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20 de abril de 2005
Segundo o Dicionário Aurélio, que reflete o nosso linguajar coloquial, algo é rever-
sível quando se pode reverter; ou que pode retornar ao estado inicial. Em Física, um pro-
cesso é reversível quando pode parti do estado final e alcançar o estado inicial usando os
mesmos micro-estados que utilizou para alcançar o estado final.
Quando a variação sofrida pelo sistema for infinitesimal, as suas funções termodinâ-
micas também sofrerão variações infinitesimais. E podemos caracterizar os novos valores
das funções termodinâmicas para essa nova situação de equilíbrio. Essas transformações
infinitesimais são chamadas às vezes de transformações quasi-estáticas. Quando subme-
temos um sistema a várias transformações quasi-estáticas, podemos definir uma sequên-
cia de valores pra as suas funções de estado, que irão caracterizar cada uma das peque-
nas transformações. Podemos desse modo executar a mudança de um sistema físico en-
tre dois estados termodinâmicos afastados, utilizando uma sequência de pequenas trans-
formações quasi-estáticas.
Se quisermos fazer o gás retornar ao estado inicial pelo mesmo percurso, será ne-
cessário apenas ir recolocando paulatinamente os pesos em sues lugares originais, e o
sistema voltará usando os mesmos estados do percurso de ida.
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Existe uma outra faceta que caracteriza os processos irreversíveis. São que pro-
cessos que naturalmente acontecem apenas em uma direção.
Quando um sistema esfria significa que diminuiu a sua energia interna e, portanto a
amplitude de seus movimentos, o números de graus de liberdade. Isso implica em torná-lo
mais organizado. Nessa situação, esfriar o sistema significaria diminuir a entropia, e por
isso em um sistema isolado a temperatura nunca diminui.
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Máquinas térmicas
Para que uma máquina funcione de maneira permanente é necessário que ela ope-
re em ciclos, ou seja: a substância de trabalho passa por diversas transformações termo-
dinâmicas até retornar ao estado inicial, completando um ciclo.
De modo geral as máquinas térmicas operam em ciclo entre duas fontes térmicas
com temperaturas diferentes. Uma máquina térmica retira calor da fonte quente e rejeita
parte desse calor para uma fonte fria e transforma essa diferença de energia em trabalho
mecânico.
p a
T2
O sistema absorve uma quantidade de calor Q2
isotermicamente a uma temperatura T2 quando vai
do estado a para o estado b . E de maneira equiva- Q2
lente, o sistema rejeita uma quantidade de calor Q1
isotermicamente a uma temperatura T1 quando vai W
do estado c para o estado d . As transformações
entre os estados b e c , bem como entre os estados Q1
d e a acontecem adiabaticamente, ou seja: sem
que ocorra troca de calor com o ambiente.
T1
b
Wab = ∫ p dV
a
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µRT
p=
V
ou seja:
Vb
dV V
Wab = µRT2 ∫ =µRT2 ln b
Va
V Va
Vd
dV V
Wcd = µRT1 ∫ =µRT1 ln d
Vc
V Vc
E (T2 ) = E a = E b
E (T ) = E = E
1 c d
dE = dQ - dW
encontramos que:
ou seja:
µRT1 lnVb
Q1 Wab
= = Va
Q2 Wcd µRT2 Vd
Vc
TV γ −1 = cons tan te
ou seja:
T2Vbγ −1 = T1Vcγ −1
T V γ −1 = T V γ −1
2 a 1 d
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logo:
Vbγ −1 Vcγ −1 V V V
= ⇒ ln b = ln c = − ln d
Vaγ −1 Vdγ −1 Va Vd Vc
e finalmente
µRT1 lnVd
Q1 Wcd
= = Vc = − T1
Q2 Wab µRT2 Vb T2
Va
trabalho efetivo WE
ε= =
calor absorvido Qabsorvido
onde enfatizamos que Wcd < 0 . Por outro lado, o calor absorvido foi Q2 > 0. E desse
modo temos que:
Refrigeradores
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T1 T1
KC =
T2 − T1
Teorema de Clausius
µRT1 lnVd
Q1 Wcd
= = Vc = − T1
Q2 Wab µRT2 Vb T2
Va
Podemos então dizer que quando uma máquina térmica realiza um ciclo reversível
usando duas transformações isotérmicas de temperaturas T1 e T2 e duas transforma-
ções adiabática que partem de uma isotérmica e alcança a outra, como foi indicado ante-
riormente, nós temos que:
Q1 Q2
+ =0
T1 T2
Qi
∑T
i
=0
i
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Seja dQ a quantidade de calor que um dado sistema troca com o ambiente que o
rodeia, e seja T a temperatura em que se dá essa troca de calor; segundo o teorema de
Clausius nós temos que:
dQR
∫ T = 0 ; num ciclo reversível
C
dQ
∫ T ≤ 0 ; num ciclo irreversível
C
Apesar da grandeza dQR/T de modo geral não ser uma função de estado, para um
processo reversível ela comporta como uma função de estado, e podemos definir a entro-
pia S como sendo essa grandeza, de tal modo que:
dQ R
dS =
T
dQ R
∫
C
T
= ∫ dS = 0
C
V
ou seja:
f i f i f f
∫ dS +
i (1)
∫ dS = 0
f ( 2)
⇒ ∫ dS = − ∫ dS ∴
i (1) f (2)
∫ dS =
i (1)
∫ dS
i ( 2)
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Enunciado de Kelvin
É impossível realizar um processo cujo único efeito seja remover ca-
lor de um reservatório térmico e produzir uma quantidade equivalen-
te de trabalho.
Enunciado de Clausius
É impossível realizar um processo cujo único efeito seja transferir
calor de um corpo mais frio para um corpo mais quente.
Em uma transformação adiabática reversível o sistema não troca calor com o am-
biente e, portanto:
dQR = 0 ⇒ dS = 0 ⇒ ∆S = Sf − Si = 0
Em uma transição de fase o sistema absorve (ou fornece) calor sem que exista
uma variação de temperatura:
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f f
dQR
∆S = Sf − Si = ∫ dS = ∫
i i
T
∆QR mL
∆S = =
T T
dE = dQ − dW ⇒ TdS = dQ = dE + pdV
ou seja:
dE p
dS = + dV
T T
dE = µCv dT
p µR
T = V
encontramos:
f f f
dT dV
∆S = Sf − Si = ∫ dS = ∫ µCv + ∫ µR
i i
T i
V
T V
∆S = Sf − Si = µCv ln f + µR ln f
Ti Vi
Probabilidade e entropia
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Para lidar uma grande quantidade de moléculas vamos introduzir conceitos de pro-
babilidade e estatística, e para tal vamos analisar um gás composto por pouquíssimas
partículas.
Consideremos um gás com apenas duas moléculas idênticas, que ocupam um re-
cipiente dividido em duas partes; à parte da esquerda e a parte da direita.
Quais as possíveis configurações que esse gás pode apresentar? Podemos ter as
possibilidades mostradas adiante:
Mas afinal, esse gás de duas moléculas se apresentará em qual configuração? Es-
sa situação se apresenta de uma forma nova, pois o gás pode se apresentar em qualquer
uma das configurações. A pergunta deve ser feita de uma maneira diferente: qual a pro-
babilidade do gás se apresentar em cada uma das configurações? Para responde a essa
pergunta vamos construir uma tabela:
Nós temos dois estados equivalentes, e são aqueles associados com as configura-
ções B e C. O total de estados acessíveis para as duas moléculas, nestas circunstân-
cias, é 2N = 22 = 4 . Considerando que cada uma das configurações são igualmente pro-
váveis, a probabilidade de encontrar o sistema em cada uma delas é ¼ . Como temos
duas configurações equivalentes (B e C), a probabilidade de encontrar sistema em uma
delas é 2.(1/4) = ½ . As duas configurações são equivalentes (B e C) por que são indis-
tinguíveis, não se pode distinguir em qual das configurações o sistema está.
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N=4
Molécula No de Probabilidade
1 2 3 4 nE nD estados P(nE, nD)
4 1 1
E E E E 4 0 1 = = 4
0 16 2
D E E E 4 4 1 4 1
E D E E 3 1 4 = = = 4
1 16 4 1 2
E E D E
E E E D
D D E E
D E D E 4 6 3 4 1
D E E D 2 2 6 = = = 4
2 16 8 2 2
E D D E
E D E D
E E D D
D D D E 4 4 1 4 1
D D E D 1 3 4 = = = 4
3 16 4 3 2
D E D D
E D D D
4 1 1
D D D D 0 4 1 = = 4
4 16 2
Totais 16 = 24 1
N N! N
= =
n n! (N − n )! N − n
0,60
0,025
0,020
0,40
P(n,N
P(n,N
0,015
0,20 0,010
0,005
0,00
0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 0,000
0,00 0,25 0,50 0,75 1,00
n/N
n/N
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S = kB ln W
Calor é a energia que se transfere de um corpo para o outro corpo devido a uma di-
ferença de temperatura entre eles.
Trabalho é a energia que se transfere de um corpo para o outro devido a uma força
que age entre eles.
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µ = 2,5moles
T = 360K
Vf = 2 Vi
Para um gás ideal a energia interna é função apenas da temperatura, e desse modo
em uma transformação isotérmica a energia interna não varia. Considerando a pri-
meira lei da termodinâmica, para uma transformação isotérmica ( dE = 0) , temos
que:
dE = dQ - dW ⇒ dQ = dW = p dV
Por outro lado:
dQ dW pdV dV
dS = = = = µR
T T T V
Vf
dV V
∆S = S f − S i = µR ∫ = µR ln f = µR ln 2
Vi
V Vi
∆S = 14,41 J/K
de 0,63T0 .
2,0
Em que processo a expansão é: C
1,5 D
a) isotérmica A
1,0
b) Isobárica (pressão constante) E
c) adiabática 0,5 F
Explique as suas respostas.
0,0
0 1 2 3
d) Em quais dos processos a entropia do gás Volume(V0)
diminui?
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Vi µR V f V
= = ∴ Tf = Ti f = 2Ti
Ti p Tf Vi
pV γ = const ⇒ TV γ −1 = const
5R
CP 5 2
γ = = 2 = ∴ γ −1=
CV 3R 3 3
2
e desse modo:
γ −1
γ −1 γ −1 V Ti
T i Vi = T f Vf ∴ Tf = Ti i = 2
= 0,629Ti
Vf 2 3
d) Numa expansão isotérmica desse tipo, como mostrado no problema 06, a en-
tropia varia da forma:
Vf
dV V
∆S = S f − S i = µR ∫ = µR ln f = µR ln 2 > 0
Vi
V Vi
dQ = dE + p dV = µ CV dT + p dV
ou seja:
dQ p dV
dS = = µCV dT + dV = µCV dT + µR
T T V
e, portanto
T V
∆S = µCV ln f + µR ln f
Ti Vi
∆S = (µCV + µR ) ln 2 > 0
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m = 12,0g = 0,012kg
T = 00C = 273K
LF = 79,5cam/g = 333x103J/kg
Q mLF
∆S = = = 14,63J / K
T T
m = 5,0g = 0,005kg
T = 1000C = 373K
LV = 539cam/g = 2.256x103J/kg
Q mLV
∆S = = = 30,24J / K
T T
Como o sistema composto por alumínio e água está isolado, ele não troca calor
com a vizinhança, e desse modo:
∆Q = ∆Qa + ∆QA = 0
ma ca (T - Ta) + mA cA (T - TA) = 0
ou seja:
m a c aTa + m A c AT A
T = = 56,97 0 C = 329,97K
ma c a + m A c A
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Tf
dQ mcdT dT T
dS = = ∴ ∆S = S f − S i = mc ∫ = mc ln f
T T Ti
T Ti
ou seja:
T
∆S a = m a c a ln = −22,07J / K
Ta
c) Qual a variação de entropia da água?
T
∆S A = m A c A ln = +24,86J / K
TA
E D
Te + T d
mc (T − Te ) + mc (T − Td ) = 0 ∴ T =
2
Para calcular a entropia neste processo irreversível, usamos o fato que a entropia
é uma função de estado e, portanto o seu valor depende apenas do estado em
que se encontra, não importando o processo através do qual alcançou este esta-
do. Podemos imaginar que cada um dos blocos alcançou o seu estado final atra-
vés de processos reversíveis.
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Por exemplo, cada um bloco poderia ter a sua temperatura modificada lentamen-
te através da troca de calor com um banho térmico (reservatório) adequado até
que atingissem a temperatura de equilíbrio original T . Desse modo podemos
calcular a variação de entropia para cada um dos blocos:
Tf
dQ dT dT T
dS = = mc ∴ ∆S = mc ∫ = mc ln f
T T Ti
T Ti
ou seja:
T
∆S e = mc ln
Te
T
∆S e = mc ln
Td
T T T2 (Te + Td )2
∆ST = ∆S e + ∆S d = mc ln + ln = mc ln = mc ln
Te Td TeTd 2TeTd
No entanto:
(Te + Td )2
(Te + Td ) 2
= T + T + 2TeTd
e
2
d
2
∴ (Te + Td ) 2
> 2TeTd ⇒ >1
2TeTd
ou seja:
(T + Td )2
ln e >0
2TeTd
e, portanto
∆ST > 0
I Te
∆S e = mc ln
T
I Td
∆S d = mc ln
T
2TeTd
∆STI = ∆S eI + ∆S dI = mc ln 2
<0
(Te + Td )
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Pressão
0,8 I
Vf
∆S = µR ln 0,6 Isoterma
Vi 0,4 II f T
0,2 Adiabática x
Agora considere a trajetória II da figura 0
ao lado, que leva o gás do mesmo estado 0 1 2 3 4
inicial i até o estado x por meio de uma Volume
expansão adiabática reversível, e depois
deste estado x até o mesmo estado final
f por meio de um processo reversível a volume constante
a) Descreva como você poderia realizar os dois processos reversíveis para a traje-
tória II
pV γ = const ⇒ TV γ −1 = const ∴ Ti Vi γ −1 = T xV xγ −1
mas
5R
CP 5 2
γ = = 2 = ∴ γ −1=
CV 3R 3 3
2
ou seja:
2/3
V
T x = Ti i
Vf
dE = dQ - dW ⇒ dQ = dW = p dV
Ou seja:
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Vf
dV dV V
dQ = µRT
V
∴ QI = µRTi
Vi
∫
V
= µRT ln f
Vi
Como no processo adiabático não existe troca de calor temos que Qix = 0 . Para
o processo isovolumétrico, temos que ∆Vxf = 0 .Usando a primeira lei da termo
dinâmica, temos que
dQxf = dExf + p dVxf
ou seja:
dQ xf = dE xf = µCV dT xf ∴ Q xf = µCV (Tf − T x )
dQI dW I pdV dV V
dS I = = = = µR ⇒ ∆S i = µR ln f
T T T V Vi
dQ xf dE xf dT xf T
dS II = dS xf = = = µCV ⇒ ∆S II = µCV ln f
T T T Tx
Por outro lado
2
Tf T V 3
= i = f
T x T x Vi
e, portanto
2
3R Vf 3 V
∆SII = µ ln = µR ln f
2 Vi Vi
onde encontramos que:
∆SI = ∆SII
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W abc = ∫ pdV = p ∫ dV = p (V
Va
a
Va
a b − Va ) = 3 p 0V0
3
∆E bc = [(2p0 )(4V0 ) − (p0 )(4V0 )] = 3 (4 p0V0 ) = 6 p0V0 = 6µRT0
2 2
dQ bc = dE bc = µCV dTbc
Mas
dQ bc dTbc
dS bc = = µCV
T T
logo
Tc
dT T
∆S bc = µCV ∫
Tb
T
= µCV ln c
Tb
No entanto
p c Vc
Tb µR p c 2 p 0 3
= = = =2 ⇒ ∆S bc = µR ln 2
Tc p bVb pb p0 2
µR
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23 Um motor de Carnot opera entre 2350C e 1150C , absorvendo 6,3x104J por ciclo
na temperatura mais alta.
Ta = 2350C = 508K
Tb = 1150C = 388K
Qa = 6,3x104J
Tb 388
ε = 1− = 1− = 0,2362 ⇒ ε (%) = 23,62%
Ta 508
W
ε= ⇒ W = εQa = 1,48 x10 4 J
Qa
Como o processo BC é adiabático, temos que QBC = 0 . Por outro lado, o pro-
cesso AB é isovolumétrico, de modo que o trabalho dWAB = 0 e, portanto a pri-
meira lei da termodinâmica toma a forma:
Q AB =
3
(µRTB − µRT A ) = 3 (pBVB − p AV A ) = 3 pBVB − pB VB
2 2 2 32
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3 31
Q AB = . pBVB = 147,20J
2 32
3
QCA = (p AV A − pCVC ) + p A (V A − VC ) = 5 p A (V A − VC )
2 2
5 pB
QCA = . (VB − 8VB ) = − 5 . 7 pBVB = −55,39J
2 32 2 32
É fácil concluir que QAB é a energia adicionada ao gás sob a forma de calor.
Por outro lado, também é fácil concluir que QCA é a energia que deixa o gás sob
a forma de calor.
W 91,81
ε= = = 0,6237
Q AB 147,20
V0 , p0
W abcda = (2 p0 − p0 )(2V0 − Vo ) = p 0V0 A D
Wabcda = 2.272,50J
Volume
b) Calcule a energia adicionada sob a forma de calor durante o tempo ABC do mo-
tor.
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3
dQab = dE ab = µCV dT ∴ Qab = µCV (Tb − Ta ) = (µRTb − µRTa )
2
3 3 3
Qab = (p bVb − p aVa ) = [(2 p0 )(V0 ) − (p 0 )(V0 )] = p 0V0
2 2 2
Qab = 3.408,75J
W abcda p 0V0 2
ε = = = 0,1538
Qabc 13 13
p 0V0
2
ε(%) = 15,38%
Ta T 3
εC = 1− = 1 − a = = 0,75
Tc 4Ta 4
εC(%) = 75%
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absorve Q1 em T1 absorve Q 2 em T2
Estágio 1 produz W1 Estágio 2 produz W 2
rejeita Q em T rejeita Q em T
2 2 3 3
WT Q1 − Q3 Q3 T T − T3
ε= = = 1− = 1− 3 = 1
Q1 Q1 Q1 T1 T1
32 Um mol de um gás ideal é usado como substância de trabalho de um motor que ope-
ra no ciclo mostrado na figura abaixo. BC e DA são processos adiabáticos reversí-
veis
p
a) O gás é monoatômico, diatômico ou
poliatômico? p0 A B
p BVBγ = pCVCγ
γ p0/32 D C
p B VC
=
pC VB V0 2V0 8V0 16V0 V
γ
p0 16V0
= ∴ 32 = 8 γ ⇒ ln 32 = γ ln 8
p0 2V0
32
ln 32 5 ln 2 5
γ = = =
ln 8 3 ln 2 3
Para um gás monoatômico:
5R
CP 5
γ = = 2 =
CV 3R 3
2
e, portanto o gás utilizado é monoatômico.
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dQ = µ CV dT + pdV
Se a transformação entre os estados inicial e final acontece com a pressão cons-
tante, temos que:
Qif = µCV (Tf - Ti) + pi(Vf - Vi)
3 5
Q if = (pf Vf − p i Vi ) + p i (Vf − Vi ) ⇒ Q if = p i (Vf − Vi )
2 2
Desse modo:
5 5 5
Q AB = p A (VB − V A ) = p 0 (2V0 − V0 ) = p 0V0
2 2 2
QBC = 0 , pois se trata de um processo adiabático
5 5 p 5
QCD = pC (VD − VC ) = . 0 (8V0 − 16V0 ) = − p 0V0
2 2 32 8
QDA = 0 , pois se trata de um processo adiabático
Usando a primeira lei da termodinâmica, temos que em um ciclo:
5 5 15
W = Q AB + QCD = p 0V0 + − p 0V0 = p 0V0
2 8 8
15
p0V0
Q AB + QCD W 8 3
ε= = = = = 0,75 ⇒ ε(%) = 75%
Q AB Q AB 5 4
p 0V0
2
Q23 + Q41 = 0
TF = 700F TF = 294,26K
TQ = 960F TQ = 308,70K
9
TF = 5 TC + 32
5
⇒ TK = 273,15 + (TF − 32)
T = T − 273,15 9
C K
QF QF TF
κ= = =
W QQ − QF TQ − TF
κ = 20,37
E, portanto podemos dizer que para cada Joule de trabalho W fornecido pelo motor
elétrico serão retirados 20,37Joules de calor do quarto.
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QF QF κ
κ= = ⇒ QF = QQ
W Qq − QF 1+ κ
portanto
1 W 1 QQ
W = QQ − QF = QQ ∴ P= =
1+ κ t 1+ κ t
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Q4 κ
κ= ⇒ Q4 = Q3
Q3 − Q4 1+ κ
Logo
W Q4 Q κ Q3
εκ = = 4 ⇒ εκ =
Q1 W Q1 1 + κ Q1
ou seja:
Q3 1+ κ
= (ε κ ) = ε (1 + κ )
Q1 κ
ou ainda:
T2
1 −
Q3 T2 T4 T2 T3 T1
= 1 − 1 + = 1 − =
Q1 T1 T3 − T4 T1 T3 − T4 T4
1 −
T3
44 Uma caixa contém N moléculas de gás igualmente divididas entre as suas duas me-
tades. Para N = 50 :
a) Qual a multiplicidade desta configuração central?
N!
CNn =
n! N!
50!
25
C50 = ≅ 1,26 x1014
25! 25!
250 = 1,13x1015
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25
C50
τ (50,25) = 50
= 0,111
2
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