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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS

ALEXANDRA GOMES ROSSI


ANA CLARA DA SILVA NUNES
KELLY CRISTINA DA SILVA
VIVIANE L. L. DA COSTA

EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO DA CAFEÍNA

RELATÓRIO

APUCARANA
2011
ALEXANDRA ROSSI
ANA CLARA DA SILVA NUNES
KELLY CRISTINA DA SILVA
VIVIANE L. L. DA COSTA

EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO DA CAFEÍNA

RELATÓRIO

Relatório de Química Orgânica do 2º


período, do Curso Superior de Tecnologia em
Processos Químicos, da Universidade Federal do
Paraná – UTFPR

Orientador: Prof.ª Alessandra Machado Baron

APUCARANA
2011
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6

2 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 9

2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................. 9

2.2 Objetivo Específico ......................................................................................................................... 9

3 MATERIAIS ...................................................................................................................................... 9

3.1 Material ultilizado........................................................................................................................... 9

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................................................... 9

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................................... 11

6 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 11

7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 12
1 INTRODUÇÃO

Extração é o método utilizado para transferir um soluto de uma fase para outra. A
extração é, freqüentemente, utilizado para isolar ou concentrar determinado analíto, ou
mesmo para sua separação dos demais componentes da amostra. 1

É comum a extração de uma solução aquosa por meio de um solvente orgânico,


como por exemplo, o tolueno, hexano, éter dietílico, que são mais utilizados por serem menos
densos que a água. Quando adicionados em solução aquosa, formam uma segunda fase, a qual
permanece acima da fase aquosa, assim há a ocorrência de uma fase aquosa e de outra fase
orgânica. 1

O isolamento de compostos orgânicos a partir de fontes naturais é um tipo de


experimento muito empregado em disciplinas experimentais de graduação em química
orgânica. A extração de cafeína das folhas de chá mate (Ilex paraguariensis) é um exemplo
bastante popular em livros texto de química orgânica experimental. 2

Esse experimento geralmente é empregado nas disciplinas iniciais de química


orgânica, onde são apresentadas as principais técnicas de isolamento, purificação e
caracterização de substâncias. O experimento alia a motivação do estudante, através da
utilização de um produto de uso cotidiano, ao aprendizado de técnicas de extração com
solventes e purificação de substâncias naturais, no caso a cafeína. Além disso, os reagentes
empregados são de baixo custo e não tóxicos. Com o mesmo propósito, embora de forma
menos abundante, a literatura cita a extração de cafeína a partir de outras fontes como, por
exemplo, o café (Coffea arabica) e o chá preto (Camellia sinensis). 3

O chá preto (Camelia sinensis) é um arbusto sempre-verde que cresce em regiões


tropicais ou subtropicais. Pode atingir mais de 10 metros de altura, mas é mantido, através de
podas regulares, nos 90 a 110 cm, uma altura mais conveniente para colheita. 4

A cafeína (figura 1.1) é um alcalóide do grupo das xantinas que, além de atuar sobre
o sistema nervoso central, aumenta a produção de suco gástrico, decorrente da alteração
metabólica ocasionada pela mesma. Devido ao estímulo do sistema nervoso, a cafeína
proporciona alguns efeitos comprovados como aumento da atenção mental e concentração,
melhoria do humor, diminuição da fadiga. Clinicamente é utilizada para neutralizar o efeito de
drogas hipnóticas, sendo habitualmente comercializada em associação com muitos
analgésicos. É possível encontrá-la também em alguns comprimidos para resfriados e alergias,
moderadores de apetite e estimulantes. 5

Figura 1.1 – Cafeína (grupo metil-xantina)

Estima-se que a cafeína seja a droga mais consumida no mundo, pois além do vasto
emprego clínico, é encontrada em uma grande quantidade de bebidas estimulantes, como
chocolate, café, guaraná, cola, cacau, chá preto e chá-mate. Em excesso, a cafeína pode
ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de cabeça e insônia.
Segundo estudos, dez gramas de cafeína, em média, é uma dose letal para o homem, e em
uma xícara de café são encontrados cem miligramas de cafeína. 5

A cafeína pura é inodora e possui sabor amargo; é estável a variações de temperatura


e pH e possui alta solubilidade em água e determinados solventes orgânicos. Os efeitos
fisiológicos dependem da sensibilidade de cada pessoa, como também do tempo de
permanência da cafeína no plasma sanguíneo, o que por sua vez depende de muitos outros
fatores. Normalmente são mais sensíveis as pessoas que não costumam ingerir cafeína. 3

Depois de ingerida, a cafeína é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal, e


distribuída para todos os tecidos do corpo, sendo quase totalmente metabolizada pelo fígado e
seus metabólitos eliminados pelos rins.
Estudos mostram que a cafeína atua tanto aumentando a vigilância quanto a
capacidade de raciocínio, ao mesmo tempo em que diminui a resposta visual e auditiva; doses
ao redor de 300 mg podem levar ao estado de hiperatividade e como conseqüência a queda de
atenção. Mostram ainda que a cafeína prejudica o sono marcantemente, tanto na qualidade
quanto na redução do tempo de sono, atuando de modo a retardar o início, quando ingerida de
30 a 60 minutos antes do repouso. 3

Ao contrário da opinião popular, a cafeína não tem o efeito de deixar sóbria uma
pessoa alcoolizada. O café diminui a sonolência causada pela ressaca, porem não recupera a
atividade psicomotora e o raciocínio perdido. Alguns estudos incluem a potencialização dos
efeitos do álcool e outros a ausência de efeitos associados. 3
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Extração da cafeína do chá preto

2.2 Objetivo Específico


Realizar a purificação da cafeína através do método de sublimação.

3 MATERIAIS

3.1 Material ultilizado


 Erlenmeyer de 250 mL
 Funil de separação
 Balão volumétrico de 100 mL
 Béquer de 10 mL
 Placa de aquecimento
 Vidro de relógio
 Chapa aquecedora
 Papel de filtro
 Chá preto
 Copo plástico
 Cubos de gelo
 Água
 Capilar

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

I. A um erlenmeyer de 250 mL adicionou-se 150 mL de água, 15,0 g de chá preto e


7,07 g de carbonato de cálcio (CaCO)3.
II. Aqueceu-se a mistura até a fervura e realizou-se a extração por um período de 20
minutos com agitação ocasional.
→ Chá preto, H2O
destilada e Carbonato de
Cálcio.

Figura 1. Aquecimento da Mistura

III. Filtrou-se a mistura a quente utilizando um sistema à vácuo.

Mistura (H2O destilada, chá preto e bicarbonato


de Cálcio).

Mistura Filtrada

Figura 2. Filtragem a vácuo

IV. Resfriou-se a solução utilizando banho de gelo até atingir a temperatura de 15 0


C. Transferiu-se a solução para um funil de separação e extraiu a cafeína com a
porção de 20 Ml de diclorometano (CH2Cl2 ) (extração múltipla com agitação
suave para evitar a formação de emulsão).

Diclorometano CH2Cl2
Extratos Orgânicos

Figura 3. Funil de separação: Extração da cafeína


V. Juntou-se os 2 extratos orgânicos e transferiu-se para o balão de 100 mL do
sistema de destilação simples, destilou-se o solvente.
VI. Transferiu-se o extrato concentrado para um béquer de 10 mL (limpo e
previamente pesado) e evaporou-se o restante do solvente na estufa.
VII. Pesou-se o resíduo esverdeado da cafeína bruta, calculou-se a porcentagem de
alcalóide no chá.
VIII. Purificação por sublimação
Colocou-se o resíduo (deve estar em um béquer) da cafeína obtida no item
anterior (cafeína impura) sobre uma chapa aquecedora.
Sobre esse béquer colocou-se um vidro de relógio, e sobre o vidro um copo
plástico com cubos de gelo.
Desligou-se a chapa quando uma boa quantidade de cafeína separou-se ao
fundo do béquer
Coletou-se a cafeína pura (mini cristais brancos) em papel de filtro.
Mediu-se o ponto de fusão desta cafeína e comparou-se com o valor obtido
após isolamento.

Cubos de Gelo

Cafeína Pura

Cafeína Bruta

Figura 4. Representação esquemática por sublimação da cafeína.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6 CONCLUSÃO
Por meio de cálculos podemos observar que o valor da porcentagem da cafeína
estava próximo do esperado . O resultado encontrado na determinação do extrato aquoso
indica que, a amostra de chá preto encontra-se dentro dos padrões preconizados pela
legislação ANVISA6,da, que deve ser no mínimo 24%.
Ao analisarmos o ponto de fusão notamos que estava próximo ao valor da literatura
(238°C) conseqüentemente pode-se afirmar que houve a purificação da cafeína. Portanto os
métodos de separação aplicados foram rentáveis para a extração da cafeína.

7 REFERÊNCIAS

1- HARRIS, Daniel C. Análise Química Quantitativa. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.

2- PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S.; ENGEL, R. G.; Introduction to


Organic Laboratory Techniques: Small Sacale Approach, Saunders College
Publishing: Forth Worth, 1998, p. 71.

3- BRENELLI, E. C. S.; A extração de cafeína em bebidas estimulantes – uma nova


abordagem para um experimento clássico em química orgânica. Química Nova, vol.
26, nº 1. São Paulo, 2003.

4- http://pt.wikipedia.org/wiki/Ch%C3%A1 acessado 08/10/11.

5- BRENELLI, E. C. S. Química Nova, 2003, 26, 136-138. (b) Andrade, J. B.; Pinheiro,
H. L. C.; Lopes, W. A.; Martins, S.; Amorim, M. M; Brandão, A. M. Química Nova,
1995, 18, 379-381.

6 - Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4ª ed.


Brasília: Ministério da Saúde; 2005.

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