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Tratamento fisioterapêutico da paralisia cerebral: facilitação


neuromuscular e conceito neuroevolutivo de Bobath.

Simone de Lima Ferreira 1


monelima26@hotmail.com
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia – Faculdade Sul-Americana/FASAM

Resumo

A paralisia Cerebral (PC) acomete crianças no período neonatal, é uma das patologias de
difícil diagnóstico por causa das características do desenvolvimento motor no qual causa
distúrbios posturais por causa da lesão cerebral que ocorre durante o parto ou até mesmo
ocorrendo nos primeiros anos de vida, levando as famílias destas crianças procurarem por
tratamentos que as leve à evolução do desenvolvimento motor, mesmo que mínimos mas que
tragam melhor função aos membros. A fisioterapia é a área da saúde que fornece ao
paciente melhor qualidade de vida dos pacientes com paralisia cerebral, pois visa a inibição
da atividade reflexa anormal para normalizar o tônus muscular e facilitar o movimento
normal. Este artigo tem como objetivo revisar a literatura a fim de atualizar os profissionais
de fisioterapia nos tratamentos de facilitação neuromuscular proprioceptiva e o conceito
neuroevolutivo de Bobath para que haja maior compreensão das técnicas e mostrar
resultados obtidos por outros fisioterapeutas.

Palavras-chave: Bobath; facilitação neuromuscular proprioceptiva; paralisia cerebral.

1. Introdução

O termo paralisia cerebral designa um grupo de distúrbios cerebrais de caráter estacionário


que são devidos a alguma lesão ou ás anomalias do desenvolvimento ocorridas durante a vida
fetal ou durante os primeiros meses de vida (SHEPHERD,1996).
Alterações funcionais e estruturais corpóreas estão presentes em crianças com disfunção
neurológica desde a terna infância e, quanto mais grave a sequela neurológica, mais evidente
estarão os déficits neuromotores e sensoriais (BRASILEIRO e MOREIRA, 2008).
De acordo com Mancini et al (2004) a PC pode interferir de forma que a criança não consiga
obter os desenvolvimentos básicos de rolar, sentar, engatinhar e andar, como também praticar
as atividades diárias como vestir, tomar banho, alimentar-se, entre outros.

Um dos fatores mais marcantes relacionados à temática dos problemas neurológicos


na infância é a repercussão do diagnóstico no seio familiar. A família de crianças
com PC enfrenta a crise de perda de um filho perfeito, bem como a tarefa de se

1
Pós-graduanda em Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia.
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Orientadora: Graduada em Fisioterapia; Especialista em Metodologia do Ensino Superior; Mestranda em
Bioética e Direito em Saúde.
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ajustar e aceitar a criança e sua deficiência. Tal evento desencadeia uma série de
reações que dependem, em última instância, de fatores como o grau de instrução,
conceitos e preconceitos familiares, fatores de ordem cultural, bem como o tipo de
abordagem utilizada pela equipe de saúde no início do processo e no
acompanhamento do caso. Cuidar da criança com PC é uma experiência difícil para
a família, pois a doença apresenta um prognóstico reservado e, dependendo do tipo e
gravidade da lesão, uma baixa qualidade e expectativa de vida (DANTAS et al,
2010).
O lactante (a criança) portador de PC exibe os resultados complexos de uma lesão
do cérebro ou de um erro de desenvolvimento cerebral. À medida, que a criança
cresce e evolui, outros fatores se combinam com os efeitos da lesão para agravar as
deficiências funcionais. Esses fatores compreendem os efeitos da falta de atividade
sobre a flexibilidade do sistema osteomuscular, assim como os efeitos que um
repertório de atividade muscular limitado e estereotipado exerce sobre o sistema
nervoso, A fisioterapia do lactante e da criança deve consistir no treinamento
específico de atos tais como levantar-se, dar passos ou caminhar, sentar-se, pegar e
manusear objetos, além de exercícios destinados a aumentar a força muscular e
melhorar o controle sobre os movimentos. O ambiente será organizado de modo a
permitir os exercícios que a criança deve praticar; as sessões de treino têm por
objetivo aumentar o número das repetições realizadas e favorecer a flexibilidade de
ação. Métodos de mensuração devem ser adotados, com a finalidade de quantificar
os efeitos da intervenção sobre o desempenho dos atos funcionais (SHEPHERD,
1996).
A abordagem fisioterapêutica teria a finalidade de preparar a criança para uma função, manter
ou aprimorar as já existentes, atuando sempre de forma a adequar a espasticidade. Entretanto,
o prognóstico da paralisia cerebral depende evidentemente do grau de dificuldade motora, da
intensidade de retrações e deformidades esqueléticas e da disponibilidade e qualidade da
reabilitação (LEITE e PRADO, 2004).
A facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) visa a facilitação de padrões motores
diagonais e a utilização de técnicas sensoriais e comportamentais com o alongamento, o
contato manual, a posição articular, o estímulo verbal, a temporização, o reforço e a
resistência máxima (KNOTT e VOSS, 1968 apud COELHO, 2008)
Dentre as modalidades terapêuticas disponíveis para a reabilitação de portadores de PC,
destaca-se o Conceito Neuroevolutivo de Bobath, originado dos estudos de Karol e Bertha
Bobath, nos anos 40, na Inglaterra, que auxilia na inibição de padrões motores anormais, na
facilitação dos movimentos normais e na adequação do tônus muscular (VALVERDE e
SERRANO, 2003 apud PALÁCIO et al, 2008).
Este artigo tem como objetivo revisar a literatura a fim de atualizar os profissionais de
fisioterapia nos tratamentos de facilitação neuromuscular proprioceptiva e o conceito
neuroevolutivo de Bobath para que haja maior compreensão das técnicas e mostrar resultados
obtidos por outros fisioterapeutas.

2. Desenvolvimento da Criança

O desenvolvimento motor recebe várias denominações: desenvolvimento neuropsicomotor,


desenvolvimento motor normal, desenvolvimento neurossensoriomotor, ou como
recomendam as nomenclaturas recentes, desenvolvimento típico ou desenvolvimento motor
típico (FORTI-BELLANI e CASTILHO-WEINERT, 2011).
De acordo com Bobath e Bobath (1989) há vários estágios de desenvolvimento que atingem
os níveis na idade de 3, 5, 7 e 9 meses nos quais têm significados especiais, estes são:
 O estágio de 3 meses é de preparação para a orientação da linha média;
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 No estágio de 5 meses ocorre uma extensão posterior assimétrica e simétrica. Quando


deitada de bruços a criança levanta sua cabeça bem, com extensão e abdução de seus
braços estendidos e começa a dar a mão.
 O nível de 7-8 meses a criança já consegue rodar sobre o eixo corporal (a reação de
endireitamento do corpo agindo sobre o corpo, modificando a rotação total da anterior
reação de endireitamento do pescoço). Com 8 meses pode se equilibrar ao sentar, sem
apoio do braço, e usar seus braços para os lados, quando perde o equilíbrio.
 O estágio de 9-10 meses a criança começa a engatinhar sobre os quatro membros,
sobre mãos e pés, ou alternadamente com um joelho e em pé sobre o solo. (BOBATH
e BOBATH, 1989) (Figura 1) (Figura 2).

Fonte: http://neuroxonados.blogspot.com.br/2013/08/desenvolvimento-motor-normal-0-12-meses.html
Figura 1 – Estágios do desenvolvimento

Fonte: http://saladeespera3.blogspot.com.br/2013/08/conceito-neuroevolutivo-bobath.html
Figura 2 – Progressão cronológica do desenvolvimento motor
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O conhecimento motor assume importância fundamental na clínica pediátrica. Isso


vale sobretudo no caso de o lactente apresentar, ou correr risco de apresentar,
distúrbio motor devido a alguma lesão nervosa ou a uma anomalia do sistema
osteomuscular, como, por exemplo, na presença de paralisia cerebral infantil,
espinha bífida, paralisia do plexo braquial ou pé torto equinovaro (SHEPHERD,
1993).
A diferenciação entre padrões primitivos e anormais é descrito por Bobath e Bobath (1989)
como difícil de traçar claramente nos recém-nascidos, porém, com 2 ou 4 meses de idade já
pode se ter ideia do diagnóstico e terapia.
Os padrões de movimento normais primitivos podem indicar a patologia, das
seguintes maneiras:
1. Se eles são testados um por um, sem serem relacionados a outras atividades que
pertencem ao mesmo estágio de desenvolvimento, alguns podem estar ausentes.
Pode exigir uma grande dispersão de padrões de movimento pertencendo a
diferentes estágios de desenvolvimento. Isso acontece em crianças diplégicas e
hemiplégicas, que adquirem atividades de estágios ou não afetadas de seu corpo,
enquanto que em estágios precoces estão ainda ausentes nas partes afetadas.
2. Se eles são combinados com tono postural anormal, tais como hipertono,
hipotono ou tono flutuante.
3. Se os padrões aparentemente normais e primitivos são estereotipados e limitados,
em contraste com a grande variabilidade de movimento encontrada em crianças
normais (BOBATH e BOBATH, 1989).
Vários aspectos devem ser considerados na aprendizagem da função motora, como: (1)
desenvolver a atenção da criança; (2) descobrir as metas e estratégias da própria criança e
seguir esta linha; (3) analisar a tarefa a ser aprendida para cada criança; (4) dar sugestões para
a criança aprender o que fará, como está o seu desempenho e sobre os resultados do que ela
faz; (5) as próprias ações da criança e seus resultados dão a ela informações sensoriais para o
aprendizado da tarefa; (6) comandos verbais são normalmente mínimos, mas podem ser úteis
com crianças capazes de entende-los; (7) há recompensas intrínsecas na realização de uma
tarefa e recompensas externas podem ser incentivos para alguns indivíduos e; (8) a prática é
necessária para desenvolver a função motora, sendo que uma variedade de experiências de
movimento ajuda a reforçar o aprendizado moto (LEVITT, 2001 apud PRUDENTE e
NEVES, 2006).

3. Paralisia Cerebral

A paralisia cerebral é caracterizada por uma alteração dos movimentos controlados ou


posturais dos pacientes, aparecendo cedo, sendo secundária a uma lesão, danificação ou
disfunção do sistema nervoso central e não é reconhecida como resultado de uma doença
cerebral progressiva ou degenerativa (LEITE e PRADO, 2004).
É o conjunto de distúrbios da postura e do movimento, resultante de lesão cerebral
no período da vida fetal, no parto, ou nos dois primeiros anos de vida. É causada por
várias lesões cerebrais não progressivas, que interferem no sistema nervoso central
em desenvolvimento. Em todos os casos, o comprometimento envolve o sistema
musculoesquelético e o achado clínico mais importante é o atraso motor, que pode
estar associado a retardo mental, convulsões, transtornos sensitivos e alterações da
fala, visão e audição. A incidência varia, segundo os autores, entre 1,9 e 7,5 por 100
crianças nascidas vivas (BRUSCHINI, 1993).
Designa um grupo de afecções do SNC da infância que não têm caráter progressivo
e que apresenta clinicamente distúrbios da motricidade, isto é, alterações do
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movimento, da postura, do equilíbrio, da coordenação com presença variável de


movimentos involuntários.
A definição mais adotada pelos especialistas é de 1964 e caracteriza PC como “um
distúrbio permanente, embora não invariável, do movimento e da postura, devido a
defeito ou lesão não progressiva do cérebro no começo da vida (LEITE e PRADO,
2004).
A PC não é uma entidade nosológica uniforme e sim um grupo de afecções cuja classificação
se baseia nas partes do corpo que a PC afeta e nas descrições clínicas do tônus muscular e dos
movimentos involuntários (SHEPHERD, 1996).
De acordo com Leite e Prado (2004) nos países desenvolvidos a incidência das formas
moderadas e severas de PC está entre 1,5 e 2,5 por 1000 nascidos vivos.
Nos países em desenvolvimento como o Brasil, essa condição pode estar relacionada a
problemas gestacionais, más condições de nutrição materna e infantil e atendimento médico e
hospitalar muitas vezes inadequado (MANCINI et al, 2004).
No Brasil não há estudos conclusivos a respeito e a incidência depende do critério diagnóstico
de cada estudo, sendo assim, presume-se uma incidência elevada devido aos poucos cuidados
com a gestante (LEITE e PRADO, 2004).
É multifatorial. Em um pequeno percentual (6%) de pacientes a causa da PC é a hipóxia
durante o trabalho de parto, levando mais frequentemente a quadriplegia espástica. Embora
muitos casos apresentem etiologia desconhecida, existem evidencias de que causas pré-natais
podem resultar em complicações neurológicas fetais que se manifestam após o nascimento.
Estas causas têm frequentemente erroneamente diagnosticada com asfixia perinatal
(MARANHÃO, 2005).
O grupo de distúrbios do sistema nervoso central, conhecido pelo nome de PC, pode ser
devido a um erro hereditário do desenvolvimento; pode também ser devido a suscetibilidade
hereditário diante de outros fatores de risco; aos fatores maternos, tais como doença ou abuso
de drogas; aos problemas placentários; ou então, pode resultar de malformações do cérebro,
da prematuridade ou da ação de fatores perinatais traumáticos que provocaram lesão do
cérebro infantil (SHEPHERD, 1996).
Segundo Salter (1985) apud Leite e Prado (2004) existem diversas causas de PC e as mais
comuns são: desenvolvimento congênito anormal do cérebro; anóxia cerebral perinatal; lesão
traumática do cérebro, no nascimento; eritroblastose por incompatibilidade Rh; infecções
cerebrais na fase inicial do pós natal.
As crianças com PC têm como principal característica o comprometimento motor, que
influencia no desempenho funcional (LEITE e PRADO, 2004).
A paralisia cerebral congrega um grupo de afecções permanentes do sistema nervoso sem
caráter progressivo e de instalação no período neonatal. Há várias abordagens terapêuticas
com possíveis benefícios ao paciente com paralisia cerebral, porém poucas embasadas em
evidências científicas discutíveis (LEITE e PRADO, 2004).
De acordo com Maranhão (2005) a PC, no primeiro ano de vida, mesmo com os sinais e
sintomas, é de difícil diagnóstico.
O diagnóstico de PC usualmente envolve retardo ou atraso no desenvolvimento motor,
persistência de reflexos primitivos, presença de reflexos anormais e do fracasso do
desenvolvimento dos reflexos protetores (LEITE e PRADO, 2004).
De acordo com Leite e Prado (2004) a PC apresenta várias formas clínicas: Hemiplegia,
hemiplegia bilateral (tetra ou quadriplegia), diplegia, discinesia, ataxia e formas mistas (figura
3).
Bobath e Bobath (1989) classificam a PC em diplegia, quadriplegia, hemiplegia, monoplegia
e paraplegia, sendo estas definidas como:

 Diplegia: Todo corpo é afetado, mas as pernas são mais afetadas que os braços;
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 Quadriplegia: Todo o corpo é afetado;


 Hemiplegia: Somente um dos lados do corpo é comprometido;
 Monoplegia: Somente um braço ou, menos frequentemente, somente uma perna está
comprometida;
 Paraplegia: Na paralisia cerebral, verdadeiras paraplegias são também muito raras. Muito
poucas crianças não mostram comprometimento “acima da cintura” como é visto em
casos de lesão na coluna. Elas geralmente tornam-se diplégicas, com comprometimento
ameno de braços e mãos, algumas vezes somente de um dos braços (BOBATH e
BOBATH, 1989).
A classificação das encefalopatias crônicas da infância pode ser feita de várias
formas, levando em conta o movimento lesional, o local da lesão, a etiologia, a
sintomatologia ou a distribuição topográfica:
1) Espáticas ou piramidais;
2) Coreoatetósicas ou extrapiramidais;
3) Atáxicas;
4) Mistas (ROTTA, 2002).
A classificação comumente adotada, de acordo com os sinais clínicos, é a seguinte:
1) Forma espástica- apresenta as características da lesão do primeiro neurônio
motor.
2) Forma atetósica – apresenta sinais de comprometimento do sistema
extrapiramidal, presença de movimentos involuntários, distonia, ataxia e, em alguns
casos, rigidez muscular.
3) Forma hipotônica – apresenta frequentemente grave depressão da função
motora e fraqueza muscular.
4) Forma atáxica – apresenta sinais de comprometimento de cerebelo,
manifestando-se por ataxia. É considerada como raridade na PC, ocorrendo mais
frequentemente em consequência de traumatismo craniano e em estados tais como
hidrocefalia não tratada ou mal controlada.
5) Existem formas mistas nas quais se combinam as características das formas
espásticas, atetóide e atáxica (SHEPHERD, 1996).
Convém ressaltar que inicialmente o casal Bobath classificou topograficamente o
tônus de hemiplegia, diplegia e quadriplegia; Porém, atualmente estas expressões
são utilizadas somente quando há comprometimento dos segmentos corporais como
descrito anteriormente, somando a ausência de movimento voluntário. A plegia é
considerada a total falta de força para a realização da movimentação ativa. Como
por exemplo, um hemiplégico é aquele indivíduo acometido em um hemicorpo e
com a total ausência de movimento voluntário nos segmentos afetados. Se houver
alguma movimentação ativa preservada, o indivíduo será um hemiparético (FORTI-
BELLANI e CASTILHO-WEINERT, 2011).
Os lactantes com PC apresentam parada ou atraso do desenvolvimento motor, sendo que, em
muitos deles, o desempenho motor imaturo e os reflexos neonatais (ou padrões motores pré-
funcionais) persistem além do período considerado normal. Muitos desses pacientes
apresentam outras anomalias, tais como deficiências cognitivas e da percepção, surdez,
defeitos da visão, disfagia, convulsões, alterações da fala e distúrbios da comunicação. Podem
apenas apresentar distúrbios somatossensitivos (SHEPHERD, 1996).

Ao se considerar as capacidades motoras dessas crianças, as demandas da tarefa e as


características do ambiente, observa-se que, muitas vezes, o padrão de locomoção
apresentado por elas representa a melhor solução possível. Entretanto, algumas
dessas soluções funcionais podem coloca-las em situação de risco para futuras
alterações estruturais, como o aparecimento de encurtamentos, deformidades e
prejuízo futuro na dinâmica da marcha (CUSICK, 1994 apud CURY et al, 2006).
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Fonte: http://marianagussopsicologa.files.wordpress.com/2014/02/pc.jpg?w=650
Figura 3 – Classificação da PC

Brasileiro e Moreira (2008) também afirmam que existem outras manifestações decorrentes
da lesão neurológica, como: convulsões, déficit cognitivo, distúrbios de linguagem e
deglutição, alterações no sistema cardiorrespiratório e gastrintestinal, entre outros.

Além do distúrbio motor, obrigatório para caracterização da paralisia cerebral, o


quadro clínico pode incluir também outras manifestações acessórias com frequência
variável: 1. Deficiência mental: Ocorre em 30 a 70% dos pacientes; está associada às
formas tetraplégicas, diplégicas ou mistas; 2. Epilepsia: Varia de 25 a 35% dos
casos, ocorrendo mais associado com a forma hemiplégica ou tetraplégica; 3.
Distúrbios da linguagem; 4. Distúrbios visuais: Pode ocorrer perda da acuidade
visual ou dos movimentos oculares (estrabismo); 5. Distúrbios do comportamento:
São mais comuns nas crianças com inteligência normal ou limítrofe, que se sentem
frustradas pela sua limitação motora, quadro agravado em alguns casos pela
superproteção ou rejeição familiar; 6. Distúrbios ortopédicos: Mesmo nos pacientes
submetidos à reabilitação bem orientada, são comuns retrações fibrotendíneas
(50%), cifoescoliose (15%), “coxa valga” (5%) e deformidades nos pés (LEITE e
PRADO, 2004).
A falta de controle da cabeça, tronco superior e tronco inferior faz com que a criança
tenha desequilíbrios musculares, e consequentemente alteração nas curvaturas
fisiológicas da coluna vertebral, como hipercifose dorsal, retificação lombar e
escoliose. A hipercifose prejudica a respiração e a deglutição, dificulta as
habilidades manuais, limita o olhar horizontal e prejudica a marcha da criança. A
escoliose causa assimetria de tronco, dificulta sentar e a utilização das mãos, e pode
facilitar luxação do quadril do paciente (MURPHY, 2009 apud FORTI-BELLANI e
CASTILHO-WEINERT, 2011).

Esta doença ocorre no período em que a criança apresenta ritmo acelerado de


desenvolvimento, podendo comprometer o processo de aquisição de habilidades. Tal
comprometimento pode interferir na função, dificultando o desempenho de atividades
frequentemente realizadas por crianças com desenvolvimento normal (MANCINI et al, 2002
apud SARI e MARCON, 2008).
A dificuldade de diagnóstico muito precoce vem do fato de que ambos os tipos de
comportamento motor são encontrados em todos os casos de paralisia cerebral, com um
consequente retardo ou impedimento do desenvolvimento motor. Em crianças muito jovens e
em crianças mais velhas, levemente afetadas, os padrões primitivos predominam, enquanto
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que em crianças mais velhas ou mais gravemente afetadas, os padrões anormais são mais
pronunciados (BOBATH e BOBATH, 1989).
A descrição de como uma criança com paralisia cerebral vive com sua condição de saúde é
pertinente dada à necessidade em compreendê-la como um todo, visto que movimento e ações
estão interligadas com percepção e cognição, e que a habilidade em cumprir demandas de
tarefas está diretamente relacionada à sua interação com o ambiente, determinando sua
capacidade funcional (BRASILEIRO e MOREIRA 2008).

4. Tratamento Fisioterapêutico

A fisioterapia tem como objetivo a inibição da atividade reflexa anormal para normalizar o
tônus muscular e facilitar o movimento normal, com isso haverá uma melhora na força, da
flexibilidade, da amplitude de movimento (ADM), dos padrões de movimento e, em geral, das
capacidades motoras básicas para a mobilidade funcional (LEITE e PRADO, 2004).
A família faz todo um esforço para se adaptar à situação por meio da alteração na
rotina diária e nos projetos de cada membro. Assim, é importante a orientação de
profissionais sensibilizados com esse problema e competentes tecnicamente para a
implementação de um projeto terapêutico que atenda às necessidades ampliadas da
criança e da família. Nesse processo, a família será a cuidadora por excelência, para
um desenvolvimento satisfatório da criança, portanto, receber o diagnóstico de PC,
muitas vezes, impacta de tal modo que a família se sente impotente para cuidar do
filho (DANTAS et al, 2010).
O atendimento fisioterapêutico sempre deve levar em consideração as etapas do
desenvolvimento motor normal, utilizando vários tipos de estimulação sensitiva e sensorial,
haja vista que este tipo de desenvolvimento depende da tarefa e das exigências do ambiente,
havendo, portanto, a necessidade de manter estreitas relações com o desenvolvimento visual,
cognitivo e da fala (SARI e MARCON, 2008).
A intervenção fisioterapêutica na paralisia cerebral poderia ser descrita de forma
sucinta, por um conjunto de itens redutores. Para o terapeuta, todas as crianças
espásticas devem ser tratadas segundo os seguintes objetivos: (a) normalizar o tônus
postural, (b) inibir os padrões posturais “anormais” e facilitar padrões posturais e de
movimentos mais “normais”, (c) obter simetria corporal, (d) prevenir deformidades
e contraturas, (e) inibir as reações associadas e (f) promover a existência de um
movimento mais funcional. Para o mesmo terapeuta, a intervenção nas crianças
hipotônicas seria caracterizada por: (a) facilitar o apoio da cabeça e do tronco, (b)
promover o controle postural em posturas contra a gravidade, (c) prevenir
aspirações, (d) prevenir a luxação da anca. Finalmente, no respeitante das crianças
com tônus flutuante, os objetivos seriam: (a) estabilizar a criança, (b) graduar o
movimento, (c) obter a estabilização de posturas com carga proprioceptiva e (d)
obter mais autocontrole. Teríamos, portanto, um conjunto de objetivos gerais de
reabilitação, modificáveis consoante o tipo presente de paralisia cerebral (COELHO,
2008).

A fisioterapia tem fundamental importância no desenvolvimento motor da criança especial.


Observando a faixa etária estabelecida para este estudo (zero a cinco anos), pode-se perceber
que 61% das crianças já realizam fisioterapia há mais de um ano. Neste sentido, os relatos
apontaram que, possivelmente, desde o nascimento estas crianças tenham recebido algum tipo
de intervenção fisioterapêutica (SARI e MARCON, 2008).
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O método de tratamento mais usado atualmente foram criados há quatro décadas. A revisão da
literatura clínica sugere que desde então pouco mudou na fisioterapia destinada aos lactentes e
as crianças com PC (SHEPHERD, 1996).
Os pacientes com PC devem ser tratados por uma equipe multidisciplinar, na qual o
principal enfoque terapêutico é, sem dúvida, o fisioterápico e, nestes casos,
diferentes métodos utilizados em fisioterapia são empregados de acordo com o
quadro clínico. Dentre eles, utilizam-se, principalmente, três métodos: o de Bobath,
que se baseia na inibição dos reflexos primitivos e dos padrões patológicos de
movimentos; o de Phelps, que se baseia na habilitação por etapas, dos grupos
musculares, até chegar à independência motora e a praxias complexas e o de Kabat,
que se baseia na utilização de estímulos proprioceptivos facilitadores das respostas
motoras, partindo de respostas reflexas, e chegando à motricidade voluntária
(ROTTA, 2002).

Os objetivos da FNP é promover o desenvolvimento funcional por meio da facilitação, da


inibição, do fortalecimento e do relaxamento de grupos musculares. As técnicas utilizam
contrações musculares concêntricas, excêntricas e estáticas combinadas com a aplicação
gradual de uma resistência e com procedimentos facilitatórios adequados, todos ajustados
para atingir as necessidades de cada paciente (ADLER et al, 2007).
O tratamento do neurodesenvolvimento foi desenvolvido por Bobath nos anos 40. Este
famoso método visa a facilitação do movimento normal, diante a “pontos-chave do controle”.
A aprendizagem do movimento adequado e funcional e a inibição de padrões anormais de
sinergismo espástico são conseguidos mediante a indução da atividade dos segmentos
afetados com realização do menor esforço possível (COELHO, 2008).
O Conceito Bobath utiliza o binômio inibição (modulação) de padrões posturais
anormais, e a facilitação visando a promoção do movimento, não utilizando em seus
procedimentos a resistência externa aplicada pelo fisioterapeuta, pois alega-se que
tal procedimento provoca aumento do tono muscular, desse modo algumas
deficiências, como a fraqueza muscular, não têm sido solucionadas. Assim
observamos na clínica, a necessidade de explorar outra forma de intervenção, a
facilitação neuromuscular proprioceptiva, desenvolvido com base nos conceitos
fisiológicos de recrutamento máximo de unidades motoras, atividade reflexa,
irradiação, indução sucessiva e inervação recíproca, promovendo ou precipitando o
movimento através de proprioceptores, possibilitando um maior grau de excitação
central sobre os motoneurônios e favorecendo a atividade voluntária dos músculos
fracos e/ou paréticos. Este método preconiza a combinação de movimentos,
relacionados com padrões de sinergia muscular e emprego de reflexos posturais e
reações de endireitamento, originando os padrões de movimentos funcionais (SÁ et
al, 2004).

5. Metodologia
Para o desenvolvimento deste artigo de revisão, foi realizado o levantamento da literatura
onde os artigos científicos pesquisados através da busca nos bancos de dados e bibliotecas
virtuais como, Bireme, Scielo, Pub Med, Medline, entre o período de 2012 a 2014 com as
palavras-chave: Paralisia cerebral, Bobath, Facilitação neuromuscular proprioceptiva. Foram
utilizados livros específicos com os conceitos do assunto para que juntamente com os artigos
encontrados fosse elaborado este artigo.
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6. Resultados e Discussão
Brasileiro e Moreira (2008) realizaram um estudo exploratório em 140 crianças com paralisia
cerebral que estavam realizando tratamento fisioterápico 2 vezes por semana. Concluíram que
a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde apresenta modelo
adequado para avaliar crianças com paralisia cerebral, no qual, proporciona melhor
comunicação entre a equipe multidisciplinar que fará atendimento dessas crianças e viabiliza
o melhor programa fisioterapêutico que no caso é o de maior necessidade para a melhora dos
pacientes.
Nunes et al (2010) realizaram um estudo experimental em um paciente com histórico de PC
do tipo hemiparética espástica com idade de 15 anos, com marcha independente. O tratamento
baseou-se em FNP, alongamento estático e reeducação postural no qual teve duração de 11
sessões 2 vezes por semana durante 50 minutos. Como resultados da aplicação de FNP não
houve o resultado esperado, houve aumento do padrão flexor do membro superior esquerdo e
das compensações da cabeça, ombro, quadril e membro inferior esquerdo, porém o paciente
demonstrou muita força durante o FNP.
Peres et al (2009) observaram o tônus pela Escala de Ash Worth modificada e a força
muscular de 4 pacientes diparéticos espásticos com idade entre 6 e 8 anos após atividades
funcionais estáticas e dinâmicas por meio de do Conceito Neuroevolutivo Bobath. Foram
realizadas 25 sessões, duas vezes por semana com duração de 40 minutos. Como resultados
obtiveram diminuição do tônus e aumento da força muscular em todos os pacientes e
concluíram que o tratamento proporcionou melhora nas atividades funcionais estáticas.
No estudo realizado por Palácio et al (2008), foi selecionada uma paciente com hemiparesia
espástica, de um ano e quatro meses. O instrumento utilizado com avaliação foi o Gross
Motor Function Measure (GMEM) no qual é composto por 88 itens descritivos de
movimento. Foram realizadas 25 sessões de fisioterapia com duração de 50 minutos, todos os
dias, utilizando o Conceito Neuroevolutivo de Bobath. Os autores concluíram que os
resultados foram favoráveis, contribuindo para o aprimoramento da funcionalidade motora e
na prevenção das deformidades do paciente tratado.
Sá et al (2004), avaliaram seis crianças, com idades entre 6 e 8 anos apresentando lesão
bilateral do cérebro. As crianças foram distribuídas em 2 grupos, 3 em cada grupo. O primeiro
grupo era o grupo Kabat ou FNP e o segundo era o grupo Bobath no qual cada grupo recebia
o tratamento tal qual o nome recebido. Estas crianças realizavam 2 sessões por semana, com
duração de 30 minutos por 3 meses. Como resultados os autores perceberam que as crianças
tratadas com FNP não apresentaram aumento do tono muscular, contrariando assim a ideia da
técnica mas houve a melhora do controle motor neste grupo. Por outro lado, as crianças
tratadas com o Conceito Bobath não apresentaram melhora em relação ao centro de
gravidade. Os autores concluíram que as crianças com PC espástica diparética do grupo
Bobath, obtiveram melhores resultados cognitivos mais evidentes do que o grupo Kabat e que
as mudanças no comportamento motor e sensorial foram mais evidentes no grupo Kabat.
Peres et al (2009) realizaram um estudo com quatro pacientes diparéticos espásticos com
idade entre 5 e 8 anos. Como tratamento foi escolhido o Conceito Neuroevolutivo de Bobath,
no qual consistiu em 25 sessões de 40 minutos durante 3 meses. Ao final do tratamento, os
autores perceberam que houve diminuição do tônus muscular e aumento de força muscular,
adequação em algumas atividades funcionais estáticas e dinâmicas.
Morimoto et al (2004) trataram duas crianças entre 0 e 2 anos durante 20 sessões de FNP,
verificando sempre o tono muscular e as atividades funcionais estáticas e dinâmicas. Nos dois
casos o FNP levou as crianças a melhoras significativas em relação às atividades funcionais
estáticas e dinâmicas, sendo assim, é uma opção para o tratamento de PC.
11

No estudo realizado por Briazene et al (2009), participaram 4 crianças hemiplégicas,


espásticas que foram avaliadas no início do tratamento e aos 30, 60 e 90 dias. O tratamento foi
realizado durante 3 meses, 3 vezes por semana durante 1 hora cada sessão. Duas vezes por
semana o tratamento era realizado pelo Conceito Neuroevolutivo de Bobath e uma vez com
treino de atividade da vida diária, além das orientações aos pais por escrito para que eles
dessem a assistência correta à criança. Como conclusão, os autores obtiveram resultados
favoráveis ao desempenho das habilidades funcionais das crianças, aumentando a
independência em relação aos cuidadores.

7. Conclusão
A fisioterapia na paralisia cerebral tem como objetivo a melhora da capacidade motora,
melhor qualidade de vida, entre outros, para o paciente e, consequentemente, para os
familiares das crianças que nascem com esta patologia.
Durante a revisão da bibliografia pôde-se verificar que a grande maioria dos pacientes que
foram tratados com o conceito neuroevolutivo de Bobath e FNP obtiveram resultados
totalmente diferentes pois alguns estudos mostraram-se controversos com relação à teoria das
técnicas para a evolução dos pacientes.
Mesmo assim outros artigos mostraram que as técnicas são eficazes para que haja melhora da
qualidade de vida dos pacientes com PC.
Contudo, houve a dificuldade de encontrar mais evidencias sobre esses tratamentos em forma
de artigos científicos nos periódicos. Apesar se serem técnicas muito utilizadas para o
tratamento da paralisia cerebral, existe a necessidade de haver mais estudos sobre as mesmas
para que haja a atualização dos fisioterapeutas e demais profissionais da saúde.
Portanto, as duas técnicas estudadas neste artigo, apesar de haverem artigos que mostraram
sua incapacidade de reabilitar os pacientes, trazem alguns benefícios para a paralisia cerebral
mas faz-se necessário maior quantidade de evidências atualizadas sobre o assunto.

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