A história dos números começa na Antiguidade,

estimulada pelas trocas comerciais. Os sistemas de

numeração surgiram quando se passaram a associar
símbolos a valores superiores a um, permitindo
simplificar a escrita dos números naturais.

Sequeira, L. et al (2009).
Adaptação feita pelo grupo a partir da história da Carochinha
A Carochinha andava triste… Gostava muito de ter um balão e um
amigo para brincar, mas estava difícil.

Havia muito chão para varrer e dinheiro para comprar um balão, não
tinha… Restava-lhe, de vez em quando, chegar à janela e contemplar
aqueles balões coloridos que espreitavam para o céu, presos ao telhado
do quiosque.
Foi numa dessas contemplações que reparou numa moeda que um raio
de sol fazia brilhar no canto da janela.

- Olha! É dinheiro, é dinheiro! Será que dá para comprar um

balão?

Não havia ninguém para lhe responder e ela não sabia o valor da moeda.
 Foi então que passou por ali um egípcio. A Carochinha apressou-
se a perguntar:
- Queres mostrar-me quanto vale esta moeda?
- Quero, quero, Carochinha…
E escreveu:

- Ai não! Isso dá muito trabalho… Assim não me podes ajudar…

O egípcio foi-se embora, desiludido. E a Carochinha lá continuou à procura
de um amigo para a ajudar.
Passou então um grego.
- Queres mostrar-me quanto vale esta moeda?
- Quero, quero, Carochinha…

E escreveu: ε

- Ai não! Isso é muito difícil! Assim não me podes ajudar…

O grego foi-se embora, desencantado e a Carochinha continuou à procura
de quem a ajudasse.
 Passou então um romano. A Carochinha perguntou-lhe:
- Queres mostrar-me quanto vale esta moeda?
- Quero, quero, Carochinha…

E escreveu: V

- Ai não! Isso é uma letra e eu não sei ler… Assim não me podes ajudar…
O romano foi-se embora, tristonho. E a Carochinha continuou à espera de
um amigo que a ajudasse.
Até que passou um babilónio.
- Queres mostrar-me quanto vale esta moeda?
- Quero, quero, Carochinha…
E escreveu:

- Ai não! Isso são setas! Assim não me podes ajudar…

O babilónio saiu dali, cabisbaixo. A Carochinha já começava a pensar
que ninguém a poderia ajudar.
Passou então um maia. Ela apressou-se a perguntar-lhe:
- Queres mostrar-me quanto vale esta moeda?
- Quero, quero, Carochinha…

E escreveu

- Oh, que traço é esse, não entendo nada. Assim não me podes
ajudar…
O maia foi-se embora, envergonhado. E a Carochinha já estava a ficar
cansada…
Foi então que passou um chinês. Ela ganhou um novo alento e perguntou-
lhe:
- Queres mostrar-me quanto vale esta moeda?
- Quero, quero, Carochinha…
E escreveu:

- Ai não! Isso é um desenho! Assim não me podes ajudar…

O chinês foi-se embora, preocupado. E a Carochinha começou a pensar em
desistir… É que o chinês costumava ter solução para tudo. E desta vez…
Já ia a retirar-se quando avistou um árabe. Quase a medo perguntou-lhe:
- Queres mostrar-me quanto vale esta moeda?
- Quero, quero, Carochinha…

E escreveu: 5

- Que engraçado! Que coisa engraçada! Onde é que eu já vi isto?!

Está aqui: este número está na moeda! – Exclamou a Carochinha.
- É 5! A moeda é de cinco cêntimos. – disse o árabe.
- Cinco cêntimos?! Dá para comprar um balão! Viva! Queres vir
comigo?
- Quero sim… Quero muito, Carochinha!
E lá foram os dois de mão dada, apertando bem a moeda, até ao quiosque,
comprar o balão mais bonito que lá havia.
A Carochinha e o árabe brincaram até ao anoitecer. Nessa altura o
balão subiu… subiu… subiu… e nunca mais ninguém o viu!
 Planificação

Área Curricular: Matemática Ano de Escolaridade: 1º Ano

Tema: Números e Operações

Tempo
Tópicos Objectivos específicos Tarefas Materiais a usar Avaliação
Previsto

-Leitura da história sobre os

PowerPoint com a
15 vários sistemas de numeração;
história “A Carochinha
minutos -Diálogo com os alunos sobre a
quer um balão”
história lida.

-Classificar e ordenar de acordo com

Números Naturais

determinado critério.

-Realizar contagens progressivas e

10 -Resolução de uma ficha “As Ficha “As contas do Observação
regressivas, representando os números
minutos contas do caracol” caracol” Directa
envolvidos.

-Compreender várias utilizações do

número e identificar números em
contextos do quotidiano.
Caixa de cartão;
Tampinhas azuis,
15 vermelhas e verdes;
-Jogo das tampinhas
minutos 1 Dado com três cores;
-Identificar e dar exemplos de diferentes 1 dado com pintas
representações para o mesmo número; 1 Folha de registo.
Garrafas numeradas de
15
-Jogo do bowling numerado 0-9;
minutos
1 Bola
 Nome do Jogo:
Tira as tampinhas
Objectivo do Jogo:
- O objectivo é que as crianças estabelecem relação entre o símbolo e a
quantidade (números).

Sugestão para o Jogo:

-Cada criança recebe uma folha para registar num gráfico pré-elaborado pela
professora.

Material:
2 Dados:
-Dado 1 com as cores: vermelho, azul, verde
-Dado 2 com as quantidades representadas com bolinhas até três.
-Caixa grande de cartão
-Tampinhas de cor verde; azul e vermelha, (diversos tamanhos)
Desenvolvimento:
A criança mais nova joga o dado das cores para saber a cor das
tampinhas a tirar. Em seguida lança o dado das pintas para
saber a quantidade de tampinhas.
Exemplo: No dado das cores, sai a cor azul, em seguida no outro dado sai a
quantidade 3 (3 pintas), a criança retira da caixa três tampinhas de cor azul
(Imagem ).
Todas as crianças jogam duas vezes.

No final a professora coloca algumas questões:

Q: Quem tirou mais tampinhas?
Q: Quem tirou menos tampinhas?
Q: Quem tem mais azuis\vermelhas\verdes?
Q: Se cada um de vocês tirar as tampinhas vermelhas, com
quantas tampinhas ficam no final?
Q: Quantas tampinhas ficaram ainda na caixa?
Q: Se juntarmos as todas as tampinhas de cor azul, quantas
temos no total? Assim sucessivamente
 Folha de Registo

Jogo das Tampinhas Tampinhas Tampinhas

vermelhas azuis verdes
Tampinhas

1º Jogada
Quantidade
2ª Jogada

Total de tampinhas
1.Pinta o caracol de acordo com o friso apresentado.
Amarelo Azul Verde Vermelho
2 4 6 8
2.Conta as bolas e regista.
 Nome do Jogo:
Bowling numerado
Objectivo do Jogo:
- Identificar os números dos pinos que derrubarem.

Material:
- Garrafas como pinos (numeradas de 0-9).
-1 Bola

Desenvolvimento:
Para jogar a professora constitui um grupo de 5 crianças.
A criança mais velha inicia o jogo. Afastada dos pinos, lança a bola, com o
objectivo de derrubar o maior número de pinos.
Identifica e enumera os números derrubados.
Ganha quem derrubar mais pinos e souber identificar os números neles
inscritos.
 Nome do Jogo:
Quantos tenho?

Objectivo do Jogo: Realizar estimativas de uma dada quantidade de objectos.

Material: Gomas em forma de urso (exemplo)

Desenvolvimento: Este jogo conta apenas com 2 participantes, um que esconde

as gomas e o outro que adivinhar o número das gomas escondidas.
Uma das crianças coloca, por exemplo, 9 ursinhos em cima da mesa. A outra
criança depois de visualizar e contar as gomas tapa os olhos. Em seguida são
retirados, por exemplo 4 gomas. A criança ao abrir os olhos terá de recorrer à
memoria visual e contar quantas gomas o colega tirou. Se acertar ganha e
come o número de gomas que estavam escondidas (neste caso 5 gomas 9-
4=5).
 Nome do Jogo:
Cada um na sua casa!

Objectivo do Jogo: Identificar e Ordenar números naturais.

Material: Aplicação na internet (link)

Desenvolvimento: Utilizando o rato a criança coloca os números na casa correcta.

 Nome do Jogo:
Pintas do dominó

Objectivo do Jogo: Proposta de situações que ajudem a criança a

compreender o princípio da cardinalidade e construção de relações
numéricas.

Material: Peças do dominó

Desenvolvimento: Distribuem-se as peças de dominó para exploração

do número de pintas.
Os alunos escolhem uma peça de dominó e responderem a algumas
questões:

•Quantas pintas tem a tua peça no total?

•Tapamos agora parte da peça. Quantas pintas podes contar?
•E quantas estão tapadas?
•E se eu destapar quantas pintas verás ?
Com a realização deste trabalho esperamos poder vir a
contribuir para uma melhor qualidade no ensino da Matemática,
uma vez que a construção das relações numéricas começa no
acto de contar e na forma como se registam essas contagens,
cientes de que cada criança cria uma forma muito peculiar para
desenvolver estes processos.

Amélia Paulino
Ana Coelho
Helena Saraiva
Inês Pereira
Zulmira Torres