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1ª Semestre
Fontes do Direito Civil português (com base nas sedes onde ele se localiza):
- Diplomas fundamentais do sistema de Direito Civil português;
Princípios Básicos que formam o actual sistema de Direito Civil:
- Características salientes do nosso Direito Civil:
a) Conteúdo Material:
i) Familiaridade do Direito Civil no seu conjunto e com o teor substancial
das actuais respostas que ele nos dá a importantes problemas da vida social,
conformando, mediante as respostas, a sociedade.
Teoria geral da relação jurídico-civil:
- Conceito e a estrutura ou conteúdo da relação jurídica:
a) Critério das grandes divisões da teoria geral da relação jurídica:
i) Os Elementos (não estão no núcleo ou no cerne da relação, mas são
necessários para a sua existência e dela fazem parte);
1. Os Sujeitos (Artº 66º);
2. O Objecto (Artº 202º);
3. O Facto jurídico (Artº 217º);
4. A Garantia (Artº 334º);
Teorias Gerais:
1. Do Sujeito;
2. Do Objecto;
3. Do facto Jurídico;
4. A Garantia da relação jurídica;
Divisão da Teoria Geral do Direito Civil:
a) Teoria Geral do Ordenamento Jurídico: traduz a teoria geral do direito
objectivo;
b) Teoria Geral da Relação Júridica Civil: traduz a teoria geral do direito
subjectivo;
O Direito, A Norma Júridica e a Sanção
O Direito
O Direito em sentido geral: O Direito são normas, princípios, valores, e costumes, que
regem uma determinada sociedade e que ajuda o homem a relacionar-se nela, assistidas
por uma protecção coactiva como meio de obrigar, se necessário, a fazer cumprir.
O Direito em sentido objectivo: Normas consagradas nos Códigos que se encontram em
vigor, resultantes da vivência em sociedade num determinado momento histórico, num
dado lugar, é este em nós somos os destinatários.
O Direito em sentido subjectivo: É o Direito que tutelamos de forma a poder exigir de
outrem um determinado comportamento sem que ele se possa opor.
O Direito em sentido subjectivo, Potestativo: É mais forte na medida em que impõe um
comportamento, colocando o outro numa posição de sujeição. Ex.: O divórcio decretado
mesmo sem a anuência do outro cônjuge (com a sua oposição).
A Norma Júridica
É sempre composta por:
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poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais. 1
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
- Uma previsão, pois ela formula a hipótese de que algo aconteça (situação ou evento),
Ex.: “Quem encontrar coisa móvel alheia, deve entregá-la a seu dono…”.
- Uma estatuição, a consequência (sanção), o que ela pede.
Ex.: “…sob pena de pagamento de multa”
Sanção
Não é elemento da norma jurídica.
Não deixamos de ter norma só por não ter nela incluída uma sanção, será uma norma
incompleta, mas é uma norma.
A Sanção faz parte do Sistema Jurídico, em termos Materiais e em termos Jurídicos.
Sanção Material: Desenrola-se no plano dos factos, onde a Lei obriga a reconstituir
objecto danificado conforme este se encontrava antes do facto danoso. Quando não é
possível, e só neste caso, aceita-se uma indemnização.
Sanção Júridica: Obviamente que se desenrola no plano jurídico. A compra e venda de
imóveis, por exemplo, sem escritura pública implicam a nulidade do acto negocial. Isto
é uma consequência jurídica.
O Direito e a Moral
A Sanção na Moral não existe, senão em consciência.
O Direito diz respeito ao exterior humano, enquanto que a Moral tem a ver com o
interior.
Pode haver relação entre ambos (Direito e Moral), mas de coincidência.
As Sanções Jurídicas
Por ordem de gravidade, temos:
1. Irregularidade;
2. Anulabilidade (Artº 287º);
3. Nulidade (Artº 286º);
4. Inexistência Jurídica;
O decurso do tempo faz sanar as irregularidades jurídicas.
Anulabilidade – Anula um negócio que visa defender interesses particulares.
Ex.: A compra e venda de um imóvel sem escritura.
Nulidade – Torna nulo o negócio que visa defender os interesses públicos.
Ex.: Venda de um imóvel por um menor, que não tem capacidade jurídica para o fazer.
As partes podem requerer a nulidade, excepto nos casos de violação de normas de
natureza imperativa, em que o tribunal pode declarar a nulidade oficiosamente.
Nos casos de anulabilidade ou de nulidade, qualquer consequência jurídica tem que
estar escrita no texto da Lei.
Inexistência jurídica: Não há (não existe) sequer aparência da existência de um negócio
jurídico.
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
O direito civil integra o Direito Privado (classicamente chamado por Direito Privado
Geral).
4) Critério – Teoria dos sujeitos: O critério distintivo estaria tão só na identidade dos
sujeitos da relação jurídica. Seriam normas de Direito Público aquelas em que
interviesse, como sujeito activo ou passivo da respectiva relação, o Estado ou qualquer
outro ente público. Ao invés, integrariam o Direito Privado as normas em que
interviessem apenas particulares. Este critério também não serve porque podem
intervir entes públicos como particulares em muitos negócios jurídicos.
5) Critério da qualidade dos sujeitos: É o critério predominante: Interessa saber se na
relação jurídica um dos sujeitos, pelo menos, nos surge investido de um poder de
autoridade pública, de soberania ou de império. Assim, são normas de Direito Privado
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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Também este critério não é isento de criticas porque não oferece uma indiscutível base
de sustentação para a integração no Direito Público das normas que regulam a
organização e o funcionamento das pessoas colectivas públicas e também deixa em
aberto o que se deve entender por poder de autoridade pública, de soberania ou de
império.
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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- Direito Comercial
- Direito do trabalho
O Código Comercial actual (é de 1888 - Veiga Beirão) regula os actos de comércio das
pessoas que sejam ou não comerciantes.
O Código Civil é direito subsidiário do Código Comercial.
Direito do trabalho – Regula as relações de trabalho.
Contrato de trabalho – (Artº 1152)
“É aquele pelo qual uma pessoa obriga, mediante retribuição a prestar a sua actividade,
intelectual ou manual, a outra pessoa, sob a autoridade e direcção desta”.
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
- Código Civil
Cada um destes princípios apresenta (exprime) uma realidade jurídica específica. Duas
ideais porém resultam de tudo isto: a autonomia e a igualdade.
1. O reconhecimento da pessoa e dos direitos de personalidade
O reconhecimento pelo direito civil da ideia de pessoa ou de personalidade jurídica
começa por ser, além de um princípio normativo, a aceitação de uma estrutura lógica
sem a qual a ideia de direito não é possível – o direito só pode ser concebido tendo
como destinatários os seres humanos em convivência. As pessoas em sentido jurídico,
não são necessariamente seres humanos (as associações, as organizações, fundações,
etc. têm personalidade jurídica – por outro lado, os sistemas que aceitam a escravatura
e que não consideram as pessoas em sentido jurídico).
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
Ao decidir, quais os homens que têm, ou não, personalidade jurídica, estão a emitir
opções valorativas e culturais que exigem um reconhecimento pelo direito subjectivo.
Reconhece-se a personalidade jurídica a todo o ser humano a partir do nascimento
completo e com vida (Artº 66º nº 1 – que já estava estatuído no código Seabra).
1.1 O reconhecimento de um círculo de direitos de personalidade
Reconhece-se personalidade jurídica a todo o ser humano a partir do nascimento
completo e com vida – Artº 66º nº 1 -, pelo que no nosso tempo não haja discussão
sobre o reconhecimento dessa qualidade jurídica a todos os seres humanos. Ser pessoa
significa ser sujeito de direito e ser sujeito de direitos.
Toda a pessoa pode ser titular de relações jurídicas e nisto consiste a personalidade ou
qualidade de sujeito de direito. Toda a pessoa jurídica é titular de alguns direitos e
obrigações (mesmo que no domínio patrimonial não lhe pertençam quaisquer direitos,
sempre se é titular de um certo número de direitos absolutos, que são os chamados
direitos de personalidade – Artº 70º e segs do CC). Estes direitos de personalidade – a
sua saúde física, a sua integridade, a sua honra, a sua liberdade física e psicológica, o
seu nome, a sua imagem, a sua reserva de intimidade, etc. são direitos necessários e
imprescindíveis na esfera jurídica de cada pessoa e o direito protege-as – a violação de
alguns destes aspectos constitui um facto ilícito criminal. Naquelas em que o facto não
assumir especial relevo para a colectividade, a violação não constitui um ilícito criminal
mas um ilícito civil. Esse facto traduzido na violação de um direito de personalidade
desencadeia – nº 2 do Artº 70º - a responsabilidade civil do infractor (obrigação de
indemnizar os prejuízos causados).
Os direitos de personalidade que incidem sobre a vida da pessoa são irrenunciáveis mas
podem contudo ser objecto de limitações voluntárias desde que não sejam contrárias à
ordem pública – Artº 81º (consentimento livre e informado para intervenção cirúrgica –
acto que sem o consentimento do doente ou da sua família é um facto ilícito – salva a
impossibilidade de o pedir em tempo útil).
2. A Autonomia Privada
Autonomia Privada e a Liberdade Contratual, aplicação daquela no domínio dos
contratos.
Fundamentos constitucionais, mais explícitos: n.º 1 do Artº 26°, e Artº 61° da CRP.
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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Em medida maior ou menor, está presente em todos os domínios em que o direito civil
se propõe uma função de modelação da vida social; mais no plano das relações
patrimoniais e da troca dos bens e serviços. Com menor extensão no domínio das
relações pessoais e das relações familiares, onde o carácter imperativo de grande parte
das normas jurídicas proíbe a disposição ou limitação de certos direitos (certos direitos
de personalidade) ou reduz a liberdade de Contratação a uma mera liberdade de
concluir ou não o acto jurídico, mas fixando-lhe, uma vez celebrado, os efeitos (casa-
mento, adopção).
A autonomia privada está onde o direito civil visa uma função de modelação e
disciplina positiva da vida social. Delimitação – o direito civil tem uma função
modeladora da vida de relação – para excluirmos o domínio (a responsabilidade civil
ou a garantia da relação de direito civil), cabe ao direito civil uma função de protecção
ou defesa dos direitos constituídos ao abrigo da sua função modeladora.
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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3. Princípio da boa fé
Corresponde a uma abertura a princípios e valores extralegais e pela dimensão concreto-
social e material do jurídico que perfilha.
Duas vertentes
Sentido subjectivo – julga actuar em conformidade com o direito.
Ex.: n.º3, do Artº 291 – desconhecia sem culpa, o vício do negócio; n.º1, do art. 1260 –
o possuidor ignorava. Cf. Artº 612.º;e n.º 1 do Artº 1260º.
Verifica-se uma relação entre a boa fé e o princípio da confiança que pode criar uma
obrigação de indemnização.
4. A Responsabilidade Civil
Os comportamentos das pessoas podem por vezes causar prejuízos a outrem.
O devedor não executa ou executa defeituosamente a prestação a que está adstrito.
Quando a lei impõe ao autor de certos factos a obrigação de reparar os danos causados a
outrem, deparamo-nos com a figura de responsabilidade civil.
A responsabilidade civil consiste na necessidade imposta pela lei a quem cause prejuízo
a outrem, de colocar o ofendido na situação em que estaria sem a lesão (483º; 562º)
Esta restituição tem lugar mediante uma reconstituição natural (restauração, restituição
ou execução especifica). Quando a reconstituição natural for impossível, terá lugar uma
indemnização em dinheiro (restituição ou execução por equivalência). A indemnização
em dinheiro é a mais utilizada porque raramente o lesado ficará completamente
satisfeito com a reconstituição natural, mesmo quando é possível. A indemnização em
dinheiro cobre os danos patrimoniais sofridos pelo lesado (prejuízos susceptíveis de
avaliação em dinheiro).
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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Pressupostos
- É necessário que o facto seja ilícito (violem direitos ou interesses) e culposo
(passível de uma censura).
- A culpa pode resultar da intenção de causar um dano (dolo - em que é
necessário reparar todos os danos causados), ou da omissão dos deveres de cuidado
(negligência ou mera culpa), em que a lei admite uma limitação equitativa de
indemnização.
Estas duas formas de responsabilidade (civil e criminal) podem ser desencadeadas pelo
mesmo facto (fruto, injuria) em que se verifica a aplicação de uma pena ao agente e a
obrigação de indemnizar dos anos.
Mas existem também apenas factos ilícitos civis (não cumprimento de uma dívida) ou
ilícitos criminais (excesso de velocidade).
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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Substituir ao lesado. O autor não culposo do prejuízo é como escolher a vítima ao acaso.
Exigir a reparação dos danos em caso de culpa é estimular o zelo e cuidado em impedi-
los.
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Mas temos que considerar uma diferença importante numa perspectiva valorativa. A
personalidade jurídica dos indivíduos é imposta como uma exigência forçosa da
dignidade da pessoa humana e do direito ao respeito por todo o ser humano.
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Excluídas estão:
Relações pessoais (pensão de alimentos);
Outras constantes na lei (usufruto – 1476º);
Na Constituição da República Portuguesa – n.º 1, do artigo 62.º (direito de
propriedade)
Direito sucessório – faz-se segundo determinado na lei em:
Testamento;
Contrato (2026º);
Sucessão
Legal
o Legitima (vontade da pessoa falecida)
Impõe a devolução de parte dos bens a certas pessoas mesmo
contra a vontade do falecido.
Através de normas supletivas
o Legitimária (não por vontade da pessoa falecida)
Devolução dos bens das pessoas integradas em certas categorias
designadas na lei, sem a vontade do falecido
Através de normas imperativas
Voluntária
o Contrato (em casos excepcionais, em que é proibido os factos
sucessórios (n.º2, do 2028.º);
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Os descendentes de 2º. Grau (netos) e seguintes têm direito à parte que caberia aos
ascendentes, sendo a parte fixada no artigo 2160º.
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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Relação jurídica
Sentido amplo – toda a relação da vida social relevante para o direito
Sentido restrito ou técnico – relação da vida social disciplinada pelo direito
mediante atribuição a uma pessoa de um direito subjectivo e a imposição a outra pessoa
de um dever jurídico ou de uma sujeição
Em qualquer relação temos 2 sujeitos. Em que o sujeito A é o sujeito activo e que é
atribuído o direito subjectivo ou poder jurídico e o sujeito B que é o sujeito passivo,
com o dever jurídico ou estado de sujeição
Relação jurídica
Abstracta – relação pelo qual o inquilino deve a renda ao senhoria
Concreta – relação pelo qual o senhorio exige ao inquilino a quantia de €
300.00, para o pagamento da renda.
Instituto jurídico – conjunto de normas legais que estabelecem a disciplina de uma série
de relações jurídicas em sentido abstracto, ligadas por uma afinidade.
A relação jurídica é a matéria sobre a que incide a regulamentação.
O instituto jurídico é o conjunto de normas que regulamentam.
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1ª Semestre
É o poder de exigir porque se o obrigado não cumprir, o titular de direito pode recorrer à
autoridade pública e exigir o seu comprimento.
Mas, por vezes, o obrigado cumpre com a obrigação tardiamente e posteriormente vem
a saber que se não tivesse cumprido não era punido. Ele pode pretender a devolução,
mas aqui a sua pretensão não é cumprida (obrigação natural – 402.º)
Direitos subjectivos potestativos
Poderes jurídicos de, por um acto de livre vontade, só por si ou integrado por uma
decisão judicial, produzir efeitos jurídicos que inevitavelmente se impõem à contraparte
Os direitos potestativos podem ser:
Constitutivos – produzem a constituição de uma relação jurídica, por um acto
unilateral do seu titular. Ex.: direitos de preferência ou preempção (1117.º; 1380.º;
1409.º) constituição de servidão de passagem em benefício de prédio escavado (1550.º)
Modificativos – produzem uma modificação simples numa relação jurídica já
existente e que continua a existir, mas com a modificação (separação judicial de pessoas
e bens – 1794.º)
Extintos – produzem a extinção de uma relação jurídica existente (revogação do
mandato [1170.º], direito de obter divórcio [1773.º]
O lado passivo da relação jurídica traduz-se num dever jurídico ou numa sujeição. Se o
dever jurídico recai sobre uma ou mais pessoas (direitos reais), fala-se de direitos
relativos, caso se imponha a todas as pessoas, fala-se em direitos absolutos ou relações
jurídicas absolutas.
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
Os direitos potestativos não têm objecto no sentido aqui dado a este termo, mas têm
apenas conteúdo.
Facto Jurídico – Todo o facto (acto humano ou evento natural) produtivo de efeitos
jurídicos. Pode tratar-se de uma eficácia constitutiva, modificativa ou extintiva de
relações jurídicas. Elemento da relação jurídica é o facto jurídico constitutivo. Tem um
papel condicionante do surgimento da relação; é uma condição ou pressuposto da sua
existência. Algumas vezes para além de condicionante, vai modelar o conteúdo da
relação jurídica. Por exemplo, no domínio do principio da liberdade contratual. É o
contrato que vai fixar o objecto dos direitos das partes e até o conteúdo dos mesmos.
Sem o Facto Jurídico a relação não pode passar do plano dos arquétipos ou modelos
para o plano das realidades concretas.
São sujeitos, as pessoas singulares, com personalidade jurídica (66.º e 68.º), e com
capacidade jurídica (67.º). A capacidade jurídica é diferente da capacidade de agir. A
capacidade de agir relaciona-se com os casos de incapacidade [menoridade, interdição,
inabilitação] (secção V)
Capacidade
Jurídica ou de gozo – é uma medida que pode ser maior ou menor. São
medidas dos direitos ou obrigações que uma pessoa pode ser titular
Agir ou de exercício – pressupõe que tenha a capacidade jurídica, plena
capacidade de exercício (122.º; 123.º [o menor não tem a plena capacidade jurídica];
127.º (excepções)
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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Personalidade jurídica – aptidão para ser titular autónomo de relações jurídicas, que
nas pessoas singulares é uma exigência de direito ao respeito e à dignidade que se deve
reconhecer a todos os seres humanos. Nas pessoas colectivas é um processo técnico de
organização das relações jurídicas. Quer isto dizer que a personalidade jurídica consiste
na aptidão para ser sujeito de relações jurídicas (a personalidade jurídica é inerente á
capacidade jurídica – 67). Fala-se em personalidade jurídica para exprimir a condição
jurídica e fala-se em capacidade jurídica para exprimir a aptidão para ser titular de
relações jurídicas.
Capacidade de exercício – idoneidade para actuar juridicamente exercendo direitos ou
cumprindo obrigações, por acto próprio e exclusivo ou mediante representante
voluntário ou procurador.
Faltando aptidão estamos perante uma incapacidade de exercício de direitos que pode
ser genérica (actos jurídicos gerais) ou especifica (alguns actos jurídicos em especial)
As incapacidades podem ser:
Incapacidade de interditos (123; 139)
Incapacidade de inabilitados (152)
Esta incapacidade pode ser ultrapassada pela representação legal ou assistência. Nas
pessoas colectivas a capacidade resulta da relação da pessoa colectiva com aqueles que
hajam em nome dela.
Toda a relação jurídica pressupõe um lado activo (um poder) e um lado passivo (uma
vinculação), que tem que estar ligado por um sujeito (suporte).
Por vezes verifica-se a falta do sujeito passivo (na herança, no período compreendido
entre a morte do de cujos e a aceitação da herança). Alguns autores integram esta
período numa categoria de direitos sem sujeitos, outros alegam que seria um estado de
vinculação reservado a um direito futuro, alegando ainda outros que é apenas uma
situação provisória em que a situação se mantém.
Retroacção da personalidade – é apenas uma questão dogmática. Para haver relação
jurídica tem que haver sujeito passivo e activo o que conduz à tese dos Estados de
Vinculação dos Bens.
A personalidade jurídica é atribuída a:
Pessoas singulares;
Pessoas colectivas;
o Sentido amplo – todas as organizações de bens e agrupamentos de
homens personificados pelo direito
o Sentido restrito – todas as organizações e agrupamentos com excepções
das sociedades
Pessoas singulares
Noção – exigência de direito à dignidade e ao respeito que se tem de reconhecer a todos
os seres humanos e não a uma mera técnica organizatória.
A personalidade jurídica adquire-se no momento do nascimento completo (separação do
filho do corpo materno) e com vida (66, n.º1).
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
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A lei permite a doação aos nascituros concedidos ou não concedidos (952). Aos
concedidos pode ser doações sem restrições, aos não concedidos só testamentária e
contratualmente (2033).
Os direitos dos nascituros dependem do seu nascimento, quer dizer que apesar de não
terem personalidade jurídica, se reconhecem direitos embora dependentes de nascerem
com vida e depois da sua separação materna (66, n.º2).
Se por acaso a mãe estiver a tomar um medicamento que faça mal ao filho, o filho pode
pedir indemnização após o seu nascimento.
A personalidade jurídica cessa com a morte (68). Perde os direitos e os deveres, mas os
patrimoniais são transmitidos para os sucessores.
É admitida a reparação das lesões do direito à vida (70), pois a ofensa à vida é a ofensa
máxima de personalidade e no artigo 496, n.º3 refere-se aos danos não patrimoniais
sofridos pela vítima. Ao admitir a reparação do dano da vida, não se está a violar o
artigo 68, n.º1, pois o que está em causa é o direito a uma compensação e não à
transmissão do direito à vida.
Quando uma pessoa depende de outra para efeitos jurídicos e morrerem na mesma
altura presume-se que morreram ao mesmo tempo, excepto se prova em contrário –
Presunção de comoriência (n.º2, Artº 68º).
O desaparecimento de uma pessoa em que não haja dúvidas da sua morte implica a
abertura do “processo de justificação judicial do óbito” a cargo do MP. Em caso de
engano requer-se a invalidação do assento do óbito e aplica-se as regras de morte
presumida, n.º3, Artº 68.
Direitos de personalidade
São direitos gerais extra patrimoniais e absolutos. Protege vários modos do ser físico ou
morais de personalidade e a sua violação é um facto ilícito criminal. Quando não é um
facto ilícito criminal, existe um facto ilícito civil (n.º2, Artº 70) que desencadeia a
responsabilidade civil do infractor, bem como certas providências adequadas às
circunstâncias do facto (apreensão, publicação de sentença). Este desencadear de
situações mantêm-se após a morte do lesado, pois em caso de lesão que provenha a
morte, o direito à indemnização é deferida às pessoas constantes no artigo 495º e 496º.
Direito à reserva sobre a intimidade da vida privada – Artº 80º.
Direito ao nome – Artº 72º.
Os direitos de personalidade são inalienáveis e irrenunciáveis, caso há em que é possível
como o consentimento do lesado a Irrenunciabilidade dos direitos de personalidade, mas
tem que ser conforme os princípios da ordem pública (81º e 28º).
Podem existir limitações voluntárias ao direito:
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais. 24
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
Estamos perante uma indisponibilidade jurídica relativa, pois as pessoas abrangidas nas
disposições dos artigos 876.º; 877.º; 261.º e 1714.º têm plena capacidade dos seus actos,
sendo-lhe proibida pela relação com o objecto do negócio e com a outra parte.
As pessoas colectivas possuem plena capacidade negocial de exercício e só sofrem
restrições quando estiverem privadas dos seus órgãos (mortes dos administradores)
agindo outra entidade em seu nome e no seu interesse (representação) ou quando seja
necessário autorização de certas entidades alheias à pessoa colectiva (assistência)
As pessoas singulares têm capacidade de exercício de direito face aos artigos 130.º e
133º e não pelo artigo 67.º
As incapacidades de exercício são:
Da menoridade (Artº 123º)
Da interdição (Artº 138º)
Da inabilitação (Artº 152º)
Do casamento (incapacidades conjugais)
Da incapacidade natural acidental – consistindo no não entendimento por
qualquer causa, do sentido da declaração negocial ou na falta de livre exercício da
vontade (257º). Anulação testamentária 2199º, Inabilitações 156º e 139º, Interditos 139º
e noção e regime 257º.
Podem ser requeridas pelas pessoas constantes nos artigos 125.º e 141.º, aplicáveis por
força do artigo 139.º e 156.º
Incapacidade dos menores
Incapacidade geral (123º) – a norma pretende proteger o menor por considerar
que ainda não está em condições de compreender determinados negócios. Estes actos
são excepções. São válidos porque se integram dentro da aptidão do menor.
o Abrange negócios de natureza pessoal ou patrimonial
o Excepções à incapacidade
Artigo 127.º
Casar com mais de 16 anos (1601 – não tem capacidade jurídica
matrimonial, mas pode ser proprietário de um imóvel). Os pais podem não concordar o
que é um impedimento e dá lugar a sanções especiais, mas não a sua anulação (1604
al.a); 1627; 1649) – o casamento é válido mas irregular
Fazer testamentos se emancipados (2189)
Perfilhar com mais de 16 anos
o A incapacidade termina aos 18 anos (se não tiver pendente uma acção
de interdição ou inabilidade (131) ou for emancipado
o Os negócios jurídicos praticados pelo menor são nulos (125). A
anulabilidade pode ser requerida pelo:
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1ª Semestre
Se o negócio não estiver cumprido não se invoca a anulabilidade, mas a invocação pela
via da excepção.
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1ª Semestre
Incapacidade conjugal
o Restrições à livre actuação jurídica
o Pretende proteger os interesses do outro cônjuge e da família
o Artigo 1678.º
o A incapacidade conjugal supera-se pelo consentimento do outro
cônjuge (1682º) que deve ser especial para cada acto e está sujeito à fórmula exigida
para a procuração e pode ser judicialmente suprida, havendo injusta recusa ou
impossibilidade de o prestar (1684º)
o Os actos são anuláveis (1687º) a requerimento do cônjuge que não deu
o consentimento ou dos seus herdeiros nos seis meses subsequentes a que teve
conhecimento, mas nunca depois de ter recorrido três anos sobre a sua celebração. A
alienação ou oneração de bens sem o consentimento é aplicado o artigo 892.º e
seguintes, mas temos que ter em atenção ao artigo 1687.º, n.º3, quando o adquirente age
de boa fé em relação a móveis não sujeitos a registo.
Incapacidade acidental
o Todos os actos em que a declaração negocial é feita por quem, devido a
qualquer causa (embriaguez, ira, delírio), estiver transitoriamente incapacitado de se
representar ou não tenha o livre exercício da sua vontade
o Equiparado ao erro, dolo, coacção
o O acto é anulável desde que seja notório ou conhecido pelo declaratário
e está sujeito ao regime geral de anulidade (287 e seguintes)
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1ª Semestre
Caso a massa negociada pelo falido não for liquidada no processo de falência, por não
ter sido necessário, pode o seu comprador exigir a sua entrega, pois o negócio é válido.
Se a massa for liquidada no processo de falência, resta ao comprador uma acção de
indemnização contra o vendedor por não cumprimento, mas essa indemnização só será
paga depois de liquidada as dívidas anteriores à declaração de falência ou de
insolvência.
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1ª Semestre
O falido não pode negociar a massa para proteger os interesses dos credores (não tem
legitimidade para praticar actos em relação à massa falida ou insolvente). As proibições
dos incapacitados assentam na protecção do incapacitado
Verifica-se também que o período (2 anos) para os negócios gratuitos é maior. Isto
porque não faz sentido efectuar negócios gratuitos quando se prevê uma situação de
falência e sendo gratuito não resulta grande inconveniente para o comércio jurídico. Por
outro lado a titulo oneroso era injusto para terceiros, pois ninguém efectua um negócio
jurídico com um falido
Capacidade e legitimidade
Capacidade – modo de ser ou qualidade do sujeito em si.
Legitimidade – um modo de ser para com os outros.
Ilegitimidade – a incapacidade origina anulabilidade, a ilegitimidade origina uma
sanção diversa.
Domicílio
Artigo 82.º
o Voluntário
o Simples acto jurídico
Pode ter mais que um domicílio, se tiver mais que uma residência habitual
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1ª Semestre
Existe ainda:
o O domicílio profissional (83), localiza-se no lugar onde a profissão é
exercida e é um simples acto jurídico
o Domicílio electivo (84) – é o domicílio particular estipulado por escrito
para determinados negócios. É um acto negocial – negócio jurídico. Ex. Domicílio legal
dos menores e dos interditos.
Ausência
Artº 89.º a 121.º
Não presença de alguém, acompanhado da falta de notícias do seu paradeiro
É importante para tomar medida a fim de evitar prejuízos de falta de
administração dos bens.
Faz-se um requerimento ao tribunal para a instauração da curadoria provisória
ou definitiva ou da declaração de morte presumível.
Medidas legais
Curadoria provisória
o Quando desaparece alguém e é necessário administrar os seus bens e
não existe representante legal ou procurador que queira administrar os seus bens.
o Pressupõe-se o regresso do ausente
o Pode ser requerido pelo MP ou por qualquer interessado (91.º e 92.º)
o O curador é um mero administrador e presta caução ou contas ao
tribunal anualmente ou quando o tribunal o entender (93)
o A curadoria provisória termina:
Pelo regresso do ausente;
Se o ausente providenciar a administração dos bens;
Pela entrega dos bens a um curador definitivo ou cabeça-de-casal
(1030.º);
Pela certeza da morte;
Curadoria definitiva
o A probabilidade de regressar é menor
o Decorridos dois anos sem se saber do ausente ou cinco anos se tiver
deixado representante legal ou procurador bastante (99.º)
o Requerida pelo MP ou interessados
o Após a justificação de ausência abre-se o testamento e é efectuada a
partilha (103.º), os quais são considerados curadores definitivos (104.º) não são
proprietários, mas recebem os lucros (111.º)
o Na curadoria provisória é necessário uma caução, na definitiva pode ou
não ser necessário
o A curadoria definitiva termina:
Pelo regresso do ausente
Notícia da sua existência e local onde reside
Certeza da morte
Declaração de morte presumida
Morte presumida
o Decorrido 10 anos sobre a data das últimas notícias ou 5 anos se
entretanto tiver completado os 80 anos
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1ª Semestre
Pessoa colectiva
Organizações constituídas por uma colectividade de pessoas ou por uma massa de
bens dirigidos à realização de determinados fins comuns ou colectivos, aos quais a
ordem jurídica atribui personalidade jurídica
Pertencem à categoria de pessoas colectivas:
Estado, freguesias, associações recreativas ou culturais, fundações, etc.
Espécies fundamentais de pessoas colectivas:
Corporações – Organização de pessoas que visa a realização de fins comum ou
colectivos que a ordem jurídica atribui personalidade jurídica. O factor essencial
são as pessoas
Fundações – conjunto de bens adstritos pelo fundador a um escopo (finalidade)
ou interesse social.
O elemento essencial é o património, a massa de bens. O fundador pode fixar as
normas de funcionamento e destino. Criada a fundação, o fundador fica fora dela. A
fundação é governada de fora, pela vontade do fundador. A administração deve
obediência a lei do fundador.
A função económico-social do instituto da personalidade colectiva liga-se à
realização de interesses comuns ou colectivas (respeitante a uma pluralidade de
pessoas) de carácter duradouro /excede a vida dos homens.
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1ª Semestre
O elemento patrimonial verifica-se nas fundações, são os bens que o fundador afectou à
fundação (designa-se dotação).
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1ª Semestre
Classificação doutrinal
Corporações
Colectividade de pessoas;
Constituídas e governadas por um agrupamento de pessoas que aceita os
estatutos, podendo altera-los e dominam o destino das corporações;
Visão o fim próprio dos associados;
Fundações
Massa de bens;
Acto unilateral do fundador, que afecta a massa a um escopo de interesse social,
estabelecendo as normas (para sempre) da fundação.
Visa um interesse social, estranho às pessoas quem entram na organização. São
regidos por vontades transcendentes.
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1ª Semestre
Critério do fim
Pessoas colectivas públicas defendem ou prosseguem fins da colectividade ou fim geral.
Defendida pelo Prof. Cabral Moncada. Este critério sofre a mesma critica que a
distinção entre direito público e direito privado. Nos termos do n.º1, do art. 188, as
fundações tem que prosseguir fins de interesse geral e no entanto são Pessoas colectivas
privadas. Segundo o Prof. Freitas de Amaral as Pessoas colectivas públicas prosseguem
sempre fins públicos e as Pessoas colectivas privadas apenas os asseguram.
Critério da titularidade do poder da autoridade
Segundo este critério as Pessoas colectivas públicas participam do poder de autoridade
(ius imperium) sendo as outras privadas. Freitas de Amaral; Mota Pinto. O problema
que se levanta é saber se o poder advêm de uma outra Pessoas colectivas públicas ou
não.
Critério da criação
É certo que os ente públicos podem criar Pessoas colectivas privadas e não é possível o
contrario.
Critério da integração
Segundo o Prof. Castro Mendes são Pessoas colectivas públicas todas aquelas que se
integram na organização política estadual e as outras são privadas. O problema reside
em saber o que se entende por integração
Critérios ecléticos
Para o Prof. Paulo Cunha, Pessoas colectivas públicas são aquelas que prosseguem
interesses de ordem geral ou ordem pública, mediante o exercício em nome próprio de
poderes de autoridade.
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1ª Semestre
Sociedades civis
Dividem-se em:
Sociedades civis sob forma comercial – Podem praticar actos de comércio.
Ficam sujeitos ao Código Comercial, excepto quanto à falência. Aplica-se o Instituto de
insolvência.
Sociedades civis sob forma civil – não praticam actos de comércio
Responsabilidade dos sócios perante os credores nas sociedades comerciais e
sociedades civis sob a forma comercial. TIPOS
Sociedade em nome colectivo – responsabilidade pessoal, solidária e ilimitada
Sociedades anónimas – sócios isentos de responsabilidade pessoal, cada sócio
responde com a fracção do capital que subscreveu.
Sociedade em comandita – combinação dos anteriores. Existe sócios cuja
responsabilidade é ilimitada (sócios comanditados) e sócios que só arriscam o valor das
suas entradas como accionistas (sócios comanditários)
Sociedade por quotas – cada sócio responde pela sua quota (tal como nas
sociedades anónimas), mas também responde solidariamente pelas quotas dos outros
associados, caso estes não tenham a respectiva quantia.
Face á proliferação de novas empresas, presentemente podem ainda ser qualificadas
(705.º alínea b)):
Empresas públicas e nacionalizadas
o Empresas públicas nacionalizadas – são declaradas pelo legislador como
pessoas colectivas públicas (é a lei que o diz, caso dos CTT)
o Empresas públicas submetidas ao regime geral definido pelo DL
260/76. – Consideram-se empresas públicas para uma melhor gestão da unidade
produtiva. São pessoas colectivas privadas que estão sujeitas à jurisdição dos tribunais,
não beneficiam de isenções. São sujeitas ao registo comercial.
o Empresas públicas de regime especial – exploram serviços públicos.
São consideradas pessoas colectivas públicas porque a jurisdição pertence aos tribunais
administrativos, têm prerrogativas de autoridade
Pessoas colectivas de utilidade pública – os seus fins são de interesse geral da
comunidade. Gozam de benefícios fiscais e de outras regalias. São pessoas colectivas
privadas.
Instituições de previdência – pessoas colectivas públicas
Instituições privadas de solidariedade social – são pessoas colectivas privadas e
se não forem legalmente registadas adquirem a categoria de pessoa colectivas de direito
privado e utilidade pública (misericórdias, associações de socorros mútuos, fundações
de solidariedade social).
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1ª Semestre
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
Com a CRP de 1976, que veio consagrar “o direito livre e sem qualquer autorização de
construir associações, desde...”, o reconhecimento foi-se alterando com diversos
diplomas.
Em caso de recusa de escritura por parte do notário é possível recurso para o tribunal da
comarca a que pertence a sede da repartição, bem como reclamação hierárquica.
É discricionário (autoritário) os poderes de apreciação que põe fim á fundação por não
ser considerada de interesse social (188.º)
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
Responsabilidade civil
Responsabilidade contratual – culpa para os órgãos ou agentes da pessoa
colectiva pelo inadimplemento da obrigação e resultar danos. O contrato tem que ser
celebrado por pessoa competente para o fazer (conjugar o artigo 800.º com o 165.º)
Responsabilidade extracontratual – responsabilidade de risco
(responsabilidade aquiliana). O artigo 165.º remete para o artigo 500.º, em que a
responsabilidade é do comitente por actos dos seus cometidos. A pessoa colectiva só é
responsável se:
o Recai-a sobre o órgão (pessoa física) a obrigação de indemnizar (500.º,
n.º 1), que tinha havido culpa da pessoa física (483.º) ou sem culpa, é o caso d acidente
de viação (503.º), mas tem que causar danos e que se verifique uma relação de
causalidade
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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL
1ª Semestre
O artigo 161.º permitiu livremente a aquisição a título gratuito, mas estabelece uma
incapacidade para o exercício de direitos no que se refere à aquisição onerosa de bens
imóveis a à alienação ou oneração dos mesmos a qualquer título. Esta incapacidade é
suprível por uma autorização do governo.
Esta autorização (que não se aplica às sociedades) tem como objectivo controlar a
gestão das associações e fundações, bem como tutelar a realização dos fins de utilidade
pública que pretendia.
Nulidade – invocada a todo o tempo, por qualquer interessado, mas tem que ser
confirmada
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