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Produção do conteúdo: 1º sem./2012
Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Sumário da Disciplina
Apresentação 135
O Professor 137
Introdução 139
1 Unidade I
As Origens do Pensamento Sociológico 141
Ʌ26XUJLPHQWRGD6RFLRORJLD 142
Ʌ6RFLRORJLDHD5HYROX©¥RΖQGXVWULDO 144
Ʌ$XWRUHV&O£VVLFRVGD6RFLRORJLD 145
Ʌ2)DWR6RFLDO 147
Ʌ2TXH«)DWR6RFLDO 148
Ʌ&DUDFWHU¯VWLFDVGR)DWR6RFLDO 148
Ʌ2V)DWRV6RFLDLVHPRXWUDV£UHDVGDV&L¬QFLDV6RFLDLV 149
Ʌ&RQVLGHUD©·HVGD8QLGDGHΖ 151
2 Unidade II
Grupos e Relações Sociais 153
Ʌ$JUXSDPHQWRH5HOD©·HV6RFLDLV 154
Ʌ&RQWDWRV6RFLDLV 155
Ʌ5HOD©¥RHΖQWHUD©¥R6RFLDO 156
Ʌ$JUHJDGRVH*UXSRV6RFLDLV 158
Ʌ$JUHJDGRV6RFLDLV 158
Ʌ*UXSRV6RFLDLV 159
Ʌ5HȵH[¥RVREUHRV&RQWDWRVH5HOD©·HV6RFLDLV$WXDLV 162
Ʌ&RQVLGHUD©·HVGD8QLGDGHΖΖ 163
3 Unidade III
Cultura e Sociologia 165
Ʌ&XOWXUDH6RFLHGDGH 166
Ʌ3DWULP¶QLR&XOWXUDO 167
Ʌ(OHPHQWRVGD&XOWXUD 168
Ʌ7HPSRH&XOWXUD 169
Ʌ6RFLHGDGHHVXDVΖQVWLWXL©·HV 171
Ʌ&RQFHLWR 171
Ʌ3ULQFLSDLVΖQVWLWXL©·HV6RFLDLV 171
Ʌ6WDWXV6RFLDOH(VWUDWLȴFD©¥R6RFLDO 173
Ʌ6WDWXVH3DS«LV6RFLDLV 176
Ʌ&RQVLGHUD©·HVGD8QLGDGHΖΖΖ 178
4 Unidade IV
$6RFLRORJLDQR%UDVLO3ULQFLSDLV7HµULFRVHPRGHORV([SOLFDWLYRV 179
Ʌ)RUPD©¥R+LVWµULFDGR%UDVLO 180
Ʌ(VWUXWXUD6RFLDOGR%UDVLO 181
Ʌ'R%UDVLO$JU£ULRDR%UDVLO8UEDQRΖQGXVWULDO 183
Ʌ2%UDVLOGRV$QRV 185
133
Sumário
Ʌ&RQVWLWXLQWHGHHR%UDVLO5HFHQWH 186
Ʌ6RFLRORJLDQR%UDVLO 187
Ʌ$OJXQV6RFLµORJRV%UDVLOHLURV 188
Ʌ&RQVLGHUD©·HVGD8QLGDGHΖ9 188
Referências 191
Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Apresentação
8QLGDGHΖȂ$VRULJHQVGRSHQVDPHQWRVRFLROµJLFR
8QLGDGHΖΖȂ*UXSRVVRFLDLVHLQWHUD©¥RVRFLDO
8QLGDGHΖΖΖȂ&XOWXUDHVRFLRORJLD
8QLGDGHΖ9Ȃ$VRFLRORJLDQR%UDVLOSULQFLSDLVWHµULFRVHPRGHORVH[SOLFDWLYRV
As videoaulas que você terá acesso pela plataforma mostrarão, de forma sucin-
ta, as teorias e os autores apresentados neste livro didático de SOCIOLOGIA.
Esperamos que este material, assim como todos os outros recursos, contribua
para o seu aprendizado dos principais conceitos e teorias da SOCIOLOGIA e que esta
enriqueça seus conhecimentos em geral.
Abraços,
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
O Professor
137
Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Introdução
Por isso, é preciso compreender como nasceu e quais foram as primeiras ques-
W·HVTXHPRWLYDUDPRVSULPHLURVVRFLµORJRVDUHȵHWLUGHPDQHLUDPDLVVLVWHP£WLFD
sobre a sociedade. Compreender como a sociologia surgiu permitirá entender o que
pretendiam os primeiros sociólogos e a sociologia enquanto disciplina preocupada
em compreender e explicar os fenômenos sociais.
Apenas para dar um exemplo, pense na Festa do Divino Espírito Santo, que
ocorre em diversas cidades brasileiras. Rica festa religiosa, realizada sete semanas
após a Páscoa, reúne diversos elementos interessantes para tentar se compreen-
der muitas dimensões da sociedade brasileira. As procissões mostram dimensões
simbólicas de fé que são importantes para quem pratica, mas que não dependem
apenas de questões econômicas.
1HVVDIHVWDWDPE«PȴFDPHYLGHQWHVGLIHUHQ©DVVRFLDLVTXHY¬PGHVGHWHPSRV
em que o Brasil era colônia de Portugal. Os escravos participavam da festa manifes-
WDQGRVHSRUPHLRGDFRQJDGDHLGHQWLȴFDYDPDSRPEDGR(VS¯ULWR6DQWRFRPS£V-
VDURVDIULFDQRVTXHSRGLDPVLJQLȴFDUYLGDHPRUWHQRLWHHGLDRXDLQGDOLEHUGDGHH
LJXDOGDGH0XLWDVGHVVDVPDQLIHVWD©·HVȴFDUDPGHPRGRTXHDRHVWXGDUD)HVWDGR
Divino podemos compreender muito da sociedade atual e a de tempos pregressos.
9RF¬SRGHU£VHSHUJXQWDUȊ0DVRTXHXPDIHVWDSRSXODUUHOLJLRVDWHPDYHU
com a sociologia?” A festa popular religiosa mostra que a sociedade é muito comple-
xa, pois não se move apenas pelos sistemas de organização econômica e política. Há
também uma dimensão simbólica que é muito importante na constituição das identi-
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
Não vamos entrar agora neste debate. O que podemos perceber é que o ser
humano, e em consequência as sociedades, só podem ser compreendidas por um
complexo de conceitos que não se restringem à economia e política. Desse modo, a
sociologia terá de lidar com essas outras dimensões da realidade.
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Sociologia ADisciplina
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Unidade I
1
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
• &RQKHFLPHQWRGRSURFHVVRKLVWµULFRGHVXUJLPHQWRGD6RFLRORJLDH
das questões que motivaram os primeiros sociólogos;
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
'HVGHRVXUJLPHQWRGDȴORVRȴDK£V«FXORVRVKRPHQVY¬PUHȵHWLQGRVR-
bre os grupos e as sociedades em que vivem com o objetivo de compreendê-los. Os
ȴOµVRIRV WLQKDP FRPR XPD GH VXDV SUHRFXSD©·HV GHȴQLU H RUJDQL]DU R VHX PHLR
social, começando a compreendê-lo de modo racional.
É esse interesse pelos grupos que diferencia a sociologia das outras ciências
sociais. Faz parte do universo de preocupações dos sociólogos o processo de confor-
mação, funcionamento e mudança dos grupos sociais, bem como as relações estabe-
lecidas entre os membros de um mesmo grupo e entre os grupos.
do conhecimento
Uma breve história
Homem Assume a
condição humana
Fonte: https://cenfopmatematicasignificativa.wordpress.com/category/historia-da-matematica/.
Acesso em 14/12/2015.
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
2 IDWR GR VHU KXPDQR YLYHU HP JUXSR WHU FDSDFLGDGH GH UHȵH[¥R H GHVHQ-
volver um complexo sistema de comunicação foram fatores determinantes para a
constituição do nosso processo cultural. Cultura e conhecimento são conceitos que
se confundem. Tudo o que foi produzido pela humanidade, como resultado das re-
lações sociais estabelecidas entre os indivíduos de um ou vários grupos, é cultura e,
portanto, é conhecimento.
Fonte:https://meilycass.wordpress.com/2012/05/01/video-aula-4-os-estudos-culturais-e-a- convivencia-
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
$6RFLRORJLD«FRQVLGHUDGDXPDFL¬QFLDQRYDVHFRPSDUDGD¢ȴORVRȴDHPDWH-
mática, por exemplo. Sua constituição está relacionada à necessidade de compreen-
V¥RGDVJUDQGHVWUDQVIRUPD©·HVRFRUULGDVQR2FLGHQWHHQWUHRȴQDOGRV«FXOR;9ΖΖΖ
e o início do século XIX, momento em que se articulam as bases para o desenvolvi-
mento da sociedade capitalista.
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Tudo aquilo que foi considerado como estruturador, ou que permeava toda a
realidade social, era estudada e teorizada pelos primeiros sociólogos. A sociologia
HUDXPDFL¬QFLDȊGRWHPSRSUHVHQWHȋ
$ FULD©¥R GD VRFLRORJLD Q¥R « REUD GH XP Vµ ȴOµVRIR RX FLHQWLVWD IUXWR GD
combinação do trabalho de vários pensadores empenhados em compreender as si-
tuações novas de existência que estavam em curso.
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
$XJXVWH&RPWHȴOµVRIRSRVLWLYLVWDIUDQF¬VTXHLQLFLRXRSURFHVVRGHVLVWHPD-
tização de conceitos da ciência social, usou pela primeira vez a palavra sociologia em
1838.
$XJXVWR&RPWHHUDXPFLHQWLȴFLVWDRXVHMDDFUHGLWDYDTXHDFL¬QFLDIRVVHD
principal forma de se desenvolver um conhecimento concreto sobre a realidade.
Para ele, todos os domínios do conhecimento deveriam ser estudados de acordo
com as mesmas regras e métodos. E isso incluía a sociologia, ciência maior por ser
aquela que teria por objetivo compreender a vida humana em sociedade.
Vejamos o que dizem dois autores sobre o que Comte pensava acerca do co-
nhecimento e da ciência:
&RPWHFRQVLGHUDYDTXHRFRQKHFLPHQWRSRGHULDVHUFODVVLȴFDGRHPWU¬VQ¯YHLV
UHOLJLRVRPHWDI¯VLFRHFLHQW¯ȴFRSRVLWLYR3RULVVRVXDȴORVRȴDHUDFKDPDGDGHSRVL-
tivismo. Portanto, Comte pensava que, ao estudar as sociedades humanas, deveria-
se também procurar as leis que as regem e que são imutáveis, independentemente
da ação humana. Para ele, um sociólogo teria as mesmas atribuições de um físico
ou biólogo.
Essa visão logo seria questionada, mas deixou um amplo legado. A própria
bandeira brasileira carrega um bordão de origem positivista: Ordem e Progresso.
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Trataremos agora dos três principais autores da sociologia clássica: Karl Marx,
Émile Dürkheim e Max Weber.
9RF¬ GHYHU£ FRQWLQXDU VXD OHLWXUD QR PDWHULDO LQGLFDGR QR VHX $9$ 1D
VHTX¬QFLDUHVSRQGD¢VDWLYLGDGHVYLUWXDLVGLVSRQ¯YHLVHUHWRUQHSDUDFRQ-
WLQXDUPRVFRPRQRVVRSUµ[LPRDVVXQWR
Como vimos no AVA, foi Dürkheim quem apontou os fatos sociais como objeto
GHHVWXGRGDVRFLRORJLD1HVVHFDVRDSDODYUDȊIDWRȋQ¥RGHYHVHUHQWHQGLGDFRPR
XPDFRQWHFLPHQWRHVSHF¯ȴFR2IDWRVRFLDOGHYHVHUHQWHQGLGRFRPRXPDFRQWHFL-
mento de caráter social e, portanto, pensado como um processo.
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
De acordo com Dürkheim, o fato social se refere aos hábitos e costumes apre-
VHQWDGRVSHORVLQGLY¯GXRVTXHSHUWHQFHPDXPJUXSRVRFLDOHVSHF¯ȴFR(VVHVK£ELWRV
e costumes são assimilados pelos membros do grupo durante toda a existência dos
mesmos.
4XDQGRDȴUPDPRVTXHHOHPXGDQRHVSD©RLVVRHTXLYDOHGL]HUTXHRVLQGL-
víduos de dois grupos sociais distintos apresentam comportamentos diferentes no
mesmo momento histórico.
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
&RPRM£IRLDȴUPDGRRIDWRVRFLDOQ¥R«HVW£WLFR0XLWDVYH]HVDGHVREHGL¬Q-
cia de alguns membros do grupo à determinado hábito ou costume, punida num
primeiro momento, passa a ser uma prática cada vez mais comum e com o tempo
acaba assumindo o status de um novo comportamento geral.
$VRFLRORJLDFRPRȴFRXFODURDW«DTXL«DFL¬QFLDTXHVHGHGLFDDRVRFLDO$V
VRFLHGDGHVV¥RRREMHWRGHHVWXGRGRVVRFLµORJRVSRUGHȴQL©¥R3RULVVRDVRFLRORJLD
serviu de base para uma série de outras disciplinas que também lidam com o social.
Como a sociologia legou alguns conceitos importantes, esses foram empregados por
historiadores, antropólogos, psicólogos sociais, entre outros.
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
6REULQKRGH'¾UNKHLP0DXVVIRLLQȵXHQFLDGRSHODVLGHLDVGRJUDQGHVRFLµOR-
go francês. Dürkheim chegou a escrever um livro em que dialogava muito com etnó-
logos. Trata-se da obra As formas elementares da vida religiosa. Nessa obra, Dürkheim
VHGHGLFDYDDRVVLVWHPDVUHOLJLRVRVGHSRYRVȊSULPLWLYRVȋGD$XVWU£OLD
$SHVDUGHSDUWLUGHVVHSULQF¯SLR0DUFHO0DXVVPRGLȴFRXHVVDIRUPDGHYHUD
pesquisa social. Vejamos o que diz o antropólogo francês François Laplantine sobre
Mauss:
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
2TXH0DXVVIH]IRLPRGLȴFDURVHQWLGRGRHVWXGRVRFLROµJLFR3ULPHLURSRU-
que estabeleceu o fenômeno social total, que inclui aspectos sociais, psicológicos,
ȴVLROµJLFRVHWF6HJXQGRWDPE«PSRUTXHSURS¶VTXHRFLHQWLVWDIRVVHDFDPSRHV-
tudasse e vivenciasse aquilo que se propunha estudar. Portanto, Mauss propunha
um observador-sujeito, não mais distante de seu objeto como propunha Dürkheim.
Observe que temos aqui as ciências sociais que caminham de modo a se cons-
truir teórica e metodologicamente. As ciências sociais sempre provocam polêmica
em relação aos métodos e às teorias, porque lidam com um objeto bastante comple-
xo: as sociedades humanas. Sendo o ser humano bastante diverso em suas formas
de viver, de se comportar e de interpretar o mundo, não é fácil forjar uma teoria que
dê conta de explicar toda a sociedade em todos os seus aspectos, assim como não é
I£FLOFULDUXPP«WRGRHVSHF¯ȴFRSDUDHVWXG£ODXPDYH]TXHQ¥RVHSRGHHVWXGDUDV
VRFLHGDGHVȊHPODERUDWµULRȋ
Também deve atentar para o fato de que não foi apenas uma necessidade
intelectual que deu origem à sociologia, mas foi também uma necessidade histórica.
O contexto histórico de nascimento da sociologia é tão importante quanto os
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
intelectuais nela envolvidos. Não haveria sociologia sem antes haver uma necessidade
GHFRPSUHHQV¥RGDVRFLHGDGHHPEDVHVFLHQW¯ȴFDV
Bom estudo!
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
2 Unidade II
Objetivos da unidade:
• &RQKHFHURVFRQFHLWRVE£VLFRVUHIHUHQWHV¢VUHOD©·HVVRFLDLVHLQWH-
rações entre grupos e indivíduos.
Competências e Habilidades:
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
$QWHV GH IDODUPRV GH JUXSRV YDPRV UHȵHWLU VREUH VXD LPSRUW¤QFLD SDUD RV
indivíduos.
Não é de hoje que se diz que o homem é um animal social. Essa frase não se
refere apenas ao fato de termos contatos sociais a todo o tempo, mas também ao
fato de que toda a nossa identidade é formada a partir de nossos contatos sociais e
no convívio de grupos do qual fazemos parte.
7HPRVDSHQDVTXHWHURFXLGDGRSDUDQ¥RID]HUPRVDȴUPD©·HVWD[DWLYDVGR
tipo: o indivíduo nasceu em meio a um grupo violento, logo será também violento.
)RVVHDVVLPQ¥RHQFRQWUDU¯DPRVLQ¼PHURVFDVRVGHȴOKRVYLROHQWRVTXHQDVFHUDPH
foram criados por famílias não violentas e vice-versa.
A resposta está no seu AVA. Atente para os materiais disponíveis que com-
plementam esse conteúdo e estude-os para a avaliação.
9HMDPRVDJRUDFRPRDVRFLRORJLDFODVVLȴFDRVWLSRVGHFRQWDWRVHQWUHRVLQGL-
víduos e os grupos.
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Os contatos sociais podem ser de dois tipos: contato social primário e contato
social secundário.
3DUDFRPSUHHQGHUPHOKRURTXHVLJQLȴFDRSHUDUFRPRFRQFHLWRGHFRQWDWRVVR-
ciais, vamos ver como se dá a interação social, outro conceito fundamental da sociologia.
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
A interação social é uma relação social bem característica, que funciona como
um motor do processo dinâmico da sociedade, pois o seu aspecto mais importante
« D PRGLȴFD©¥R GR FRPSRUWDPHQWR GRV LQGLY¯GXRV QHOD HQYROYLGRV 3RU H[HPSOR
quando um professor ministra uma aula, seus alunos recebem informações que im-
plicam mudanças em suas vidas. Ao mesmo tempo, as observações ou questões
IHLWDVSHORVDOXQRVWDPE«PSRGHPVHUHȵHWLUHPQRYRVFRQKHFLPHQWRVDGTXLULGRV
pelo professor. Isso ocorre simultaneamente.
3RGHPRVGHȴQLUDUHOD©¥RGHLQWHUD©¥RVRFLDOGDVHJXLQWHIRUPD
$LQWHUD©¥RVRFLDODRVHUGHȴQLGDFRPRXPDD©¥RGLULJLGDRXVHMDFRPXPȴP
SRGH VHU FRPSUHHQGLGD HP GLYHUVRV FRQWH[WRV H[HPSOLȴFDGRV SRU :HEHU FRPR
FRQȵLWR LQLPL]DGH DPRU VH[XDO DPL]DGH SLHGDGH WURFD PHUFDQWLO ȆFXPSULPHQWRȇ
RXȆQ¥RFXPSULPHQWRȇGHXPSDFWR8PDGLVFXVV¥RRXXPDEULJDGHWU¤QVLWRSRGHP
ser consideradas como formas de interação social. Da mesma forma que uma con-
versa entre amigos, ou um passeio de um casal de namorados.
Vamos ver algumas modalidades de interação social. Esta pode ocorrer das
seguintes formas:
Pessoa Pessoa
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Pessoa Grupo
Grupo Grupo
1R HQWDQWR YDOH OHPEUDU TXH XP FRQȵLWR « WDPE«P XPD IRUPD GH UHOD©¥R
VRFLDO $OL£V RV FRQȵLWRV SUHVVXS·HP XPD LQWHUD©¥R SRLV SDUD TXH GXDV SHVVRDV
RXJUXSRVHQWUHPHPFRQȵLWR«QHFHVV£ULRTXHVXDVD©·HVVHMDPGLULJLGDVDRXWUR
grupo.
0HQFLRQDPRVGLYHUVDVYH]HVDSDODYUDȊJUXSRȋ(PVRFLRORJLDJUXSR«XPFRQ-
ceito bastante utilizado, uma vez que são eles que formam a base da sociedade.
3RULVVRRVJUXSRVSUHFLVDPVHUWLSLȴFDGRVHGHȴQLGRV9DPRVDJRUDYHUDOJXPDV
GHȴQL©·HV
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
2DJUHJDGRVRFLDOSRGHVHUGHȴQLGRGDVHJXLQWHIRUPD
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Já os grupos sociais são diferentes dos agregados. Os indivíduos que dele par-
ticipam estabelecem entre si relações sociais mais consistentes.
2JUXSRVRFLDOSRGHVHUGHȴQLGRGDVHJXLQWHIRUPD
Fonte: http://extra.globo.com/emprego/site-
Fonte: http://www.blogdasppps.com/2012_07_28_ lista-comportamentos-que-funcionarios-devem-
archive.html. Acesso em 14/12/2015. evitar-no-trabalho-13441160.html. Acesso em
14/12/2015.
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
2VJUXSRVVRFLDLVSRGHPVHUFODVVLȴFDGRVGHDFRUGRFRPRFRQWDWRVRFLDOTXH
nele predomina. Como os grupos sociais podem variar em relação ao número de
pessoas que os compõem, eles apresentam variação na ocorrência dos contatos
sociais.
160
Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
Valor social: V¥R FULW«ULRV XVDGRV SHOR JUXSR VRFLDO SDUD GHȴQLU R TXH «
certo e errado, bom ou ruim, bonito ou feio. Os valores sociais não são os mes-
mos quando comparamos diferentes grupos sociais ou o mesmo grupo social
em momentos históricos diferentes.
1R$9$YRF¬HQFRQWUDU£D¯QWHJUDGHVVHPDWHULDOHDVDWLYLGDGHVYLUWXDLV
que deverão ser realizadas logo após o estudo do material complementar.
162
Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
Quanto aos tipos de grupos, analisamos que fazemos, ao mesmo tempo, parte
de diversos grupos: família, universidade, trabalho, entre outros, e que, dentro de
cada grupo predomina um tipo de contato social, primário ou secundário.
4XDQGRFRPH©DPRVDHVWXGDUWDLVFRQFHLWRVȴFDFODURTXHXPGRVSDS«LVGD
VRFLRORJLD«FULDUFODVVLȴFD©·HVHFRQFHLWRVDSDUWLUGHIHQ¶PHQRVVRFLDLVREVHUY£YHLV
SDUDSRGHUHVWXG£ORVGHIRUPDVLVWHP£WLFD$RGHȴQLUGHIRUPDEDVWDQWHHVSHF¯ȴFD
os grupos sociais, podemos compreender melhor a sociedade em que vivemos, uma
vez que podemos compreendê-la a partir de partes menores.
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Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
3 Unidade III
Cultura e Sociologia
Objetivos da unidade:
• &RQKHFHURVLJQLȴFDGRGHVWDWXVVRFLDO
Competências e Habilidades:
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
$VVLPSRGHPRVWLUDUFHUWDVFRQFOXV·HVGHVVHSHQVDPHQWR3RGHPRVDȴUPDU
HQW¥RTXHWXGR«FXOWXUD"1RUPDOPHQWHH[SUHVV·HVFRPRȊWXGRȋȊQDGDȋȊVHPSUHȋ
HȊQXQFDȋQ¥RWUDGX]HPRTXHTXHUHPGL]HULVVRSRUTXHDVFRLVDVV¥RPDLVUHODWLYDV
H PHQRV DEVROXWDV 3DUD TXH D QRVVD SHUJXQWD WHQKD XP ȊVLPȋ FRPR UHVSRVWD «
SUHFLVRUHODWLYL]DURȊWXGRȋ3RLVEHPVHFRQVLGHUDUPRVHVVHȊWXGRȋFRPRRFRQMXQWR
de coisas produzidas pelos seres humanos no âmbito de suas relações sociais, pode-
UHPRVUHVSRQGHUȊVLPȋ
Os elementos da natureza que nos cercam, em seu estado natural, não consti-
tuem cultura. De resto, conforme dito anteriormente, tudo o que existe como resul-
tado da nossa ação na natureza, transformado ou criado por nós, é cultura. A história
da humanidade é a história da nossa cultura.
166
Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
O ritual religioso é um aspecto não material da cultura. Porém, para que ele
seja realizado são necessários vários aspectos materiais, como altar, bancos ou ca-
deiras, templo etc. Do mesmo modo, quando imaginamos a produção de um bem
físico (aspecto material da cultura), para que ele seja produzido deverá existir inicial-
mente como ideia para depois ganhar forma.
Tudo aquilo que é produzido por um povo, seja de natureza material ou não
material se constitui em patrimônio cultural. Esse patrimônio é passado de geração
em geração e, no decorrer desse processo, ele é aumentado.
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ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
É em função dos aspectos materiais e não materiais pertinentes a cada grupo so-
FLDOTXHRVVHXVLQGLY¯GXRVVHLGHQWLȴFDPDH[SHUL¬QFLDFXOWXUDOGRFROHWLYRTXHSRV-
sibilita o sentimento de identidade entre aqueles que compõem o mesmo grupo social.
168
Sociologia ADisciplina
Braz Cubas3
O texto que você lerá a seguir é um ótimo exemplo para compreender os va-
lores de um povo e a sua cultura. Trata-se de um texto publicado na década de 1920
pelo antropólogo alemão Erich Schureman. Em viagem à Polinésia, Schureman co-
QKHFHXXPDWULERFKHȴDGDSRUXPKRPHPFKDPDGR7X£YLL(OHSDVVRXXPWHPSR
convivendo na tribo e propôs ao chefe indígena que fosse conhecer a sua aldeia.
Então levou Tuávii para a Alemanha.
O Papalagui nunca está satisfeito com o tempo que tem; e acusa o grande Espí-
rito por não lhe ter dado mais. Chega a blasfemar contra Deus, contra a sua grande
sabedoria, dividindo e subdividindo em pedaços cada dia que se levanta de acordo
com um plano muito exato. Divide o dia tal qual um homem partiria um coco mole
com uma faca em pedaços cada vez menores. Todos os pedaços têm nome: segun-
do, minuto, hora. O segundo é menor do que o minuto, este é menor do que a hora;
juntos, minutos e segundos formam a hora e são precisos sessenta minutos e uma
quantidade maior de segundos para fazer o que se chama hora.
(...)
Ȋ2WHPSRYRDȋȊ2WHPSRFRUUHIHLWRXPFRUFHOȋȊ'HHPXPSRXFR
PDLVGHWHPSRȋV¥RDVTXHL[DVGR%UDQFR
7RGR3DSDODJXL«SRVVX¯GRSHORPHGRGHSHUGHURVHXWHPSR3RU
LVVRWRGRVVDEHPH[DWDPHQWHHQ¥RVµRVKRPHQVPDVDVPXOKHUHV
e as criancinhas), quantas vezes a lua e o sol saíram desde que, pela
primeira vez, viram a grande luz. De fato, isso é tão sério que, a cer-
WRVLQWHUYDORVGHWHPSRVHID]HPIHVWDVFRPȵRUHVHFRPHVHEHEHV
Muitas vezes percebi que achavam esquisito eu dizer, rindo, quando
PH SHUJXQWDYDP TXDQWRV DQRV WLQKD Ȋ1¥R VHLȋ Ȋ0DV GHYLDV VD-
ber”. Calava-me e pensava que era melhor não saber.
7HUWDQWRVDQRVVLJQLȴFDWHUYLYLGRXPQ¼PHURSUHFLVRGHOXDVSH-
rigosa esta maneira de indagar e contar o número das luas, porque
assim se chega a saber quantas luas dura a vida da maior parte
GRV KRPHQV 7RGRV SUHVWDP PXLWD DWHQ©¥R QLVVR H SDVVDQGR XP
número muito grande de luas, dizem: “Agora, não vou demorar a
169
ADisciplina
Braz Cubas3 Sociologia
6µXPDYH]«TXHGHSDUHLFRPXPKRPHPTXHWLQKDPXLWRWHPSR
TXHQXQFDVHTXHL[DYDGHQ¥RW¬ORPDVHUDSREUHVXMRHGHVSUH]D-
GR2VRXWURVSDVVDYDPORQJHGHOHQLQJX«POKHGDYDLPSRUW¤QFLD
1¥RFRPSUHHQGLHVVDDWLWXGHSRUTXHHOHDQGDYDVHPSUHVVDFRP
os olhos sorrindo, mansa, suavemente. Quando lhe falei, fez uma
FDUHWDHGLVVHWULVWHPHQWHȊ1XQFDVRXEHDSURYHLWDURWHPSRSRU
LVWRVRXSREUHVRXXPEREDOK¥Rȋ7LQKDWHPSRPDVQ¥RHUDIHOL]
(...)
Este rico relato é importante porque faz o contrário do que estamos acostuma-
dos. Os cientistas sociais ocidentais, em especial os antropólogos, costumam produ-
zir diversos relatos que contém informações que, para nós, soam como H[µWLFDV, ou
pitorescas. Nesse caso, nós somos os exóticos. Vemos o tempo de uma forma que
não faz nenhum sentido para o Tuávii e sua tribo. Tanto que ele desejaria nos mos-
trar que GRQDVFHUDRS¶UGRVROWHPRVWHPSRTXH chega.
Outra observação interessante a se fazer é que, por esse relato, podemos perce-
ber que a forma como vemos o tempo também é uma construção cultural. Nós, papa-
laguis, criamos uma percepção de que parece que somos esmagados pelo tempo. Cla-
ro que isso tem a ver com nosso modelo de trabalho, de estudo e de todo nosso modo
de vida. É difícil perceber as coisas quando estas nos parecem naturais, como o tempo.
Por isso, o relato do índio polinésio tem muito a nos ensinar sobre nossa cultura.
Agora nós veremos o papel das diferentes instituições sociais. Estas estão relacio-
nadas à cultura, pois são importantes meios de transmissão de cultura, valores, normas
e sanções sociais, entre muitos outros elementos que compõem a vida em sociedade.
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Ʌ Conceito
Toda instituição só existe em função de necessidades sociais. Cada uma das ins-
WLWXL©·HVHHODVV¥RPXLWDVDWHQGHDXPDQHFHVVLGDGHVRFLDOHVSHF¯ȴFD0HVPRVHQ-
do muitas e diversas, existe uma relação de interdependência entre elas. Isso implica
no seguinte: Toda vez que uma instituição vive um processo de mudança ou transfor-
mação, as outras, em maior ou menor intensidade, também sofrem mudanças.
Isso não quer dizer que cada uma dessas relações só ocorra em um espaço
HVSHF¯ȴFR1DHVFRODSRUH[HPSORDUHOD©¥RVRFLDOSULRULW£ULD«DHGXFDFLRQDO0DV
nela também ocorrem as relações familiares, religiosas, políticas etc.
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Atenção:
&RPRIRLGLWRDQWHULRUPHQWHWRGDLQVWLWXL©¥RH[LVWHSDUDDWHQGHUDVQHFHV-
VLGDGHVVRFLDLV6µTXHGHVVHSRQWRGHYLVWDSRGHPRVVHSDUDUDLQVWLWXL©¥R
LJUHMDGDVGHPDLV(QTXDQWRDVRXWUDVLQVWLWXL©·HVDWHQGHP¢QHFHVVLGDGHV
PDWHULDLVGDVRFLHGDGHDLJUHMD«D¼QLFDTXHDWHQGH¢QHFHVVLGDGHVHVSL-
rituais da sociedade.
0DVRTXHVLJQLȴFDHVWDUYLQFXODGRDLQVWLWXL©·HVVRFLDLV"&RPRSRGHPRVSHU-
ceber, fazer parte de instituições sociais, muitas vezes, independe da vontade. Famí-
lia e Estado são exemplos disso. No entanto, nossos papéis nessas instituições de-
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pendem do status que ocupamos nelas. Para compreender essa relação entre status
e papel social desempenhado por nós, vamos tratar agora desses conceitos.
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Exemplo:
7LYHPRVEDVLFDPHQWHWU¬VWLSRVGHHVWUDWLȴFD©¥RVRFLDO
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+RMHHPGLD«PXLWRFRPXPTXHDVSHVVRDVVHUHȴUDP¢VFDPDGDVH[LVWHQWHV
nessa sociedade utilizando os seguintes termos: classe alta - classe média - classe
baixa. O recorte aqui é econômico e está relacionado à renda das pessoas.
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Fonte: http://ensinosociologia.fflch.usp.br/sites/ensinosociologia.fflch.usp.br/files/Ilan_repert%C3
$RFRQVLGHUDUPRVRVLVWHPDGHHVWUDWLȴFD©¥RGHXPDVRFLHGDGHGHYHPRVFRQ-
cluir que os indivíduos que ocupam diferentes estratos sociais são diferentes em
relação ao prestígio social conferido a eles.
Isso vale para qualquer grupo social. Numa escola, por exemplo, um professor
possui direitos e deveres diferentes daqueles que tem o aluno. Em qualquer grupo
social que o indivíduo faça parte ele ocupa uma determinada posição. Pois bem, a
posição ocupada pelo indivíduo no grupo social é chamada de status social.
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Todo status social corresponde a um papel social. Esse conceito diz respeito
ao conjunto de direitos e deveres que acompanha o status. Quando o padre celebra
uma missa, ele desempenha o papel social de um status que essa pessoa possui.
Levando em consideração esses dois novos conceitos, podemos dizer que todo
grupo social é também uma estrutura social e uma RUJDQL]D©¥RVRFLDO.
$RUJDQL]D©¥RVRFLDORVVWDWXVHRVSDS«LVVRFLDLVV¥RGHȴQLGRVWDQWRSRUFULW«-
ULRVHFRQ¶PLFRVTXDQWRFXOWXUDLV3RGHPRVYHULȴFDUTXHSDUDVHFRPSUHHQGHUXPD
sociedade é necessário navegar por uma rede complexa de conceitos. Vamos testar
agora o que pudemos aprender nesta unidade.
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Vimos também que não podemos deixar de considerar o papel das instituições
sociais para a vida em sociedade. As instituições sociais constituem uma importante
base para ação e convívio das pessoas em sociedade. Sendo assim, está diretamente
vinculada à cultura, pois as instituições são parte importante de transmissão dessa.
3RUȴPYLPRVTXHHPVRFLHGDGHHPHVSHFLDOQDVLQVWLWXL©·HVRFXSDPRVXPD
determinada posição que chamamos de status. Desse status por nós ocupado deriva
um papel que espera-se que seja desempenhado.
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Unidade IV
4
Objetivos da unidade:
Competências e Habilidades:
• &DSDFLGDGHGHFRPSUHHQGHUDRULJHPGDVWHRULDVH[SOLFDWLYDVVREUH
a sociedade brasileira.
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Por toda a colônia, era em torno da grande propriedade rural que se desen-
volvia a vida econômica e social, tendo os povoados e as vilas um papel secundário,
limitado a funções administrativas e religiosas. Apenas com a expansão das ativida-
des de mineração é que a sociedade urbana se desenvolve na colônia, com algumas
características tradicionais, como a escravidão, e características novas, como o maior
número de funcionários, comerciantes, pequenos proprietários, artesãos e homens
livres pobres.
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gado, não haveria meios de transporte. O gado era empregado tanto no transporte
quanto nas moendas, além do corte para alimentação. O comércio interno possibi-
OLWDYDWDQWRDYLGDGRSHTXHQRSURGXWRUTXDQWRGHKRPHQVTXHȴFDUDPPXLWRULFRV
com o comércio. Os tropeiros possibilitavam a circulação de mercadorias no Brasil.
HVWUDWLȴFD©¥RVRFLDO«RSURFHVVRGHGLIHUHQFLD©¥RGDVGLYHUVDVFDPDGDVVRFLDLV
de acordo com as condições sociais e econômicas apresentadas por ela. Durante
WRGDDVXDKLVWµULDDKXPDQLGDGHFRQKHFHXGLIHUHQWHVIRUPDVGHHVWUDWLȴFD©¥R
social. É a divisão da sociedade ou da população em camadas hierarquicamente
superpostas.
Como em Portugal, a classe dominante aqui foi a dos senhores de terra. A forma
usada pela coroa para a distribuição de terra obedeceu à lógica do sistema feu-
dal. A divisão de terras em capitanias hereditárias (1.534) era uma adaptação da
estrutura feudal presente na Metrópole. Compondo também o segmento social
mais privilegiado estavam as altas autoridades militares e eclesiásticas.
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A terceira classe era composta pelos homens livres. No caso do campo eram
agregados à grande fazenda como parceiros, arrendatários, de atividade arte-
sanal rural. Viviam na terra de um senhor, dele dependiam e deviam favores.
Nas cidades e vilas eram aqueles que se dedicavam ao artesanato e a atividade
terciária, como transportes, comércio ambulante e outros serviços. A remunera-
ção era baixa e o poder de compra limitadíssimo, sendo esta classe constituída
por mestiços, brancos, negros e libertos.
$SHQDVQRȴQDOGRV«FXOR;Ζ;«TXHVHLQLFLRXRGHVHQYROYLPHQWRLQGXVWULDOHP
nosso país. Parte dos lucros obtidos com a produção do café foi direcionada para o
estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram
fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão de
obra usada nessas fábricas era geralmente formada por imigrantes italianos.
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Fonte: https://ecoemais.wordpress.com/2012/06/18/o-pib-e-o-melhor-indicador-do-desempenho-da-
economia/. Acesso em 14/12/2015.
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1RTXHVHUHIHUH¢DSOLFD©¥RGRDUFDERX©ROHJDOGHȴQLGRQR¤PELWRGD&RQV-
tituinte, percebemos que muitos dos avanços obtidos não puderam ser vivenciados
na prática, pois ainda hoje aguardam regulamentação.
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¢LQG¼VWULDQDFLRQDO$YDORUL]D©¥RGRFLHQWLȴFLVPRȂFRPRSULQ-
cipal forma de se conhecer e explicar a nação – e um grande
anseio por modernizar a estrutura social brasileira estavam tam-
bém presentes nesses estudos.
&RQVHJXLPRVYHULȴFDUWDPE«PTXHRGHVHQYROYLPHQWRHFRQ¶PLFRGR%UDVLOIRL
lento e que nossa vocação econômica continuou basicamente agrícola, tendo havido
poucos momentos de arranque industrial em nossa história.
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Outra questão importante foi perceber que o Brasil se formou com base em
LQ¼PHUDV LQȵX¬QFLDV FXOWXUDLV HVSHFLDOPHQWH HXURSHLDV ¯QGLDV H QHJUDV 7DLV LQ-
ȵX¬QFLDVJHUDUDPXPSD¯VGHFXOWXUDSOXUDOHULFD3RULVVRPHVPRR%UDVLO«XPSD¯V
tão difícil de se compreender e analisar.
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Referências
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Nacional, 1967.
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HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
MARTINS, Carlos B. 2 TXH « 6RFLRORJLD São Paulo: Brasiliense (Coleção Primeiros
Passos). 1994.
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