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Alterações respiratórias

decorrentes do exercício
Função do aparelho respiratório
 Prover troca gasosa entre o ambiente externo e o
corpo.
 Importante na regulação do equilíbrio ácido –
básico.
 Os pulmões permitem um sistema de permuta
gasosa.
 O oxigênio é transferido do ar alveolar para dentro
do sangue dos capilares alveolares, e o dióxido de
carbono no sangue é transferido para os alvéolos, de
onde fluirá para o meio ambiente.
(MCARDLE,KATCH,KATCH,2003)
Constituição do sistema pulmonar
 Formado por um grupo de
passagens de ar que filtram e
transportam o ar para os
pulmões.
 As trocas gasosas ocorrem
dentro dos pulmões em
pequenos sacos denominados
alvéolos. Estes são sacos
membranosos e elásticos com
paredes finas, com cerca de
0,3mm de diâmetro, existindo
cerca de 300 milhões de
alvéolos nos pulmões.
(MCARDLE,KATCH,KATCH,
2003)
Mecânica respiratória
 Inspiração: diafragma é o
principal músculo
respiratório. O ar entra no
aparelho respiratório em
decorrência da redução da
pressão intrapulmonar
abaixo da pressão
atmosférica.
 Expiração: passiva e
realizada pelo reto
abdominal e oblíquos
internos.
 Inspiração: diafragma desce,
costelas elevam, já na
Expiração: diafragma sobe e
as costelas descem.
Ventilação pulmonar
 Inspiração: diafragma contrai, desce, aumentando o volume da
cavidade torácica, queda na pressão intrapulmonar, para níveis
ligeiramente inferiores a da pressão atmosférica.
Na inspiração os pulmões são insuflados ( ar aspirado), em
indivíduos sadios: pressões máximas de cerca de 80 a
140mmHg.
A inspiração termina quando a expansão da cavidade torácica
cessa, acarretando um aumento da pressão intrapulmonar até
igualar-se a pressão atmosférica.
Durante o exercício movimentos altamente eficientes do
diafragma, gradil costal ( costelas e esterno ), músculos
abdominais proporcionam uma inspiração e expiração
adequada ao esforço físico.
(MCARDLE,KATCH,KATCH,2003)
Ventilação pulmonar
 Quantidade de gás que
se move para dentro dos
pulmões.
 A quantidade de gás
movido por minuto é o
produto do volume
corrente multiplicado
pela frequência
respiratória.
Volumes pulmonares
 São mensurados através da
espirometria.
 Capacidade vital: é a
quantidade máxima de gás
que pode ser expirado
após uma inspiração
máxima.
 Volume residual é a
quantidade de gás que
permanece nos pulmões
após uma expiração
máxima.
Difusão
 Nos pulmões o gás se move pela
interface sangue-gás em decorrência
da simples difusão.
 A taxa de difusão é descrita pela lei
de Fick:
que diz que o volume de gás que se
move por um tecido é proporcional à
área de difusão e à diferença de
pressão parcial através da membrana
e inversamente proporcional à
espessura da membrana.
Difusão
 A troca gasosa eficaz entre o sangue e os
pulmões exige uma coordenação adequada
entre o fluxo sanguíneo e a ventilação.
(ventilação –perfusão)
 Na circulação pulmonar é observado um
sistema de baixa pressão com uma taxa de
fluxo sanguíneo igual a circulação sistêmica.
 Na posição ortostática , a maioria
do fluxo sanguíneo aos pulmões é
distribuída às bases pulmonares em
razão da força gravitacional.
 Mais de 99% do oxigênio
transportado no sangue estão
ligados a hemoglobina.
 O aumento da temperatura corporal
e a redução do pH sanguíneo
acarretam uma redução da afinidade
da hemoglobina pelo oxigênio.
Constituição pulmonar
 O aumento da
ventilação pulmonar
produz a eliminação do
CO2 adicional, redução
da PCO2 do sangue e da
concentração de íon
hidrogênio.
Adaptações decorrentes do exercício
 No início do exercício submáximo de carga
constante, a ventilação aumenta rapidamente
sendo seguida por um aumento mais lento até
atingir um valor estável.
 A PO2 e a PCO2 arteriais são mantidas
relativamente constantes durante esse tipo de
exercício.
O GRANDE DESAFIO
 O consumo de O2 aumenta
rapidamente durante o
O2 exercício e atinge um estado
estável em um período de 1
a 4 minutos

 No período de estado
estável ocorre predomínio
O2 das vias metabólicas
aeróbicas (com O2)
 Até 4 minutos ocorre
então predomínio das
Sem vias metabólicas de
produção de ATP de
forma anaeróbica (sem
O2)
 ATP-CP
 GLICÓLISE
ANAERÓBICA
(GLICOSE – PIRUVATO
OU LACTATO)
 Durante o exercício prolongado num ambiente
quente e úmido, a ventilação se desvia para
cima e em razão do aumento da temperatura
corporal sobre o centro de controle.
 O exercício progressivo resulta num aumento
linear da ventilação até aproximadamente 50 a
70% do VO2máx. Em taxas de trabalho
superiores, a ventilação pulmonar começa a
aumentar exponencialmente.
Controle respiratório
 O centro de controle
respiratório é o bulbo.
 Em repouso, o padrão
respiratório normal é
determinado pelo disparo
intrínseco dos neurônios
inspiratórios.
 Centros localizados na ponte
são responsáveis pela
profundidade da respiração,
atuando como interruptor dos
neurônios inspiratórios.
 O estímulo ao centro respiratório para
aumentar a ventilação pode ser originado de
fontes nervosas ou humorais.
 Estímulo nervoso: pode vir dos centros
cerebrais superiores ou se originam de
receptores presentes nos músculos em
exercício.
 O estímulo humoral pode ser proveniente de
quimiorreceptores centrais ou periféricos.
 Os receptores pulmonares de CO2 também
tem papel de destaque.
 Os receptores químicos centrais são sensíveis a
aumentos da PCO2 e às diminuições do pH,
enquanto os periféricos são sensíveis a
alterações da PCO2 e diminuições da PO2 ou
do ph.
O trato respiratório durante o
exercício em um clima frio
 Para o aquecimento do ar inspirado nas vias aéreas, necessita-
se de uma capacidade maior de conter umidade, produzindo
perda considerável de água;
 As passagens respiratórias perdem água, e perdem calor , desta
forma principalmente durante o exercício intenso no frio, a
perda de líquido pelas vias aéreas provoca uma desidratação
global, boca seca, queimação na garganta, irritação
generalizada nas passagens ventilatórias, podendo provocar
desconforto e tosse.
 Para tal pode-se utilizar: cachecol, balaclava (de celulose tipo
máscara que cobre o nariz e a boca ), esta última portanto
aprisiona a água contida no ar expirado, umedecendo portanto
e aquecendo o ar contido na próxima incursão respiratória.
(MCARDLE,KATCH,KATCH,2003)
Variações dos padrões respiratórios
normais
 Hiperventilação:
- Aumento da ventilação pulmonar;
- Ultrapassa as necessidades de oxigênio do metabolismo;
- Reduz rapidamente a concentração alveolar normal de dióxido
de carbono, fazendo com que um excesso desse gás deixe os
líquidos corporais, através do ar expirado;
- Com isso ocorre uma redução de íons Hidrogênio, elevando o
pH plasmático;
- Pode-se observar como sintoma vertigem, hiperventilação
prolongada pode resultar em inconsciência em virtude de
“descarga” excessiva de dióxido de carbono.
(MCARDLE,KATCH,KATCH,2003)
Conclusão
 O sistema respiratório
geralmente não é
considerado um fator
limitante durante o exercício
submáximo prolongado.
 Os pulmões não são
considerados limitadores do
desempenho nos indivíduos
jovens saudáveis no
exercício de alta intensidade
ao nível do mar.
 No entanto o atleta de endurance de elite que
apresenta hipóxia induzida pelo exercício é um
exemplo de quando o sistema pulmonar não
acompanha a necessidade de oxigênio do
organismo.

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