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Psicologia (do grego Ψυχολογία, transl. psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique, "alma",
"mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo") "é a ciência que estuda o
comportamento (tudo o que um organismo faz) e os processos mentais (experiências
subjetivas inferidas através do comportamento)".[1] O principal foco da psicologia se
encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para
fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um
papel importante (veja também etologia).
Paralela à psicologia científica aqui tratada existe também uma psicologia do senso
comum ou quotidiana, que é o sistema de convicções transmitido culturalmente que cada
indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e
pensam. A psicologia usa em parte o mesmo vocabulário, que adquire assim significados
diversos de acordo com o contexto em que é usado.[2] Assim, termos como
"personalidade" ou "depressão" têm significados diferentes na linguagem psicológica e na
linguagem quotidiana. A própria palavra "psicologia" é muitas vezes usada na linguagem
comum como sinônimo de psicoterapia e, como esta, é muitas vezes confundida com a
psicanálise ou mesmo a análise do comportamento.
O termo parapsicologia, ligado ao vocábulo paranormal, não se refere a um conceito ou a
uma disciplina da Psicologia; trata-se de um campo de estudo não reconhecido pela
comunidade científica.
Introdução
Definição
A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos
indivíduos (psiquismo), cabe agora definir tais termos[3]:
• Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do
método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento
objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia
desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a
antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais
recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.
• Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que,
mesmo ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção - ao
contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto.
Perspectivas históricas
"A psicologia possui um longo passado, mas uma história curta".[5] Com essa frase
descreveu Herrmann Ebbinghaus, um dos primeiros psicólogos experimentais, a situação
da psicologia - tanto em 1908, quando ele a escreveu, como hoje: desde a Antiguidade
pensadores, filósofos e teólogos de várias regiões e culturas dedicaram-se a questões
relativas à natureza humana - a percepção, a consciência, a loucura. Apesar de teorias
"psicológicas" fazerem parte de muitas tradições orientais, a psicologia enquanto ciência
tem suas primeiras raízes nos filósofos gregos, mas só se separou da filosofia no final do
século XIX.
O primeiro laboratório psicológico foi fundado pelo fisiólogo alemão Wilhelm Wundt em
1879 em Leipzig, na Alemanha. Seu interesse se havia transferido do funcionamento do
corpo humano para os processos mais elementares de percepção e a velocidade dos
processos mentais mais simples. O seu laboratório formou a primeira geração de
psicólogos. Alunos de Wundt propagaram a nova ciência e fundaram vários laboratórios
similares pela Europa e os Estados Unidos. Edward Titchener foi um importante divulgador
do trabalho de Wundt nos Estados Unidos. Mas uma outra perspectiva se delineava: o
médico e filósofo americano William James propôs em seu livro The Principles of
Psychology (1890) - para muitos a obra mais significativa da literatura psicológica - uma
nova abordagem mais centrada na função da mente humana do que na sua estrutura.
Nessa época era a psicologia já uma ciência estabelecida e até 1900 já contava com mais
de 40 laboratórios na América do Norte[3]
O estruturalismo
Em seu laboratório Wundt dedicou-se a criar uma base verdadeiramente científica para a
nova ciência. Assim realizava experimentos para levantar dados sistemáticos e objetivos
que poderiam ser replicados por outros pesquisadores. Para poder permanecer fiel a seu
ideal científico, Wundt se dedicou principalmente ao estudo de reações simples a
estímulos realizados sob condições controladas. Seu método de trabalho seria chamado
de estruturalismo por Edward Titchener, que o divulgou nos Estados Unidos. Seu objeto de
estudo era a estrutura consciente da mente e do comportamento, sobretudo as
sensações. Um dos métodos usados por Titchener era a introspecção: nela o indivíduo
explora sistematicamente seus próprios pensamentos e sensações a fim de ganhar
informações sobre determinadas experiências sensoriais. A tônica do trabalho era assim
antes compreender o que é a mente, do os como e porquês de seu funcionamento. As
principais críticas levantadas contra o Estruturalismo foram:
Funcionalismo
Perspectivas atuais
Segue uma descrição sucinta das principais correntes de pensamento que influenciam a
moderna psicologia. Para maiores informações ver os artigos principais indicados e ainda
psicoterapia.
A perspectiva biológica
A perspectiva psicodinâmica
A perspectiva comportamentista
A perspectiva humanista
Em reação às limitações das correntes comportamentista e psicodinâmica surgiu nos anos
50 do século XX a perspectiva humanista, que vê o homem não como um ser controlado
tanto por pulsões interiores quanto pelo ambiente, mas ainda assim como um ser ativo,
que busca seu próprio crescimento e desenvolvimento. A principal fonte de conhecimento
do humanismo psicológico é o estudo biográfico, com o fim de descobrir como essa
pessoa vivencia sue existência, ao contrário do comportamentismo, que dava mais valor à
observação externa. A perspectiva humanista procura assim um acesso holístico para o
ser humano, está intimamente relacionada à fenomenologia e exerceu grande influência
sobre a psicoterapia[3].
A perspectiva cognitiva
A "virada cognitiva" foi uma reação às limitações do comportamentismo, que afirmava ser
impossível estudar os processos mentais e se concentrava somente no comportamento. O
foco central desta perspectiva é o pensar humano e todos os processos baseados no
conhecimento - atenção, memória, compreensão, recordação, tomada de decisão,
linguagem etc. A perspectiva cognitiva se dedica assim à compreensão dos processos
cognitivos que influenciam o comportamento - a capacidade do indivíduo de imaginar
alternativas antes de se tomar uma decisão, de descobrir novos caminhos a partir de
experiências passadas, de criar imagens mentais do mundo que o cerca - e à influência do
comportamento sobre os processos cognitivos - como o modo de pensar se modifica de
acordo com o comportamento e suas consequências. Típico desta perspectiva é o uso
sistemático de experimentos científicos e sua proximidade com as ciências da informação
e da computação[3].
A perspectiva evolucionista
A perspectiva sociocultural
Para ser capaz de ver o homem sob tantos e tão distintos aspectos a psicologia se vê na
necessidade de complementar seu conhecimento com o saber de outras ciências e áreas
do conhecimento. Assim, na parte da pesquisa teórica, a psicologia se encontra (ou
deveria se encontrar) em constante contato com a fisiologia, a biologia, a etologia, a
neurologia e às neurociências (ligadas aos fatores biológicos) e à antropologia, à
sociologia, à etnologia, à história, à arqueologia, à filosofia, à metafísica, à linguística à
informática, à teologia e muitas outras ligadas aos fatores socioculturais.
No trabalho prático a necessidade de interdisciplinaridade não é menor. O psicólogo, de
acordo com a área de trabalho, trabalha sempre em equipes com os mais diferentes
grupos profissionais: assistentes sociais e terapeutas ocupacionais; funcionários do
sistema jurídico; médicos, enfermeiros e outros agentes de saúde; pedagogos;
fisioterapeutas, fonoaudiólogos e muitos outros - e muitas vezes as diferentes áreas
trazem à tona novos aspectos a serem considerados. Um importante exemplo desse
trabalho interdisciplinar são os comitês de Bioética, formados por diferentes profissionais -
psicólogos, médicos, enfermeiros, advogados, fisioterapeutas, físicos, teólogos,
pedagogos, farmacêuticos, engenheiros, terapeutas ocupacionais e pessoas da
comunidade onde o comitê está inserido, e que têm por função decidir aspectos
importantes sobre pesquisa e tratamento médico, psicológico, entre outros.
Crítica
O status científico
Ver também
Referências
1. ↑ "Psychologie ist die Wissenschaft vom Verhalten (alles, was ein Organismus
macht) und von den mentalen Prozessen (subjektive Erfahrungen, die wir aus dem
Verhalten erschließen)". Myers (2008), p.8.
2. ↑ Asendorpf (2004), p.2
3. ↑ a b c d e f g h i j k l m Zimbardo & Gerrig (2004), p.3-5; 5-8; 10-17.
4. ↑ Luria, 1979
5. ↑ "Die Psychologie besitzt eine lange Vergangenheit aber nur eine kurze
Geschichte". Citado por Zimbardo & Gerrig (2004), p. 10.
6. ↑ Myers (2008), p.11-12
7. ↑ Cohen, J. (1994). The Earth is round, p.05. American Psychologist, 49.
8. ↑ Elliot, Robert. (1998). Editor's Introduction: A Guide to the Empirically Supported
Treatments Controversy. Psychotherapy Research, 8(2), 115.
9. ↑ Beyerstein, B. L. (2001). Fringe psychotherapies: The public at risk. The Scientific
Re-view of Alternative Medicine, 5, 70–79
10.↑ "A wide variety of unvalidated and sometimes harmful psychotherapeutic
methods, including facilitated communication for infantile autism (…), suggestive
techniques for memory recovery (e.g., hypnotic age-regression, guided imagery,
body work), energy therapies (e.g., Thought Field Therapy, Emotional Freedom
Technique…), and New Age therapies of seemingly endless stripes (e.g., rebirthing,
reparenting, past-life regression, Primal Scream therapy, neurolinguistic
programming, alien abduction therapy, angel therapy) have either emerged or
maintained their popularity in recent decades." SRMHP: Our Raison d’Être. Página
visitada em 2009-09-16.
11.↑ Neuringer, A.:"Melioration and Self-Experimentation" Journal of the Experimental
Analysis of Behavior http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?
artid=1348111
Bibliografia
• Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit (3. Aufl.). Berlin: Springer.
ISBN 978-3-540-71684-6
• Myers, David G. (2008). Psychologie. Heidelberg: Springer. ISBN 978-3-540-79032-7
(Original: Myers (2007). Psychology, 8th Ed. New York: Worth Publishers.)
• Zimbardo, Philip G. & Gerrig, Richard J. (2005). A psicologia e a vida. Artmed. ISBN
85-363-0311-5 (No artigo citado do alemãõ (2004)Psychologie. München: Pearson.
ISBN 3-8273-7056-6; Original: (2002). Psychology and Life. Boston: Allyn and
Bacon.)
Ligações externas
As diferentes áreas da psicologia não indicam tanto áreas temáticas separadas, mas antes
perpectivas de pesquisa. Assim um mesmo tema - por exemplo medo - pode ser estudado
de diferentes perspectivas por pesquisadores das diferentes áreas.
Além disso, fazem parte da formação do psicólogo um profundo conhecimento de
metodologia científica e de história da psicologia.
Áreas de atuação
Outras áreas de atuação da Psicologia são: (Para maiores detalhes ver o verbete
Psicologia Aplicada):
• Psicologia ambiental
• Psicologia comparada
• Psicologia clínica
• Psicologia comunitária
• Psicologia da moda
• Psicologia da saúde
• Psicologia dos grupos
• Psicologia social
• Psicologia cultural-histórica
• Psicologia e antropologia
• Psicologia econômica
• Psicologia educacional
• Psicologia esportiva
• Psicologia experimental
• Psicologia forense
• Psicologia hospitalar
• Psicologia industrial
• Psicologia integral
• Psicologia jurídica
• Psicologia no serviço público de saúde
• Psicologia e toxicomanias
Referências
Psicometria (Psicologia)
Psicometria (do grego psyké, alma e metron, medida, medição) é uma área da Psicologia
que faz a ponte entre as ciências exatas, principalmente a matemática aplicada - a
Estatística e a Psicologia. Sua definição consite no conjunto de técnicas utilizadas para
mensurar, de forma adequada e comprovada experimentalmente, um conjunto ou uma
gama de comportamentos que se deseja conhecer melhor.
O Psicólogo psicometrista possui, em seu espectro atuacional, características para levar a
cabo a definição desta área, bem como para manusear os testes psicológicos de acordo
com alguns critérios básicos. Estes são: Validade, Fidedignidade e Padronização. Qualquer
teste que se preste à validação e, posteriormente ao uso, deve ser fruto de pesquisas
nessa área.
Ver também
• Psicologia
• Neuropsicologia
• Psicodiagnóstico
• Personalidade
• Quociente de inteligência
• Teste de Rorschach
• Teste palográfico
• Teste Gestáltico Visomotor
• Teste de Wartegg
• Mini-Mental (es.)
• Teste do desenho da Figura Humana (en.)
Referências
Bibliografia
Ligações externas
http://www.psych.umn.edu/areas/psychometric/index.htm
http://www.geocities.com/bororissa/psycho.html
http://www.apa.org
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicometria_(Psicologia)"
Categoria: Psicologia
Neuropsicologia
A neuropsicologia é uma interface ou aplicação da psicologia e da neurologia, que
estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano, contudo praticamente
dedica-se a investigar como diferentes lesões causam déficits em diversas áreas da
cognição humana ou tal como denominado pelos primeiros estudos nesse campo estuda
as funções mentais superiores, deixando áreas como agressividade, sexualidade para
abordagens mais integrativas da fisiologia e biologia (neurobiologia, neurofisiologia,
psicofisiologia, psicobiologia) ou melhor da neurociência. Entre as principais contribuições
desse ramo do conhecimento estão os resultados de pesquisas científicas para elaborar
intervenções em casos de lesão cerebral quando se verifica o comprometimento da
cognição e de alguns aspectos do comportamento. (ver deficiência mental)
Expressão utilizada pelo fisiologista russo, Ivan Pavlov, no começo do século para designar
funções do córtex especialmente linguagem e atividade lógica racional da espécie
humana. Com o avanço da Neurofisiologia aos pouco veio se descobrindo que muitas das
funções requeridas para a actividade racional não dependia exclusivamente desta região
e sim do funcionamento do cérebro compreendido como um todo, não podendo, portanto
limitar-se à ação específica e localizada de alguns conjuntos de células como retina e
alguns neurônios do córtex visual próprios para percepção da luz.
Alexander Luria, um importante neurofisiologista da Universidade de Moscou dando
continuidade ao trabalho de Pavlov a luz das novas descobertas identifica três sistemas
ou unidades funcionais:
• Unidade para regular o sono e vigília
• Unidade obter processar e armazenar informações
• Unidade para programar regular e verificar a atividade mental
A grosso modo, algumas localizações e funções parecem estar contidas nesses distintos
subconjuntos os diversos estados fásicos que caracterizam o coma, o sono e a consciência
humana; Os mecanismos da atenção e memória onde destacam-se as funções do sistema
reticular ativador e hipocampo e finalmente o próprio córtex frontal, sensorial e “engines”
responsáveis Inteligências Múltiplas
Exame neuropsicológico
Essencialmente não difere dos métodos desenvolvidos pela psicometria desde as origens
da psicologia a não ser quanto a especificidade de seu objeto, como já referido, e por
estabelecer conexões entre as funções avaliadas e a neurofisiologia. A proposição é
portanto:
Avaliar, identificar e detectar a integridade das funções nervosas superiores (mentais)
Atenção, Consciência, Memória, Linguagem e Cognição (principalmente através do exame
de processos lógicos e linguagem).
Atenção
Consciência
Memória
Linguagem
o Alterações do Hemisfério Esquerdo'
No hemisfério esquerdo situa-se as zonas da linguagem 90% dos casos) Lobos Temporal -
Parietal (sensorial)
Para Luria a Unidade de receber analisar e armazenar informações (córtex ocipital,
auditivo e linguagem.
Na criança avaliar relação: Linguagem - Pensamento
Fases da aquisição:
Lobos Parietal - Temporal - Ocipital Coordenação viso – motora Destreza visual motora -
rapidez exatidão da atenção visual percepção espaço temporal - localização visualização
espacial ritmo / força * - inteligência corporal cinestésica
Legislação Brasileira
Ligações externas
Etologia
As Quatro Questões
Os etólogos caracterizam-se por uma posição metodológica que gira em torno das quatro
questões de Tinbergen. Este, em 1963, propôs que em primeiro lugar deve-se observar e
descrever o comportamento; posteriormente, uma análise completa do comportamento
deve ser feita com bases nas análises causal, ontogenética, filogenética e funcional. A
análise causal é feita através do estabelecimento de uma relação entre um determinado
comportamento com uma condição antecedente, sendo estudados os estímulos externos
responsáveis pelo comportamento e os mecanismos motivacionais internos. A análise
ontogenética envolve uma relação do comportamento com o tempo, estando o interesse
voltado para o processo de diferenciação e de integração dos padrões comportamentais
no curso do desenvolvimento de um indivíduo jovem. A análise filogenética, por sua vez,
estuda a história do comportamento no curso da evolução da espécie. Por último, a
análise funcional estabelece uma relação entre um determinado comportamento e
mudanças que ocorrem no ambiente circundante ou dentro do próprio indivíduo. Pensa-se
em que vantagens seletivas um dado comportamento confere a um animal, como pode
afetar as chances de sobrevivência e reprodução de um animal, fornecendo assim
material para a seleção natural. A peculiaridade da metodologia etológica é a
preocupação com questões de função, adaptação e filogênese, que mesmo quando não
são o foco principal de estudo se refletem na maneira como é conduzida a análise de
questões causais ou ontogenéticas.
A estampagem inter-específica entre cisnes e patos são conhecidas por todos graças ao
conto de fadas O patinho feio
Contribuição teórico-conceitual
Referências bibliográficas
• BOWLBY, John (1982) Formação e rompimento de laços afetivos. SP: Martins Fontes
– Abordagem etológica da pesquisa sobre desenvolvimento infantil, pp. 23-40.
• BOWLBY, John. Trilogia Apego, Separação e Perda. Volumes I, II e III. São Paulo.
Martins Fontes 1990.
• BUSSAB, V. S. R; OTTA, E; GUERRA, R.F.(1991) Introdução à Etologia. In: XXI
Reunião Anual de Psicologia de Ribeirão Preto, 1991, Ribeirão Preto. Anais da XXI
Reunião Anual de Psicologia de Ribeirão Preto, 1991, pp. 378-382.
• CARVALHO, A.M.A. (1989) O lugar do biólogico na Psicologia: o ponto de vista da
Etologia. Biotemas, 2(2): pp. 81-92.
• CARVALHO, A.M.A (1998) Etologia e Comportamento Social. Em: Psicologia,
reflexões (im)pertinentes, Casa do Psicólogo, pp. 195-202.
• EIBL-EIBESFELDT, Irenaus - "Etologia - Introducion al Estudio Comparado del
Comportamiento". Barcelona, Omega, 1974.
• HINDE, Robert A. - "Bases Biologicas de la Conducta Social Humana" Ilust. de
Priscilla Edwards . Mexico, Siglo XXI, 1977.
• JONES, N. Blurton. Estudos etológicos do comportamento da criança. SP, Pioneira,
1981
• OTTA, E. (1989) . A importância da Etologia para a Psicologia. In: 3º Encontro
Paranaense de Psicologia, 1989, Londrina. Anais do 3º Encontro Paranaense de
Psicologia, 1989. v. 3. p. 77-81.
• SANTOS, António J. Psicobiologia e Etologia do Desenvolvimento Humano.
Congresso Internacional, Interfaces em Psicologia, Universidade de Évora.
Disponível em: http://www.ispa.pt/resources/contents/CII/Files/Linha8/projectos.pdf
Acesso em: 26 jun 2005.
[Ver também
O Wikimedia Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre
Etologia
• Jane Goodall
• António Bracinha Vieira
• Konrad Lorenz
• John Bowlby
• Desmond Morris, autor de O macaco nu
• Richard Dawkins
Ligações externas
Referências
Bibliografia
Psicanálise
Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psicologia desenvolvido por
Sigmund Freud, médico neurologista vienense nascido em 1856 que se propõe à
compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente e
abrange três áreas:
Conceituação
Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século XX,
tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.
As principais dissensões que passou o criador da psicanálise foram C. G. Jung e Alfred
Adler, que participavam da expansão da psicanálise no começo do século XX. C. G. Jung,
inclusive, foi o primeiro presidente do Instituto Internacional de Psicanálise (IPA), antes de
sua renúncia ao cargo e a seguidor das idéias de Freud. Outras dissidências importantes
foram Otto Rank, Erich Fromm. No entanto, a partir da teoria psicanalítica de Freud,
fundou-se uma tradição de pesquisas envolvendo a psicoterapia, o inconsciente e o
desenvolvimento da práxis clínica, com uma abordagem puramente psicológica.
Desenvolvimentos como a psicoterapia humanista/existencial, psicoterapia reichiana,
dentre diversas e tantas terapias existentes, foram, sem dúvida, influenciadas pela
tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma visão particular para os conteúdos
da psicologia clínica.
O método de interpretar os pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais
através de um diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação
trazida por Freud. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e tinham
um apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangrias e outros métodos antigos
no combate às doenças mentais.
Sua contribuição para a Medicina, Psicologia, e outras áreas do conhecimento humano
(arte, literatura, sociologia, antropologia, entre outras) é inegável. O verdadeiro choque
moral provocado pelas ideias de Freud serviu para que a humanidade rompesse, ou pelo
menos repensasse muito de seus tabus e preconceitos na compreensão da sexualidade, e
atingisse um maior grau de refinamento e profundidade na busca das verdades psíquicas
do ser humano.
Na atualidade, a Psicanálise já não se limita à prática e tem uma amplitude maior de
pesquisa, centrada em outros temas e cenários, desenvolvendo-se como uma ciência
psicológica autônoma. Hoje fica muito difícil afirmar se a Psicanálise é uma disciplina da
Psicologia ou uma Psicologia própria.
Após Freud, muitos outros psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento e
importância da psicanálise. Entre alguns, podemos citar Melanie Klein, Winnicott, Bion e
André Green. No entanto, a principal virada no seio da psicanálise, que conciliou ao
mesmo tempo a inovação e a proposta de um "retorno a Freud" veio com o psicanalista
francês Jacques Lacan. A partir daí outros importantes autores surgiram e convivem em
nosso tempo, como Françoise Dolto, Serge André, J-D Nasio e Jacques-Alain Miller.
Ver também
• Teoria psicanalítica
• Neuroses
• Psicoses
• Perversões
• Transtornos Alimentares
• Toxicomanias
• Alucinação
• Histeria
• Depressão
• Ansiedade
• Fantasia
• Sexualidade humana / Libido
• Incesto / Amor
• Édipo / Édipo Rei
• Complexo de Édipo
• Gradiva de Jensen
• Semiótica psicanalítica
• Antropologia e psicanálise
Autores importantes
Bibliografia
Strachey, James (Ed.) Sigmund Freud, edição standard brasileira das obras de sigmund
Freud 24 V. RJ, Imago, 1996
Etchegoyen, R. Horacio : Fundamentos da Técnica Psicanalítica - 2ª Edição, Editora:
Artmed, 2004, ISBN 85-363-0206-2
Goodwin, C James. História da psicologia moderna. SP, Cultrix, 2005
Hothersall, D. História da psicologia moderna. SP, McGraw-Hill, 2006
Ligações externas
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Psican%C3%A1lise"
Categorias: Psicologia | Psicanálise
Psicoterapia
O termo psicoterapia (do grego psykhē - psique, alma, mente, e therapeuein - cuidar,
curar; primeira referência ca. 1890) refere-se às intervenções psicológicas que buscam
melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento de seus
sistemas interpessoais (família, relacionamentos etc.). Como todas as formas de
intervenção da psicologia clínica, a psicoterapia:
• utiliza meios psicológicos para atigir um fim específico (a cura ou diminuição do
sofrimento, estresse ou incapacidade do paciente, geralmente causado por um
transtorno mental),
• baseia-se no corpo teórico da psicologia e
• é praticada por pessoal especializado (o psicoterapeuta ou psicólogo clínico)
• em um determinado contexto formal (individual, em casal, com a presença de
familiares, em grupo - de acordo com a indicação).[1]
Efetividade da psicoterapia
O funcionamento da psicoterapia
Uma vez confirmado o efeito positivo da psicoterapia sobre a saúde mental dos pacientes,
a pesquisa empírica começou a voltar sua atenção a uma pergunta muito mais difícil de
ser respondida: como, com que mecanismos, é que ela funciona?
Fases da terapia
Ainda sob um ponto de vista geral, ou seja, comum a todas as escolas psicoterapêuticas,
os efeitos da psicoterapia podem ser analisados sob dois aspectos:[1]
Tanto os micro- como os macro efeitos se podem dar em três níveis: (1) melhora do bem-
estar, (2) modificação dos sintomas e (3) modificação da estrutura da personalidade.
Mudanças na estrutura da personalidade só são possíveis depois de uma melhora do bem-
estar e dos sintomas.[8]
Tipos de psicoterapia
Ver também psicanálise e psicoterapia analítica;ou ainda Sigmund Freud, Anna Freud,
Melanie Klein, Lacan, Bion, Winnicott, Carl G. Jung, Alfred Adler, Erik Erikson
Abordagens transteóricas
Importante é notar que ainda não existe uma teoria geral que abarque todas as formas de
psicoterapia. A moderna psicoterapia é um sistema aberto que tem ainda muito a se
desenvolver por meio da pesquisa científica. Um importante papel na pesquisa atual
desempenham os tratamentos voltados para transtornos específicos e não terapias
genéricas.[1]
Indicação
Indicação designa o conjunto de sintomas e sinais que mostram qual tipo intervenção é
mais apropriada em
um determinado caso. A pricipal indicação para uma psicoterapia é um transtorno mental.
Mas não só. Uma psicoterapia pode ser indicada também em situações em que o indivíduo
está instisfeito com a própria forma de vida, em que ele precisa tomar decisões difíceis e
não sabe como, em situações em que a pessoa não vê sentido naquilo que faz, etc.[13]
Uma outra questão de indicação que hoje em dia recebe muito pouca atenção é o da
forma de psicoterapia.[5] Como foi tratado mais acima, cada tipo de psicoterapia trabalha
de modo mais acentuado com um dos mecanismos de mudança (mesmo que os outros
mecanismos sempre estejam presentes de maneira mais sutil). No entanto a decisão a
respeito do tipo de psicoterapia a ser realizado não costuma ser feita a partir do estado do
paciente ou de outras formas de indicação, mas simplesmente pelo tipo de formação do
terapêuta. Um dos maiores problemas da divisão da psicoterapia em escolas distintas e
antagônicas é exatamente que a formação dos psicoterapêutas é limitada a um tipo de
terapia, a um mecanismo de mudança, o que impede que ao paciente seja oferecida toda
a gama possível de formas de trabalho psicoterapêutico - para que então se possa
escolher, com base em critérios diagnósticos, qual a forma mais indicada para o caso
individual. Essa importante questão exige principalmente uma reestruturação da
formação dos psicoterapêutas e está atualmente no centro das discussões sobre as
diferentes formas de psicoterapia.
Referências
Bibliografia
• Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit (3. Aufl.). Berlin: Springer.
ISBN 978-3-540-71684-6
• Grawe, Klaus; Donati, Ruth & Bernauer, Friederike (1997). Psychotherapy in
Transition: From Speculation to Science. Göttingen: Hogrefe. ISBN 0-88937-149-0
(Original: Grawe et. al., 1994. Psychotherapie im Wandel. Von der Konfession zu der
Profession. Göttingen: Hogrefe.)
• Grawe, Klaus (1998). Psychologische Therapie. Göttingen: Hogrefe. ISBN 3-8017-
0978-7
• Sachse, Rainer (2003). Klärungsorientierte Psychotherapie. Göttingen: Hogrefe.
ISBN 3-8017-1643-0
• Leahy, Robert L. (2007). Techniken kognitiver Therapie: ein Handbuch für Praktiker.
Paderborn: Junfermann. ISBN 978-3-87387-661-3 (Original: Leahy, R. L. (2003).
Cognitive therapy techniques - A practioner's guide. New York: Guilford
Publications. ISBN 1-57230-905-9)
• Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Lehrbuch klinische Psychologie -
Psychotherapie. Bern: Huber. ISBN 3-456-84241-4
• Sachse, Rainer (2005). Von der Gesprächspsychotherapie zur Klärungsorientierten
Psychotherapie: Kritik und Weiterentwicklung eines Therapiekonzeptes. Lengerich:
Pabst Science Publ. ISBN 3-89967-212-7
Ligações externas
Física e Psicologia
Física e Psicologia é a denominação de uma linha de pesquisa de caráter interdisciplinar
relacionada à natureza da realidade nos seus aspectos ontológicos e epistemológicos.
Entre os principais temas de pesquisa associados estão a energia física e psíquica, a
causalidade, a sincronicidade e a temporalidade. Esta linha de pesquisa está
estreitamente ligada à Psicologia Analítica desde que o médico psicoterapeuta Carl
Gustav Jung iniciou diálogo científico com o físico quântico Wolfgang Pauli, na primeira
metade do século XX. Alguns dos principais escritores contemporâneos desta linha de
pesquisa são Ken Wilber, Stanislav Grof e Pierre Weil, pelo viés da Psicologia
Transpessoal, e Carlos Antonio Fragoso Guimarães e João Bernardes da Rocha Filho, pelo
viés da Psicologia Analítica. Cursos de especialização em Psicologia Transpessoal e
Psicologia Analítica costumam incluir uma disciplina específica desta linha de pesquisa,
como por exemplo os cursos da ALUBRAT - Associação Luso-Brasileira de Transpessoal, da
SSRMP - Sociedade Sul-Riograndense de Psicossomática, e do Instituto Prometheus de
Maringá - Paraná. Além disto, a UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense,
oferece um curso de graduação em Psicologia que inclui disciplinas desta linha.
Bibliografia Consultada:
Guimarães, Carlos Antônio Fragoso. Carl Gustav Jung e os Fenômenos Psíquicos. São
Paulo: Madras, 2004, 1a ed.
Rocha Filho, João Bernardes da. Física e Psicologia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, 4a
ed. (disponível gratuitamente no Google Books)
Psicologia analítica
Psicologia Analítica, também conhecida como Psicologia Junguiana ou Psicologia
Complexa, é um ramo de conhecimento e prática da Psicologia, iniciado por Carl Gustav
Jung o qual se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por uma noção mais alargada
da libido e pela introdução do conceito de inconsciente coletivo.
Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das
memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema passado de geração
em geração, vivo em constante atividade, contendo todo o esquecido e também
neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente
coletivo que propõe não é, apesar das incessantes incompreensões de seus críticos,
composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização
do psiquismo (comparáveis às condições a priori da experiência, de Kant).
A psicologia analítica foi desenvolvida com base na experiência psiquiátrica de Jung, nos
estudos de Freud e no amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia, da
mitologia e do estudo comparado da história das religiões, e as quais ele veio a
compreender como autorepresentações de processos psíquicos inconscientes.
Quando Jung conheceu a obra de Freud, identificou-se com grande parte de suas idéias
logo quis conhecê-lo. Ao se conhecerem, a admiração foi mútua, pois Freud rapidamente
recebeu o jovem como seu colaborador e um dos defensores de suas idéias. Devemos
lembrar que Freud enfrentava grande resistência do mundo científico às suas ideias e, em
contrapartida, Jung já tinha reconhecimento no mundo acadêmico pelos seus estudos com
associações de palavras que deram origem ao polígrafo e foram a base teorica
experimental para a comprovação dos complexos. Freud, em sua obra, atribui este termo
a Jung. A parceria durou pouco, pois Jung mostrava-se insatisfeito com algumas das
posições de Freud, especialmente a teoria da libido e sua relação com os traumas. Freud,
por sua vez, era ateu[carece de fontes?] e não compartilhava do interesse de Jung pelos
fenômenos espirituais como fontes válidas de estudo.
Pós-junguianos
Ligações externas
Refefências Bibliográficas
Psicologia transpessoal
A psicologia transpessoal é uma abordagem da Psicologia, considerada por Abraham
Maslow (1908-1970) como a "quarta força", sendo a primeira força o
comportamentalismo, seguida da Psicanálise, e do Humanismo.
É uma forma de sincretismo teórico, que abarca conteúdos de muitas escolas
psicológicas, como as teorias de Carl G. Jung, Maslow, Viktor Frankl, Fritjof Capra, Ken
Wilber e Stanislav Grof. Surgiu em 1967 junto aos movimentos New Age nos EUA, pelo
pensamento de Maslow, que dizia que o ser humano necessitava transcender sua Psique,
conectando-se a outras realidades, procurando pela Verdade, de forma a entender sua
existência e ajudar a si próprio.
A psicologia transpessoal tem entre seus objetos de trabalho e pesquisa os estados não
ordinários de consciência que abrangem das experiência com alucinógenos (Grof, Huxley)
aos estados místicos das tradições religiosas mundiais. Ken Wilber, um dos seus principais
teóricos, em O Espectro da Consciência propõe uma cartografia do ser que abrange do
físico ao psíquico e deste ao espírito. Assim, a psicologia transpessoal abrange o ego,
como as demais escolas de psicologia, e os estados além do ego (transpessoal). No Brasil
a psicoterapia transpessoal encontrou ressonância com a tradição espírita, e os
fenômenos mediúnicos passaram a ser estudados no contexto dos estados alterados de
consciência.
Considerando que alguns dos teóricos desta abordagem não provêm da medicina ou da
psicologia, mas sim das ciências exatas ou naturais, e que alguns fenômenos estudados
por esta abordagem tem excedido os limites da psicologia acadêmica oficial,
pesquisadores e terapeutas contemporâneos vêm denominando-a simplesmente de
Transpessoal. Essa alteração de nomenclatura representa uma ruptura da ligação
exclusiva com a psicologia, permitindo que estudiosos de outras áreas do conhecimento,
interessados nos estudos transpessoais, possam participar de estudos e pesquisas em
situação de igualdade com os médicos e psicólogos.
Como vem acontecendo com relação à psicologia analítica, também a transpessoal tem
construido um diálogo produtivo com a física moderna e contemporânea, especialmente
na busca da compreensão dos fenômenos que violam princípios energéticos e temporais
(ver Física e Psicologia). Com isso a psicologia transpessoal amplia gradualmente seu
campo de ação, e hoje pode-se encontrar educadores, biólogos, filósofos, odontólogos e
outros profissionais envolvidos em estudos e pesquisas desta abordagem.
História e Críticas
Críticas ao Behaviorismo
Maslow era um dos críticos descontentes com a atual idéia da psicologia; ele achava que o
Behavorismo, que estudava o comportamento humano através do comportamento
animal, não condizia com o estudo da mente humana, muito mais complexa, envolvendo
razão, sentimento, aprendizado superior, liberdade pessoal, livre-arbítrio, a arte e a
ciência, e também pontos negativos, e próprios do ser humano, como ódio, mágoa, e
tendência para fazer o "mal", como uma luta pelo melhor para si próprio, e também falava
da falta de definição dos comportamentos patológicos, únicos do ser humano. Críticava
também a ênfase no estudo do comportamento, em detrimento à consciência.
Vale ressaltar que essas críticas de Maslow só são válidas se aplicadas ao behaviorismo
watsoniano, os outros behaviorismo [em especial o radical, que é praticamente o único
dos dias atuais] estudam todos os fenômenos que Maslow criticou o behaviorismo de não
estudar, descaracterizando-se assim, a crítica.
Críticas à Psicanálise
Nascimento do Humanismo
Para Maslow, e Sutich, que não aceitavam mais suas próprias teorias por completo, pois
faltava o fator espiritual, e os fatores incomuns da consciência, foi um pulo até aceitar as
idéias de Stanislav Grof, que falava dos estados alterados da consciência e estruturas
diferentes, como o estado de vigília, o inconsciente freudiano e o inconsciente coletivo,
entre outros. A esta nova abordagem, nascida em 1967,foi dada o nome Transpessoal.
A mecânica quântica, a peça central da física moderna, tem sido mal-interpretada para
que implique que a mente humana controla a realidade e que o universo é um todo
conectado que não pode ser entendido pela mera redução às partes.
Entretanto, nenhum argumento ou indício decisivo requer que a mecânica quântica tenha
uma papel central na consciência humana ou que forneça conexões holísticas
instantâneas através do universo. A física moderna, incluindo a mecânica quântica,
permanece completamente materialista e reducionista na medida em que é consistente
com todas as observações científicas.
A interpretação convencional da mecânica quântica, a interpretação de Copenhague,
promulgada por Bohr e ainda mantida pela maioria dos físicos, não diz nada sobre
consciência. Ela se preocupa apenas com o que pode ser medido e que predições podem
ser feitas sobre como as distribuições estatísticas de conjuntos de medições futuras.
O comportamento aparentemente holístico e não-local dos fenômenos quânticos, pode ser
entendido sem se descartar o bom senso da noção das partículas seguindo caminhos
definidos no espaço e no tempo ou exigindo que sinais viagem mais rapidamente que a
luz.
Nenhum movimento ou sinalização superluminal foi alguma vez observado, em
concordância com o limite definido pela teoria da relatividade. Ademais, as interpretações
dos efeitos quânticos não precisam demolir a física clássica ou o bom senso para
tornarem-se inoperantes em todas as escalas – especialmente na escala macroscópica na
qual os humanos funcionam. A física Newtoniana, que descreve com sucesso virtualmente
todos os fenômenos macroscópicos, segue suavemente o limite de muitas partículas da
mecânica quântica. E o bom senso continua a se aplicar na escala humana.
Aspectos Principais
Conceitos Básicos
• Tudo está ligado através de uma rede de inter-relações, de caracter energético, que
está em harmonia; o Todo integrado.
• Estuda os estados conscientes de uma forma geral, e se detém no estado alterado
de consciência chamado Transpessoal.
• O homem é um todo, e não suas partes estudadas separadamente. Este conceito é
tomado emprestado da Gestalt: "O todo é mais que a soma de suas partes".
• Por isto, é uma ciência holística, e trans-disciplinar, que abrange muitas teorias, tais
como a Física, a Biologia,
a Lingüística, a Antropologia, a Sociologia e a Neurologia, entre outras.
• É uma ciência, e não magia ou religião, isto abordaremos a seguir.
• Além dos cinco sentidos (que são sintetizados em cinco, já que, na verdade, o ser
humano beira os 30 sentidos, já estudados pela ciência) , o homem pode entrar em
contato com outras dimensões através de exercícios de alteração de consciência.
• A consciência é energia, e portanto indestrutível, permanece antes da vida e após a
morte. OBS: não confundir com reencarnação e outros conceitos religiosos.
• A hipnose, por ser um estado alterado de consciência também é usada, mas em
consenso entre o cliente e o terapeuta.
•
Níveis de consciência
1) A sombra - aqui o homem têm seu Self distorcido, ele aliena várias porções da Psiquê
em detrimento de alguma que causa incongruência. É um nível negativo e patológico
2) Ego - é o nível superficial da consciência, onde o homem se identifica com uma imagem
criada, seu self indivídual, sem se interessar profundamente em questões sociais ou
ecológicas, ou seja, pensando em si próprio.
3) Biossocial - neste nível o homem tende a ter uma preocupação com o outro,
enxergando também o que o rodeia. Ele aceita uma responsabilidade perante os outros, e
pelo ambiente natural.
4) Existencial - o homem encontra, neste nível, a ligação entre corpo/mente, que tende a
auto-organização, é ligado a um alto grau de desenvolvimente e auto-atualização. É o
grau perfeito para a filosofia e o humanismo. Emoção e razão se unem para o
crescimento.
5) Transpessoal - este é o nível que esta escola estuda, é o nível mais profundo que, hoje
em dia, consegue-se chegar. É um nível aproximado das experiências místicas, onde tudo
está imerso no todo, o Tao, como uma gota d'água no oceano, mas não de uma forma
linear, cartesiana. Os limites do Ego são ultrapassados. É possível entrar em contato com
o inconsciente coletivo, entre outros fenômenos relacionados. Há quem diga que é
possível fenômenos como precognição e telepatia, mas estes não são considerados
comuns ou científicos, pois estão dentro da parapsicologia, mas ainda assim são válidos
dentro da teoria.
Mitos e crendices
É importante ressaltar que esta é uma teoria de certo modo polêmica, já que se opõe a
paradigmas e traz conteúdos ainda sem um estudo conclusivo. Por estas razões há alguns
mitos:
1)Psicologia transpessoal não é magia, nem religião; é uma ciência séria que busca,
através de sua trans-disciplinaridade, uma forma de ver e entender o homem no universo,
e o homem como parte deste universo.
2)Regressões a vida passada não são um conteúdo aceito por todos os psicólogos
transpessoais, por não ser científico, e deve-se ter cuidado quando se fala sobre este
tema, relacionando com Psicologia Transpessoal. Há terapeutas que se utilizam desta
técnica, mas não significa que seja aceito no meio acadêmico como conceito científico.
Príncipais teóricos
• Abraham Maslow
• Anthony Sutich
• Carl G. Jung
• Carl Rogers
• Carlos Antonio Fragoso Guimarães (Brasil)
• Frances Vaughan
• Fritjof Capra
• João Bernardes da Rocha Filho (Brasil)
• Ken Wilber
• Pierre Weil (Brasil)
• Roberto Assagioli
• Roger N. Walsh
• Stanislav Grof
• Viktor Frankl
Referencial
Bibliografia
Ligações externas
Parapsicologia
Parapsicologia, vem do grego "para" [além de], "psique" [alma, espírito, mente,
essência] e "logos" [estudo, ciência, essência cósmica] e sugere o significado etimológico
de tudo que está "além da psique", "além da psicologia" ou mais especifiamente, o que
está além e, portanto inclui a psique e a psicologia. Neste sentido, podemos dizer que a
Parapsicologia é uma Transpsicologia ou se correlaciona diretamente com sua irmã
gêmea, a Psicologia Transpessoal e outras áreas das investigações mais avançadas, como
a Psicobiofísica, Psicotrônica, Projeciologia e afins.
É também conhecida como Pesquisa Psi e ainda Metapsíquica [nomenclatura mais
antiga], pode ser compreendida, a partir de um ponto de vista estrito senso, como o
estudo de alegações paranormais e associados à experiência humana, ou seja, as
interações aparentemente extra-sensório-motoras entre seres humanos e o meio
ambiente. Esses fenômenos também são conhecidos como fenômenos paranormais ou
fenômenos Psi.
Características
De uma forma geral os fenômenos Psi podem ser classificados, quanto à forma de
apresentação, em extra-sensoriais e psicocinéticos, de acordo com a escola de Rhine
(EUA). Os extra-sensoriais, identificados pela sigla PES (percepção extra-sensorial) são os
fenômenos que envolvem conhecimento. Podem ainda classificados quanto ao tipo, em
telepatia, quando fonte e receptor forem seres humanos e em clarividência, quando a
fonte é o meio ambiente. Quanto ao tempo, esses fenômenos podem ser classificados em
retrocognição, simulcognição e precognição, quando estiverem relacionados,
respectivamente, ao passado, ao presente e ao futuro. Os fenômenos psicocinéticos,
identificados por PK (psychokinesis) são caracterizados pela ação sobre o meio ambiente.
Quando esta ação for diretamente observável será dita macro-PK, e quando microscópica,
micro-PK.
Definição
Aspectos científicos
Abrangência
Referências
Ver também
• Conscienciologia
Ligações externas
Em português
• Pesquisa Psi (Inter Psi/PUC-SP)
• Núcleo de Estudos dos Fenômenos Paranormais (NEPF/UnB)
• Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP)
• Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico (IPAPPI)
• IPPP - Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas
• Parapsicologia RJ
• NIAC - Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência
Em inglês
• Parapsychological Association
• Parapsychology Foudation
• American Society for Psychical Research
• Scottish Society for Psychical Research
• The Society for Psychical Research
Em espanhol
• Sociedad Española de Investigaciones Parapsicológicas
• Organización Nacional de Investigaciones Parapsicológicas
• Mundo Parapsicológico
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Parapsicologia"
Categorias: Parapsicologia | Fenômenos paranormais