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ANEXAR GABARITO

Prova 1001 unidade IV

A MISÉRIA É DE TODOS NÓS


Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que
remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas décadas,
enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tamanho, todos os
indicadores sociais brasileiros melhoraram.
Há mais crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do
que em qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e
mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a registrá-
las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte
do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem
firmando uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao
mesmo tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um
forte oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. Apesar de
todos esses avanços, a miséria resiste.
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural,
esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem
posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades,
com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e se
manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações é a
criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em
razão dela se tornou mais disseminada e cruel.
Explicar a resistência da pobreza extrema entre milhões de habitante não é
uma empreitada simples.
(Veja,ed. 1735)
.
Descritor: Ler interpretar e compreender as ideias presentes no texto.

1) A primeira pergunta – “Como entender a resistência da miséria no Brasil,


uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização?”:
a) tem sua resposta dada no último parágrafo.
b) representa o tema central de todo o texto.
c) é só uma motivação para a leitura do texto.
d) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta.
e) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.
2- As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na
quantidade, exceto:
a) frequência escolar
b) liderança diplomática
c) mortalidade infantil
d) analfabetismo
e) desempenho econômico

4) O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:


a) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros indicadores
sociais melhoraram.
b) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se mantém
onipresente.
c) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos
incompetentes.
d) Embora os indicadores sociais mostrem progressos em muitas áreas, a
miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo.
e) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da miséria que
leva à criminalidade.

5) Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil que ela:
a) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a de
outros indicadores
b) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes cidades.
c) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam para a
classe dominante.
d) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em outras
áreas. sociais.
e) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas décadas.
6) “No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.”; com essa
frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:
a) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança na
América Latina.
b) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos.
c) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no cenário
exterior.
d) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficientemente
forte para tornar-se líder.
e) ainda é inexperiente no trato com a política exterior.

7) Segundo o texto, “A miséria é onipresente” embora:


a) apareça algumas vezes nas grandes cidades.
b) se manifeste de formas distintas.
c) se torne mais disseminada e cruel.
d) seja combatida pelas autoridades.
e) esteja escondida dos olhos de alguns.

8)”…não é uma empreitada simples” equivale a dizer que é uma empreitada


complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma INCORRETA é:
a) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida
b) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica
c) não é uma questão vital = é uma questão desimportante
d) não é um problema universal = é um problema particular
e) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial
Leia o texto:

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjap4bQzK
LXAhUFD5AKHdNeBMYQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fbancodasrespostas.blogspot.com%2F2015%2F05%2Fa-
expressaoo-xis-da-questao-usada-no.html&psig=AOvVaw0SUHhMUu4TCSdNCcl5HGQz&ust=1509805151525748

Descritor: Ler interpretar e compreender diferentes modalidades textuais

A expressão “o Xis da questão” usada no título do infográfico diz respeito :


A - à quantidade de anos de estudos necessários para garantir um emprego
estável com salário digno.

B- às oportunidades de melhoria salarial que surgem à medida que aumenta o


nível de escolaridade dos indivíduos.

C- à influência que o ensino de língua estrangeira nas escolas tem exercido na


vida profissional dos indivíduos.

D- aos questionamentos que são feitos acerca da quantidade mínima de anos


de estudo que os indivíduos precisam para ter boa educação.

E -à redução da taxa de desemprego em razão da política atual de controle da


evasão escolar e de aprovação automática de ano de acordo com a idade

Leia a tira:

Descritor: Reconhecer o valor semântico da conjunção coordenativa.

A conjunção é um fator indicativo da natureza das relações entre orações.


Quando se trata de conjunções coordenadas,

pode-se, então, falar não só de uma classificação sintática, mas de um valor


semântico subjacente que estabelece o

9- vínculo das orações. Dessa forma, é correto afirmar que a conjunção


coordenativa ( E ) NO CONTEXTO DA TIRA presente no quadrinho
A -funciona com valor de explicação e justifica o sentido tanto da primeira
quanto da segunda oração.

B -tem valor semântico de soma, pois agrega duas orações sem estabelecer
relações semânticas entre elas.

C- funciona com valor adversativo nas ideias expressas na sentença e poderia


ser substituída por uma conjunção dessa natureza.

D- funciona com valor expletivo e pode ser extraída das sentenças sem
alteração no modo de conexão sintática e semântica do período.

E- funciona como elo conclusivo entre as ideias contidas nas orações e


expressa a conclusão a que chegou um dos personagens do quadrinho.

Leia o poema:

Leia o texto:
10- Texto tem um tom bem-humorado e é cheio de ironias e de implícitos.
Sobre sua construção, é possível afirmar que

a) na linha 3, o uso da expressão ―é mole e da palavra ―preção contribui


para inferir que o narrador tem baixo grau de escolaridade.
b) na linha 7, o período ―controlei também a alimentação sugere que a
alimentação é o foco principal da análise do narrador.
c) na linha 10, ao caracterizar a patroa como ―coisinha, uma marcação de
afetividade é deixada pelo uso do sufixo-inha.
d) na linha 14, ao dizer que ―não tem mais um real, o uso da forma verbal
―tem revela tom informal e de aproximação com o leitor.
e) nas 3 últimas linhas do texto, é sugerido que o brasileiro, a despeito das
dificuldades que enfrenta, mostra-se passivo.

Leia o trecho :

Padre Anselmo olhou com tristeza as mulheres ajoelhadas à sua frente. Ia


começar a missa e sentia-se extremamente cansado. Onde aquela piedade
com que celebrava nos seus tempos de jovem sacerdote, preocupado com a
salvação das almas? As coisas haviam mudado. Discutiam-se os novos ritos,
as novas fórmulas. (...) Sentia-se tímido, vencido, olhando para os fiéis,
pronunciando palavras na língua que falava em casa, na rua. A mesma língua
dos bêbedos, dos vagabundos, das meretrizes. De todos. Benzeu-se
instintivamente:
– Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo.
Amém.
BEZERRA, João Clímaco. A vinha dos esquecidos.
Fortaleza: UFC, 2005. p.32-33.

Descritor: reconhecer os aspectos estilísticos do verbo.

11- Considere as afirmativas sobre o emprego dos verbos do texto e, em


seguida, assinale a alternativa correta.
I. SENTIA-SE indica anterioridade em relação a IA COMEÇAR.
II. CELEBRAVA indica posterioridade em relação a SENTIA-SE.
III. HAVIAM MUDADO indica simultaneidade em relação a IA COMEÇAR.

a) Apenas I é verdadeira.
b) Apenas II é verdadeira.
c) Apenas III é verdadeira.
d) Apenas I e II são verdadeiras.
e) Apenas I e III são verdadeiras.

Leia o poema:
Função

1 Me deixaram sozinho no meio do circo


2 Ou era apenas um pátio uma janela uma rua uma esquina
3 Pequenino mundo sem rumo
4 Até que descobri que todos os meus gestos
5 Pendiam cada um das estrelas por longos fios invisíveis
6 E havia súbitas e lindas aparições como aquela das longas tranças
7 E todas imitavam tão bem a vida
8 Que por um momento se chegava a esquecer a sua cruel inocência de
bonecas
9 E eu dizia depois coisas tão lindas
10 E tristes
11 Que não sabia como tinham ido parar na minha boca
12 E o mais triste não era que aquilo fosse apenas um jogo cambiante de
reflexos
13 Porque afinal um belo pião dançante
14 Ou zunindo imóvel
15 Vive uma vida mais intensa do que a mão ignorada que o arremessou
16 E eu danço tu danças nós dançamos
17 Sempre dentro de um círculo implacável de luz
18 Sem saber quem nos olha atenta ou distraidamente do escuro...
QUINTANA, Mário. Antologia poética. Rio de Janeiro:
Editora do Autor, 1966.

Descritor: reconhecer os aspectos estilísticos do verbo.

12- Do início ao verso 12, o poema apresenta exclusivamente formas verbais


no tempo passado. No verso 15, porém, o poeta introduz o tempo presente. O
valor estilístico dessa modificação do tempo do verbo é:
a) retratar o movimento rotativo do pião.
b) fazer uma reflexão de validade permanente.
c) produzir um contraste irônico entre o circo e a vida.
d) registrar um fato ocorrido no momento da narração.

Leia o poema:

Que tudo passe

Passe a noite
passe a peste
passe o verão
passe o inverno
passe a guerra
e passe a paz
passe o que nasce
passe o que nem
passe o que faz
passe o que faz-se
que tudo passe
e passe muito bem

LEMINSKI, Paulo. Caprichos & relaxos.


São Paulo: Brasiliense, 1985.

Descritor: reconhecer os aspectos estilísticos do verbo.

13- Assinale a alternativa que apresenta o modo verbal em que o verbo passar
foi conjugado no texto e o efeito de sentido sugerido por tal conjugação.

a) O verbo passar foi conjugado no modo indicativo, revestindo o processo


expresso pela forma verbal de uma noção de certeza.

b) O modo verbal utilizado no poema de Leminski é o indicativo,

que dá ao verbo a noção de hipótese, de desejo.

c) O verbo passar aparece conjugado no imperativo afirmativo,

dando ao leitor uma ideia de pedido ou ordem.

d) O modo verbal em que o verbo passar aparece conjugado

é o subjuntivo, dando ao leitor a ideia de um fato certo, concreto.

e) A forma verbal passar aparece conjugada no modo subjuntivo,

o que sugere uma noção de desejo e hipótese.

Leia o texto

“O índio, antes de partir, circulou a alguma distância o lugar onde se achava


Cecília, de uma corda de pequenas fogueiras feitas de louro, de canela, urataí
e outras árvores aromáticas. Desta maneira tornava aquele retiro impenetrável;
o rio de um lado, e do outro as chamas que afugentariam os animais daninhos,
e sobretudo os répteis; o fumo odorífero que se escapava das fogueiras
afastaria até mesmo os insetos. Peri não sofreria que uma vespa e uma mosca
sequer ofendesse a cútis de sua senhora, e sugasse uma gota desse sangue
precioso; por isso tomara todas essas precauções.”

Descritor: reconhecer as características do Romantismo .

14- Sobre o romance acima, é possível afirmar que:


A)projeta um futuro trágico para o Brasil.
B)aponta para um tempo em que os indígenas recuperarão o território brasileiro
e expulsarão os brancos e negros.
C)defende a união entre negros e índios contra os colonizadores portugueses.
D)reconstitui acontecimentos históricos verídicos do período inicial da
colonização do Brasil.
E)pretende narrar a fundação de uma nova nação a partir da miscigenação
entre brancos e indígenas.

Leia :

“Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de


um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta,
aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava ela indicar o
merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor
monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo
preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.”
(Senhora, José de Alencar)
Descritor: reconhecer as características do Romantismo .

15- Sobre esse romance, pode-se afirmar que:


A) representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo
com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado
matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.

B)Mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar.


Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas
de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor
monetário.
C)É obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e
de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira,
como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações
extraconjugais.
D)Denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como
responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade
e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano
de Alencar.
E)Tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse
financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto
aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.

Leia o trecho:

“Malditos românticos, que têm crismado tudo e trocado em seu crismar os


nomes que melhor exprimem as ideias!… O que outrora as chamava em bom
português, moça feia, os reformadores dizem menina simpática!… O que numa
moça era antigamente, desenxabimento, hoje é ao contrário: sublime
languidez!… Já não há mais meninas importunas e vaidosas… As que o foram
chamam-se agora espirituosas!… A escola dos românticos reformou tudo isso,
em consideração ao belo sexo.”

(MACEDO, Joaquim Manuel de. “A Moreninha”. São Paulo: FTD, 1991.


p.31.)

16- De acordo com o texto e considerando o período em que a obra foi escrita,
é correto afirmar:
a) A figura de linguagem utilizada no texto para se referir ao modo como as
mulheres passam a ser tratadas pelos artistas românticos é a hipérbole, que
consiste no exagero com o intuito de realçar uma ideia.
b) O termo “românticos”, utilizado no texto, diz respeito a estado de espírito,
desviando-se do movimento artístico dominante na primeira metade do século
XIX brasileiro.

c) O movimento romântico teve caráter contestador, trazendo mudanças


não somente para a arte como também para o comportamento.

d) Percebe-se, no texto, forte influência do Positivismo, pois o personagem


preocupa-se com a maneira através da qual os escritores românticos referem-
se às mulheres.

e) A referência ao modo de tratar a figura feminina exprime uma tentativa de


aproximar dois polos considerados inconciliáveis e opostos, denotando
profundo gosto pelo paradoxal e antitético.

Descritor: reconhecer as características do Romantismo .

17- Considere as afirmativas a seguir.

I- Há no texto uma nítida oposição entre “outrora” e “hoje”, podendo o primeiro


ser lido como “época em que dominavam os valores clássicos”, e o segundo,
como “época em que dominam os valores românticos”.

II- No período clássico, a designação da realidade era feita através de palavras


precisas, deixando claro que aquele que a focalizava possuía grande
conhecimento da língua portuguesa padrão.

III- No período romântico, a realidade não é mais vista por uma única
perspectiva, por conseguinte, pode ser apreendida de maneira subjetiva.

IV- Olhar a realidade de forma romântica ou de forma clássica vem a ser a


mesma coisa, pois o olhar é, antes de mais nada, humano.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV.

e) II, III e IV.


18-Sobre a expressão “em bom português”, presente no texto, considere as
afirmativas a seguir. Estão corretas apenas as afirmativas:

I.Conforme aparece no texto, indica o desejo de estar de acordo com a norma


culta da língua portuguesa.

II.Corresponde à expectativa de preservar, no uso corrente da língua


portuguesa, a clareza e a objetividade.

III. Conforme aparece no texto, aponta a valorização da fidelidade aos sentidos


originais dos vocábulos.

IV.É utilizada para ressaltar a admiração pela língua portuguesa conforme é


falada em Portugal.

a) I e III. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e IV. e) I, III e


IV.

Questões Discursivas:

Descritor: reconhecer as características do folhetim na produção


literária do Romantismo .

Apresente a influência do folhetim na prosa romântica, destacados as principais


características deste gênero literário, relacionado ao contexto histórico em que
foi produzido.

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Apresente o projeto literário da prosa urbana e de costumes comentando de


que forma a mesma reflete os ideais do Romantismo.
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ANEXO DO ALUNO ARTUR ( 1001)
Leia o texto:

A MISÉRIA É DE TODOS NÓS


Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que
remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas décadas,
enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tamanho, todos os
indicadores sociais brasileiros melhoraram.
Há mais crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do
que em qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e
mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a registrá-
las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte
do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem
firmando uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao
mesmo tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um
forte oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. Apesar de
todos esses avanços, a miséria resiste.
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural,
esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem
posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades,
com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e se
manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações é a
criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em
razão dela se tornou mais disseminada e cruel.
Explicar a resistência da pobreza extrema entre milhões de habitante não é
uma empreitada simples.
(Veja,ed. 1735)
.
Descritor: Ler interpretar e compreender as ideias presentes no texto.

1) A primeira pergunta – “Como entender a resistência da miséria no Brasil,


uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização?”:
a) tem sua resposta dada no último parágrafo.
b) representa o tema central de todo o texto.
c) é só uma motivação para a leitura do texto.
d) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta.
e) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.

2- As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na


quantidade, exceto:
a) frequência escolar
b) liderança diplomática
c) mortalidade infantil
d) analfabetismo
e) desempenho econômico

4) O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:


a) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros indicadores
sociais melhoraram.
b) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se mantém
onipresente.
c) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos
incompetentes.
d) Embora os indicadores sociais mostrem progressos em muitas áreas, a
miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo.
e) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da miséria que
leva à criminalidade.

5) Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil que ela:
a) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a de
outros indicadores
b) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes cidades.
c) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam para a
classe dominante.
d) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em outras
áreas. sociais.
e) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas décadas.

6) “No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.”; com essa


frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:
a) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança na
América Latina.
b) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos.
c) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no cenário
exterior.
d) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficientemente
forte para tornar-se líder.
e) ainda é inexperiente no trato com a política exterior.

Leia o texto:
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjap4bQzK
LXAhUFD5AKHdNeBMYQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fbancodasrespostas.blogspot.com%2F2015%2F05%2Fa-
expressaoo-xis-da-questao-usada-no.html&psig=AOvVaw0SUHhMUu4TCSdNCcl5HGQz&ust=1509805151525748

Descritor: Ler interpretar e compreender diferentes modalidades textuais

7- A expressão “o Xis da questão” usada no título do infográfico diz respeito :

A - à quantidade de anos de estudos necessários para garantir um emprego


estável com salário digno.

B- às oportunidades de melhoria salarial que surgem à medida que aumenta o


nível de escolaridade dos indivíduos.

C- à influência que o ensino de língua estrangeira nas escolas tem exercido na


vida profissional dos indivíduos.

D- aos questionamentos que são feitos acerca da quantidade mínima de anos


de estudo que os indivíduos precisam para ter boa educação.
E -à redução da taxa de desemprego em razão da política atual de controle da
evasão escolar e de aprovação automática de ano de acordo com a idade

Leia a tira:

Descritor: Reconhecer o valor semântico da conjunção coordenativa.

A conjunção é um fator indicativo da natureza das relações entre orações.


Quando se trata de conjunções coordenadas,

pode-se, então, falar não só de uma classificação sintática, mas de um valor


semântico subjacente que estabelece o

8- vínculo das orações. Dessa forma, é correto afirmar que a conjunção


coordenativa ( E ) NO CONTEXTO DA TIRA presente no quadrinho

A -funciona com valor de explicação e justifica o sentido tanto da primeira


quanto da segunda oração.

B -tem valor semântico de soma, pois agrega duas orações sem estabelecer
relações semânticas entre elas.

C- funciona com valor adversativo nas ideias expressas na sentença e poderia


ser substituída por uma conjunção dessa natureza.
D- funciona com valor expletivo e pode ser extraída das sentenças sem
alteração no modo de conexão sintática e semântica do período.

E- funciona como elo conclusivo entre as ideias contidas nas orações e


expressa a conclusão a que chegou um dos personagens do quadrinho.

Leia o trecho :

Padre Anselmo olhou com tristeza as mulheres ajoelhadas à sua frente. Ia


começar a missa e sentia-se extremamente cansado. Onde aquela piedade
com que celebrava nos seus tempos de jovem sacerdote, preocupado com a
salvação das almas? As coisas haviam mudado. Discutiam-se os novos ritos,
as novas fórmulas. (...) Sentia-se tímido, vencido, olhando para os fiéis,
pronunciando palavras na língua que falava em casa, na rua. A mesma língua
dos bêbedos, dos vagabundos, das meretrizes. De todos. Benzeu-se
instintivamente:
– Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo.
Amém.
BEZERRA, João Clímaco. A vinha dos esquecidos.
Fortaleza: UFC, 2005. p.32-33.

Descritor: reconhecer os aspectos estilísticos do verbo.


9- Considere as afirmativas sobre o emprego dos verbos do texto e, em
seguida, assinale a alternativa correta.
I. SENTIA-SE indica anterioridade em relação a IA COMEÇAR.
II. CELEBRAVA indica posterioridade em relação a SENTIA-SE.
III. HAVIAM MUDADO indica simultaneidade em relação a IA COMEÇAR.

a) Apenas I é verdadeira.
b) Apenas II é verdadeira.
c) Apenas III é verdadeira.
d) Apenas I e II são verdadeiras.
e) Apenas I e III são verdadeiras.
Leia o poema:

Que tudo passe

Passe a noite
passe a peste
passe o verão
passe o inverno
passe a guerra
e passe a paz
passe o que nasce
passe o que nem
passe o que faz
passe o que faz-se
que tudo passe
e passe muito bem

LEMINSKI, Paulo. Caprichos & relaxos.


São Paulo: Brasiliense, 1985.

Descritor: reconhecer os aspectos estilísticos do verbo.

10- Assinale a alternativa que apresenta o modo verbal em que o verbo passar
foi conjugado no texto e o efeito de sentido sugerido por tal conjugação.

a) O verbo passar foi conjugado no modo indicativo, revestindo o processo


expresso pela forma verbal de uma noção de certeza.

b) O modo verbal utilizado no poema de Leminski é o indicativo,

que dá ao verbo a noção de hipótese, de desejo.

c) O verbo passar aparece conjugado no imperativo afirmativo,

dando ao leitor uma ideia de pedido ou ordem.


d) O modo verbal em que o verbo passar aparece conjugado

é o subjuntivo, dando ao leitor a ideia de um fato certo, concreto.

e) A forma verbal passar aparece conjugada no modo subjuntivo,

o que sugere uma noção de desejo e hipótese.

Leia o texto

“O índio, antes de partir, circulou a alguma distância o lugar onde se achava


Cecília, de uma corda de pequenas fogueiras feitas de louro, de canela, urataí
e outras árvores aromáticas. Desta maneira tornava aquele retiro impenetrável;
o rio de um lado, e do outro as chamas que afugentariam os animais daninhos,
e sobretudo os répteis; o fumo odorífero que se escapava das fogueiras
afastaria até mesmo os insetos. Peri não sofreria que uma vespa e uma mosca
sequer ofendesse a cútis de sua senhora, e sugasse uma gota desse sangue
precioso; por isso tomara todas essas precauções.”

Descritor: reconhecer as características do Romantismo .

11- Sobre o romance acima, é possível afirmar que:


A)projeta um futuro trágico para o Brasil.
B)aponta para um tempo em que os indígenas recuperarão o território brasileiro
e expulsarão os brancos e negros.
C)defende a união entre negros e índios contra os colonizadores portugueses.
D)reconstitui acontecimentos históricos verídicos do período inicial da
colonização do Brasil.
E)pretende narrar a fundação de uma nova nação a partir da miscigenação
entre brancos e indígenas.
Leia :

“Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de


um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta,
aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava ela indicar o
merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor
monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo
preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.”
(Senhora, José de Alencar)

Descritor: reconhecer as características do Romantismo .

12- Sobre esse romance, pode-se afirmar que:


A) representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo
com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado
matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.

B)Mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar.


Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas
de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor
monetário.
C)É obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e
de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira,
como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações
extraconjugais.
D)Denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como
responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade
e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano
de Alencar.
E)Tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse
financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto
aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.

Leia o trecho:
“Malditos românticos, que têm crismado tudo e trocado em seu crismar os
nomes que melhor exprimem as ideias!… O que outrora as chamava em bom
português, moça feia, os reformadores dizem menina simpática!… O que numa
moça era antigamente, desenxabimento, hoje é ao contrário: sublime
languidez!… Já não há mais meninas importunas e vaidosas… As que o foram
chamam-se agora espirituosas!… A escola dos românticos reformou tudo isso,
em consideração ao belo sexo.”

(MACEDO, Joaquim Manuel de. “A Moreninha”. São Paulo: FTD, 1991.


p.31.)

13- De acordo com o texto e considerando o período em que a obra foi escrita,
é correto afirmar:
a) A figura de linguagem utilizada no texto para se referir ao modo como as
mulheres passam a ser tratadas pelos artistas românticos é a hipérbole, que
consiste no exagero com o intuito de realçar uma ideia.

b) O termo “românticos”, utilizado no texto, diz respeito a estado de espírito,


desviando-se do movimento artístico dominante na primeira metade do século
XIX brasileiro.

c) O movimento romântico teve caráter contestador, trazendo mudanças


não somente para a arte como também para o comportamento.

d) Percebe-se, no texto, forte influência do Positivismo, pois o personagem


preocupa-se com a maneira através da qual os escritores românticos referem-
se às mulheres.

e) A referência ao modo de tratar a figura feminina exprime uma tentativa de


aproximar dois polos considerados inconciliáveis e opostos, denotando
profundo gosto pelo paradoxal e antitético.

14-Sobre a expressão “em bom português”, presente no texto, considere as


afirmativas a seguir. Estão corretas apenas as afirmativas:

I.Conforme aparece no texto, indica o desejo de estar de acordo com a norma


culta da língua portuguesa.

II.Corresponde à expectativa de preservar, no uso corrente da língua


portuguesa, a clareza e a objetividade.

III. Conforme aparece no texto, aponta a valorização da fidelidade aos sentidos


originais dos vocábulos.

IV.É utilizada para ressaltar a admiração pela língua portuguesa conforme é


falada em Portugal.
a) I e III. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e IV. e) I, III e
IV.

Questões Discursivas:

Descritor: reconhecer as características do folhetim na produção


literária do Romantismo .

15- Apresente a influência do folhetim na prosa romântica, destacados as


principais características deste gênero literário, relacionado ao contexto
histórico em que foi produzido.

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16- Apresente o projeto literário da prosa urbana e de costumes comentando


de que forma a mesma reflete os ideais do Romantismo.

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Prova de redação 2001

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos


conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “miséria e Pobreza em evidência no Brasil
”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-
3PNnNWbrVPY/UAo5P5fCX0I/AAAAAAAAL4c/CGoeCzPzxLk/s1600/pob.jp
Texto : dois

O número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil deverá aumentar entre 2,5


milhões e 3,6 milhões até o fim de 2017, afirmou um estudo inédito do Banco
Mundial divulgado nesta segunda-feira (13).

Segundo o documento, a atual crise econômica representa uma séria ameaça


aos avanços na redução da pobreza e da desigualdade, e a rede de proteção
social – como o Bolsa Família – tem um papel fundamental para evitar que
mais brasileiros entrem na linha da miséria.

De acordo com a instituição, o aumento do número de “novos pobres” vai se


dar principalmente em áreas urbanas, e menos em áreas rurais – onde essas
taxas já são mais elevadas. O texto diz ainda que as pessoas que cairão
abaixo da linha de pobreza, como consequência da crise, provavelmente são
adultos jovens, de áreas urbanas, principalmente do Sudeste, brancos,
qualificados e que trabalhavam anteriormente no setor de serviços.

Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/brasil-tera-ate-36-milhoes-


de-novos-pobres-em-2017-diz-bird.ghtml Acesso em 13 fevereiro 2017.

TEXTO II

Viva o povo brasileiro,


Sua fé, sua poesia,
Sua altivez na pobreza,
Fonte de força e Poesia!
SUASSUNA, Ariano. Farsa da boa preguiça. Rio de Janeiro, José Olympio Ed.,
1979 p. 181.
TEXTO III

(Folha/Folha de S.Paulo)
Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandocanzian/2014/01/1398643-o-
role-do-brasil.shtml Acesso em 03 de novembro de 2017.

Observe, rigorosamente, as orientações e informações a seguir:

a) Seu texto deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.
b) O tema vem acompanhado de textos motivadores, que têm o objetivo de
orientar sua linha argumentativa.

c) Desenvolva seu texto dissertativo-argumentativo; não redija narração, nem


poema

d) O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

e) A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e


receberá nota zero.

f) A redação que fugir ao tema ou ao tipo de texto exigido receberá nota zero.
g) A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os
direitos humanos receberá nota zero.

Prova 2001 ( anexar gabarito)


Como enfrentar a intolerância

Leonardo Boff

Atualmente, em todo o mundo, se verifica um aumento crescente do


conservadorismo e de fenômenos fundamentalistas que se expressam pela
homofobia, pela xenofobia, pelo antifeminismo, pelo racismo e por toda sorte
de discriminações.

O fundamentalista está convencido de que a sua verdade é a única e de que


todos os demais ou são desviantes ou fora da verdade. Isso é recorrente nos
programas televisivos das várias igrejas pentecostais, incluindo setores da
Igreja Católica. Mas também é recorrente no pensamento único de setores
políticos. Pensam que só uma verdade tem direito, a deles. O erro deve ser
combatido. Eis a origem dos conflitos religiosos e políticos. O fascismo começa
com esse modo fechado de ver as coisas.

Como vamos enfrentar esse tipo de radicalismo? Além de muitas outras


formas, creio que uma delas consiste no resgate do conceito bom do
relativismo, palavra que muitos nem querem ouvir. Mas nele há muita verdade.
Ele deve ser pensado em duas direções. Em primeiro lugar, o relativo quer
expressar o fato de que todos estão, de alguma forma, relacionados. Na esteira
da física quântica, insiste a encíclica do Papa Francisco “sobre como cuidar da
Casa Comum”: “tudo está intimamente relacionado; todas as criaturas existem
na dependência uma das outras” (n.137;86). Por essa inter-relação, todos são
portadores da mesma humanidade. Somos uma espécie entre tantas, uma
família.

Em segundo lugar, importa compreender que cada um é diferente e possui um


valor em si mesmo. Mas está sempre em relação com os outros e com seus
modos de ser. Daí ser importante relativizar todos os modos de ser. Nenhum
deles é absoluto a ponto de invalidar os demais. Impõe-se também a atitude de
respeito e de acolhida da diferença porque, pelo simples fato de se “estar aí”,
goza-se de direito de existir e de coexistir.

Quer dizer, nosso modo de ser, de habitar o mundo, de pensar, de valorar e de


comer não é absoluto. Há mil outras formas diferentes de sermos humanos,
desde a forma dos esquimós siberianos, passando pelos ianomâmis do Brasil,
até chegarmos aos moradores das comunidades da periferia e aos moradores
de sofisticados Alphavilles, onde moram as elites opulentas e amedrontadas. O
mesmo vale para as diferenças de cultura, de língua, de religião, de ética e de
lazer.

Devemos alargar a compreensão do humano para além de nossa


concretização. Vivemos na fase da geossociedade, sociedade mundial, una,
múltipla e diferente.

Todas essas manifestações humanas são portadoras de valor e de verdade.


Mas são um valor e uma verdade relativos, vale dizer, relacionados uns aos
outros, inter-relacionados, sendo que nenhum deles, tomado em si, é absoluto.

Então não há verdade absoluta? Vale o “everything goes” de alguns pós-


modernos? Traduzindo: “vale tudo”? Não há o vale tudo. Tudo vale na medida
em que mantém relação com os outros, respeitando-os em sua diferença e não
os prejudicando.

Cada um é portador de verdade, mas ninguém pode ter o monopólio dela, nem
uma religião, nem uma filosofia, nem um partido político, nem uma ciência.
Todos, de alguma forma, participam da verdade. Mas podem crescer para uma
compreensão mais plena da verdade, na medida em que se relacionam.

Bem dizia o poeta espanhol António Machado: “Não a tua verdade. A verdade.
Vem comigo buscá-la. A tua, guarde-a”. Se a buscarmos juntos, no diálogo e
na recíproca relacionalidade, então mais e mais desaparece a minha verdade
para dar lugar à nossa Verdade, comungada por todos.
A ilusão do Ocidente, dos Estados Unidos da América e da Europa é de
imaginarem que a única janela que dá acesso à verdade, à religião verdadeira,
à autêntica cultura e ao saber crítico é o seu modo de ver e de viver. As demais
janelas apenas mostram paisagens distorcidas.

Pensando assim, condenam-se a um fundamentalismo visceral que os fez,


outrora, organizar massacres, ao impor a sua religião na América Latina e na
África e, hoje, promover guerras com grande mortandade de civis, para impor a
democracia no Iraque, no Afeganistão, na Síria e em todo o Norte da África.
Aqui se dá também o fundamentalismo, de tipo ocidental.

Devemos fazer o bom uso do relativismo, inspirados, por exemplo, na culinária.


Há uma só culinária, a que prepara os alimentos humanos. Mas ela se
concretiza em muitas formas e nas várias cozinhas: a mineira, a nordestina, a
japonesa, a chinesa, a mexicana e outras.

Ninguém pode dizer que só uma é a verdadeira e gostosa (por exemplo, a


mineira ou a francesa) e as outras não. Todas são gostosas a seu jeito e todas
mostram a extraordinária versatilidade da arte culinária.

Por que com a verdade deveria ser diferente? A base do fundamentalismo é


essa arrogância de que seu modo de ser, sua ideia, sua religião ou sua forma
de governo é a melhor e a única válida no mundo.

Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br>. Acesso em: 20 set. 2016.


[Adaptado].

Descritor: Ler , interpretar e compreender as ideias presentes no texto .

1- O propósito comunicativo dominante no texto centra-se na crítica,

A) sem concessão, às formas variadas assumidas pelo pensamento


fundamentalista e, prioritariamente, na defesa de determinada perspectiva
relativista como instrumento para as combater.

B) sem concessão, às formas variadas assumidas pelo pensamento


fundamentalista e, prioritariamente, na defesa de toda e qualquer perspectiva
relativista como instrumento para as combater.

C) com concessão, às formas variadas assumidas pelo pensamento


fundamentalista e, prioritariamente, na defesa de toda e qualquer perspectiva
relativista como instrumento para as combater.

D) com concessão, às formas variadas assumidas pelo pensamento


fundamentalista e, prioritariamente, na defesa de determinada perspectiva
relativista como instrumento para as combater.
02. A progressão do tema desenvolvido no texto assume a seguinte disposição:

A) nos dois parágrafos finais, conceitua-se, categoricamente, o relativismo; e,


nos demais, discute-se como aplicá-lo no combate ao fundamentalismo.

B) nos seis primeiros parágrafos, contextualiza-se o fundamentalismo; e, nos


demais, propõe-se modo de o enfrentar.

C) nos dois primeiros parágrafos, contextualiza-se o fundamentalismo; e, nos


demais, propõe-se modo de o enfrentar.

D) nos quatro parágrafos finais, conceitua-se, categoricamente, o relativismo;


e, nos demais, discute-se como aplicá-lo no combate ao fundamentalismo.

Descritor: reconhecer as regras de concordância verbal presentes no


texto .

Considere o período:

Impõe-se (1ª) também a atitude de respeito e de acolhida da diferença porque,


pelo simples fato de se “estar aí”, goza-se (2ª) de direito de existir e de
coexistir.

3- Em relação às formas verbais destacadas, é correto afirmar:

A) o sujeito da segunda é “direito de existir e de coexistir”.

B) o sujeito da primeira é “respeito e acolhida”; e o da segunda é “de existir e


coexistir”.

C) o sujeito da primeira é “a atitude de respeito e de acolhida da diferença”.

D) o sujeito da primeira é “a atitude”; e o da segunda é “direito”.

Descritor: reconhecer as regras de concordância verbal presentes no


texto .
Considere o período:

Atualmente, em todo o mundo, se verifica um aumento crescente do


conservadorismo e de fenômenos fundamentalistas que se expressam pela
homofobia, pela xenofobia, pelo antifeminismo, pelo racismo e por toda sorte
de discriminações.

4- Flexionando-se, no singular, o verbo destacado,

A) o pronome “que” deve ser substituído por “as quais”, para que se desfaça a
ambiguidade.

B) o referente do pronome “que” permanece o mesmo, devido à concordância


estabelecida.

C) o pronome “que” deve ser substituído por “os quais”, para que se desfaça a
ambiguidade.

D) o referente do pronome “que” passa a ser outro, devido à concordância


estabelecida.

Descritor: reconhecer as regras de uso da virgula presentes no texto .

Considere os períodos:

I- Todos, de alguma forma, participam da verdade.


II- Somos uma espécie entre tantas, uma família.
III- Em segundo lugar, importa compreender que cada um é diferente e
possui um valor em si mesmo.
IV- O mesmo vale para as diferenças de cultura, de língua, de religião,
de ética e de lazer.

5- Conforme convenções da norma-padrão, as vírgulas foram utilizadas pelo


mesmo motivo nos períodos

A) I e III.

B) II e III.

C) I e IV.
D) II e IV

Leia o texto:

Na frase: “Analfabetismo, saneamento básico e pobreza “combinados”


explicam 62% da taxa de mortalidade das crianças com até cinco anos no
Brasil.”

(O Estadão),

6- O termo destacado:

A) transgride as normas de concordância nominal.


B) concorda em gênero e número com o elemento mais próximo.
C) faz uma concordância ideológica, num caso de silepse de número.
D) poderia ser substituído pelo termo “combinadas”.
E) concorda com todos os termos a que se refere, prevalecendo o masculino
plural.

Leia o texto:

Sonho de uma noite de verão


Uma procissão de espantalhos,
pela miséria colorida,
pelos atalhos
vinha:
pediam vida, queriam vida! E as suas caras eram trágicas
Porque tinham todas a mesma expressão
– que era o mesmo que não terem
E tão insuportável era aquela cara única
que a polícia atirou em cima deles bombas de gás hilariante.
Nenhum espantalho riu.
A procissão continuou,
a procissão está agora em plena Estrada Real
enquanto
pelos atalhos
por toda a parte
por cima dos gramados
por cima dos corpos atropelados
os automóveis fogem como baratas.
QUINTANA, Mário. Caderno H. São Paulo: Globo

Descritor: reconhecer as regras de concordância verbal presentes no


texto .

7- A respeito dos cinco primeiros versos do poema “Sonho de uma noite de


verão”, o emprego dos verbos vinculados à “procissão de espantalhos”,
primeiro no singular e depois no plural, em relação à chamada norma culta:
a) contraria as normas da concordância verbal, em virtude da falta de
uniformidade na flexão de número.
B) configura um recurso estilístico que contribui para marcar, a um tempo, o
conjunto dos espantalhos em procissão e os componentes desse conjunto.
C) é um desvio não acolhido pelo padrão culto da língua, revelando
desconhecimento das normas por parte do escritor.
D)é simplesmente um erro gramatical envolvendo a concordância verbal, já que
lhe falta intenção comunicativa.
E)é exemplificativo, em termos estilísticos, de uma figura de construção
denominada silepse de pessoa.

Leia a tira:

Descritor: reconhecer as regras de regencia verbal presente no texto .


8- O que motivou o apito do juiz foi
A)a necessidade de empregar a ênclise para seguir a norma padrão.
B)o uso de um objeto direto no lugar de um objeto indireto.
C)a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de “a”.
D)a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção linguística.
E)a transgressão às regras de concordância nominal relacionadas ao pronome.

Leia o texto:

ESTATUTO DO IDOSO

(fragmentos)
Art. 2 – O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral 1de que trata esta
Lei, 2assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, 3todas as oportunidades
e facilidades, para 4preservação de sua saúde física e mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de
liberdade e dignidade.
Art. 4 – Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência,
discriminação, violência, crueldade 5ou opressão, e todo atentado aos seus
direitos, por ação ou por omissão, será punido na forma da lei.
www.planalto.gov.br/ccvil_03/leis/2003/L10.741.htm

Descritor: reconhecer as regras de regência verbal presentes no texto .

9- Assinale a opção correta sobre as análises apresentadas.


A)Na construção “assegurando-se-lhe” (ref. 2) a correção gramatical seria
mantida substituindo-se o pronome “lhe” pela expressão “a eles”.
B)O termo “todas as oportunidades e facilidades” (ref. 3) classifica-se como
sujeito passivo do verbo “assegurar”.
C)No Art. 4, a conjunção coordenada “ou” (ref. 5) determina exclusão de
ideias.
D)Nos trechos “de que trata esta Lei” (ref. 1) e “preservação de sua saúde” (ref.
4), a preposição “de” é obrigatória, devido à regência verbal.

Leia a tira:
Descritor: reconhecer as regras de regência verbal presente no texto .

10 - Na tira acima, a linguagem verbal se constrói com a presença de cinco


verbos principais. Os estudos de regência verbal revelam que
A) o verbo "lembrar-se" dispensa, para a norma culta, a preposição presente na
primeira fala da personagem feminina.
B) o verbo "prometer" é transitivo direto e indireto, e seu emprego na pergunta
do primeiro quadro confirma isso.
C) o verbo "casar", que se constrói com a preposição: “Com” no complemento,
tem regência distinta da da "namorar".
D) o verbo "ter", nas duas ocorrências em que se emprega, possui a mesma
predicação.
E) o verbo "viver" está construído inadequadamente, uma vez que, sendo
intransitivo, não pode ter um complemento.

Poema tirado de uma notícia de jornal

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia


num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado
(Manuel Bandeira)
Manuel Bandeira foi um nome marcante do nosso Modernismo em seus
primeiros tempos. Dentro do ideário então predominante nessa escola, de
ruptura com a tradição, seus autores buscaram uma aproximação com a
linguagem do povo, com a oralidade do discurso.
Descritor: reconhecer as regras de regência verbal presentes no texto .

11- No poema acima, esse afastamento com o rigor da norma padrão se faz
presente
A)no uso da preposição "em" no adjunto adverbial que modifica o verbo
"morar".
B)na regência, não abonada pelo registro culto, empregada com o verbo
"chegar".
C)no uso intransitivo dos verbos "beber", "cantar" e "dançar".
D)na colocação escolhida para o pronome "se" junto ao verbo "atirar".
E)no uso do verbo "morrer" com om objeto direto.

Leia o poema:

Leia o poema a seguir:


Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
(Antologia Poética, Ferreira Gullar)

Descritor: reconhecer as características da produção de 45 presentes no


poema lido.

12- Pode-se afirmar que o poema de Ferreira Gullar representa a chamada


poesia social, pois:
A) Apresenta características que o assemelham à poesia produzida pela
terceira geração do modernismo brasileiro, cujo ideal era o experimentalismo e
a ruptura com o poema formal.

B) Propõe a volta de uma linguagem discursiva, num estilo simples e direto,


representando na poesia o cotidiano do homem das cidades, além de
representar os momentos difíceis de situação social e política enfrentados pelo
Brasil nas décadas de 1960 e 1970

C)A poesia de Ferreira Gullar apresenta um corte profundo entre a poesia


romântica e a poesia moderna, embora ainda faça uso de elementos
linguísticos comuns ao parnasianismo brasileiro.

D)Pode ser considerado como poesia social porque não apresenta qualquer
tipo de preocupação com a vida do homem nas grandes cidades. Há apenas o
compromisso com a palavra e com a estrutura do poema, que rompe com a
linguagem discursiva a favor do verso livremente disposto na página.

E)Trata-se de uma poesia clássica estruturada a partir do soneto, por isso pode
se considerado uma poesia social

13- Sobre o poema acima, podemos afirmar que:


A)Ao ser aproximada de um ato lúdico como o fazer poesia, a crítica social é
atenuada e perde força.

B)A ruptura com o verso tradicional situa o poema no contexto da primeira


geração modernista.
C)Nota-se uma conjunção entre a reflexão sobre o fazer poético e a
preocupação com a realidade social adversa.

D)A crítica política e a reflexão sobre a literatura presentes no poema


configuram exceção na produção poética de
Ferreira Gullar.
E)Trata-se de texto poético que destoa do conjunto da obra Toda poesia por
utilizar redondilhas maiores e menores.

Leia o poema e responda as questões abaixo:


Pulsar, Augusto de Campos

Descritor: reconhecer as características da produção do concretismo


presentes no poema lido.

14-Sobre o poema de Augusto de Campos, estão corretas as alternativas:

I. Rompe com a estrutura discursiva do verso tradicional ao propor a


geometrização e a visualização da linguagem.

II. Para o poeta, todo o ato de escrever provém da inspiração, fruto de uma
investigação íntima que privilegia os sentimentos e o lirismo. A poesia é
tradicional e convencional, valendo-se da forma e moldes clássicos.

III. O poema apresenta diversas inovações, entre elas o apelo à comunicação


não verbal, a desintegração da palavra e a polissemia.

IV. É inspirado nos poemas neossimbolistas, nos quais os elementos naturais,


como as estrelas, a água, o vento e o mar são amplamente explorados.

a) Todas estão corretas.


b) Apenas I está correta.

c) I e III estão corretas.

d) II e IV estão corretas.

Descritor: reconhecer as características da produção do concretismo


presentes no poema lido.

15- Sobre o Concretismo, estão corretas as seguintes alternativas:

I. A poesia concreta, ou Concretismo, impôs-se, a partir de 1956, como a


expressão mais viva e atuante de nossa vanguarda estética. No contexto da
poesia brasileira, o Concretismo afirmou-se como antítese à vertente intimista e
estetizante dos anos 40 e repropôs temas, formas e, não raro, atitudes
peculiares ao Modernismo de 22 em sua fase mais polêmica e mais aderente
às vanguardas europeias. (Alfredo Bosi)

II. Os poetas concretos entenderam levar às últimas consequências certos


processos estruturais que marcaram o futurismo (italiano e russo), o dadaísmo
e, em parte, o surrealismo. São processos que visam explorar as camadas
materiais do significante. A poesia concreta quer-se abertamente
antiexpressionista. Em termos mais genéricos: o Concretismo toma a sério, e
de modo radical, a definição de arte como techné, isto é, como atividade
produtora. (Alfredo Bosi)

III. A poesia concreta inovou em vários campos, entre eles o campo semântico
(ideogramas, polissemias, trocadilhos etc.), o campo sintático (justaposição,
redistribuição de elementos, ruptura com a sintaxe da proposição etc.), o
campo do léxico (substantivos concretos, neologismos, tecnicismos,
estrangeirismos, siglas etc.), o campo morfológico (desintegração do sintagma
nos seus morfemas, separação dos prefixos, dos radicais, dos sufixos etc.), o
campo fonético (aliterações, assonâncias, rimas internas etc.) e o campo
topográfico (abolição do verso, não linearidade, uso construtivo dos espaços
brancos, ausência de sinais de pontuação, sintaxe gráfica etc.).

IV. O Concretismo toma a sério, e de modo radical, a definição de arte


como techné, isto é, como atividade produtora. O poema é identificado como
objeto da linguagem, e os poetas do Concretismo brasileiro reconhecem e
promovem uma tradição tecnicista como seu imediato ponto de referência
histórico e estético.

a) I e IV estão corretas.

b) II e III estão corretas.

c) I, III e IV estão corretas.

d) Todas estão corretas.

Descritor: reconhecer as características do tropicalismo presentes no


música lida.
16- O disco e a música Tropicália tornaram-se símbolos do "Tropicalismo", movimento
protagonizado por artistas e intelectuais, no Brasil, em finais da década de 1960.
Esse movimento destacou-se, principalmente, pela seguinte proposta:
(A) valorização do pluralismo cultural
(B) denúncia das influências estrangeiras
(C) enaltecimento da originalidade nacional
(D) defesa da homogeneização de comportamentos sociais

Leia as três estrofes abaixo e, em seguida, aponte a alternativa correta.

No pulso esquerdo o bang-bang


Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim

Emite acordes dissonantes


Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim

Viva Iracema ma, ma


Viva Ipanema ma, ma, ma, ma...

17- Os versos acima são da canção “Tropicália”, de Caetano Veloso. Partindo


desses versos, é possível afirmar que:

a) Caetano Veloso não se preocupa em passar nenhuma mensagem com a


música, apenas enumera palavras soltas, sem sentido algum.

b) Caetano Veloso faz uma crítica irônica ao bairro de Ipanema nos versos
finais.

c) Apesar de levar o título de “Tropicália”, essa canção nada tem a ver com o
movimento tropicalista.

e) Um dos principais aspectos do movimento tropicalista era falar


exclusivamente da cultura nacional.
Leia o texto:

Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida com a prisão de


seus dois líderes, o tropicalismo não deixou de cumprir seu papel de vanguarda
na música popular brasileira. A partir da década de 70 do século passado, em
lugar do produto musical de exportação de nível internacional prometido pelos
baianos com a “retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios de
comunicação e na indústria do lazer uma nova era musical. (TINHORÃO,
J.R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo. São
Paulo: Art, 1986 [adaptado]).
A nova era musical mencionada no texto evidencia um gênero que incorporou a
cultura de massa e se adequou à realidade brasileira.

18- Esse gênero está representado pela obra cujo trecho correto está em:
A)A estrela d' alva/ no céu desponta/ E a lua tonta/ Com tamanho esplendor.
(As pastorinhas, Noel Rosa e João de Barro).
B)Hoje/ Eu quero a rosa mais linda que houver/ Quero a primeira estrela que
vier/ Para enfeitar a noite do meu bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran).
C)No rancho fundo/ Bem pra lá do fim do mundo/ Onde a dor e a saudade/
Contam coisas da cidade. (No rancho fundo, Ary Barroso e Lamartine Babo).
D)Baby, Baby/ Não adianta chamar/ Quando alguém está perdido/ Procurando
se encontrar. (Ovelha negra, Rita Lee.)
E)Pois há menos peixinhos a nadar no mar/ Do que beijinhos que eu darei/ Na
sua boca. (Chega de Saudade, Tom Jobim e Vinícius de Moraes).

Questão discursiva

Leia o trecho abaixo, de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto,
para responder à questão.

“Somos muitos Severinos


iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.”

(NETO, João Cabral de Melo. Morte e Vida Severina e outros poemas para
Descritor: reconhecer as características da produção de João cabral de
Melo Neto e Ferreira Gullar presentes no poema lido.

vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 46.)

Com base na leitura do poema, apresente o projeto literário do poeta : joão


Cabral de Melo Neto , comentando a importância do autor para o modernismo .

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Leia o poema:

Não há vagas

O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
— porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
GULLAR, Ferreira. Não há vagas. Dentro da noite veloz. In: Toda
poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. p. 224.

Construa uma análise critica sobre o poema acima, destacando as


principais características do autor Ferreira Gullar , comentando qual
a importância do mesmo para a poesia de 45

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