O documento resume a segunda parte da palestra de Jairnilson Paim sobre a Reforma Sanitária brasileira. Paim apresenta o contexto histórico do surgimento do SUS e discute as diferentes concepções de SUS, dividindo-o em formal, para pobres, real e democrático. Ele reconhece as falhas do sistema de saúde brasileiro, mas defende que o SUS deve ser aprimorado com mais investimentos públicos.
Descrição original:
Esta resenha está pautada em uma palestra sobre a Reforma Sanitária Brasileira que está presente no Youtube.
O documento resume a segunda parte da palestra de Jairnilson Paim sobre a Reforma Sanitária brasileira. Paim apresenta o contexto histórico do surgimento do SUS e discute as diferentes concepções de SUS, dividindo-o em formal, para pobres, real e democrático. Ele reconhece as falhas do sistema de saúde brasileiro, mas defende que o SUS deve ser aprimorado com mais investimentos públicos.
O documento resume a segunda parte da palestra de Jairnilson Paim sobre a Reforma Sanitária brasileira. Paim apresenta o contexto histórico do surgimento do SUS e discute as diferentes concepções de SUS, dividindo-o em formal, para pobres, real e democrático. Ele reconhece as falhas do sistema de saúde brasileiro, mas defende que o SUS deve ser aprimorado com mais investimentos públicos.
DISCIPLINA: HACA10 - Introduo ao campo da sade/T03
RESENHA DA PARTE 1 DA PALESTRA SOBRE REFORMA SANITRIA: TRAJETRIA E RUMOS DO SUS
Teremos como base a primeira parte da palestra de Jairnilson Paim sobre
Reforma Sanitria: trajetria e rumos do SUS. O palestrante foi graduado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia e, entre 1973 a 1975, realizou mestrado, defendendo a dissertao sobre a Reforma Sanitria e concluiu seu doutorado em Sade Pblica. Pelos altos servios prestados Sade Pblica, recebeu homenagens de muitas instituies como, as Secretarias de Sade da Bahia, Cear e Sergipe, alm da medalha Oswaldo Cruz, categoria ouro. Como podemos perceber, Paim trata-se de uma das maiores autoridades em Sade Pblica no Brasil. O principal tema abordado na palestra foi sobre a Reforma Sanitria brasileira, mas para chegar at as suas bases tericas, Paim faz todo um contexto histrico e ideolgico das lutas, conquistas e desafios que houve no Brasil para que fossem implantadas todas essas modificaes. Para Paim, a sade e a doena no poderiam ser explicadas por uma histria natural, mas por uma histria social. A reforma sanitria tem como objeto a questo sade, o que significa pensar nas condies de vida e a determinao estrutural do conjunto de fatores que so das ordens sociais, culturais, econmicas e culturais que influenciam na qualidade de vida de uma populao. Pelos argumentos utilizados, podemos perceber que Paim assume o SUS como parte integrante da reforma sanitria e o defende, apesar de reconhecer as falhas e inconstncias desse sistema de sade. Mas no deixa de citar que o SUS e a reforma sanitria nasceram dos movimentos sociais e foram conquistas do povo, para toda a populao. H quem diga que a reforma sanitria apenas mais um tema de sade, mas ela mais do que isso, uma revoluo resultante da articulao da classe trabalhadora e dos intelectuais. Um trecho importante a ser dito quando Paim afirma que a reforma sanitria brasileira uma reforma social, pois essa constatao desmitifica a ideia de que as aes devem partir apenas do Estado ou de setores
pblicos. A palestra foi muito esclarecedora, pois a partir do contexto histrico,
podemos inferir que a reforma sanitria foi um longo processo politico de conquista da sociedade em direo democratizao da sade. Uma parte muito interessante da palestra quando Paim utiliza como referncia o livro de Agnes Heller, em que ela diz que existem, pelo menos, quatro formas de mudana social; reforma parcial, reforma geral, movimentos polticos revolucionrios e revoluo no modo de vida. A partir disso, podemos associar que a reforma sanitria brasileira perpassou por todas essas formas at que sua implantao fosse concretizada. Para reiterar a importncia da reforma sanitria, alm de ser uma reforma social centrada na democratizao da sade, tambm uma democratizao do Estado e da sociedade.
ALUNA: Saada Isabor Abraim Nascimento
DISCIPLINA: HACA10 Introduo ao campo da sade/T03 RESENHA DA PARTE 2 DA PALESTRA SOBRE REFORMA SANITRIA: TRAJETRIAS E RUMOS DO SUS A resenha crtica fundamentada na segunda parte da palestra de Jairnilson Paim sobre Reforma Sanitria: trajetrias e rumos do SUS. Doutor em Sade Pblica pela Universidade Federal da Bahia, Jairnilson Paim, autor do livro O que SUS (Rio de Janeiro, 2009). Ele professor permanente do Instituto de Sade Coletiva da UFBA e atualmente coordena o projeto de pesquisa Reforma Sanitria Brasileira: contribuio para compreenso e crtica. Tendo como tema abordado a Reforma sanitria, Paim diz que s podemos criticar o SUS, se pudermos comparar o que existia antes dele. Apresentando um contexto histrico, Paim disse que antes do SUS, o Brasil tinha sade pblica de um lado e assistncia mdica do outro lado. Alm disso, a sade era fundamentalmente prestada nos centros urbanos e, ento, a grande massa rural teve que lidar com as benzedeiras e a medicina popular daquela poca. Como sabemos, o SUS comeou a ser formado em uma poca muito conturbada: a ditatura brasileira. Como ainda hoje, os setores privados exerciam muita influncia e poder nas decises do Estado, por isso, muitas leis no conseguiam ser regularmentarizadas. Como medida de escape, o governo cria projetos que atuariam em reas que no eram de interesse dos setores privados, tais como aes pblicas e de saneamento. Em 1980, ocorre a VII Conferncia Nacional de Sade e, nesse momento, houve uma aproximao entre a sade pblica e a previdncia e, essa integrao ficou chamando de Previ-sade, mas, infelizmente, todas as verses desse programa foram recusadas e ele foi engavetado. Mas o Brasil entra em crise assim como a previdncia. Nesse momento, h uma nova aproximao entre as ideias de sade e, um dos programas criados foi para racionalizar os gastos da previdncia. O principal programa foi o Convnio Trilateral, era a possiblidade de fazer um convnio entre o poder federal, estadual e municipal para usar melhor os servios pblicos. Mas, em 1983, j existiam governos de oposio e simpatizantes com a ideia de reforma sanitria e ento
cobraram do governo os planos trilaterais e assim surgiu o Programa das Aes
Integradas de Sade que, depois se transforma em Estratgias das Aes Integradas de Sade, em SUDS e, finalmente, nosso SUS. Para Paim, ningum vai esfera pblica dizer que contra o SUS, todo mundo a favor do SUS e tenta tirar uma casquinha dele. Partidos polticos, dirigentes de grandes hospitais defendem o SUS, mas de que SUS eles esto falando? O SUS formal, aquele que est na lei e muito distante dos trabalhadores e cidados? Ou o SUS para os pobres, em que a falta de recursos a regra? Talvez, possa ser o SUS real, em que o SUS utilizado como moeda de troca das barganhas polticas, ou ento, o SUS democrtico, aquele concebido pela reforma sanitria brasileira, vinculado aos direitos da cidadania, mas ainda distante de boa parte dos trabalhadores de sade e da populao. Para Paim, o SUS realmente existe, mas o SUS para os pobres muito difundido pela mdia e percebido por milhes de usurios, assim como o SUS democrtico e o formal parecem fices para a maioria da populao. Por mais inconstante que seja o SUS, o povo que faz seu uso sabe as dificuldades de resolver seus problemas no SUS real, por isso, devemos avanar o SUS com investimentos pblicos para que ele no seja refm do setor privado. Logo depois que Paim faz o contexto histrico e o SUS entra em discurso, ele faz diversas crticas como ineficiente, ineficaz, desorganizado, mal distribudo e, esse relato muito interessante, pois mostra que Jairnilson Paim no um defensor fantico do SUS, mas sabe do que est falando e tem autoridade para isso. Vejo a aceitao do SUS como majoritria, mas como unanimidade j um pouco exagero, mas logo aps essa parte, Paim traz uma ideia fantstica sobre os SUS. Relata que muitas pessoas, instituies importantes defendem o SUS, mas qual SUS? Isso foi uma sacada muito genial, pois ele subdivide o sistema de sade em quatro elementos; formal, para pobres, real e democrtico. O SUS uma totalidade complexa, constituda por mltiplas determinaes histricas e estruturais, mas esse sistema dispe de reas-problema como, distribuio, estruturao, gesto, cobertura e acessibilidade. A palestra foi muito positiva, pois mostrou a histria do SUS e as lutas que ele enfrentou para hoje existir, alm de mostrar os benefcios e falhas que existem nesse sistema de sade pela melhor e mais capacitada pessoa para falar desse tema, um doutor em Sade Pblica, Jairnilson Paim.
O Direito Social À Saúde, As Teorias Do Mínimo Existencial e Da Reserva Do Possível em Face Do Princípio Da Dignidade Da Pessoa Humana Sob A Análise Do Poder Judiciário