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continuam atuais e encontram sua ressonncia na nossa clnica do diaa-dia. Trata-se da Clnica do Supereu. Recorto alguns trechos que
nos ajudaro em nosso trajeto.
Primeiro preciso distinguir a presena do supereu a partir de
cada um dos registros: imaginrio, simblico e real.
Enquanto imaginrio, ele se apresenta como um personagem,
sombreado como diz Lacan ao introduzir a equivalncia dos trs
registros logo no incio de seu Seminrio RSI 1. Esclareo que o faz
assim ao criticar a geometria de bolsa com a qual Freud estabelece as
estruturas do Id, Eu e Supereu no texto O Eu e o Isso. No entanto,
este personagem sombreado apresenta uma face que descrita pelo
sintagma: figura obscena e feroz. assim que as sombras
imaginrias acabam por encarnar um outro da histria de um sujeito.
Miller completa esta referncia ao supereu imaginrio definindo-o pela
comdia dellarte como um Arlequim, para dize-lo ridculo. Talvez
encontremos em uma passagem do Balco, de Jean Genet, texto
largamente comentado por Lacan em seu seminrio sobre As
formaes do inconsciente onde o ridculo da autoridade do Chefe de
Polcia acaba no palco transvestido em grande pnis com as cores da
bandeira nacional. Este o resultado da confuso de muitos que se
fazem identificar, imaginariamente, com a autoridade do Outro.
Tomando a questo pela vertente do simblico vamos verificar,
com
1
Miller
que
Lacan
lhe
designou
grande
importncia,
como
possibilidade
do
gozo
materno.
Regncia
Lacan,J., Proposio de 9 de outubro de 1967 sobre o psicanalista da Escola, in Outros Escritos, Jorge
Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2003. Pg. 248.