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INSTITUTO FEDER AL DE SAN TA C ATARIN A

DEPAR TAMEN TO AC ADÊMIC O DE LINGU AGEM, TECNOLOGIA, EDUC AÇÃO E C IÊNCIA


DISCIPLIN A: CÁLCULO A
PROFESSOR: ANTÔNIO JOÃO
ESTUD ANTE: D ATA:

APLICAÇÕES DA DERIVADA
TAXA DE VARIAÇÃO

A derivada pode ser interpretada como um taxa de variação. Dada uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥), quando a
variável independente varia de 𝑥 a 𝑥 + ∆𝑥, a correspondente variação de 𝑦 será
∆𝑦 = 𝑓 𝑥 + ∆𝑥 − 𝑓(𝑥).

O quociente

∆𝑦 𝑓 𝑥 + ∆𝑥 − 𝑓 𝑥
=
∆𝑥 ∆𝑥
representa a taxa média de variação de 𝑦 em relação a 𝑥.
A derivada
𝑓 𝑥 + Δ𝑥 − 𝑓 𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = lim
Δ𝑥→0 Δ𝑥

Que pode ser reescrita como;


𝑓 𝑥+h −𝑓 𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = lim
h→0 h

é a taxa instantânea de variação ou simplesmente taxa de variação de 𝑦 em relação a 𝑥.


VELOCIDADE E ACELERAÇÃO
Suponhamos que um corpo se move em linha reta e que 𝑠 = 𝑠(𝑡) represente o espaço percorrido pelo
móvel ate o instante 𝑡. Então, no intervalo de tempo entre 𝑡 e 𝑡 + ∆𝑡, o corpo sofre um deslocamento;
∆𝑠 = 𝑠 𝑡 + ∆𝑡 − 𝑠(𝑡).
Definimos a velocidade média nesse intervalo de tempo como o quociente;
𝑠 𝑡 + ∆𝑡 − 𝑠 𝑡
𝑣𝑚 =
∆𝑡

ou seja;
∆𝑠
𝑣𝑚 =
∆𝑡
A velocidade instantânea, ou velocidade no instante t, e o limite das velocidades médias quando ∆𝑡 se
aproxima de zero, isto e,

𝑠 𝑡 + ∆𝑡 − 𝑠 𝑡
𝑣 = lim
∆𝑡 →0 ∆𝑡

Esse limite nada mais é que a derivada da função 𝑠 = 𝑠(𝑡) em relação a 𝑡. Portanto,

𝑑𝑠
𝑣 (𝑡) = 𝑠 ′(𝑡) =
𝑑𝑡

O conceito de aceleração e introduzido de maneira análoga ao de velocidade.


A aceleração média no intervalo de tempo de 𝑡 ate 𝑡 + ∆𝑡 e dada por

𝑣 𝑡 + ∆𝑡 − 𝑣 𝑡
𝑎𝑚 =
∆𝑡

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ou seja;
Δ𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡
A taxa instantânea de variação da velocidade com relação ao tempo é chamada a aceleração do objeto.
Assim, a função da aceleração é a derivada da função velocidade e, portanto, é a segunda derivada da
função posição:
𝑎 𝑡 = 𝑣 ′ 𝑡 = 𝑠 ′′ (𝑡)

Ou pela notação de Leibniz:


𝑑𝑣 𝑑2 𝑠
𝑎 𝑡 = =
𝑑𝑡 𝑑 𝑡2

Torque é a derivada da aceleração em relação ao tempo:

𝑑𝑎 𝑑 3 𝑠
𝑗 𝑡 = =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 3

EXEMPLO: No instante 𝑡 = 0 um corpo inicia um movimento em linha reta. Sua posição no instante
𝑡 é dada por 𝑠 𝑡 = 𝑡 3 − 6𝑡 2 + 9𝑡, onde 𝑡 é dado em segundos e 𝑠 em metros.
Determinar:
(a) a velocidade média do corpo no (c) a aceleração média no intervalo [0; 5];
intervalo de tempo [1, 5];
𝑣 5 −𝑣 0
𝑎𝑚 =
𝑠 5 −𝑠 1 5−0
𝑣𝑚 = 2
5−1 observe que 𝑣 𝑡 = 3𝑡 − 12𝑡 + 9
assim:
20 − 4
𝑣𝑚 = ⟹ 𝑣𝑚 = 4 𝑚/𝑠 24 − 9
4
𝑎𝑚 = ⟹ 𝑎 𝑚 = 3 𝑚/𝑠 2
(b) a velocidade do corpo no instante 5
𝑡 = 4; (d) a aceleração no instante 𝑡 = 4.
𝑣 𝑡 = 𝑠 ′ 𝑡 = (𝑡 3 − 6𝑡 2 + 9𝑡)′ 𝑎 𝑡 = 𝑣 ′ 𝑡 = (3𝑡 2 − 12𝑡 + 9)′

𝑣 𝑡 = 3𝑡 2 − 12𝑡 + 9 𝑎 𝑡 = 6𝑡 − 12
portanto para 𝑡 = 4 segundos temos:
portanto em 𝑡 = 4 segundos temos:
𝑎 4 = 6 × 4 − 12
2
𝑣 4 = 3 × 4 − 12 × 4 + 9
𝑎(4) = 12 𝑚/𝑠 2
𝑣 4 = 9 𝑚/𝑠

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DERIVADAS NA ECONOMIA

Engenheiros usam os termos velocidade e aceleração para se referir às derivadas das funções que
descrevem o movimento. Os economistas também possuem um vocabulário específico para taxas de
variação e derivadas. Eles as chamam de marginais.

Em uma operação de manufatura, o custo da produção 𝑐(𝑥) é uma função de 𝑥, o número de unidades
produzido. O custo marginal da produção é a taxa de variação do custo em relação ao nível de
𝑑𝑐
produção, isto é, .
𝑑𝑥

Suponha que 𝑐(𝑥) represente o custo semanal da produção de 𝑥 toneladas de aço. Produzir 𝑥 + 𝑕
unidades por semana custa mais; a diferença de custo, dividida por 𝑕, é o custo médio para produzir
cada tonelada adicional:

Δ𝑐
= 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜
Δ𝑥
Δ𝑐 𝑐 𝑥 + 𝑕 − 𝑐 𝑥
=
Δ𝑥 𝑕

O limite dessa razão quando 𝑕 → 0 é o custo marginal para produzir mais aço por semana quando a
produção semanal atual de aço é de 𝑥 toneladas.

𝑑𝑐 𝑐 𝑥 + 𝑕 −𝑐 𝑥
= lim = custo marginal da produção
𝑑𝑥 𝑕→0 𝑕

EXEMPLO Custo e Rendime ntos Marginais

Suponha que o custo seja

𝑐 𝑥 = 𝑥 3 − 6𝑥 2 + 15𝑥

dólares para produzir 𝑥 aquecedores quando são produzidos de 8 a 30 e que

𝑟 𝑥 = 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 12𝑥

represente o rendimento da venda de 𝑥 aquecedores. Sua loja produz 10 aquecedores por dia. Qual será
o custo adicional para produzir um aquecedor a mais por dia e qual o aumento estimado no rendimento
na venda de 11 aquecedores por dia?

Resolução

O custo para produzir um aquecedor a mais, quando são produzidos 10 por dia, é de aproximadamente
𝑐 ′ 10 :

𝑐 ′ 𝑥 = 3𝑥 2 − 12𝑥 + 15

𝑐 ′ 10 = 300 − 120 + 15 = 195

O custo adicional será de aproximadamente $195. O rendimento marginal é

𝑟 ′ 𝑥 = 3𝑥 2 − 6𝑥 + 12

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A função rendimento marginal estima o aumento no rendimento como resultado da venda de uma
unidade adicional. Se você vende atualmente 10 aquecedores por dia, pode esperar que seu rendimento
aumente em torno de

𝑟 ′ 10 = 300 − 60 + 12 = 252

se a venda aumentar para 11 aquecedores por dia.

APLICAÇÃO DA DERIVADA NA RESOLUÇÃO DE LIMITES

REGRA DE L’HOSPITAL

Suponha que 𝑓 e 𝑔 são deriváveis e 𝑔 ′ (𝑥) ≠ 0 próximo de 𝑎 (exceto em 𝑎). Suponha que;

lim 𝑓 𝑥 = 0 𝑒 lim 𝑔 𝑥 = 0
𝑥→𝑎 𝑥 →𝑎

Ou que

lim 𝑓 𝑥 = ±∞ 𝑒 lim 𝑔 𝑥 = ±∞
𝑥→𝑎 𝑥 →𝑎

0 ∞
(em outras palavras, nós temos uma indeterminação do tipo 𝑜𝑢 .) então
0 ∞

𝑓 𝑥 𝑓′ 𝑥
lim = lim
𝑥→𝑎 𝑔 𝑥 𝑥→𝑎 𝑔 ′ 𝑥

EXEMPLO

1. Calcule os seguintes limites usando L’Hospital.

ln 𝑥 𝑒𝑥 ln 𝑥 tg 𝑥 − 𝑥
𝑎) lim 𝑏) lim 𝑐) lim 𝑑) lim
𝑥→1 𝑥 −1 𝑥→∞ 𝑥 2 𝑥→∞ 3 𝑥 𝑥→0 𝑥3

Resolução no caderno.

Difere nças Indeterminadas

Se lim 𝑥 →𝑎 𝑓 𝑥 = ∞ 𝑒 lim 𝑥 →𝑎 𝑔 𝑥 = ∞, então o limite

lim 𝑓 𝑥 − 𝑔 𝑥
𝑥→𝑎

é chamado forma indeterminada do tipo ∞ − ∞. Para descobrirmos, tentamos converter a diferença


em um quociente (usando o denominador comum ou racionalização, ou pondo em evidência um fator
0 ∞
em comum, por exemplo), de maneira a termos uma forma indeterminada do tipo ou .
0 ∞

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2. Calcule

lim
𝜋 − sec 𝑥 − tan 𝑥
𝑥→
2

Resolução
𝜋 −
Observe primeiro que sec 𝑥 → ∞ e tan 𝑥 → ∞ quando 𝑥 → ; logo, o limite é indeterminado. Aqui
2
usamos um denominador comum.

1 sin 𝑥
lim𝜋 − sec 𝑥 − tan 𝑥 = lim
𝜋 − −
𝑥→ 𝑥→ cos 𝑥 cos 𝑥
2 2

1 − sin 𝑥
= lim
𝜋 −
𝑥→ cos 𝑥
2

Aplicando L'Hospital, temos;


− cos 𝑥
= lim
𝜋 − =0
𝑥→ − sin 𝑥
2

Potências Indeterminadas

Várias formas indeterminadas surgem do limite


𝑔 𝑥
lim 𝑓 𝑥
𝑥→𝑎

1. lim 𝑓 𝑥 = 0 𝑒 lim 𝑔 𝑥 = 0 , 𝑡𝑖𝑝𝑜 00


𝑥→𝑎 𝑥 →𝑎

2. lim 𝑓 𝑥 = ∞ 𝑒 lim 𝑔 𝑥 = 0 , 𝑡𝑖𝑝𝑜 ∞0


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

3. lim 𝑓 𝑥 = 1 𝑒 lim 𝑔 𝑥 = ± ∞ , 𝑡𝑖𝑝𝑜 1∞


𝑥→𝑎 𝑥 →𝑎

Cada um dos três casos pode ser tratado tanto tomando o logaritmo natural:

Seja
𝑔 𝑥 𝑔 𝑥
𝑦= 𝑓 𝑥 , então ln 𝑦 = ln 𝑓 𝑥 , o que nos dá;

ln 𝑦 = 𝑔 𝑥 ln 𝑓 𝑥

ou seja

𝑦 = 𝑒𝑔 𝑥 ln 𝑓 𝑥

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EXEMPLO

3. Calcule
cot 𝑥
lim 1 + sin 4𝑥
𝑥→0+

Resolução

Observe primeiro que quando 𝑥 → 0+ 1 + sin 4𝑥 → 1 e cot 𝑥 → ∞; logo, o limite é indeterminado.


Considere
cot 𝑥
y = 1 + sin 4𝑥

Então

cot 𝑥
ln y = ln 1 + sin 4𝑥

ln y = cot 𝑥 ln 1 + sin 4𝑥
1
Mas cot 𝑥 = o que nos leva a
tan 𝑥

ln 1 + sin 4𝑥
ln y =
tan 𝑥

então

ln 1 + sin 4𝑥
lim+ ln y = lim+
𝑥 →0 𝑥→0 tan 𝑥

Aplicando a regra de l'Hospital temos

4 cos 𝑥
lim ln y = lim+ 1 + sin 4𝑥 = 4
𝑥→0 + 𝑥→0 sec 2 𝑥

Até aqui calculamos o limite de ln y, mas o que realmente queremos é o limite de 𝑦. Para achá- lo
usamos o fato de que 𝑦 = 𝑒 ln 𝑦 :
cot 𝑥
lim 1 + sin 4𝑥 = lim+ 𝑦 = lim+ 𝑒 ln 𝑦 = 𝑒 4
𝑥→0 + 𝑥→0 𝑥→0

TAXAS RELACIONADAS (Taxas de variação)

EXEMPLO. Considere que o raio 𝑟 e a altura 𝑕 de um cone são funções deriváveis de 𝑡 e que 𝑉 seja o
𝑑𝑉 𝑑𝑟 𝑑𝑕
volume do cone. Encontre a equação que relacione , 𝑒 .
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

Resolução
𝜋
𝑉= 𝑟2𝑕
3

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𝑑𝑉 𝜋 𝑑𝑟 𝑑𝑕 𝜋 𝑑𝑕 𝑑𝑟
= 2𝑟 𝑕 + 𝑟2 = 𝑟2 + 2𝑟𝑕
𝑑𝑡 3 𝑑𝑡 𝑑𝑡 3 𝑑𝑡 𝑑𝑡

EXEMPLO: Calcular a taxa de variação da área EXEMPLO: O ar está sendo bombeado para um
de um triângulo equilátero, em relação ao seu lado. balão esférico para que seu volume aumente a uma
Qual seu valor quando o lado mede 8 cm? taxa de 100 𝑐𝑚3 /𝑠. Quão rápido está crescendo o
Resolução:
raio do balão quando o diâmetro é de 50 𝑐𝑚?
Representando o lado do triângulo por 𝑙, sua altura
SOLUÇÃO
𝑙 3
será e sua área será: 1- Informação dada: a taxa de crescimento do
2
volume de ar é 100 𝑐𝑚3 /𝑠.
𝑏𝑎𝑠𝑒 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
𝐴 𝑙 =
2 2- Informação desconhecida: a taxa de
𝑙 3
𝑙×
2
crescimento do raio quando o diâmetro é de 50 𝑐𝑚
𝐴 𝑙 =
2
𝑙2 3 Para expressar estas quantidades matematicamente,
𝐴 𝑙 = apresentamos algumas notações sugestivas:
4
Assim, a taxa de variação será dada pela derivada
Seja 𝑉 o volume do balão e 𝑟 seu raio. Vale
da função acima:
lembrar que as taxas de variação são derivadas.
2𝑙 3 Para este problema, o volume e o raio são ambas
𝐴′ 𝑙 =
4 funções do tempo. A taxa de crescimento do
𝑙 3 volume em relação ao tempo é a derivada
𝑑𝑉
ea
𝐴′ 𝑙 = 𝑑𝑡
2 𝑑𝑟
o valor para 𝑙 = 8 𝑐𝑚 é: taxa de crescimento do raio é .
𝑑𝑡

𝐴′ 8 = 4 3 Dessa forma temos:


𝑑𝑉
Dado: = 100 𝑐𝑚3 /𝑠
Isso significa que a razão de crescimento da área 𝑑𝑡
𝑑𝑟
do triângulo, em relação ao crescimento do lado, Desconhecido: quando 𝑟 = 25 𝑐𝑚
𝑑𝑡
quando este mede 8 𝑐𝑚 é de 4 3 𝑚2 para cada Sabemos que o volume de uma esfera é dado por:
metro acrescido ao comprimento do lado. 4
𝑉 = 𝜋𝑟 3
3
A derivada do volume em relação ao tempo e:
𝑑𝑉 𝑑𝑉 𝑑𝑟
= ∙
𝑑𝑡 𝑑𝑟 𝑑𝑡
Assim temos
𝑑𝑟
100 = 4𝜋𝑟 2 ∙
𝑑𝑡
quando 𝑟 = 25, temos:
𝑑𝑟
100 = 4𝜋252 ∙
𝑑𝑡
𝑑𝑟 100
=
𝑑𝑡 100 ∙ 25𝜋
𝑑𝑟 1
= 𝑐𝑚/𝑠
𝑑𝑡 25𝜋
1
O raio do balão cresce a uma taxa de 𝑐𝑚/𝑠
25𝜋

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EXEMPLO.

Uma viatura da polícia, vindo do norte e aproximando-se de um cruzamento em ângulo reto, está
perseguindo um carro em alta velocidade, que no cruzamento toma a direção leste. Quando a viatura
está a 6 mi ao norte do cruzamento e o carro fugitivo a 0,8 mi a leste, o radar da polícia detecta que a
distância entre a viatura e o fugitivo está aumentando a 20 mi/h. Se a viatura está se deslocando a
60 𝑚𝑖/𝑕 no instante dessa medida, qual é a velocidade do fugitivo?

Resolução

Temos;

𝑑𝑦 𝑑𝑠
𝑥 = 0,8 𝑚𝑖 𝑦 = 0,6 𝑚𝑖 = −60𝑚𝑖 /𝑕 = 20 𝑚𝑖/𝑕
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑦
Observe que é negativa porque 𝑦 está diminuindo.
𝑑𝑡

Usando Pitágoras temos

𝑠2 = 𝑥 2 + 𝑦 2

𝑠= 𝑥 2 + 𝑦2

Lembre-se que 𝑠, 𝑥 𝑒 𝑦 são funções do tempo


𝑑𝑠 𝑑𝑥 𝑑𝑦
2𝑠 = 2𝑥 + 2𝑦
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑠 1 𝑑𝑥 𝑑𝑦
= 𝑥 +𝑦
𝑑𝑡 𝑠 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑠 1 𝑑𝑥 𝑑𝑦
= 𝑥 +𝑦
𝑑𝑡 𝑥 2 + 𝑦2 𝑑𝑡 𝑑𝑡

Substituindo esses valores

𝑑𝑦 𝑚𝑖 𝑑𝑠 𝑚𝑖
𝑥 = 0,8 𝑚𝑖 𝑦 = 0,6 𝑚𝑖 = −60 = 20
𝑑𝑡 𝑕 𝑑𝑡 𝑕

na expressão encontrada temos

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1 𝑑𝑥
20 = 0,8 + 0,6 −60
0,82 + 0,62 𝑑𝑡

𝑑𝑥
= 70
𝑑𝑡

No momento em questão, a velocidade do carro é de 70 𝑚𝑖/𝑕.

EXEMPLO.

A tensão 𝑉, a corrente 𝐼 e a resistência 𝑅 de um circuito elétrico estão relacionadas entre si pela equação
𝑉 = 𝑅𝐼. Suponha que 𝑉 esteja aumentando a uma taxa de 1 𝑣𝑜𝑙𝑡/𝑠, enquanto 𝐼 está diminuindo a uma
1
taxa de 𝐴/𝑠. Representaremos o tempo 𝑡 em segundos.
3

𝑑𝑉
(a) Qual é o valor de ?
𝑑𝑡

𝑑𝐼
(b) Qual é o valor de ?
𝑑𝑡

𝑑𝑅 𝑑𝑉 𝑑𝐼
(c) Qual equação relaciona 𝑎 𝑒 ?
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

(d) Encontre a taxa com a qual 𝑅 está variando quando 𝑉 = 12𝑉 e 𝐼 = 2𝐴. 𝑅 está aumentando ou
diminuindo?

EXEMPLO. Um tanque tem a forma de um cone invertido, tendo altura de 20 m e raio de 4 m.


A água está fluindo para dentro do tanque a uma taxa de 2 m³/min. Quão rápido se eleva o
nível de água no tanque quando a água estiver com 5m de profundidade?

Resolução no caderno

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EXEMPLO. Um tanque de água possui o formato de um cone circular invertido, com base de raio de
2 𝑚 e altura igual a 4 𝑚. Se a água está sendo bombeada para o tanque a uma taxa de 2𝑚3 /𝑚𝑖𝑛 ,
encontre a taxa na qual o nível de água está aumentando quando a água estiver a 3 𝑚 de profundidade.

Resolução

Sejam 𝑉, 𝑟 𝑒 𝑕 o volume da água, o raio da superfície e a altura

no instante 𝑡, onde 𝑡 é medido em minutos.


𝑑𝑉 𝑑𝑕
Foi-nos dado que = 2𝑚3 /𝑚𝑖𝑛 e nos foi pedido para encontrar
𝑑𝑡 𝑑𝑡

quando 𝑕 for 3 𝑚. As quantidades 𝑉 𝑒 𝑕 são relacionadas pela equação.

1 2
𝑉= 𝜋𝑟 𝑕
3

mas é útil expressar 𝑉 como uma função apenas de 𝑕. Para eliminar 𝑟, usamos triângulos semelhantes
para escrever

𝑟 2
=
𝑕 4
𝑕
𝑟=
2

e a expressão para 𝑉 se torna


2
1 𝑕
𝑉= 𝜋 𝑕
3 2
𝜋 3
𝑉= 𝑕
12

Agora podemos derivar cada lado em relação a 𝑡:

𝑑𝑉 𝜋 𝑑𝑕
= 𝑕2
𝑑𝑡 4 𝑑𝑡
𝜋 2
𝑑𝑕
2= 3
4 𝑑𝑡
𝑑𝑕 8
=
𝑑𝑡 9𝜋
8
O nível da água está subindo a uma taxa de ≈ 0,28 𝑚 / 𝑚𝑖𝑛.
9𝜋

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Análise de uma função de lucro

O lucro 𝑃 (em dólares) de uma empresa que vende 𝑥 unidades de um produto pode ser modelado por

1
𝑃 = 500𝑥 − 𝑥 2
4

As vendas estão aumentando a uma taxa de 10 unidades por dia. Determine a taxa de variação no lucro ( em
dólares por dia) quando 500 unidades tiverem sido vendidas.

Solução:

Como foi pedida a taxa de variação em dólares por dia, deve-se derivar a equação fornecida em relação ao
tempo 𝑡.

1
𝑃 = 500𝑥 − 𝑥 2
4
𝑑𝑃 𝑑𝑥 1 𝑑𝑥
= 500 −2 𝑥
𝑑𝑡 𝑑𝑡 4 𝑑𝑡
𝑑𝑃 𝑑𝑥 𝑥 𝑑𝑥
= 500 − ∙
𝑑𝑡 𝑑𝑡 2 𝑑𝑡

As vendas aumentam à taxa constante de 10 unidades por dia, por tanto

𝑑𝑥
= 10
𝑑𝑡
𝑑𝑥
Quando 𝑥 = 500 unidades e = 10, a taxa de variação do lucro será
𝑑𝑡

𝑑𝑃 500
= 500 10 − 10
𝑑𝑡 2
𝑑𝑃
= 2500 𝑑ó𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎
𝑑𝑡

Aume nto da Produção

Uma empresa está aumentando sua produção a uma taxa de 200 unidades por semana. A função de demanda
semanal é modelada por

𝑝 = 100 − 0,001𝑥

em que 𝑝 é o preço por unidade e 𝑥 é o número de unidades produzidas em uma semana. Determine a taxa
de variação da receita em relação ao tempo quando a produção semanal for de 2000 unidades. A taxa de
variação da receita será maior que 20000 dólares por semana?

Solução

Receita: 𝑅 = 𝑥𝑝

𝑅 = 𝑥 100 − 0,001𝑥

𝑅 = 100𝑥 − 0,001𝑥 2

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Taxa dada:

𝑑𝑥
= 200
𝑑𝑡

Queremos determinar

𝑑𝑅
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = 2000
𝑑𝑡

Por meio de derivação da equação da receita temos;

𝑅 = 100𝑥 − 0,001𝑥 2

𝑑 𝑑
𝑅 = 100𝑥 − 0,001𝑥 2
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑅 𝑑𝑥 𝑑𝑥
= 100 − 0,002𝑥
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑅
= 100 200 − 0,002 2000 200
𝑑𝑡
𝑑𝑅
= 19200 𝑑ó𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎.
𝑑𝑡

Não, a taxa de variação da receita não será maior que 20000 dólares por semana.

MÁXIMOS E MÍNIMOS

Definição: Uma função tem um máximo Definição: Uma função 𝑓 tem um máximo local
absoluto (ou máximo global) em 𝑐 se 𝑓 𝑐 ≥ (ou máximo relativo) em 𝑐 se 𝑓 𝑐 ≥ 𝑓(𝑥)
𝑓(𝑥) para todo 𝑥 pertencente ao domínio 𝐷 da quando 𝑥 está próximo de c. Isto significa que
função. O número 𝑓 𝑐 é chamado o valor 𝑓 𝑐 ≥ 𝑓 𝑥 para todo 𝑥 em algum intervalo
máximo em 𝐷. Da mesma forma, 𝑓 tem um aberto contendo 𝑐. Da mesma forma, 𝑓 tem um
mínimo absoluto em 𝑐, se 𝑓 𝑐 ≤ 𝑓(𝑥) para todo mínimo local em 𝑐 se 𝑓 𝑐 ≤ 𝑓(𝑥) quando 𝑥 está
𝑥 pertencente a 𝐷 e o número 𝑓 𝑐 é chamado o perto de 𝑐.
valor mínimo de 𝑓 em 𝐷. Os valores máximos e
mínimos de 𝑓 são chamados os valores extre mos.

𝑎, 𝑥 2, 𝑥 4 𝑒 𝑏 são pontos de mínimo locais de 𝑓,


enquanto 𝑥 1, 𝑥 3 𝑒 𝑥 5 são
Note que 𝑓 tem um máximo absoluto em 𝑑 e um
mínimo absoluto em 𝑎, portanto 𝑓(𝑎) é um valor pontos de máximos locais de 𝑓.
mínimo e 𝑓(𝑑) é um valor máximo.

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EXEMPLO:
Observe o gráfico da função 𝑓 𝑥 = 3𝑥 4 − 16𝑥 3 + 18𝑥 2 1 ≤ 𝑥 ≤ 4, abaixo;

Podemos observar que 𝑓 1 = 5 é um máximo local, que o máximo

absoluto é 𝑓 −1 = 37. (Esse máximo absoluto não é um máximo

local porque ele ocorre em um ponto de extremidade.) Além disso

𝑓 0 = 0 é um mínimo local e 𝑓 3 = −27é um mínimo local e

um mínimo absoluto. Note que não tem um máximo local nem um

máximo absoluto em 𝑥 = 4.

Teorema de Fe rmat: se 𝑓 tem um máximo local ou mínimo local em 𝑐, e se 𝑓 ′ (𝑐)existir, então 𝑓 ′ 𝑐 = 0.

CUIDADO Definição: Um valor crítico de uma função 𝑓 é um


número 𝑐 no domínio de 𝑓 tais que 𝑓 ′ 𝑐 = 0 ou
Não podemos esperar para localizar valores
𝑓 ′ (𝑐) não existe.
extremos simplesmente, definindo 𝑓 ′ 𝑥 = 0 e
resolvendo em função de 𝑥. Nem sempre quando EXEMPLO: Encontrar os números críticos de
3
𝑓 ′ 𝑐 = 0, significa que 𝑓 tem um mínimo ou 𝑓 𝑥 = 𝑥 5 (4 − 𝑥).
máximo local em 𝑐, ou seja a recíproca do
Teorema de Fermat não é verdadeira. Resolução: reescrevendo a função temos:
3 8
EXEMPLO: 𝑓 𝑥 = 4𝑥 5 − 𝑥 5
Se 𝑓 𝑥 = 𝑥 3, então 𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥 2, portanto
Para encontrarmos os pontos críticos, encontramos a
𝑓 ′ 0 = 0. Mas 𝑓 não tem máximo ou mínimo primeira derivada;
em 𝑥 = 0, como você pode ver no seu gráfico.
(Ou observar que 𝑥 3 > 0 para 𝑥 > 0, mas 12 −
2 8 3
𝑓′ 𝑥 = 𝑥 5− 𝑥5
𝑥 3 < 0 para 𝑥 < 0 ). O fato de que 𝑓 ′ 0 = 0 5 5
significa simplesmente que a curva 𝑦 = 𝑥 3 tem 3
uma tangente horizontal em (0,0). Em vez de um 12 8𝑥 5
𝑓′ 𝑥 = 2−
máximo ou, no mínimo, a curva atravessa sua 5
5𝑥 5
tangente horizontal em 𝑥 = 0.
12 − 8𝑥
𝑓′ 𝑥 = 2
5𝑥 5

Um ponto crítico é encontrado fazendo 𝑓 ′ 𝑥 = 0,


3
ou seja 12 − 8𝑥 = 0 ⟹ 𝑥 = , o outro ponto crítico
2
2
diz respeito onde 𝑓 ′ (𝑥) não existe ou seja 5𝑥 5 =
3
0 ⇒ 𝑥 = 0. Portanto os pontos críticos são 𝑥 = e
2
𝑥 = 0.
Observe que se 𝑓(𝑥) = 𝑥 3, então 𝑓 ′ 0 = 0 mas
Se 𝒇 te m um máximo local ou mínimo local
𝑓 não tem nem máximo nem mínimo.
em 𝒄, 𝒄 é um ponto crítico de 𝒇.

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Para localizar um máximo absoluto ou um mínimo de uma função contínua em um intervalo fechado,
constatamos que é local [caso em que ele ocorre em um ponto de crítico] ou que ele ocorre em um ponto
de extremidade do intervalo. Assim, o processo em três etapas seguinte sempre funciona.

O método do inte rvalo fechado: Para encontrar os valores máximos e mínimos absolutos de uma
função contínua em um intervalo fechado [𝑎, 𝑏]:

1. localizar os valores dos pontos críticos de 𝑓 em (𝑎, 𝑏).

2. Encontre os valores nos extremos do intervalo.

3. O maior valore da etapas 1 e 2 é o máximo absoluto. O menor destes valores é o mínimo absoluto.

EXEMPLO:
Encontrar os valores máximos e mínimos absolutos da função :
1
𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 1 𝑒𝑚 [− , 4].
2

Resolução:
1
Como 𝑓 é contínua em [− , 4], utilizaremos o método do intervalo fechado;
2

temos;
𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 1

𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥 2 − 6𝑥

𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥(𝑥 − 2)

Observe que 𝑓’(𝑥) existe para todo 𝑥, portanto os pontos críticos de 𝑓 ocorrem quando 𝑓’(𝑥) = 0, que
são encontrados fazendo 3𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 = 0 e 𝑥 − 2 = 0 ⇒ 𝑥 = 2, Desta forma os pontos críticos são
1
𝑥 = 0 e 𝑥 = 2. Observe que cada um desses pontos críticos pertencem ao intervalo − , 4 . Para
2
encontrarmos os valores críticos basta substituir os pontos críticos na função, portanto os valores críticos
são:

𝑓 0 =1𝑒𝑓 2 =3

Agora testamos os extremos do intervalo;

1 1
𝑓 − = 𝑒 𝑓 4 = 17
2 8

Comparando esses quatro valores, observamos 𝑓 2 = −3 é um mínimo absoluto e 𝑓 4 = 17 é um


máximo absoluto.
Note que neste exemplo o máximo absoluto ocorre
em um ponto de extremidade, enquanto o mínimo
absoluto ocorre em um ponto crítico. O gráfico da
função é mostrado abaixo:

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EXEMPLO: Use o cálculo para encontrar os valores mínimos e máximos da função

𝑓 𝑥 = 𝑥 − 2 sen 𝑥 no intervalo 0 ≤ 𝑥 ≤ 2𝜋.

Resolução: a função 𝑓 𝑥 = 𝑥 − 2 sen 𝑥 é contínua no intervalo 0 ≤ 𝑥 ≤ 2𝜋 e𝑓 ′ 𝑥 = 1 − 2 cos 𝑥,


1 𝜋 5𝜋
temos 𝑓 ′ 𝑥 = 0, quando 1 − 2 cos 𝑥 = 0 ⟹ cos 𝑥 = e isto ocorre quando 𝑥 = ou 𝑥 = . Os
2 3 3
valores críticos são:
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
𝑓 = − 2 sen = − 3 ≈ −0,6848 …
3 3 3 3
5𝜋 5𝜋 5𝜋 5𝜋
𝑓 = − 2 sen = + 3 ≈ 6,9680 …
3 3 3 3

Os valores de 𝑓 nos extremos do intervalo são;

𝑓 0 = 0 𝑒 𝑓 2𝜋 = 2𝜋 ≈ 6,28
𝜋 𝜋
Comparando esses valores podemos observar que 𝑓 = − 3 é um mínimo absoluto e
3 3

5𝜋 5𝜋
𝑓 = + 3 é um máximo absoluto.
3 3

PROBLEMAS DE M AXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃO

A teoria de máximos e mínimos permite resolver vários problemas concretos de Física, Geometria,
Estatística, Economia etc.

Na resolução de um problema prático envolvendo máximos e/ou mínimos devemos sempre nos
preocupar em equacionar o problema envolvendo o que se deseja maximizar ou minimizar. Em seguida,
devemos proceder da seguinte forma:

1º) transformar o problema numa função cujos máximos ou mínimos se procuram.

2º) Com os dados do problema, exprimir a função obtida numa só variável.

3º) Calcular os extremos relativos da função.

EXEMPLOS
1. Determine as dimensões de um retângulo de área 100 𝑚2 de modo que seu perímetro seja mínimo.
Resolução no caderno.

2. Um corpo lançado do solo verticalmente para cima, com velocidade de 40 𝑚/𝑠 , num local em que
𝑔 = 10𝑚/𝑠 2, tem posição 𝑠 em função do tempo 𝑡 dada pela função horária 𝑠 𝑡 = 40𝑡 − 5𝑡 2 com
0 ≤ 𝑡 ≤ 8.

a) Qual o tempo gasto para atingir a altura máxima em relação ao solo?

b) Qual a altura máxima atingida?

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3. Com uma folha retangular de cartolina se quer
construir uma caixa de máximo volume 𝑥 𝑥
possível, cortando um quadrado em cada canto, 𝑥 𝑥
conforme indica a figura.
40𝑐𝑚
As dimensões da folha são 60 𝑐𝑚 𝑝𝑜𝑟 40 𝑐𝑚
𝑥 𝑥
a) Calcular o valor de x. 𝑥 𝑥
b) Calcular o volume máximo da caixa.
60𝑐𝑚
Resolução no caderno.
1
4. Numa indústria o gasto para se produzir 𝑥 produtos é dado, em reais, por 𝑥 2 + 35𝑥 + 25 e o
4
1
preço de venda de cada produto, em reais, é 50 − 𝑥 .
2
Pede-se

a) Qual deve ser a produção diária para se obter um lucro máximo na venda de 𝑥 produtos?

b) Qual o custo unitário de cada produto para ter um lucro máximo?

Obs: embora 𝑥 represente no contexto desta situação-problema uma grandeza discreta, consideraremos
as funções 𝐿 𝑥 𝑒 𝐶 𝑥 como sendo funções contínuas e deriváveis em ℝ∗+.

Resolução no caderno.
5. Determinar o raio da base de uma lata de refrigerante cilíndrica de volume 350 𝑚𝑙 de modo que o
material gasto na confecção da lata seja mínimo 1 𝑚𝑙 = 1 𝑐𝑚3 .

Resolução no caderno.

.
TEOREMA DE ROLLE: Seja 𝑓 uma função

que satisfaça as três hipóteses seguintes:

1. 𝑓 é contínua no intervalo fechado [𝑎, 𝑏].

2. 𝑓 é diferenciável no intervalo aberto (𝑎, 𝑏).

3. 𝑓 𝑎 = 𝑓(𝑏)

Então, há um número 𝑐 em (𝑎, 𝑏) tal que 𝑓’ 𝑐 = 0.

O Teore ma do Valor Médio: Seja 𝑓 uma função que satisfaça as seguintes hipóteses:

1. 𝑓 é contínua no intervalo fechado [𝑎, 𝑏].

2. 𝑓 é diferenciável no intervalo aberto (𝑎, 𝑏).

Então, há um número 𝑐 em 𝑎, 𝑏 tal que:

𝑓 𝑏 −𝑓 𝑎
𝑓′ 𝑐 =
𝑏−𝑎

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FUNÇÕES CRESCENTES E DECRESCENTES
Teste de Crescimento/decrescimento:

a) se 𝑓 ′ 𝑥 > 0 em um intervalo, então 𝑓 é crescente nesse intervalo.

b) se 𝑓 ′ 𝑥 < 0 em um intervalo, então 𝑓 é decrescente nesse intervalo.

Teste da prime ira de rivada: suponha que 𝑐 seja um ponto crítico de uma função contínua 𝑓.
(a) se 𝑓′ muda de sinal positivo para negativo ao passar por 𝑐, então 𝑓 tem um máximo local em 𝑐.

(b) se 𝑓′ muda de sinal negativo para positivo ao passar por 𝑐, então 𝑓 tem um mínimo local em 𝑐.

(c) se 𝑓′ não altera o sinal ao passar por 𝑐 (por exemplo, se é positivo em ambos os lados de 𝑐 ou
negativa de ambos os lados), então 𝑓 não tem nenhum máximo local ou mínimo em 𝑐.

EXEMPLO:

Encontre onde a função 𝑓 𝑥 = 3𝑥 4 − 4𝑥 3 − 12𝑥 2 + 5 é crescente e onde ela é decrescente.

Resolução: Temos 𝑓 ′ 𝑥 = 12𝑥 3 − 12𝑥 2 − 24𝑥

e, assim, 𝑓 ′ 𝑥 = 0, ou seja ,12𝑥 3 − 12𝑥 2 − 24𝑥 = 0

o que dá;

12𝑥 𝑥 − 2 𝑥 + 1 = 0

temos três raízes; 𝑥 = 0, 𝑥 = 2 𝑒 𝑥 = −1 portanto basta analisarmos o


comportamento da derivada a esquerda e a direita desses valores.

Intervalo 𝑓 ′ (𝑥) 𝑓(𝑥)


𝑥 < −1 − Decrescente em (−∞, −1)
𝑥 = −1 0 Mínimo local, 𝑓 −1 = 0
−1 < 𝑥 < 0 + Crescente em (−1,0)
𝑥=0 0 Máximo local 𝑓 0 = 5
0<𝑥 <2 − Decrescente em (0,2)
𝑥=2 0 Mínimo local 𝑓 2 = −27
𝑥>2 + Crescente em (2, +∞)
Teste da Concavidade:

(a) se 𝑓 ′′ 𝑥 > 0 para todos os valores de 𝑥 num dado intervalo, então o gráfico de 𝑓(𝑥) é côncavo
para cima.

(b) se 𝑓 ′′ 𝑥 < 0 para todos os valores de 𝑥 num dado intervalo, então o gráfico de 𝑓 𝑥 é côncavo para
baixo.

(c) O ponto no qual ocorre a mudança de concavidade da função denomina-se ponto de inflexão. Se a
de rivada segunda é definida no ponto de inflexão, seu valor tem que ser zero, 𝑓 ′′ 𝑥 = 0 para certo
valor 𝑐.

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Outra aplicação da segunda derivada é o teste a seguir para os valores máximos e mínimos. É uma
consequência do teste concavidade.

Teste da segunda derivada: suponha 𝑓 ′′ (𝑥) contínua numa vizinhança próxima de 𝑐.

(a) se 𝑓 ′ 𝑐 = 0 e 𝑓 ′′ 𝑐 > 0, então 𝑓 tem um mínimo local em 𝑐.

(b) se 𝑓 ′ 𝑐 = 0 e 𝑓 ′′ 𝑐 < 0, então 𝑓 tem um máximo local em 𝑐.

EXEMPLO: Discuta a curva 𝑦 = 𝑥 4 − 4𝑥 3 com respeito a concavidade, pontos de inflexão e máximos


e mínimos locais. Use essas informações para esboçar a curva.

Resolução: De 𝑓(𝑥) = 𝑥 4 − 4𝑥 3 obtemos:

𝑓 ′ 𝑥 = 4𝑥 3 − 12𝑥 2 = 4𝑥 2 (𝑥 − 3)

𝑓 ′′ 𝑥 = 12𝑥 2 − 24𝑥 = 12𝑥(𝑥 − 2)

Para encontrar os números críticos faremos 𝑓 ′ 𝑥 = 0 e obtemos 𝑥 = 0 e 𝑥 = 3 e 𝑓 ′′ 𝑥 = 0 e obtemos


𝑥 = 0 𝑒 𝑥 = 2. Para usar o teste da derivada segunda avaliamos esses valores críticos em 𝑓 ′′ (𝑥):

Para 𝑥 = 0 ⟹ 𝑓 ′′ 0 = 0

Para 𝑥 = 3 ⟹ 𝑓 ′′ 3 = 36 > 0

Para 𝑥 = 2 ⟹ 𝑓 ′′ 2 = 0

Assim temos:
Intervalo 𝑓 ′ (𝑥) 𝑓 ′′ (𝑥) 𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
𝑥 <0 − + Conc. Cima Decrescente em (−∞, 0)
𝑥 =0 0 0 Ponto de inflexão, 𝑓 0 = 0
0<𝑥 <2 − − Conc. Baixo Decrescente em (−1,0)
𝑥 =2 0 Ponto de inflexão 𝑓 2 = −16
2<𝑥 <3 − + Conc. Cima Decrescente (2,3)
𝑥 =3 0 + Mínimo local 𝑓 3 = −27
𝑥 >3 + + Conc. Cima Crescente em (0, +∞)

Assim podemos construir o gráfico:

pontos de inflexão

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EXEMPLO: Observe o gráfico e encontre:
𝑓′′(𝑥)
a) O intervalo onde a função é crescente;

b) o intervalo onde a função é decrescente;

c) os pontos onde a função tem valor máximo ou mínimo;

d) os intervalos onde a função tem

concavidade voltada para cima;

e) os intervalos onde a função tem

concavidade voltada para baixo; 𝑓′(𝑥)

f) pontos de inflexão.

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