um dos motivos pelos quais pode ser difícil
detectá-la em sala de aula. Contudo, o que todos os tipos têm em comum
é o “bloqueio cerebral”. Ou seja, a pessoa está em sala, mas não
consegue se desenvolver.

Em resumo, tudo isso em conjunto torna o ambiente escolar difícil para o


estudante. Isso porque ele está ali, mas não consegue “seguir o ritmo”
dos demais. Resultado? Um sentimento negativo a longo prazo no que
tange o gosto pelos estudos.
🔍Como detectar a ansiedade no ambiente escolar?

Além disso, a ansiedade também


Como vimos, há diferentes tipos Entretanto, em outras
pode tornar os alunos
e intensidades quando se trata ocasiões, a ansiedade pode
agressivos. Isso porque, quando Ademais, esse sentimento pode
de ansiedade. Isso significa parecer algo totalmente
aborrecidos ou ameaçados, eles se manifestar através de atos
que em alguns casos, ela poderá diferente. Ela pode se
não sabem como lidar com os contra os demais alunos ou, até
ser fácil de identificar, como manifestar por meio de uma dor
seus sentimentos. Dessa mesmo, contra o docente.
quando o aluno se sente de estômago ou um
forma, tende-se a desenvolver
nervoso antes de uma prova. comportamento retraído.
uma reação de luta ou fuga.

Além dos sinais descritos acima,


o aluno que vivencia a Parar de se socializar com Apresentar elevada quantidade Possuir dificuldade de trabalhar
ansiedade no ambiente escolar colegas de classe; de falta; em equipe;
pode:

Desenvolver desatenção e Enfrentar dificuldade para


inquietação; responder perguntas em aula.
🤝3 Ações eficazes para desenvolver em sua instituição de ensino

Quebre o “ciclo vicioso” gerado pela


ansiedade e acolha - As
pessoas ansiosas estão presas em uma
espécie de ciclo vicioso de ansiedade
Ademais, outra dica é transmitir o
social e expectativas negativas sobre o Aliás, vou deixar aqui uma conteúdo
sentimento de acolhimento na rotina Trabalhe a aprendizagem de
seu desempenho. Por isso, pode ser complementar que pode te inspirar:
escolar mediante a relação professor- competências socioemocionais
uma tarefa complexa quebrar esse ciclo. A empatia na educação e sua importânci
aluno, praticando a empatia. a para uma experiência de alto nível.
Mas é indispensável fazê-la entender
que não está sozinha e que tanto os
pais quanto a escola, estão ali para
ajudá-la.

Dessa forma, através das competências


Em resumo, as socioemocionais na educação pode-se
Aprender habilidades socioemocionais competências socioemocionais, dentre começar desde cedo a trabalhar
é tão importante quanto aprender etapas todos os seus benefícios, trabalham a a inteligência emocional. Aliás, essa é
Tenha uma boa equipe de apoio
básicas da educação como ler, escrever educação integral dos alunos, uma capacidade altamente procurada
e realizar contas. ensinando-os desde cedo o respeito ao por diversos empregadores e
próximo e a vida em comunidade. fundamental para profissionais de
diversas áreas de atuação.

No caso dos ensinos médio e superior,


Independentemente do tamanho da o aluno geralmente tem vários
escola, reunir uma boa equipe de apoio professores. Sendo assim, é
é essencial. Portanto, conte com importante definir uma “pessoa
pessoas qualificadas e experientes, seja indicadora” que seja responsável por
um professor ou funcionário de apoio ser uma espécie de “termômetro” para
dentro da sala de aula. que a equipe psicopedagógica atue de
forma mais direcionada.
Atividades para
confeccionar coletivamente
Agradecimentos !

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