Você está na página 1de 7

https://pje.tjpe.jus.br/2g/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPub...

Tribunal de Justiça de Pernambuco


Poder Judiciário
Gabinete do Des. Josué Antônio Fonseca de Sena

ÓRGÃO JULGADOR: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

TIPO: AGRAVO DE INSTRUMENTO

PROCESSO Nº: 0002481-24.2018.8.17.9000

AGRAVANTE: MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO, DIRETÓRIO ESTADUAL DE


PERNAMBUCO

AGRAVADO: MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - DIRETÓRIO NACIONAL.

RELATOR SUBSTITUTO: Des. ITABIRA DE BRITO FILHO

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA / OFÍCIO 028 GDIBF

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO


BRASILEIRO – PMDB – DIRETÓRIO ESTADUAL DE PERNAMBUCO, em face de decisão
interlocutória proferida nos autos do Processo 0008832-58.2018.8.17.2001, em que litiga com o
PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO – PMDB – DIRETÓRIO NACIONAL, o qual o
MM. Juiz a quo, em pedido de reconsideração indeferiu o pedido de tutela de urgência.

Inicialmente esclareço que despacho no presente processo em face do oficio no. 233/2018-PRE/SEJU,
em razão da suscitação de suspeição do relator, Exmo. Des. Josué Antônio Fonseca de Sena e do
Exmo. Des. Francisco Eduardo Gonçalves Sertório Canto.

Destaco que o PMDB- DIRETÓRIO ESTADUAL promoveu AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA
DE URGÊNCIA CAUTELAR, sob os seguintes argumentos:

1- Da inadequação da via e da fundamentação equivocada para o pedido de dissolução do


Diretório Estadual do PMDB;

2- Da incompetência do órgão partidário processante, pois, teria competência o Conselho


Nacional e não o Diretório Nacional do PMDB;

3- Do cerceamento do direito de defesa;

4- Da inquisitoriedade do procedimento;

1 de 7 16/03/2018 09:16
https://pje.tjpe.jus.br/2g/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPub...

5- Das falsas premissas apontadas: a) do desempenho eleitoral do PMDB de Pernambuco; b) do


desrespeito ao princípio democrático e irregularidade da comissão provisória.”

Em seguida, o Juiz de Direito da 30ª Vara Civel, B, proferiu a seguinte decisão, concedendo a liminar
pleiteada:

Decisão ID 3686349, proferida pelo Juiz da 30ª. Vara Civel, B:

“Deste modo, defiro o pedido de tutela de urgência requerido pela parte autora e determinando
a suspensão imediata o trâmite do processo de dissolução do Diretório Estadual do PMDB em
Pernambuco, enquanto perdurar a suspensão deferida no Agravo nº
0000325-63.2018.8.17.9000”

Diante da decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência, o PMDB- DIRETÓRIO NACIONAL
apresentou pedido de reconsideração ao Juiz de Direito da 27ª Vara Cível, A, o qual revisitando a
matéria revogou a decisão que concedia a tutela, sendo esta a decisão agravada objeto do presente
recurso:

Decisão Agravada (dispositivo) ID 3686224, proferida pelo Juiz da 27ª. Vara, A:

“Posto isto, face às disposições do Art. 146, § 3º, CPC, em sede de apreciação de medidas de
urgência, acolho, em parte, o pedido de reconsideração, revogando a r. decisão interlocutória,
ID. 28696748, que determinou a suspensão imediata do trâmite do processo de dissolução do
Diretório Estadual do MDB no Estado de Pernambuco, para indeferir o pedido de tutela de
urgência formulado pelo Diretório Estadual do MDB, na nova ação anulatória que propôs.”

O PMDB- DIRETÓRIO ESTADUAL, então, propôs o presente Agravo de Instrumento com Pedido de
Efeito Suspensivo, sob o argumento, em síntese:

Fundamento da parte agravante PMDB- DIRETÓRIO ESTADUAL:

ID 3687924

“1- Em verdade, Doutos Desembargadores, a decisão revisada foi prudente ao deferir a


suspensão imediata o trâmite do processo de dissolução do Diretório Estadual do MDB em
Pernambuco, enquanto perdurar a suspensão deferida no Agravo nº
0000325-63.2018.8.17.9000

2- A dissolução, porém, é medida tratada em outro capítulo no Estatuto (diferente da


intervenção), para os casos em que órgãos partidários violem o Código de Ética, os princípios
programáticos, o Estatuto ou ainda desrespeite qualquer diretriz ou deliberação estabelecida
pelos órgãos competentes, o que não é a hipótese dos autos.

3-Dessa forma, só se pode concluir que NÃO HOUVE QUALQUER ALTERAÇÃO DOS
DISPOSITIVOS PARTIDÁRIOS, PERMANECENDO HÍGIDA A ÚLTIMA VERSÃO ESTATUTÁRIA, QUE

2 de 7 16/03/2018 09:16
https://pje.tjpe.jus.br/2g/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPub...

PREVÊ A COMPETÊNCIA EXCLUSIVA AO CONSELHO NACIONAL DO MDB PARA A DISSOLUÇÃO


DE SEUS DIRETÓRIOS PARTIDÁRIOS ESTADUAIS.”

Por sua vez, a parte agravada PMDB- DIRETÓRIO NACIONAL em sua defesa na contestação alega:

ID 2861076

1- Vale dizer, é absolutamente ilegítimo e contrário à autonomia dos partidos políticos – -


prevista na Constituição (art. 17, p. 1º) e na Lei dos Partidos Políticos (art. 3º da Lei n.
9.096/95) – - admitir -se que o Poder Judiciário diga, de forma antecedente, que o pedido de
dissolução de determinado órgão partidário não deve prosperar porque é inepto, suprimindo do
próprio partido político a análise do pedido, inclusive para dizer se é ou não inepto.

2- Ou seja, não houve em momento algum descumprimento a qualquer regra de procedimento


que poderia ensejar inobservância ao devido processo legal. Repita -se: o pedido foi recebido --
porque fundamentado, formulado por quem de direito e direcionado ao órgão partidário
competente, a decisão foi submetida à Comissão Executiva Nacional, foi nomeado Relator para
apreciação do pedido e foi determinada a apresentação de defesa.

3- O Presidente do PMDB, Senador ROMERO JUCÁ, recebeu o pedido e encaminhou à Assessoria


Jurídica, que opinou pelo seu recebimento, porque fundamentado (art. 61, p. 2º, Estatuto do
PMDB) e formulado por quem de direito (art. 61, p. 3º, Estatuto do PMDB), ressalvando que a
decisão sobre a procedência ou não do pedido seria eminentemente política, constituindo -se
como matéria interna corporis do partido, e que seria obrigatória a observância aos requisitos
formais do pedido, especialmente o contraditório, e que a decisão a ser proferida deveria ser
fundamentada em algum motivo previsto no Estatuto como causa para a dissolução. Assentou,
ademais, que a competência para exame da questão seria da Comissão Executiva Nacional.

4- Volta-se a dizer que a renumeração indevida dos incisos do art. 73, sem respaldo na ATA da
Convenção Nacional que suprimiu o inciso II desse dispositivo, não pode ser considerada como
fundamento hábil a ensejar a procedência desta ação, pois deturpa o real sentido do Estatuto
do PMDB.

Destaco por fim, que a apreciação do Pedido de Tutela Recursal se encontra em aberto, devendo ser
objeto de apreciação.

É o que importa a relatar. DECIDO.

O presente agravo de instrumento deve ser admitido, vez que é tempestivo e encontra-se legalmente
formado.

Trata-se de Recurso de Agravo de Instrumento com pedido de tutela de urgência, estando a


apreciação do pedido limitada a existência dos pressupostos indispensáveis para a concessão da

3 de 7 16/03/2018 09:16
https://pje.tjpe.jus.br/2g/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPub...

medida pleiteada, através de uma manifestação baseada em cognição sumária.

De inicio, a matéria em discussão se restringe ao ponto objeto do recurso de agravo de instrumento,


qual seja:

VIABILIDADE FORMAL DA INSTAURAÇÃO Realmente, para um juízo de admissibilidade do


procedimento instaurado pelo Diretório Nacional, por meio do ID. 28548453, visando a
dissolução do Diretório Estadual, vejo preenchidos os requisitos formais previstos nos artigos
62 a 64 do Estatuto do MDB, porquanto a narrativa dos fatos ou conjunto dos fatos é clara e
suficiente para o exercício da defesa formal do Diretório Estadual.

A atividade do Diretório Nacional, por meio de sua executiva, em ações que lhe são
estatutariamente delegadas, por se tratar de matéria interna corporis não pode ser impedida
de exercer suas atividades. Resolvida a questão de sua legitimidade formal, importa em
exercício regular de direito dar início ao trâmite, ainda que a decisão de mérito no
procedimento de dissolução possa ser revista, em sede de controle judicial de legalidade e
constitucionalidade, ante a prevalência do princípio da inafastabilidade da jurisdição, Art. 5º,
XXXV, da Constituição da República, mesmo em se tratando de ato interna corporis afeto à
autonomia de que trata o Art. 17, § 1º, da Constituição da República, porquanto o ato em
questão se vincula à sua motivação e esta deve seguir os ditames do ordenamento jurídico,
tanto no plano da legalidade e sobretudo, no plano da constitucionalidade.

Posto isto, face às disposições do Art. 146, § 3º, CPC, em sede de apreciação de medidas de
urgência, acolho, em parte, o pedido de reconsideração, revogando a r. decisão
interlocutória, ID. 28696748, que determinou a suspensão imediata do trâmite do processo
de dissolução do Diretório Estadual do MDB no Estado de Pernambuco, para indeferir o
pedido de tutela de urgência formulado pelo Diretório Estadual do MDB, na nova ação
anulatória que propôs.

Remeta-se cópia desta Decisão ao Eminente Relator do Agravo de Instrumento NPU:


0000325-63.2018.8.17.9000. Intimem-se as partes, por meio do envio de cópias desta
decisão, nos termos da Recomendação nº 03/2016/TJPE-CM. Recife, 08 de março de 2018.

AILTON ALFREDO DE SOUZA Juiz de Direito – Titular da 27 ª Vara Cível, Seção A, no


exercício da 2ª Substituição Automática

Os demais fundamentos destacados no pedido não são apresentados como controvertidos no


presente agravo, salvo a viabilidade formal da instauração e a suspensão deferida no Agravo no.
000325-63.2018.8.17.9000.

Nesse ponto, constato que há fortes indícios de que a decisão agravada ultrapassou as determinações
constantes na decisão interlocutória, ID 3466514, a qual havia fixado expressamente a controvérsia
quanto a legitimidade do Diretório Nacional do PMDB, em face da legitimidade do Conselho Nacional
do PMDB.

4 de 7 16/03/2018 09:16
https://pje.tjpe.jus.br/2g/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPub...

Trata-se de vicio formal relativo a competência para proceder procedimento de dissolução, o qual
está sendo objeto de julgamento nos autos do processo de Agravo no. 000325-63.2018.8.17.9000.

E ainda é relevante destacar que os argumentos de que as alterações posteriores supriram os erros
de redação e por isso poderiam justificar a atividade do Diretório Nacional com o objetivo de dissolver
o Diretório Estadual não se justificam diante da litigiosidade dos fatos, já estabelecida a controvérsia
no Agravo no. 000325-63.2018.8.17.9000, em decisão Proferida pelo Des. Francisco Eduardo
Gonçalves Sertório Canto.

ID 3466514

“Ou seja, o Diretório Nacional do PMDB, ora agravado, reconhece somente ter procedido
com a alteração do art. 73 do seu Estatuto após o ajuizamento, na origem, da presente
ação, pelo Diretório Estadual do PMDB.

Não desconheço ter o Diretório Nacional do PMDB anexado aos autos parecer do
Ministério Público Eleitoral no sentido de que “deve ser deferida a alteração do Estatuto, por
se tratar de simples e necessária retificação de seu art. 73, que restabelecerá as
competências originais dos órgãos diretivos estaduais e municipais do Partido” (id 3457151 -
p. 3).

Também verifico ter o juízo de piso, na decisão ora agravada, assentado que “não se trata
de retroagir alteração estatutária para atingir um caso concreto que já se encontrava em
tramitação, mas, sim, reconhecer a existência de erro material involuntário que não retratou
a intenção da Convenção Nacional do Partido ao promover a revogação de um inciso do art.
73” (id 3457161 – p. 27).

Contudo, pelo menos aparentemente, parece-me que tal interpretação vai de encontro
ao disposto no art. 5º, XXXVI, da CF/1988 (a lei não prejudicará o direito adquirido, o
ato jurídico perfeito e a coisa julgada), bem como ao disposto no art. 6º da Lei de
Introdução às normas do Direito Brasileiro (A Lei em vigor terá efeito imediato e geral,
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada).

No caso concreto, repito, o próprio Diretório Nacional reconheceu a alteração feita,


alegando em um momento, erro material involuntário, qual seja, a supressão do inciso que
retirava da Comissão Executiva Nacional a competência para processar o pedido de
dissolução de Diretório Estadual. No entanto, o próprio Diretório Nacional, como acima
transcrito, reconheceu ser um erro formal.

Em menos palavras: o Estatuto é a lei que rege os procedimentos em questão. E as


disposições estatutárias passam a ser obrigatórias, a partir de sua publicação
oficial.

Na data da interposição da ação, constava na página do TSE as disposições que o


próprio Diretório Nacional reconhece terem sido modificadas.

Não se trata de simples erro em que tivesse ocorrido uma troca de letras. A
modificação feita posteriormente alterou a anterior, alterando seu conteúdo.

A nova redação do art. 73, deslocou para o inciso IV, a previsão estabelecida no
inciso III, que passou a coincidir com a previsão do inciso XI do art. 76.

Na data despacho acima referido, constava no Estatuto do partido, cabia ao


Conselho Nacional, promover a responsabilidade dos Diretórios Estaduais, e, na
omissão destes, dos Municipais e Zonais, decidindo sobre sua dissolução,
intervenção e reorganização (art. 73, III).

5 de 7 16/03/2018 09:16
https://pje.tjpe.jus.br/2g/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPub...

Por sua vez, o art. 76, XI, mesmo Estatuto, dispunha competir à Comissão
Executiva Nacional, exercer as competências do Conselho Nacional referidas nos
incisos I, IV e VII, sem prejuízo de ulterior liberação deste.

Ora, dentre elas não se encontrava a do inciso III, acima referido.

Por ter ocorrido alteração na disposição legal, não pode ser reconhecida tal
alteração como simples erro material, pois houve uma alteração de competência.

As razões apresentadas, tenho para mim, servem como expresso reconhecimento


da alteração do dispositivo legal.

Dessa forma, a alteração feita passa a valer somente a partir de sua publicação,
não podendo retroagir, exatamente, por tê-la modificado.

Tempus regit actum, já dispunha o velho brocardo latino.

Presente, pois, a fumaça do bom direito.”

Acertada foi a primeira decisão que obedecendo a determinação superior entendeu que o trâmite do
Processo de Dissolução do Diretório Estadual do PMDB Pernambuco está suspenso até o julgamento
do agravo no. 000325-63.2018.8.17.9000.

A existência de uma nova decisão em sentido contrário, em outro processo, tratando da mesma
matéria envolvendo as mesmas partes fere o princípio da segurança jurídica e gera uma instabilidade
processual.

No âmbito processual a ideia da segurança jurídica encontra assento na coisa julgada material e
formal, visando a estabilidade processual, ressalvando as hipóteses legais de revisão dos julgados.

No presente agravo de instrumento a atribuição do efeito suspensivo ao recurso é medida impositiva,


diante da relevância dos argumentos trazidos, que revelam a existência de dependência do processo
no. 0008832-58.2018.8.17.2001 ao julgamento do Recurso de Agravo no.
000325-63.2018.8.17.9000, associada à possibilidade da parte agravante sofrer danos irreversíveis
com a dissolução do Diretório.

Diante dos fatos que se apresentam e dos princípios do devido processo legal e da segurança jurídica
que regem o Processo Civil, tomando em análise o pedido de suspensividade, entendo que o mesmo
deve ser acolhido por considerar evidenciada a probabilidade do direito invocado pelo agravante,
assim como o perigo de dano irreparável e de difícil reparação, ocasionado por decisão precipitada do
juízo de primeiro grau que admitiu a viabilidade formal da instauração de procedimento pelo Diretório
Nacional quando a 1ª Câmara Cível do TJPE já detinha a jurisdição para apreciar a matéria.

Forte em tais considerações, excepcionalmente, DEFIRO O PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO,


no sentido de suspender os efeitos da decisão recorrida ID 3686224, assim como restabelecer a
decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência postulada pelo Diretório Estadual do PMDB,
mantendo ativa a decisão proferida no Processo no. 00499968-69.2017.8.17.2001 - ID 3457107 - p.

6 de 7 16/03/2018 09:16
https://pje.tjpe.jus.br/2g/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPub...

16 que determinou “a suspensão imediata do trâmite do processo de dissolução do Diretório Estadual


do PMDB em Pernambuco, inclusive o prazo de defesa e qualquer deliberação, mantendo ativo o
referido diretório com a composição atual, até o julgamento final da presente demanda”.

Intime-se o agravado, por meio de seu advogado, para, querendo, apresentar contrarrazões ao
Agravo de Instrumento, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, juntando a documentação que entender
necessária ao julgamento do recurso, nos termos do art. 1.019, II, c/c art. 219, do Novo Código de
Processo Civil.

Oficie-se o Juízo da causa para conhecimento e cumprimento do que foi aqui decidido, e em
homenagem ao princípio da celeridade processual, a cópia da presente decisão servirá como ofício e
terá força de mandado.

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Recife, 09 de março de 2018.

Itabira de Brito Filho

Relator

7 de 7 16/03/2018 09:16

Você também pode gostar