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Atenção a Saúde do Idoso

Envelhecimento do Sistema
Respiratório
• O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial,
tornando relevantes as alterações na função pulmonar
relacionadas com a idade, visto que uma função pulmonar
precária é associada a taxas elevadas de mortalidade.

• O sistema respiratório de idosos sofre progressiva


diminuição de seu desempenho em decorrência de
alterações estruturais e funcionais.

• Essas modificações podem variar de amplitude, contudo,


são inerentes ao processo normal de envelhecimento
(BRITTO et al., 2005; IDE et al., 2007).
• De acordo com Freitas et al. (2006), vários
fatores podem afetar a função pulmonar,
sendo agravantes do envelhecimento, tais
como tabagismo, poluição ambiental,
exposição profissional, doenças pregressas
pulmonares, diferenças socioeconômicas,
constitucionais e raciais.
• As alterações estruturais do sistema respiratório do idoso englobam
modificações que ocorrem nos pulmões, na caixa torácica, na
musculatura respiratória e no drive respiratório.

• Com o envelhecimento, ocorre a ossificação das cartilagens das


costelas e alterações da coluna vertebral, reduzindo a complacência
da caixa torácica. (BAPTISTA; ALVES, 2005; BRITTO et al., 2005).

• Estas modificações da estrutura torácica limitam a expansão


pulmonar, provocando uma diminuição da capacidade inspiratória e
debilidade dos músculos diafragmático e intercostais (GUIMARÃES;
CUNHA, 2004).

• O diafrágma pouco se atrofia devido sua contínua atividade.


• Para Freitas et al (2002), a alteração da elasticidade,
da complacência e dos volumes pulmonares, são
decorrentes das mudanças do tecidos conectivo
pulmonar, da redução de massa muscular e da
acentuação da cifose fisiológica, são descritas como
fatores limitantes na terceira idade que,
freqüentemente, podem comprometer a reserva
funcional dos idosos, tornando-os sintomáticos.

• As propriedades mecânicas do pulmão do idoso estão


fisiologicamente alteradas quando comparadas com as
do adulto jovem.
• Todas estas alterações citadas são
responsáveis por alterações funcionais, dentre
elas o aumento da capacidade residual
funcional e do volume residual, bem como a
diminuição da capacidade vital forçada, do
volume expiratório forçado no primeiro
segundo e da ventilação voluntária máxima,
dificultando a realização de atividades de vida
diária e a manutenção de um estilo de vida
saudável (ASSIS; RABELO, 2006).
Volumes e Capacidades Pulmonares no
envelhecimento
• Espaço morto anatômico= aumenta
• Volume corrente (VC) em repouso normal ou diminuido
• Volume de reserva inspiratória(VRI)= diminui
• Volume de reserva expiratória(VRE)= diminui
• Capacidade inspiratória CI=(VC + VRI)= diminui
• Capacidade expiratória CE=(VC + VRE)= diminui
• Capacidade vital CV=(VC+VRI+VRE)diminui 20mL/ano
• Volume residual (VR)= aumenta 20mL/ano
• Capacidade Residual Funcional CRF= (VRE+VR)=aumenta
• Capacidade Pulmonar Total CPT=(CV+VR)= inalterada
• Indice de Hiperinsuflação Pulmonar(VR/CPT)= aumenta
• Com o avanço da idade, a capacidade pulmonar total (CPT)
permanece constante, porém os demais volumes pulmonares
apresentam mudanças.

• A capacidade residual funcional (CRF), determinada pelo equilíbrio


entre a tendência natural do pulmão pra retrair e a tendência
contrária da parede do tórax para expandir-se, encontra-se
ligeiramente elevada no idoso. São considerados fatores
contribuintes para esta alteração o aumento do volume de oclusão,
secundário ao colapso das pequenas vias aéreas, e o esvaziamento
pulmonar insatisfatório, decorrente de aumento da complacência
alveolar e diminuição da elasticidade pulmonar .

A capacidade vital (CV) está ligeiramente reduzida no indivíduo


idoso, devido ao aumento do volume residual decorrente da
redução da complacência torácica, aumento da complacência
pulmonar e redução da força dos músculos respiratórios .
• O volume residual (VR), volume que permanece no pulmão após uma expiração
máxima, está aumentado em decorrência das mudanças nas propriedades
elásticas do pulmão
• Existem divergências quanto à natureza da alteração do volume corrente (VC) no
idoso. Segundo Gorzoni, 2002, o VC, bem como a CPT, pouco se altera 5. Em
contrapartida, Lorenzo e Velloso, 2007, relata que as alterações estruturais do
sistema respiratório levam à redução do VC e ligeiro aumento compensatório da
freqüência respiratória (FR) . Há, ainda, quem defenda o aumento do VC e,
consequentemente, do volume minuto no idoso .
• A expiração forçada é realizada pela função do músculo respiratório e o recuo
elástico do pulmão, que diminui com a idade fazendo com que ocorra um
fechamento precoce das vias aéreas durante a manobra expiratórias. Além de
apresentar redução nas taxas de fluxo expiratório forçado associado à idade, essa
diminuição de fluxo em vias aéreas de pequeno calibre tem diversas implicações
importantes, como diminuição das taxas de fluxo expiratório, que podem resultar
em uma tosse menos efetiva e pode levar a anormalidade na troca gasosa . O
colapso das vias aéreas distais cria um desequilíbrio entre ventilação e perfusão,
levando a uma redução da pressão arterial de oxigênio (PaO2). O volume
expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) diminui aproximadamente 30ml
anualmente
• A expiração forçada é realizada pela função do músculo respiratório e
o recuo elástico do pulmão, que diminui com a idade fazendo com
que ocorra um fechamento precoce das vias aéreas durante a
manobra expiratórias. Além de apresentar redução nas taxas de fluxo
expiratório forçado associado à idade, essa diminuição de fluxo em
vias aéreas de pequeno calibre tem diversas implicações importantes,
como diminuição das taxas de fluxo expiratório, que podem resultar
em uma tosse menos efetiva e pode levar a anormalidade na troca
gasosa . O colapso das vias aéreas distais cria um desequilíbrio entre
ventilação e perfusão, levando a uma redução da pressão arterial de
oxigênio (PaO2). O volume expiratório forçado no primeiro segundo
(VEF1) diminui aproximadamente 30ml anualmente.
• Pelo fato do sistema respiratório possuir grandes reservas
respiratórias, a redução da sua função pode passar despercebida
num idoso saudável, até que ele chegue na 6ª, 7ª ou até mesmo 8ª
década de vida.
Atuação da Fisioterapia
• A fisioterapia respiratória pode atuar tanto na
prevenção quanto no tratamento de
pneumopatias em idosos, utilizando diversas
técnicas e procedimentos terapêuticos. O
objetivo da fisioterapia é estabelecer ou
recuperar um padrão respiratório funcional,
possibilitando o indivíduo a realizar suas
atividades de vida diária sem grandes gastos
energéticos.
Referências Bibliográficas
• http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/IvoneteSilva/tcc.pdf

• http://www.fisioworkrs.com.br/php/novidades.php?novidade=51
• http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/1158083988_86_0.pdf
• http://www.idosofisioabdala.com/text/86164.html

• http://www.scielo.br/pdf/rba/v52n4/v52n4a11.pdf

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