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Design

Thinking
aplicado em
projetos sociais

Entrar
sumário Sumário

Método do
A proposta Design Thinking Busca
do guia
4 9
Fase 1 Zoom+

10 exploração
Idealização e coordenação
Fundação Telefônica Vivo Zoom-

Americo Mattar – Diretor-Presidente


Luis Guggenberger – Gerente de Inovação Social
e Voluntariado 15 Anterior
Patricia Souza Focchi – Coordenadora do Programa
de Voluntariado Fase 2
entendimento Posterior
Realização (aplicação da metodologia, 21
resultados e análise) As ideias
Arnaldo Alves da Motta – Instituto Fonte geradas Fase 3 Impressão
Edgard Charles Stuber – Stuber Inova 25 ideação
Juliana Cortez – Instituto Fonte
Marcia Thomazinho – Instituto Fonte 26 Fase 4
Pilar Cunha – Instituto Fonte ....e o que experimentação Download

aconteceu na
Produção Liga Solidária 28
KF Comunicação Tela cheia
depois? Brainwriting,
brainstorming e
João El Helou – Direção Diagrama de brainstorming reverso
Técnicas de Fechar
afinidades
Mônica Deliberato Baptista – Design e ilustração
29 entrevistas
Fabiana Colturato Aidar – Revisão Galeria
32 FICHA 1 33 FICHA 2 34 FICHA 3 35 FICHA 4 36 FICHA 5
Voluntários da Fundação Telefônica Vivo que
colaboraram para a produção deste guia Anexos Pesquisa Persona e Mapa
Elayne Conceição Arruda da Silva qualitativa de da Empatia
Juliana Lara dos Santos observações de
campo “AEIOU”
Jessica Matos de Araújo
Vera Susi Rita da Rosa 37
Aurino Souza Gomes Junior 38 Mapa do processo
Com a palavra
39 Detalhamento das linhas de ação
Lista de siglas
DT – Design Thinking
FT – Fundação Telefônica Vivo 41 Referências
PV – Programa de Voluntariado
CNPs – “Como nós podemos?” Voluntariado Fundação Telefônica Vivo
3

Sumário

Busca

Zoom+

Zoom-

O Programa de Voluntariado da Fundação O Design Thinking é centrado no ser humano e propõe


Telefônica Vivo tem investido para aprimorar a que os que vivem o problema devam participar da sua Anterior
atuação do voluntário, fazendo com que sua paixão solução para resultados mais eficientes. É um processo
colocada em prática seja cada vez mais qualificada que nos desafia a escutar mais antes de falar, perguntar
e aproveitada da melhor forma possível. mais antes de responder. Trata-se de uma proposta que Posterior

muda modelos mentais.


Impressão

Diante de um panorama social em que há muito


a ser feito, devemos focar nossa energia onde É sobre isso que trata este Guia de Design Thinking
ela realmente precisa ser focada. Não cabe no aplicado em projetos sociais. E é pelo que escrevi download

voluntariado atual a velha cultura assistencialista, acima que esta leitura é tão interessante.
cujo alcance é pequeno. Hoje, queremos ações Tela Cheia
efetivamente transformadoras. E mais do que isso:
inspiradoras. Bom proveito. Fechar

Esse aprimoramento a que me refiro acontece


por muitos métodos. Um deles, e o que eu mais
acredito, é o Design Thinking, que foi escolhido
por nós da Fundação para a busca de soluções
inovadoras e que tragam uma relação melhor Americo Mattar
entre quem dá e quem recebe. Diretor-Presidente da Fundação Telefônica Vivo
4 A proposta do guia

Sumário
A proposta desta publicação é compartilhar uma experiência da
aplicação do Design Thinking em uma das ações de voluntariado da
Fundação Telefônica Vivo, como parte de um trabalho já em curso no Busca

A proposta
Programa de Voluntariado desde 2014. O guia de Design Thinking quer ser
um estímulo para o uso do método para todos que participam na construção
Zoom+
de projetos sociais, para que, em conjunto com as ONGs, pensem e

do guia
desenhem projetos e ações para as questões e desafios a serem enfrentados,
proporcionando maior impacto. Zoom-

Essa iniciativa é fruto de um importante aprendizado que ocorreu em sete


projetos idealizados por voluntários e pela Fundação Telefônica Vivo: quando as
Anterior
reais necessidades conseguem ser mapeadas, as ações de voluntariado são mais
assertivas e seus resultados são mais relevantes.
Posterior

“A Fundação Telefônica Vivo vem usando o Programa de Impressão


Voluntariado como um veículo para apresentar novas
alternativas de resolução de problemas para os seus
participantes. Os problemas que surgem nos contextos sociais Download
são complexos e precisam de uma nova abordagem, pois o uso
dos métodos tradicionais não dá mais conta de resolvê-los. Ao
Tela cheia
aplicar as ferramentas do Design Thinking, os participantes
conseguem entender com maior clareza as reais necessidades
das pessoas que estão envolvidas. A empatia é um dos maiores Fechar
benefícios para trazer a perspectiva do outro.”
Edgard Stuber – Diretor da Stuber Capacitação em Inovação

O contexto em que se insere


O voluntário caracteriza-se pelo entusiasmo e disposição em contribuir para alguma
causa social. Isso é muito importante seja para a empresa, seja para a sociedade.
Por reconhecer a relevância desta atividade, o Programa de Voluntariado investe no
aprimoramento e na qualificação dos colaboradores da Fundação Telefônica Vivo que
integram a Gestão dos Comitês do Programa, de modo que essa energia possa ser
mais bem aproveitada diante de um panorama social ou até mesmo no seu dia a dia
de trabalho na resolução de um problema.
5 A proposta do guia

Sumário
“Em 2014, quando assumi Durante muito tempo o voluntário Para a segunda atitude,
a liderança do Programa de era aquela pessoa que se sensibilizava é necessário levantar outra questão central da prática voluntária:
Voluntariado, tinha algumas com situações de fragilidade extrema além da consciência a respeito das próprias motivações, é
Busca

inquietações: como poderíamos e entendia que qualquer recurso que igualmente necessário ter clareza do contexto em que vai atuar.
melhorar os projetos para que pudesse oferecer seria útil e relevante para Zoom+
tivessem um impacto mais Qual é a realidade de quem vai receber o que o voluntário tem a
minimizar o sofrimento alheio. As práticas
significativo para as comunidades? oferecer? Quais são as suas necessidades? Qual é a sua capacidade
atuais de voluntariado avaliam que essa
Como a Gestão de Projetos de receber e utilizar de forma construtiva o que lhe é oferecido?
ideia, presente na cultura assistencialista, Zoom-
do Programa de Voluntariado O que quem vai receber a contribuição voluntária poderá
tem pequeno alcance transformador.
poderia ser verdadeiramente um proporcionar para aquele que vem lhe oferecer recursos?
diferencial para a comunidade O voluntariado contemporâneo busca Anterior
O que estou oferecendo é realmente o que o outro necessita?
e para os colaboradores? Nesse realizar ações mais construtivas e
Ou estou oferecendo o que ele deseja?
período conheci a metodologia de transformadoras, que vão além de apenas
Posterior
inovação social centrada no ser minimizar a dificuldade de quem sofre Como entendo o problema que o outro traz?
humano, e até 2016 aplicamos e passa a ser vista como uma relação
180 horas de formação para toda na qual todos os envolvidos podem se Impressão
a Governança do Programa. Os desenvolver, algo que alguns chamam
voluntários aplicam o conhecimento de “relação ganha-ganha”. Para que isso Conhecer a realidade A construção coletiva é
nos projetos diretamente nas aconteça, duas atitudes são essenciais. fundamental para o sucesso de
(necessidades e Download

comunidades beneficiadas. Os qualquer projeto! Não podemos


capacidades) de quem
resultados são surpreendentes Para a primeira atitude – vai receber a prática
chegar com uma solução pronta.
A exploração do desafio, a Tela cheia
porque o design é empático, por
isso tende a reforçar implicitamente a do voluntário, de voluntariado ajuda identificação dos problemas e
uma abordagem mais reflexiva e cabe uma reflexão: o que leva cada a direcionar as ações e das reais necessidades Fechar
humana. Como consequência, o pessoa a se dedicar/contribuir para uma a estabelecer relações necessita da abertura de todos
resultado do projeto tem o foco nos determinada causa? de desenvolvimento os envolvidos. É importante
beneficiados e proporciona para as conjunto. empatizar com o problema e com
Esse tipo de questionamento parte quem o está vivendo.
instituições o mapeamento das reais
do seguinte princípio: quanto mais
necessidades. Em contrapartida,
capacitarmos os colaboradores
consciente de sua motivação, mais o
c o n s c i ê ncia da Muitas vezes a falta de clareza
voluntário poderá direcionar a sua energia Ter o l u ntário e reflexão sobre as demandas
para resolverem problemas cada o d o v
vez mais complexos, que exigem
de modo construtivo e proveitoso. motivaçã ue ele se
encontradas pode gerar
Ao reconhecer que faz algo motivado p e r m i t e q frustrações e desentendimentos
mais criatividade, empatia com os tuando
usuários, possibilita desenvolver
também por necessidades próprias, o perceba a mútuo em uma relação que nasce da
efício vontade de fazer o bem, ou de
uma cultura organizacional mais
risco de fazer algo em nome dos outros –
para ben e a sua
e direcion
ou “para os outros” – diminui. transformar uma realidade.
ágil e flexível”. Patricia Souza
a ra re a l mente
Focchi – Coordenadora do Programa energia p lgo novo.
a
de Voluntariado construir
6 A proposta do guia

Sumário

a serviço
O Design Thinking se coloca
A escolha da humano:
Busca

da inovação centrada no ser


abordagem e do aqueles que vivem o problem
a Zoom+

método participam da sua solução! Zoom-

Anterior

Nossa cultura diz que ser eficiente é dar respostas imediatas


Existem diversos métodos, ferramentas e abordagens para as questões com as quais nos defrontamos. O DT Posterior

no campo social hoje em dia capazes de apoiar os avalia que esse modelo de eficiência faz com que tenhamos
voluntários na elaboração de suas propostas de dificuldade de escutar os outros, de perceber o mundo como
Impressão
intervenção e ação. Tais recursos, entre eles o Design ele é e de entender com mais propriedade a questão que
Thinking (DT), proporcionam melhores resultados para se quer resolver ou aprimorar. As soluções produzidas assim
todos os envolvidos em ações de voluntariado. costumam trazer pouca inovação e podem ser pouco efetivas.
Download

O DT foi escolhido pela Fundação Telefônica Vivo para Neste sentido, o DT propõe uma alteração de modelos
lidar com os desafios na gestão de projetos sociais do mentais, em que mudança implica menos dar respostas e
Tela cheia
voluntariado para que os voluntários conseguissem, mais saber fazer perguntas que permitam uma aproximação
juntamente com a instituição escolhida, realizar com e um novo olhar para o problema que se quer abordar. É um
mais eficiência o mapeamento das reais necessidades. processo intencional para chegar a soluções criativas, criar Fechar
impacto positivo e transformar desafios em oportunidades.
Essa escolha se deu, principalmente, porque o DT se
coloca a serviço da inovação centrada no ser humano,
entendendo que o que precisa ser aprimorado ou
resolvido são questões vividas e trazidas por pessoas,
aqueles que vivem o problema participam da sua O Design Thin
king propõe
solução com pessoas gerando ideias e resultados.
alteração de uma
modelos me
a mudança im ntais... aqui,
plica menos
dar resposta
e mais saber s
fazer pergun
t as.
7 A proposta do guia

O caminho de construção Sumário

Busca
Para possibilitar que o método possa estar
acessível para todos os comitês regionais
e voluntários espalhados pelo Brasil1, a Oficina de
Zoom+

Fundação Telefônica Vivo idealizou este guia,


capacitação
cuja construção tem base em uma oficina
em Esse é menos um entre Zoom-
de capacitação realizada em São Paulo nos
São Paulo tantos guias conceituais de
dias 4 e 5 de março de 2016. Nesta oficina,
DT disponíveis e mais uma
embaixadores e líderes do Programa de ão
proposta de qualificar a relaç Anterior
Voluntariado da Fundação Telefônica Vivo a
dos participantes do Program
vivenciaram a experiência prática de gerar
4 e5 de Voluntariado em suas Posterior
ideias inovadoras em resposta a um desafio as
de março intervenções a serviço de su
colocado pela ONG Liga Solidária, passando
causas sociais.
pelas diversas fases de um processo de Impressão
Design Thinking.
O trabalho com a Liga Solidária é utilizado
neste guia como exemplo para que o leitor
Embaixadores Download
O leitor vai encontrar a seguir uma breve
possa ter mais clareza de como as atividades e líderes do descrição do que aconteceu durante a
acontecem na prática. Programa de oficina e suas diversas atividades, ao lado de Tela cheia
Voluntariado complementos conceituais. Terá ainda, ao final,
Importante ressaltar que esse material se
diferencia de outros guias de Design Thinking
da Fundação em forma de anexos, as fichas dos exercícios
Fechar
disponíveis, uma vez que trata especialmente que foram desenvolvidos ao longo dos dias em
de qualificar a relação dos participantes do que o grupo de voluntários esteve reunido para o
PV em suas intervenções a serviço de suas treinamento em DT. O leitor poderá notar alguma
Case Liga diferença entre o que está descrito na oficina e a
causas sociais e se apoia na metodologia
do DT para isso. Propõe-se a contribuir para Solidária ficha de exercício. É isso mesmo! Tal como a vida, 1
O Programa de
Voluntariado da FT tem
um melhor entendimento da realidade da o que se faz nem sempre segue exatamente o Comitês em 39 cidades com
organização e/ou público beneficiário da ação que foi planejado! cerca de 300 voluntários
que participam ativamente
voluntária, situando suas principais questões e Ainda, para facilitar a localização do leitor da gestão e mobilizam
aprofundando na sua compreensão, de modo Metodologia durante as fases do processo, existe o aproximadamente
5.000 outros voluntários
que os recursos disponíveis tenham o melhor Design “Mapa do Processo” , que apresenta cada fase da por ano, em diversas ações.
aproveitamento possível, por meio da sua Thinking oficina, suas atividades e respectivas páginas do
aplicação em ações/ideias que façam sentido Guia em que se encontram.
para ambos os lados dessa relação.
8 A proposta do guia

A Liga Solidária A forma para se construir o desafio inicial parte de uma reflexão que
Sumário

pode envolver várias instâncias da organização, a fim de delimitar os


Fundada em 10 de março de 1923 como Liga das
principais incômodos/problemas/questões. Definido esse ponto, o Busca
Senhoras Católicas de São Paulo, a Liga Solidária
mesmo passa a ser alvo de perguntas, que começam sempre com
é uma organização social sem fins lucrativos
“como nós podemos….?”. Repare que essa pergunta não é para uma
que desenvolve programas socioeducativos e de

Desafio inicial
Zoom+
pessoa – “eu” que sou especialista, ou “você” que vai dar a resposta.
cidadania que beneficiam mais de 10.000 pessoas.
Ela usa o “NÓS”, explicitando a ideia de colaboração para a resolução
Sua missão é contribuir com ações socioeducativas
do problema, um dos princípios centrais do DT. Sendo esse o ponto Zoom-
para conscientizar crianças, jovens e adultos de sua
de partida do processo, recomenda-se investir um tempo para que o
dignidade e de seu potencial transformador.
desafio inicial amadureça e faça sentido para o público que vai receber
Mais de 90% do trabalho realizado pela Liga Solidária o trabalho voluntário. Anterior

concentra-se no Complexo Educacional Educandário


Dom Duarte, no distrito Raposo Tavares. Localizado
Posterior
na região do Butantã, em São Paulo, o distrito é
formado por 28 bairros onde vivem perto de Alguns e
xemplos
de desa
100 mil pessoas. “Como n fios inicia Impressão
ós pode is:
de mort mos red
Seu atendimento social organiza-se em Apesar de não ser um caminho linear, alidade u z ir os índ
infantil n ices
o processo de Design Thinking se “Como n a Ín dia?”
10 programas de educação e cidadania: Primeira ós pode
desenvolve em quatro grandes fases: problem mos red Download
Infância, Crianças e Adolescentes, Qualificação a da águ uzir o
exploração, entendimento, ideação e a potáve
Profissional, Famílias, Prevenção à Violência, “Como n l na Áfric
ós pode a?”
Educação de Adultos, Idosos, Abrigos, Nutrição, experimentação. E tem um ponto de embalag m os melh
ens dos orar as Tela cheia
partida – o desafio inicial. remédio
Esportes. E divide-se em 2 Abrigos; 9 Centros s?”
de Educação Infantil (CEIs) e 9 Programas O desafio inicial é o problema que se
Fechar
Socioeducativos. deseja resolver ou a questão para a
O Educandário Dom Duarte está em uma região qual se busca solução. Ele não pode O desafio inicial da Liga Solidária começou a ser construído,
com parcela significativa da população vivendo em ser um problema nem tão grande primeiramente, pelo reconhecimento de que a organização tem o
situação precária (15,5% dos domicílios em alta a ponto de não poder ser resolvido sonho do empoderamento da comunidade e que, apesar de não se
ou muito alta vulnerabilidade social e 19,6% dos pelos envolvidos (ex.: “como resolver considerarem assistencialistas, percebem que o são. Há também
domicílios com renda per capita menor que meio o problema da fome no mundo?”) a percepção de que muitas pessoas são atraídas pelas atividades
salário mínimo), sendo que 24% da população nem tão pequeno a ponto de não oferecidas em sua programação, mas não permanecem por muito
tem entre 15 e 29 anos e 11% mais de 60 anos. justificar um processo participativo tempo na organização. Instigados por essa constatação, os profissionais
A Liga também atua em mais três bairros de São (ex.: “onde devo colocar a mesa da da Liga questionavam: Como podemos escutar as necessidades
Paulo – Saúde, Rio Pequeno e Itaim Bibi – com três cozinha?”). Devem ser problemas daqueles a quem atendemos e identificar as demandas? Por que
Centros de Educação Infantil (CEIs). Os Programas vivos, que envolvem públicos será que as pessoas não ficam? Refletindo sobre o fenômeno, em
Abrigos, Primeira Infância, Crianças e Adolescentes, diversos tanto em suas causas uma conversa com a coordenadora do PV e o consultor em DT, as
Qualificação Profissional e Famílias são conveniados como em suas consequências e cuja lideranças da Liga Solidária formularam o seguinte desafio inicial:
à Prefeitura de São Paulo. solução também depende de sua “Como nós podemos tornar a Liga Solidária ainda mais atraente para a
participação. comunidade?”.
9 Método do Design Thinking

Método do Sumário

Design Thinking Busca

Zoom+

Zoom-

Fase 1
exploração
Anterior

do problema, por meio Fase 4 Posterior

de pesquisas em fontes
secundárias e primárias experimentação Impressão
das soluções com a prototipagem
das ideias e detalhamento de
como fazer Download

Tela cheia

Fechar

Fase 2 ase 3
entendimento ideação
real do problema e das incluindo a geração e a seleção
necessidades de ideias para solucionar o
problema
10 Fase 1

Sumário

Busca
Com o desafio inicial formulado, tem início a primeira fase
do DT, chamada fase de exploração. O que se busca nessa
Zoom+
fase é entender a visão de mundo, crenças, expectativas e
comportamentos dos envolvidos no problema, para:

Fase 1 • perceber o que é importante,


• questionar premissas para evitar julgamentos
Zoom-

exploração
e conclusões precipitadas e
Anterior
• abrir espaço para o novo.
A exploração do desafio é um passo importante para empatizar
Posterior
com o problema e com quem o está vivendo.

A explor Impressão
ação do
é um pa de
sso impo safio
para em rta
patizar c nte
Empatia
problem om o Download
a e com
o está vi quem
sign
é o p il a r c entral do De vendo.
A empatia t e fu n d a m ental para Tela cheia
ingredie n
Thinking e o r t ic ip a t iva aconteça.
nstrução p a
que uma co m a q u e o o utro traz?
do o proble
Fechar
Como enten o a o q u e o outro sente?
nec t
Como me co o p e lo s o lh os do outro?
mund necessário
Como vejo o a p e s s o a ? É
do ess utro
Como enten m o s “ n o lugar” do o
q u e uas
que nos colo u c o m p o rtamento, s
er s e ue
para entend s e jo s . É d esta forma q
ed e a
dificuldades m a is s o b re a situação n
rcebe r
podemos pe . P a ra is s o é necessária
intervir entos e o
qual vamos s s o s ju lg a m
de no
a suspensão o s s o s pressuposto
s.
d e n
desapego
11 Fase 1

Coleta de Aprend Sumário

er com
informações e x
Uma da periência
a
Busca
Thinkin s prem
g é que issas do Desig
As atividades de exploração do problema nos a soluçã , pa n
Com o desafio inicial definido (“Como o do pro ra encontrarm
ajudam a vivenciar e pensar a partir do ponto podemos tornar a Liga ...) veio a estar im blema, os Zoom+
ersos p re c i samo
pesquis
de vista das pessoas que queremos ajudar, necessidade de se conhecer melhor ar o que nele! Além de s
ou seja, é uma forma de exercitar a empatia. a situação. Para isso, iniciamos uma do conh já exist
ecimen e,
to para boa parte
Zoom-
É o momento para fazer tudo o que estiver pesquisa com fontes primárias e problem sol
a
ao alcance para ajudar no entendimento secundárias de informação. em que está no própr ucionar o
ele io co
das necessidades implícitas e explícitas dos se entra se insere. Para ntexto
diretam r em contato tal, dev Anterior
públicos de interesse. A pesquisa secundária é o ente o p e vivenc e-
resolve roblem iar
levantamento de informações, r. Isso d a que s
pesquis eman e quer
a e o en da criatividad
Posterior
dados, estudos e o que mais houver
pessoa v e,
de conhecimento disponível sobre s que vi olvimento das
A empa vem o p
o problema em questão, a partir tia é um roblem
a d a a. Impressão
de fontes confiáveis, mas não capacid s principa
Como ades pa
ainda consultando os diretamente ra isso. is
identifica
r
necessida uma
envolvidos com a situação. Vale aqui Download

de? pesquisar informações disponíveis


em publicações, textos, internet, Pesquisar o que
como relatórios, pesquisa, relatos de já existe Tela cheia

casos semelhantes, dados existentes para


sobre o tema etc. É essencial pesquisarmos
ões e
levantar dados, informaç
Fechar
A necessidade remete a uma falta,
ento já A pesquisa primária é feita
por isso muitas vezes as pessoas se todo o tipo de conhecim
com no contato direto com o
referem a uma necessidade falando de produzido sobre o cenário
ndo, contexto do problema e com
algo que falta. o qual estamos interagi
tras as pessoas envolvidas, para
Por exemplo: alguém diz, “falta uma
assim como pesquisar ou
e possam entender suas necessidades.
escada!”. experiências e casos qu
ogias
ter semelhanças ou anal
Busca o conhecimento
solver.
A situação observada neste exemplo com o que queremos re contextual, ou seja, extrair
m
é a de alguém que tem dificuldade em Ao iniciar um trabalho co o conhecimento sobre a
pre
pegar um objeto que está em uma uma organização, é sem situação e torná-lo disponível.
sobre
prateleira alta. interessante pesquisar
usa,
sua atuação, história, ca
Neste caso, a escada é uma solução e a e os
projetos que desenvolve
e.
seus públicos de interess
necessidade é pegar o objeto no alto.
12 Fase 1

Sumário

A pesquisa secundária foi a primeira


atividade da oficina de capacitação com Busca

Atendo
a Liga Solidária para os embaixadores

aos fato-se
do PV. Antes de se encontrarem
Zoom+
presencialmente, os participantes
da oficina foram divididos em grupos s!
para pesquisar previamente sobre os Zoom-
diferentes públicos de interesse da
organização, ou seja, os atendidos e
os responsáveis pelas suas atividades: Anterior
No momento do
crianças, jovens, idosos, famílias,
compartilhamento das pesquisas,
funcionários e educadores. As
é importante o esforço de se ater Posterior
informações levantadas foram então
aos fatos, evitando as opiniões e
compartilhadas no início da oficina.
julgamentos sobre eles.
Impressão
A principal fonte de pesquisa dos
participantes foi a internet, mais
especificamente: sites de instituições Exemplos:
Download
governamentais e não governamentais
- Trazendo um FATO:
com trabalho próximo ao da Liga,
Muitos trouxeram um panorama “Os dados dos últimos censos
além de notícias, artigos, estudos, Tela cheia
sobre os principais desafios indicam que a população
dados estatísticos, entre outros, sobre
relacionados àquele público brasileira está envelhecendo
o público atendido pela organização.
pesquisado. Alguns exemplos: e a expectativa de vida está Fechar
Experiências pessoais e conhecimentos
“Há muita discussão sobre a aumentando. Os idosos tendem
prévios também foram citados. Alguns
importância de alternativas para o a viver mais e torna-se cada vez
estudaram a própria Liga Solidária
contraturno escolar”, no caso das mais necessário pensar políticas
e trouxeram informações sobre os
crianças e adolescentes; “Temos que atendam a esta parcela da
programas voltados para o público que
o desafio da profissionalização população.”
estava pesquisando.
e a necessidade de orientação - Trazendo uma
vocacional para os jovens OPINIÃO ou um JULGAMENTO:
descobrirem por onde seguir”, no “As famílias não têm paciência
caso dos jovens. para cuidar dos idosos e
Percebemos que muitas falas preferem interná-los em asilos.
vieram permeadas pelos Os que ficam com eles só estão
pressupostos e opiniões pessoais. interessados na renda da sua
aposentadoria.”
13 Fase 1

O passo seguinte foi o processo de pesquisa primária, quando


os participantes entraram em contato direto com a realidade Sumário
da Liga Solidária e tiveram a oportunidade de experienciar Dicas para uma entrevista
atividades diferentes de vivência, observação e entrevista.
Busca
Converse com
pessoas diferentes e
Entrevistar que representem os
Escute e Incentive as Zoom+
(o que as pessoas diversos públicos de
observe, sem histórias das Esteja
dizem que fazem) interesse relacionado ao
julgar. pessoas. preparado problema. Zoom-
para anotar.

Não tenha medo do Anterior


“Foi bem interessante a Zele pela Tire algumas fotos do silêncio. Não sugira
maneira como o processo qualidade de sua ambiente, das pessoas respostas às suas
Observar Vivenciar presença e seja e de detalhes durante as
foi conduzido, permitiu-nos perguntas. Posterior
cuidadoso. entrevistas.
enxergar coisas que não
(o que as estávamos enxergando
(o que as pessoas Impressão
Busque identificar e
pessoas fazem) experienciam) antes. Foram várias
Note contradições separar nas falas o que
entrevistas, quando foram
entre o que as são necessidades e o
Os grupos foram a campo para entrevistar o seu público consultados funcionários, que são soluções.
Ao fazer entrevistas em grupo, pessoas dizem que Download
específico e observar tudo que pudessem, munidos de clientes da loja de fazem e o que elas
distribua os papeis entre os
orientações e algumas ferramentas de apoio. A oficina arrecadação de fundos, fazem.
integrantes. Um observa enquanto
estava acontecendo no Educandário Dom Duarte2, espaço da os assistidos e familiares. o outro anota, por exemplo. A
Tela cheia

Liga Solidária onde acontecem inúmeras atividades dos 10 Depois voltamos para a sala percepção de cada um enriquece
programas oferecidos para todos os seus públicos. de reuniões e houve uma as evidências. Fechar
troca de informações.”
Técnicas de entrevistas foram sugeridas para qualificar Sueli Freitas – Coordenadora Para mais detalhes, ver ficha 1
Técnica de entrevistas (anexo)
as conversas realizadas em campo. Da mesma forma, do Voluntariado da ONG
orientações para uma observação qualificada das pessoas, Nosso Lar
do espaço e das interações possibilitaram a percepção de Clique aqui e leia o depoimento completo
informações importantes.
A inovação pressupõe reconhecer e tornar presente a
diversidade que orbita em torno do problema. Pessoas
diferentes, pontos de vista diferentes, papéis e perfis diferentes
Acessar a
2
A Liga Solidária desenvolve 10 programas de educação e cidadania:
Primeira Infância, Crianças e Adolescentes, Qualificação Profissional, Famílias, envolvidos no processo. Quanto maior for a variedade de
e
diversidad
Prevenção à Violência, Educação de Adultos, Idosos, Abrigos, Nutrição,
Esportes. O Educandário Dom Duarte fica no distrito Raposo Tavares.
pessoas relacionadas direta ou indiretamente com a
Localizado na região do Butantã, em São Paulo, o distrito é formado por questão, mais rica e precisa será a imagem construída sobre
uma população de 103.987 moradores de 28 bairros, em uma região com o problema e mais efetiva será a solução.
parcela significativa da população vivendo em situação precária (15,5% dos
domicílios em alta ou muito alta vulnerabilidade social e 19,6% dos domicílios
com renda per capita menor que meio salário mínimo), sendo que 24% da
população tem entre 15 e 29 anos e 11% mais de 60 anos.
14 Fase 1

Dicas para a observação Sumário


Na experiência de campo no Educandário, cada
em campo grupo viveu algo diferente. Alguns puderam
Reserve um bom tempo para ir a campo!
conversar com várias pessoas e vivenciar as Busca
Quanto mais tempo, mais riqueza na coleta e mais atividades em andamento, como aconteceu
material para as fases seguintes do processo. com o grupo que observou a creche.
Estiveram com a gestora, com educadoras e Zoom+

funcionários, brincaram com as crianças e as


O que observar observaram após acordarem da soneca pós-
em campo? almoço. Notaram a adequação do mobiliário
Zoom-

• As interações
e equipamentos ao tamanho dos pequenos.
Além das entrevistas, das pessoas
• As pessoas Chamou a atenção deles, por exemplo, o fato
outras formas de pesquisa • As interações com as coisas
Anterior
de todos os brinquedos serem de plástico, de
direta foram feitas na entre as não haver nenhuma almofada ou tapete, o
oficina, como a observação pessoas
• O ambiente de que trouxe uma imagem de pouco aconchego. Posterior
e vivência das atividades
forma geral Essas foram impressões que vieram da
que acontecem na Liga
vivência direta da realidade.
Solidária. Durante toda Impressão
a pesquisa primária, os Outro grupo foi entrevistar as famílias
participantes tinham que em atendimento social. Conversaram
estar muito atentos para Como observar? apenas com duas mulheres, convidadas Download

poder perceber, com os especialmente para a entrevista, pois nesse


próprios olhos, o que é dia não havia essa atividade. Idealmente,
• Registre de forma Tela cheia
feito e como as ações se • Não julgue seria recomendável falar com os profissionais
descritiva: conte o que
desenvolviam. nem conclua da instituição que realizam essa atividade
está acontecendo,
nada. e conhecer um pouco mais a casa onde Fechar
sem buscar explicar ou • Tire fotos
justificar. e faça o atendimento é feito, o que não pôde
desenhos. acontecer. Essa limitação, no entanto, não
impediu o grupo de perceber o cuidado com o
menta
• Esteja atento ao que você Outra ferra qual a equipe recebia e tratava as pessoas que
sente ao observar e registre o io u e s t e momento, ali estavam.
ap
do o foco
suas emoções e sensações. direcionan ão e As atividades de campo alimentaram os
ç
Isso ajuda a não se deixar na observa
influenciar pelos seus n d o n o re gistro das participantes com muitas informações de
orienta p e rcepções: diversas qualidades, ajudaram no entendimento
prejulgamentos. ç õ e s e
informa de
t e iro d e o bservação das necessidades implícitas e explícitas dos
o ro públicos de interesse e tornaram o desafio
campo.
inicial (Como tornar a Liga Solidária mais
atraente?) algo vivo e significativo para cada
Para mais detalhes, ver Ficha 2 – Pesquisa qualitativa participante da oficina.
de observações de campo “AEIOU” (anexo)
15 Fase 2

Na fase anterior – de exploração –,


o contato direto com o contexto em
Sumário
que ele se insere e com as pessoas
envolvidas levam à ampliação do
escopo do desafio inicial, em função Busca
de novas percepções e de alguns
insights. Com isso, o desafio inicial
ganha perspectivas e se traduz em Zoom+

necessidades diferentes a depender


do público de interesse. Na fase Extraindo o
conhecimento
Zoom-
2, o objetivo é o entendimento
do problema e de seu contexto,

obtido!
ampliando a perspectiva sobre ele. Anterior
Isso permite uma compreensão mais
elaborada da questão com a qual
Finalizadas as pesquisas primárias e secundárias,
se está trabalhando, evidenciando Posterior
chegou a hora de extrair o conhecimento obtido
suas relações com outras questões
com as pesquisas e começar o trabalho de

Fase 2
e levando a um possível novo olhar,
síntese das informações. Todos os participantes Impressão
reinterpretação ou até redefinição
se reuniram para compartilhar o que foi
do problema. Este é o objetivo da

entendimento
coletado em suas pesquisas. Fatos registrados
segunda fase, que servirá de ponte
e observados, o que cada um sentiu, o que cada download
para a geração de ideias.
um pensou, inferências, o que era objetivo e o
que era subjetivo, tudo interessava.
Tela Cheia

Fechar
"O processo é um pouco caótico,
pode gerar incertezas, mas
os resultados são poderosos,
especialmente porque a O diag
ra
metodologia te faz pensar fora e a an ma de afinid
ális ades
da caixa, deixando julgamentos e tirada e das fotogr
conceitos preconcebidos de lado, s em c afias
as ferr ampo
estimulando a cocriação. Então, eu ament foram
para e a s d
diria a quem for experimentar que ste mo e apoio
deixe as respostas prontas de lado, mento
.
esteja aberto a ouvir. Os resultados
valem a pena.”
Ana Carolina Matarazzo – Diretora
da ONG Liga Solidária
Clique aqui e leia o depoimento completo
16 Fase 2

Sumário

O diagrama de afinidades é uma forma de


Para a construção de um bom diagrama de
organização ou agrupamento das informações
a d e a fi nidades afinidades, é importante reservar entre 3 e
O diagram omento
Busca
obtidas na coleta de dados, com base em
é um m 4 horas de trabalho, para que todos possam
afinidades, relações, similaridades ou dependência,
p o r t a n te do DT: se apropriar das informações extraídas e
im
gerando um diagrama.
a m o t ra balho em exercitar inter-relações entre elas, extraindo
Zoom+
começ la b oração, e
Permite que se visualizem todas as informações a c o sacadas e entendendo assim mais sobre o
equipe e n á li s e para a
a a problema e os públicos envolvidos. Na oficina
e impressões coletadas na fase de exploração e saímos d Zoom-
se estabeleçam conexões entre elas, facilitando síntese. com a Liga, apesar do tempo restrito para
o entendimento das necessidades das pessoas essa etapa, os grupos conseguiram fazer
envolvidas no problema. o registro das principais informações em Anterior
post-its, que foram a seguir agrupados e
reagrupados em nuvens, revelando
Posterior
alguns padrões e possibilitando a
identificação de temas e necessidades
comuns a cada público. Impressão

Vale recordar que na fase de exploração cada Download


grupo se aprofundava em um recorte do
desafio inicial, visto que estava trabalhando
com um grupo das pessoas atendidas Tela cheia

ou envolvidas com as atividades da Liga


Solidária. Veremos logo à frente que com Fechar
o diagrama de afinidades as imagens
Este é um momento importante do Design Em to individuais – ou seja, de cada participante
da
Thinking, pois se inaugura um movimento novo: podem s as fases da oficina – começaram a convergir
estamos passando do subjetivo/individual para os do D
e com voltar, refa T para uma imagem coletiva sobre as
o coletivo. Começam o trabalho em equipe e a mome plementa zer características e necessidades de cada
r
colaboração, e saímos da análise Não é ntos “anter os e
um pr io a g rama d público de interesse, possibilitando que
para a síntese. ocess res”. t i r d o d i s
o linea A par s a s image
n os grupos começassem a criar uma
r! a d e
Neste momento podemos sentir falta de mais afinid i s c omeçam imagem unificada dos atendidos pela
d u a
informações. Neste caso, deve-se avaliar a indivi para um
a organização.
rgir
necessidade de voltar a campo e coletar novos a conve c o letiva.
imag e m
dados. Este é um movimento previsto dentro do DT,
já que esse não é um processo linear!
17 Fase 2

Para chegar a uma visualização Durante a oficina, os responsáveis pelo grupo Sumário

mais clara do que cada público das famílias atendidas puderam entrevistar duas
precisa, foi proposta a construção mulheres que passam por acompanhamento
da persona. A proposta desta psicológico individual e participam de grupos Busca

atividade é a criação de um de apoio na Liga. Ambas estão em situação de


“personagem típico”, que reúne recuperação de doenças graves e fragilizadas Zoom+
as principais características que emocionalmente, têm filhos pequenos e estão
afastadas do trabalho devido às questões
PERSONA:
representam um segmento
das pessoas envolvidas com o de saúde. Apesar do quadro em que se “Maria das Dores”: Zoom-

problema. A persona, portanto, encontravam, pareciam motivadas e corajosas


representa um grupo de para enfrentar suas situações pessoais e também
muito cuidadosas com suas famílias. Idade: 41 anos Anterior
pessoas que tem características,
comportamentos, necessidades Ocupação: Auxiliar de
Esses pontos chamaram a atenção do grupo e
e preferências similares e Serviços Gerais
serviram de referência para compor a persona Posterior
ajuda a verificar padrões de
que logo ganhou um nome, Maria das Dores. As Personalidade: sensível,
comportamento.
demais informações – como idade, ocupação e corajosa, responsável, Impressão
personalidade – foram inspiradas na observação e trabalhadora, maternal.
nas entrevistas com essas duas mulheres.
Motivações: filhos e futuro
Tais características foram escritas em um cartaz Download

que seria apresentado para os demais grupos. Objetivos: recuperação


ção da
da saúde e do bem-estar
A constru Mapa da Empatia familiar; voltar a ter Tela cheia
nvolve
persona e capacidade de trabalho;
m a p ro dução do da Maria das Dores: autoestima fortalecida;
també m patia.
Fechar
a E
Ela pensa:
a d conseguir apoio.
Map Ela diz:
que pode fazer algo Problemas e frustrações:
“quero voltar a
por ela mesma, sua doenças; violência;
trabalhar”; que tem
felicidade. estar sem capacidade
orgulho da família.
de trabalhar; culpa pelo
possível sofrimento que

Ela faz: Ela sente: causa nos filhos.

Procura ajuda da Muito amor pelos filhos,


Liga e divide os seus tristezas, dor, aflição pelo
problemas/dores futuro. Sente-se acolhida/
cuidada pela Liga.
18 Fase 2

Sumário
Assim como a Maria das Dores, os demais
grupos construíram suas personas a Uma premissa:
partir de características e padrões de seus para inovar eu Busca
entrevistados. Alguns grupos, porém,
optaram por descrever um entrevistado
preciso observar
especificamente, por entender que os meus modelos Zoom+

aquela pessoa tinha o perfil daquele mentais.


público específico (esta é também uma

Como nós
Zoom-
possibilidade para a criação da persona: a Somos habituados a
escolha de uma pessoa que caracteriza um coisas, baseados em

podemos….?
segmento de público). concepções prévias
Anterior
que trazemos conosco.
Após criadas, as personas foram Olhamos uma situação,
compartilhadas entre todos os participantes achamos que já sabemos O DT propõe a formulação de perguntas Posterior
da oficina. Tais relatos permitiram entrar em tudo sobre ela e já temos com a estrutura “Como nós podemos...?”,
contato com as necessidades relacionadas a as respostas, saltando um jeito de perguntar que pressupõe
cada público e o entendimento do problema rapidamente para colaboração e convida à ação. Para elaborar Impressão

se ampliou. Os grupos relataram também conclusões sem antes as perguntas “Como nós podemos...?” (CNPs),
as suas experiências de campo e contaram refletirmos sobre a é preciso, antes, perceber as necessidades e
o que viram e sentiram nas entrevistas e situação. Para inovar oportunidades. Download

nos exercícios de observação. Este é um dos é preciso suspender A persona e o Mapa de Empatia promovem
muitos momentos em que é importante temporariamente o percepções – ou insights – que são a Tela cheia
exercitar o respeito aos relatos de cada modo automático como expressão sucinta do que cada um aprendeu
um, deixando os julgamentos e percepções pensamos e operamos, com suas atividades de pesquisa de campo.
de lado e permitindo que as mais diversas abrindo espaço para Fechar
Oferecem uma nova perspectiva de síntese e
experiências sejam divididas com o grupo. ver e perceber o que é são inspiradores e relevantes ao desafio inicial.
É importante ressaltar que a percepção novo. É preciso dedicar
tempo para pesquisa e Durante a oficina, ao escutar as apresentações
das necessidades é o ponto de partida para
observação e sustentar das personas, os participantes começaram
a elaboração de perguntas que levam à
as perguntas que naturalmente a fazer sugestões. Atenção aqui!
geração das ideias e, consequentemente, à
surgem antes de irmos Ao pular para as soluções há o risco de não
inovação social3. Em toda essa fase há uma
para as respostas, para explorarmos suficientemente o que aquela
atitude que se faz fundamental: observar!
assim formarmos uma necessidade traz enquanto oportunidade e
3
O Design Thinking pressupõe a inovação, mas o que é
inovação? Uma das definições, a do Fórum de Inovação de imagem abrangente da perdermos a chance de gerar ideias realmente
São Paulo, diz que inovação é ter ideias, levar para a ação questão que se pretende novas. Por isso, nesse momento, é importante
e gerar resultado. O Design Thinking é voltado à inovação
centrada no ser humano e, portanto, o resultado deve gerar solucionar. a geração de perguntas, e não de sugestões.
bem-estar para o público envolvido. Inovar é implementar
novas ideias que promovem mudanças naquele contexto
específico. (http://www.inovforum.org.br/)
19 Fase 2

A partir da apresentação da persona de Maria das Dores, algumas necessidades


das mulheres das famílias atendidas foram se evidenciando: voltar a trabalhar, Sumário

superar o estigma da doença, ter momentos de diversão e convivência em


As perguntas – e não família, sentir-se útil e valorosa para a sociedade novamente.
as respostas, como Busca

normalmente fazemos Dessas percepções, surgiram perguntas que continham sugestões, como por
quando recebemos um exemplo: “por que essas mulheres não podem ir contar histórias para as crianças
Zoom+
ou conversar com os idosos? Seria uma forma de elas se divertirem e se sentirem
pedido de ajuda – é que Outra premissa: úteis!”.Ou ainda: “Será que essas famílias já eram acompanhadas antes de
serão os trampolins para a
geração de ideias e soluções fazer boas adoecerem? Talvez, se tivessem recebido orientações, a doença poderia ter sido Zoom-
inovadoras. perguntas e prevenida!”

aprender a lidar com O exercício, então, foi transformar essas perguntas e sugestões em CNPs –
Anterior
“Como nós podemos...?”:
Perguntas do tipo “como nós as incertezas.
podemos?” são o ponto de O DT demanda o exercício de Posterior
partida para uma sessão de fazermos perguntas qualificadas,
brainstorming. São formuladas que nos ajudem a ampliar
em resposta direta a um nossas perspectivas sobre o •“criar outras Impressão

insight. Essas perguntas são problema inicial. Estamos de Como nós podemos... metodologias de
animadoras e otimistas para interação com as famílias
certa forma condicionados a
que você consiga pensar em de modo que não se trate Download
realizar perguntas que já trazem somente dos problemas
ideias imediatamente. sugestões, ou seja: perguntas • “utilizar os programas
da Liga Solidária para • “manter as pessoas/ e sim de suas causas e
que, em vez de nos convidar estruturas?” Tela cheia
auxiliar no tratamento famílias atendidas
à reflexão, nos apressam ocupadas com as
das famílias
em direção à solução. Outra atendidas?” atividades da Liga Fechar
habilidade que se pede é a de como terapia?”
sustentarmos as incertezas e as • “abrir/criar espaços
ambiguidades, já que o problema • “usar tecnologias para de lazer dentro da
Como que buscamos resolver vive no agilizar o contato com as Liga, onde as pessoas
n
podem ós
pessoas e comunidades venham porque
presente e sua solução está no
atendidas?”
os faze futuro. Precisamos ter paciência desejam?”
para m r para lidarmos com o que não
udar a sabemos enquanto explorarmos a
situaç
ão? situação.
Ou seja: algumas necessidades foram percebidas e nomeadas, outras surgiram
em forma de sugestões. As perguntas formuladas como CNPs permitiram
ampliar as possibilidades que a percepção das necessidades trazia. Em vez de
restringir a solução a uma ou duas sugestões, novos caminhos de exploração
do problema apareceram, multiplicando as possibilidades de ideias.
20 Fase 2

Outros exemplos de
personas e CNPs:
Sumário

Busca

Zoom+
Exemplo 1:
Grupo: Idosos Zoom-

Descrição da persona: Anterior

• Ela gosta muito de conversar,


participa de aulas de artesanato Posterior
e de palestras. Gosta das
palestras, mas acha que os
Impressão
assuntos ficam muito distantes
de sua vida. Quer entender mais Exemplo 2:
sobre as coisas. Grupo: Adolescentes Download
CNPs: O conjunto de perguntas
elaboradas neste passo, na forma
• “Como nós podemos Descrição da persona: de CNPs, deu o gancho para a Tela cheia
promover mais ambientes e geração das ideias, servindo de
oportunidades de conversas • Ele não conversa em casa ponte para a fase que viria a
para os idosos?” sobre sexo e drogas. Tem seguir: a ideação.
Fechar

curiosidade e está ansioso


• “Como nós podemos desafiar para ter aulas sobre sexualidade, Na fase 2 – de entendimento –,
mais intelectualmente os mas é só a partir dos 14 anos. a partir do contato com
idosos?” as personas, foi possível
CNP: reconhecer as necessidades dos
• Como podemos ajudar os pais diversos públicos de interesse
a conversarem sobre sexo e relacionados ao desafio inicial.
drogas com seus filhos? Tais necessidades deram origem
às várias CNPs – “Como nós
podemos...?” – que têm o
poder de ampliar os caminhos de
exploração do problema.
21 Fase 3

Sumário

Chegamos então à fase 3 do Design Thinking, a ideação: o Busca

momento da geração de ideias que possam trazer respostas


ou soluções para o problema. Assim como a fase anterior, é
Zoom+
também uma etapa em que os participantes estão fazendo
sínteses do que coletaram e vivenciaram no processo até
aqui. Relacionar o conhecimento adquirido na fase da Zoom-
exploração com a percepção das necessidades do público
ajuda a gerar idéias mais efetivas para responder ao desafio
inicial. A fase de ideação tem dois movimentos principais: a Anterior

geração e a seleção das ideias.

Fase 3 Posterior

ideação Impressão

Geração de ideias
Download

Como vimos, os grupos já tinham as informações Tela cheia


levantadas em pesquisas prévias (secundárias),
o conhecimento coletado na vivência de campo
Fechar
(pesquisas primárias), os seus “googles” particulares
(diagrama de afinidades), as personas e as CNPs.
Nesse momento, muitas ideias e sugestões já estavam
aparecendo. Elas pareciam brotar naturalmente após
as atividades anteriores. Para canalizar produtivamente
essa produção e ao mesmo tempo abrir espaço para
novas propostas, duas ferramentas foram utilizadas:
o brainwriting e o brainstorming.

Para mais detalhes, ver Ficha 3 –


Diagrama de afinidades (anexo)
22 Fase 3

Durante a oficina na Liga, para este trabalho o coordenador


da oficina optou por fundir alguns grupos, alterando a
formação inicial de 10 para 5 grupos de trabalho. Os novos
Brainwriting Sumário

grupos formados passaram a ser os seguintes: Busca

O brainwriting é uma forma de estimular a


participação de pessoas que se colocam menos Zoom+

Grupo 2: ao longo do processo e propicia a suspensão dos


Crianças de creches julgamentos das ideias colocadas, pois é feito
Grupo 1: (0 a 3 anos) e do contraturno em silêncio. Todos podem ter ideias simultâneas Zoom-

Idosos, adolescentes escolar (6 a 8 anos) e são estimulados a desenvolver ideias a


e adultos (15 a 30 partir da ideia do outro. A intenção é construir
Anterior
anos) da Formação coletivamente algumas propostas a partir do
Profissionalizante desafio inicial e das CNPs geradas no momento

Grupo 3: Grupo 4: anterior do processo. Posterior

Crianças do contraturno Famílias, Cada pessoa deveria escrever 4 propostas que


de 9 a 15 anos professores e respondessem ao desafio inicial proposto (“como Impressão
educadores tornar a Liga ainda mais atraente para seu
público?”).
As ideias deveriam levar em conta todas Download
Grupo 5: as informações acumuladas até ali.
Funcionários da Individualmente, cada um anotou suas
ONG responsáveis 4 propostas – uma ideia por post-it – e Tela cheia

pela alimentação, colou-as em um painel na parede.


administração e limpeza A limitação de tempo não permitiu outra forma Fechar
de compartilhamento das ideias no grupo.
Idealmente, com mais tempo, o roteiro pode ser
outro, por exemplo: o grupo escolhe algumas
Cada novo grupo deveria escolher um integrante como moderador. Este CNPs para trabalhar e faz rodadas de ideias para
teria a função de manter o pique do grupo e o foco nas perguntas, evitar cada um deles. Individualmente, os integrantes
os julgamentos das ideias para que o grupo não se perdesse na conversa escrevem suas sugestões para aquele CNP,
sobre a qualidade dessas. em silêncio. São feitas rodadas de ideias, de
forma que cada um possa agregar contribuições
A fusão de grupos neste momento do processo é uma escolha do
em relação ao que foi proposto pelos outros
condutor da oficina de DT. Ele pode optar tanto por manter os grupos
integrantes. Não há conversa nem discussão
originais quanto por diminuir a quantidade de grupos, passando a ter
e desta forma têm-se propostas construídas
novos com maior número de pessoas. Para este momento de cocriação,
coletivamente pelo grupo.
quanto mais gente trabalhando junto, melhor. Um grupo consegue ser
mais criativo do que um indivíduo.
23 Fase 3

Sumário

Brainstorming Buscar inspiração em casos análogos. Busca


Neste caso, o grupo poderia voltar para a
Dica par
brainsto a o
fase de exploração, para pesquisar casos
Zoom+
O brainstorming é uma técnica de rming: semelhantes e ver que soluções foram
exercício mental, com a finalidade de encaminhadas. No DT sempre podemos
resolver problema específico. O objetivo voltar às fases que já “passaram”. Esse é um Zoom-

do uso dessa ferramenta é a geração de exemplo da não linearidade do DT.


ideias em quantidade, sem se preocupar
Anterior
com a sua qualidade. Os participantes
devem contribuir com qualquer ideia,
das mais absurdas e óbvias às mais Posterior
interessantes e diferentes. É importante
não fazer julgamentos sobre as suas

“Não há ideia
ideias e muito menos das dos demais. Impressão

Não é o momento para debater


consistência, viabilidade ou pertinência nova, o que há é a
das propostas. Todas valem, quanto mais
capacidade de fazer
Download

novas conexões.”
ideias, melhor!
Nos grupos, num primeiro momento Tela cheia
No momento de geração de
surgiram muitas ideias, cada uma
ideias, quando o problema já
apresentada para o grupo e anotada
está mais situado, pode ser Fechar
em um post-it separado. Passado
interessante pesquisar situações
algum tempo, as ideias começaram
semelhantes/casos análogos que
a rarear. Consultando e revisitando as
inspiram possíveis soluções.
CNPs, novas ideias foram surgindo,
mas o esgotamento de ideias chegou e
novamente o ímpeto criativo diminuiu.
Um novo passo foi dado, olhando para os
públicos que cada grupo representava, Nesta etapa há também uma variação possível desta
para checar se estavam bem atendidos ferramenta, que é o brainstorming reverso. Ele propõe que se
nas ideias propostas até ali e pensar pense em como piorar o problema ou criar um novo problema
o que mais poderia ser sugerido para e daí então o que poderia ser feito para responder a isso. Ou
representar seus interesses. seja, pensando “pelo avesso”, ideias novas podem surgir.
24 Fase 3

Sumário

Seleção de ideias Busca

Zoom+
Ao fim do brainstorming, cada grupo tinha Essas ideias finais, agrupadas em
entre 80 e 100 ideias geradas, porém sem nuvens, deveriam – caso houvesse
terem sido discutidas ou amadurecidas tempo – ser trabalhadas para, em Zoom-
conjuntamente. O passo seguinte foi filtrar seguida, transformar-se em um plano
o conteúdo produzido pelo grupo, por meio para ações de voluntariado junto à
da seleção de até 10 propostas por grupo. Liga. A restrição de tempo da oficina, Anterior
As formas de seleção foram variadas. Em porém, impediu que as ideias fossem
um dos grupos, cada um votou nas ideias de detalhadas. Posterior
que mais gostava e as mais votadas foram
selecionadas. Outros optaram por agregar Idealmente é importante garantir que
e fundir ideias similares/afins/próximas e haja um bom tempo para a seleção
Impressão
selecionar as mais interessantes, chegando das ideias. A participação da ONG torna
então a 10 ideias. Uma possibilidade seria ainda mais rica a criação das propostas e
definir alguns critérios comuns para que cada a escolha das ações a serem realizadas e Download
um escolhesse algumas ideias, por exemplo: recomenda-se contar com a participação
Qual a ideia mais racional? Qual a mais ativa do público interessado, ou seja,
dos beneficiários do trabalho voluntário. Um refina
promissora? mento im Tela cheia
Afinal são eles que vivem o problema e acontece portante
estabelec q uando se
Ao fim desta seleção, os participantes da as possíveis soluções propostas devem em critér
oficina tinham cerca de 50 ideias ao todo. seleciona ios e Fechar
fazer sentido para essas pessoas. m as melh se
ideias pa
Esta é uma fase convergente do DT, já que Em última instância, nem os ra, em se ores
as diversas visões individuais passam a se transform guida
voluntários nem a diretoria da arem num , se
encontrar em ideias comuns. organização parceira, mas sim o público de ação. plano
Por se tra
abordage t a r de uma
Partimos então para a etapa final da oficina: para o qual estamos trabalhando, é m centra
quem deve definir quais ideias deverão pessoas, da nas
a seleção das 10 melhores ideias entre todas. o DT ente
ser implementadas para contribuir com a o público nde que
Para este filtro, cada grupo apresentou para beneficiá
melhoria da situação que vivem! participa rio deve
o grupo maior as propostas escolhidas, e as r ativame
última in nte e, em
ideias próximas/relacionadas às dos outros stância, d
efinir que
grupos foram sendo agrupadas, criando ideias de
verão
ser imple
algumas nuvens de ideias que tinham alguma mentada
s!
semelhança e/ou se complementavam.
25 Fase 4

A seleção das ideias deve acontecer em diálogo com a Fase 4 do DT –


prototipagem, que é o momento de concretização das ideias escolhidas. Nesta Sumário
etapa se faz uma espécie de testes das propostas selecionadas, que ajudam
a verificar se aquela ideia é exequível, se é viável economicamente e se faz
sentido para o público interessado. Na oficina da Liga Solidária não foi possível Busca
dar este importante passo do método, pois não houve tempo suficiente.

Zoom+

"A prototipagem é a tangibilização das ideias que foram


selecionadas na fase de ideação. Alguns exemplos de Zoom-
protótipos: mapas mentais, filmes, uma simulação,
storyboard, uma maquete, protótipo de papel, ou seja,
qualquer maneira de baixo custo que represente uma Anterior
ideia selecionada. O objetivo do protótipo é tirar a ideia da
cabeça da pessoa que a criou e mostrá-la aos outros para

Fase 4
Posterior
melhorar a comunicação e o entendimento sobre uma
potencial solução para o problema que está se tentando

experimentação
resolver. Um exemplo de uso intensivo de protótipos vem Impressão
da indústria automobilística, que cria modelos, ainda não
comercializados, para efetuar testes e simulações. É uma
hipótese que se quer comprovar." Download
Edgard Stuber – Diretor da Stuber Capacitação em
Inovação
Tela cheia

Na oficina da Liga Solidária não foi possível dar este


Fechar
importante passo do método, devido ao tempo, pois os
grupos exploraram muito as ideias sem prototipá-las.
Contudo o material serviu de apoio para a elaboração
do Projeto para o Dia dos Voluntários. Na conclusão Antes do
en
contaremos como foi o resultado deste trabalho. da oficin cerramento
a foi f
rápida a eita uma
va
Os participantes destacaram como positiva a O que fu liação:
nci
possibilidade de vivenciar a teoria e a prática juntas e O que po onou?
o fato de a oficina ter-se baseado em uma situação melhora deria se
do? Perg r
real e concreta. Diversas ferramentas foram também untas?
Ideias?
citadas como pontos fortes. Um participante
sintetizou isso na seguinte fala: “aprendi a ter um
outro olhar para a ONG, a entrevistar, observar e
entendi a diferença entre necessidades e desejos”.
26 As ideias geradas

Sumário

As ideias
Estas linhas de ação foram sistematizadas
A oficina de DT gerou 11 grandes linhas posteriormente à oficina pela equipe da
de ação em resposta ao desafio inicial: Fundação Telefônica Vivo. Busca

geradas
“Como podemos tornar a Liga Solidária Um exemplo de proposta:
ainda mais atraente para seu público?”.
Zoom+
Cada linha de ação guarda uma variedade • Acessib
ilid
de ideias que precisam ainda ser para tod ade
o
detalhadas para se tornar um plano de espaços s os Zoom-
ação para a organização.
da Liga.
• Revisa
r brinqu
substitu edo
ir brinqu s,
edos
Linhas de ação propostas para atuais p
or brinq
uedos
Anterior

educativ
a Liga Solidária objetos
os: mad
eira,
cênicos Posterior
etc.

1. Projeto 3. Mobilidade –
2. Captação de li z a r o espaço
projetos externos
Impressão
• Rev it a
socioambiental recursos e de
da creche
r n o t o r n ando-o
contratu , com cor
es
is lú d ic o Download
ma -lo
q u e n t e s, e deixá
4. Atividades mais hegante.
• Pensar em ma is a c o n c
lúdicas 5. Infraestrututra Tela cheia
um bicicletário
da creche/CCA com bicicletas
6. Eventos
disponíveis. Fechar

7. Intercâmbio
8. O conjunto de propostas foi apresentado à diretoria e equipe da Liga Solidária em uma
Comunicação reunião. Nessa ocasião, a equipe da Liga que participou da oficina pôde contar sobre sua
vivência e avaliar a oficina. As impressões trazidas foram principalmente de surpresa ao
9. Jovens no perceberem que, em pouquíssimo tempo de trabalho (2 dias), os participantes conseguiram
identificar questões e propor soluções que a própria equipe da Liga já havia percebido de
mercado de
outras formas, em processos internos e mais longos de planejamento e reflexão. Ficou a
trabalho 10. Melhoria 11. Redesenho da impressão de que o método tem o potencial de proporcionar uma boa leitura de uma situação
contínua dos grade curricular social e de gerar ideias interessantes para aquele contexto. Reforçou também a necessidade
educadores de o voluntário estar consciente da responsabilidade de suas intervenções, o que só veio
Na bibliografia complementar,
reforçar a necessidade de iniciativas em favor da qualificação do trabalho voluntário.
o leitor vai encontrar referências
sobre a Fase da prototipagem.
27 As ideias geradas

Sumário

“Usar a abordagem do DT ajudou bastante, pois não tínhamos a


muito dessa visão, não sabíamos que poderíamos trabalhar o s d e re alizar um Busca
“Acabam c om a ONG
que
junto com essas pessoas. Fazíamos o nosso trabalho de atender d e D T
oficina
p e r c e b e mos que,
às crianças e pronto. A proposta de abordar, conversar e ouvir os se
apoiamo e s c u tar a ONG
, Zoom+
pais e as famílias é algo que nunca havíamos feito antes, em 8 p a r a
ao parar eles
anos de projeto. Queríamos melhorar a instituição, pensávamos s c o b r im os do que o que
de
n t e p re c isam. Ach til
entre nós e fazíamos, mas não tinha essa consulta. O trabalho realme v a i s e r muito ú Zoom-
er ia l
de campo foi muito significativo. Eu ouvi coisas que nunca tinha esse mat rno.”
o n o s s o uso inte
ouvido e que eles conseguiram acessar dos pais, das crianças, par a osa,
ograma de S u s i Rita da R
coisas deles. Vamos começar agora a fazer essa escuta. “Fazer parte do Pr Ve r a
a Fundaçã
o Anterior
ndação Telefônica Volun t á r ia d
Estamos num novo mundo hoje, vejo que mudamos bastante. Voluntariado da Fu
ncia marcante a Vivo.
Muita coisa nova aconteceu com o treinamento que tivemos, Vivo é uma experiê Telefônic
eias, melhora a
com as experiências que trocamos e com o trabalho que foi feito. que reposiciona id Posterior
o e de si mesmo.
Foi muito gratificante para nós!" visão sobre o outr
ologia abriu novas
Eduardo Rodrigues – Associação Projeto Conhecer a metod ar
poder apoiar e ajud
Gaditas – Porto Alegre possibilidades de Impressão
dos projetos e das
na transformação ar
ntário é poder ajud
pessoas. Ser volu "Eu recomendo muito essa experiência para
Clique aqui e leia o depoimento completo
,
ta da solidariedade
a escrever, com tin oas. outras instituições, porque mudar a forma Download
ória de várias pess
uma parte da hist ço e de ver o mundo é uma coisa complicada,
u vo lu nt ár io po rque amo o que fa já que temos receios e medo de errar
So

“O DT é um faço porque amo. com outras pessoas que dependem Tela cheia
es Junior,
incrível pa
a ferramen
ta muito Aurino Souza Gom de nós. Eu diria que não tenham esse
rograma de
dia a dia d
ra todos, in
c lu sive no Embaixador do P medo, porque tudo o que você faz para
Fundação
desenvolv
e trabalho
. Ajuda a Voluntariado da aprimorar essa forma de ver o mundo é
Fechar
de Design
“Aprender a metodologia er a observ
ação e a e Telefônica Vivo
ra que pudéssemos as pessoas nvolver importante. Recomendaria que adotem
Thinking foi essencial pa relacionad
as com o
desse exatamente problema. essa metodologia, porque a construção
criar um projeto que aten É importan
te nos colo
Com as perguntas no lugar d carmos coletiva é importante. Acho que fica também uma coisa
as necessidades da ONG. podemos n
as pessoas
, mas não
induzir o muito mais estruturada, porque você sabe de onde está
corretas, realizadas sem prejulgam
os apegar
aos julgam
os os principais entos e partindo e para onde você vai. É diferente de eu ter um
entrevistado, descobrim algo que s
entos. Pod
e r de observ
dos no projeto. ação é sonho e correr atrás para realizar. Com uma metodologia,
pontos a serem trabalha Elayne Co
e consegu
e treinand
no meu trabalho nceição A o.”
Hoje uso a metodologia Santos, V rruda dos você vê cada passo por onde está caminhando. Então
gramas e mapeando oluntária
diário, criando os crono Telefônica da Fundaç parece que esse medo que a gente naturalmente tem de
com as perguntas é ão
as necessidades. Cuidar Vivo. mudar e de enfrentar desafios fica mais fácil, porque você
sucesso.”
ideal para um projeto de sabe onde está pisando.”
,
Juliana Lara dos Santos Sueli Freitas – ONG Nosso Lar – Santo André
Telefônica Vivo.
Voluntária da Fundação Clique aqui e leia o depoimento completo
28 ...e o que aconteceu na Liga Solidária depois?

Como resultado da aplicação do método, a Liga


Solidária reforçou a importância do Design Thinking
centrado no ser humano para projetos sociais, Sumário
porque eles sentiram-se desafiados a mapear o

....e o que
“desafio inicial”, e porque conseguiram, em
16 horas de trabalho com os voluntários, Busca

realizar três das quatro fases: exploração do O Programa de Voluntariado da


Fundação Telefônica Vivo deseja que esta

aconteceu na
problema, entendimento real do problema e
das necessidades, ideação (geração de ideias). experiência relatada traga inspirações Zoom+

No caso da experimentação (prototipagem), e contribua para o desenvolvimento


que não conseguiram concluir na capacitação, de novas capacidades, a ampliação da

Liga Solidária
Zoom-
foi feito um trabalho ao longo do ano com o consciência de sua responsabilidade
comitê de voluntários. Concluíram que foram em poder ser um agente de mudança e
muito mais assertivos do que horas de reuniões principalmente o fortalecimento de sua Anterior
atuação em projetos sociais.

depois?
e planejamentos! Perceberam que por meio do
método de DT é possível ter uma boa leitura de Esperamos também que, a partir desta Posterior
uma situação social e gerar ideias e soluções para leitura, você se sinta fortalecido em sua
aquele contexto. atuação e estimulado a reunir-se com
A gerência de voluntariado da Liga Solidária e seus colegas de voluntariado, amigos, Impressão

os voluntários da Fundação Telefônica Vivo se familiares e organizações para que


desafiaram a realizar uma ação que concretizasse possam vivenciar a metodologia: explorar,
este trabalho e escolheram uma das propostas: entender, experimentar, para ao fim Download

“ Atividades Lúdicas” e criaram o Projeto Volta idealizar seu projeto juntamente com a
ao Mundo, em que todos os diferentes públicos comunidade onde está atuando! Desta
Tela cheia
da ONG ganharam um passaporte e “viajaram” forma, seguindo a proposta do método de
para diferentes países. A ação aconteceu no dia inovação centrado no ser humano, para
21 de outubro de 2016 com a participação de iniciar um projeto vá até a organização Fechar

a escolhida e comece observando e


d e p a radigm 470 voluntários, 240 jovens,1.000 crianças e 150
a
a quebr es do D
ia idosos, os quais vivenciaram diferentes ações como: entrevistando os envolvidos. Como já dizia
“Foi um t i v i d a d Peter Drucker:
as a alment
e tecnologia (experiência de realidade aumentada e
porque i o s g e r l,
untár trutura
dos Vol o b ra e s games), contação de histórias, ações recreativas,
m uma gem, m
as “A inovação é um fenômeno social”.
engloba j a r d i n a arte, música, pintura, dança, teatro e artesanato,
intura, o conta
to
como p e s t á n proporcionando diversidade e inclusão. Uma equipe Sendo assim, comece pelas pessoas.
e obra ndidos,
a grand s e a t e de voluntários participou de todo o processo de
luntário de Boa sorte!
entre vo n i z a ç ã o, troca planejamento e os demais acompanharam os
rater ização n
o
na conf e re a l beneficiados nas atividades. O índice de satisfação
ncias
experiê da ONG e dos voluntários foi de 92%.
o l u n t a riado.” vo l u n tário na
v um
p o i m ento de o.
D e
s a d e s atisfaçã
pesqui
29 Galeria

Galeria Sumário

Busca

Zoom+

Zoom-

Anterior

Posterior

Impressão

Download

Tela cheia

Fechar
30 Galeria

Sumário

Busca

Zoom+

Zoom-

Anterior

Posterior

Impressão

Download

Tela cheia

Fechar
31 Anexos 61

Sumário

Busca

Anexos
Zoom+

Zoom-

Brainwriting,
Anterior
brainstorming e
Técnicas de Diagrama de brainstorming
entrevistas afinidades reverso Posterior

32 FICHA 1 33 FICHA 2 34 FICHA 3 35 FICHA 4 36 FICHA 5


Impressão

Pesquisa Persona e Mapa


qualitativa de da Empatia
Download
observações de
campo “AEIOU”
Tela cheia

Mapa do processo 37 Fechar

38

Detalhamento das linhas de ação


Com a palavra 39

41 Referências
Voluntariado Fundação Telefônica Vivo
32 Fichas

Ficha
1 Técnicas de entrevistas
Não é necessário ter perguntas estruturadas: Não sugira respostas às suas perguntas: Evite Sumário
Fase do DT: Fase 1 Elabore um roteiro de questões, um caminho que se antecipar às respostas, mesmo que ocorra uma
deseja percorrer e esteja aberto para entrar na pausa antes da resposta. As sugestões podem
conversa e explorar o que surgir. Assuma a postura inadvertidamente levar as pessoas a dizerem coisas
Intenção da atividade: criar empatia com Material: papel, caneta, gravador de voz da curiosidade e lembre-se de que o “especialista” é que não estão de acordo com as suas expectativas.
Busca

o problema e com quem o está vivendo. (se necessário). o entrevistado.


Só uma pergunta de cada vez e uma pessoa
Entender as necessidades das pessoas
Número de pessoas para a realização Faça perguntas abertas e de forma neutra: Ex: de cada vez: Resista ao impulso de várias pessoas Zoom+
envolvidas e ampliar o conhecimento sobre “Quais são as coisas de que você mais gosta nessa perguntando.
da atividade: no mínimo 2 por entrevista
o contexto. atividade?” ou “O que você acha sobre esta ideia?”
(idealmente) são perguntas abertas e não têm resposta certa. Rodizie os papeis no grupo de entrevistadores:
A cada entrevista, troque de lugar com sua dupla, Zoom-
Tempo de duração: cerca de 20 minutos É melhor do que: “Se você pudesse, reduziria a
atividade?” ou “Você não acha que essa ideia é boa?”, exercite o papel de entrevistador, depois o de
por entrevista. observador, depois o de quem registra.
que podem ser respondidas em apenas uma palavra.
Certifique-se de que você está preparado para Anterior
Faça perguntas curtas e claras (cerca de
dez palavras por pergunta): Caso contrário o registrar: Sempre entreviste em duplas. É difícil
entrevistado irá se perder com perguntas longas. envolver um usuário e tomar notas detalhadas ao
mesmo tempo. Caso não seja possível, você deve Posterior
Nunca diga "normalmente" ao fazer uma usar um gravador de voz. Neste caso, explique e peça
pergunta: Em vez disso, pergunte sobre uma licença para gravar, de forma que o entrevistado se
ocorrência específica como “diga-me sobre a última sinta respeitado. Impressão
vez que você ...”.
Dicas para uma entrevista empática Seja cuidadoso: Lembre-se de que suas perguntas
Pergunte “por que”: Mesmo quando você acha podem tocar em situações delicadas e desencadear
que sabe a resposta, pergunte às pessoas “por que” emoções nos entrevistados. Coloque-se no lugar
Download
elas fazem ou dizem as coisas. Você se surpreenderá. do outro, fique atento aos sinais e mantenha uma
Uma conversa iniciada a partir de uma questão deve postura de respeito ao que está sendo dito.
Explore continuar o tempo que for necessário.
emoções Zele pela qualidade da sua presença: O Tela cheia
Incentive histórias: Mesmo que as histórias que as entrevistado está doando o seu tempo para uma
Questione pessoas contam não sejam verdadeiras, elas revelam conversa convidada por você, reverencie essa
afirmações como eles pensam sobre as questões do mundo disponibilidade. Atitudes como não consultar o Fechar
(modelos mentais). Faça perguntas que levem as celular durante a entrevista e prestar atenção na
Evoque
pessoas a contarem histórias. pessoa são formas de estar presente.
histórias
Procure por inconsistências: Às vezes o que as
Agradeça e pessoas dizem que fazem e o que elas realmente
Estabeleça finalize a fazem trazem inconsistências que muitas vezes Exemplos de boas perguntas:
uma relação de entrevista escondem insights interessantes.
empatia Perguntas abertas:
(conexão) Procure por sinais não verbais: Observe e registre
Apresente o o comportamento das pessoas, a linguagem • Conte-me uma história de uma vez que você se
projeto corporal, as reações e emoções. Tudo é informação. divertiu na escola.
Apresente-se
Não tenha medo do silêncio: Entrevistadores • Descreva o seu final de semana ideal.
muitas vezes sentem a necessidade de fazer uma • O que você gosta de fazer depois da escola?
outra pergunta quando há uma pausa. Ao permitir
que haja silêncio, a pessoa poderá refletir sobre • Há alguma coisa que não perguntamos que você
o que ele disse e isso poderá revelar algo mais gostaria de nos contar? (ao final da entrevista)
profundo.
33 Fichas

Ficha
2 Pesquisa qualitativa de observações de campo “AEIOU” 4
Sumário

Fase do DT: Fase 1


Busca

Intenção da atividade: Ampliar o conhecimento Número de pessoas para a realização da


sobre o contexto e entender as necessidades dos atividade: atividade individual. Pode ter a
públicos de interesse, criando empatia com o participação de tantos integrantes quanto os que Zoom+
problema e com quem o está vivendo. estiverem disponíveis para a atividade, tendo em
vista a capacidade da organização em receber os
Tempo de duração: duração variável, tendo em “pesquisadores”.
Zoom-
vista a profundidade a que se pretende chegar na
compreensão da situação e a disponibilidade real
dos voluntários.
Anterior
Material: Papel, caneta, máquina fotográfica.

Posterior

Impressão
Roteiro de observação de campo

Observe o ambiente e as pessoas, prestando atenção às ações, às interações e aos detalhes e registre os Download
seguintes elementos:

• 1. A (Atividades) – Que ações ocorrem para que • 4. O (Objetos) – Descrição dos objetos no local de
as pessoas realizem suas tarefas? Quais os serviços observação. Tela cheia
identificados no contexto? Ex: Telefones? Mesas? Cadeiras? Jornais?
Ex: Limpeza? Entrega?
• 5. U (Usuários) – Pessoas observadas: Quem são? Fechar
• 2. E (Espaço) – Descrição do local onde ocorrem Quais seus valores e preconceitos?
as ações. Ex: Clientes? Mães? Crianças? Idosos?
Ex: Loja? Cozinha? Sala de reuniões?
• Tendo em vista que as suas observações serão
• 3. I (Interações) – Entre pessoas e entre as compartilhadas com outras pessoas:
pessoas e os objetos. Que mensagens estão sendo
comunicadas? Registre de forma organizada suas OBSERVAÇÕES
Ex: Conversas? Etiquetas? Sinais? INDIVIDUAIS de campo.

4
Método etnográfico para registro de anotações, fotos, vídeos, mensagens e observações de campo.
34 Fichas

Ficha
3 Diagrama de afinidades

Sumário

Fase do DT: Fase 2 Passo 2


• Após saturado o espaço com as informações diagrama de afinidades, de forma que identifiquem: Busca
Intenção da atividade: Tornar visíveis e disponíveis Material: Post-its de cores diversas, canetas, papel registradas nos post-its, respondam:
- Padrões
todas as informações e impressões coletadas na fase grande, espaço para colar post-its (parede ou painel), - O que vocês acharam em comum nas pessoas?
de exploração, estabelecer conexões entre elas e fita adesiva. - Temas
- O que vocês acharam de diferente entre as pessoas?
entender as necessidades das pessoas envolvidas - Surpresas Zoom+
no problema. Número de pessoas para a realização da - Quais padrões se estabeleceram?
atividade: Menos que 6 pessoas - O que surpreendeu o grupo? • Neste momento, há a tendência de propor
Tempo de duração: 3 a 4 horas soluções para o desafio inicial. Para isso, criar
• Mover os post-its buscando criar nuvens de ideias que um espaço para “guardar" as potenciais soluções Zoom-
se relacionam. Fazer tantas rodadas de reagrupamento (garagem de soluções).
quanto forem necessárias. Agrupar ideias usando o
Diagrama de afinidades Anterior

Passo 1 Passo 3
Posterior
• Observar os agrupamentos de post-its para entender o público interessado e identificar:
• Reúna-se com seu grupo, garantindo que ele seja • Os demais participantes do grupo devem - Suas motivações
menor do que 6 pessoas. anotar tudo que escutarem em post-its, de
- Comportamentos Impressão
forma sintética (3-4 palavras por post-it).
• Compartilhe e relate tudo que viu e ouviu nas visitas - Crenças
e as informações levantadas na pesquisa secundária • Todos do grupo devem trazer as - Visão de mundo
(conte as histórias – “storytelling”). Para as entrevistas, informações que carregam. Rodizie o
- Emoções e sentimentos Download
as seguintes perguntas podem ajudar: papel de quem relata no grupo, enquanto
- Descreva a pessoa e a situação os demais anotam.
- O que chamou sua atenção? Citações importantes dos usuários Surpresas e contradições percebidas
• Diferencie os fatos das inferências
Tela cheia
- Quais são suas maiores dores e necessidades? (suposições, opiniões, conclusões) usando
- O que foi interessante sobre o seu comportamento? para isso post-its de cores distintas.
- O que foi surpreendente? • Tudo é importante. Não selecione as Fechar
- Quais citações chamaram sua atenção? informações, compartilhe tudo que puder.
Não é momento para buscar consenso.
• Para extrair as informações sobre as fotografias Tudo vale.
tiradas em campo, siga o roteiro sugerido na
Ficha 3 – Ferramenta O que – Como – Por que.

Padrões e temas notados Aspectos que queremos explorar


35 Fichas

Ficha
4 Persona e Mapa da Empatia Passo 2 - MAPA DA EMPATIA

- Mapear o que as pessoas daquele segmento de - Preencher o diagrama do MAPA DA EMPATIA Sumário
Fase do DT: Fase 2 público dizem, fazem, pensam (quais suas crenças, o abaixo.
que elas acreditam que determina suas prioridades?)
Intenção da atividade: Visualizar comportamentos de cera, papel grande (flip-chart ou papel pardo em e sentem (quais as emoções envolvidas?). Para isso, reproduzir o diagrama no flip-chart
Busca
comuns, qualidades e preferências similares de cada rolo), espaço para pendurar os painéis, fita adesiva. ou papel pardo, em tamanho grande.
segmento do público interessado no problema.
Mapear o que as pessoas daquele segmento de Número de pessoas para a realização da
público dizem, fazem, pensam e sentem. atividade: Menos que 6 pessoas
MAPA DA EMPATIA Zoom+

Tempo de duração: 60 minutos (dependendo Criar uma PERSONA, um arquétipo, uma pessoa
do conjunto de informações obtidas, pode ser fictícia que represente o público com o qual DIZ PENSA
vocês estão trabalhando, a partir do diagrama de Zoom-
necessário mais tempo). • (O que as pessoas dizem?) • (O que as pessoas pensam? Quais são suas
afinidades, os padrões, temas, visões de mundo, crenças, o que ela acreditam que determina
Material: Post-its de cores diversas, canetas e giz emoções e sentimentos identificados. suas prioridades?)
Anterior

Passo 1 – PERSONA
Posterior
Analisando os post-its do diagrama de afinidades já • Personalidade
agrupados em nuvens e considerando as pessoas • Motivações (tanto internas quanto externas –
entrevistadas e observadas na pesquisa secundária e intrínsecas e extrínsecas) Impressão
primária, preencher o quadro abaixo com as seguintes
• Objetivos
informações:
• Problemas e frustrações FAZ SENTE
• Representação “gráfica” da pessoa
• Particularidades • (O que as pessoas fazem?) • (O que as pessoas sentem? Quais as emoções Download
• Uma citação que represente a persona em uma frase
• Comportamentos envolvidas?)
• Nome
• Idade Para isso, reproduzir o diagrama no flip-chart
• Ocupação ou papel pardo, em tamanho grande. Tela cheia

Fechar

Motivações: Particularidades (histórias)

Objetivos:
“ Coloque uma citação que
represente essa persona
Comportamentos:
em uma frase”

Nome:
Problemas e frustrações:
Idade:

Ocupação:

Personalidade:
36 Fichas

Ficha
5 Brainwriting, brainstorming e brainstorming reverso
- BRAINSTORMING - BRAINSTORMING REVERSO
O objetivo desta ferramenta é a geração de O brainstorming reverso propõe que se pense em
Sumário
ideias em quantidade, sem se preocupar com a como piorar ou criar um problema para daí então
Fase do DT: Fase 3 - IDEAÇÃO sua qualidade. Não é o momento para debater propor o que poderia ser feito para solucionar isso. A
consistência, viabilidade ou pertinência das intenção é chegar a ideias novas para além das que já
Intenção da atividade: Promover a geração de Material: Papel sulfite, post-its de cores diversas, propostas. Todas valem, quanto mais ideias surgiram com as ferramentas anteriores. Busca
ideias em quantidade. canetas e giz de cera, espaço ou painel para colar os melhor!
post-its. • Cada pessoa do grupo apresenta uma ideia
Tempo de duração: 2 horas ou mais dependendo Dicas para o brainstorming reverso:
Número de pessoas para a realização da por vez. Zoom+
do tempo disponível. Pensar: como podemos piorar ou criar um problema?
atividade: Grupos com mais que 5 pessoas. • Anote todas as ideias em post-its.
• Selecione 2 a 3 CNPs e faça a pergunta da CNP de
• Uma ideia por post-it, de forma sintética. forma reversa. Ex:
Seja visual, isso ajuda! Zoom-
• CNP original: Como podemos melhorar a
• Quantidade em vez de qualidade de ideias! experiência das pessoas na sala de espera de um
• Não julgue ou discuta as suas ideias e muito hospital?
Passo 1 – PERSONA menos as dos demais. Apenas anote: não é • CNP “reversa”: Como podemos aborrecer ainda mais Anterior
momento de discussão. as pessoas na sala de espera de um hospital?
AS FERRAMENTAS - BRAINWRITING Os participantes podem interagir com as
• Traga a resposta para a CNP “reversa”. Ex.: Deixar a
ideias dadas pelos outros, mas sem
Aqui são apresentadas 3 ferramentas O brainwriting estimula a participação de pessoas música alta; não oferecer água nem banheiro; não Posterior
desqualificá-las. Uma forma de fazer isso
complementares que podem ser usadas para a que se colocam menos ao longo do processo e dar informações às pessoas etc.
é construindo sobre a ideia do outro:
geração de ideias: o brainwriting, o brainstorming e o propicia a suspensão dos julgamentos das ideias • Pense: como essas soluções podem contribuir com
“Sim, e…” em vez de “sim, mas...”.
brainstorming reverso. Elas podem ser usadas numa colocadas, pois é feito em silêncio. A intenção é novas ideias para solucionar a CNP original? Impressão
mesma sessão de ideação ou o grupo pode escolher construir coletivamente algumas propostas a partir • Uma conversa por vez, para que todos possam
escutar todas as ideias. • Siga os demais procedimentos, como no
trabalhar com apenas uma delas por vez. do desafio inicial e das CNPs geradas no momento brainstorming.
anterior do DT. • Os participantes devem contribuir com
• O grupo deve escolher 3 ou 4 CNPs para o qualquer ideia, das mais absurdas e óbvias às Download
COMO TRABALHAR? brainwriting. Cada uma será trabalhada pelo grupo mais interessantes e diferentes. Encoraje as
Podem ser mantidos os grupos que vêm trabalhando inteiro ao mesmo tempo, em rodadas. ideias malucas.
juntos até o momento ou misturá-los de acordo com • Mantenha o foco.
• Todos sentam-se em uma mesa, cada um com Tela cheia
critérios definidos em conjunto. Quanto mais gente
uma folha sulfite contendo a CNP da vez no
trabalhando junto na geração de ideias, melhor para
cabeçalho. Dicas para o brainstorming:
o processo.
• 1ª Rodada: 3 minutos para cada um escrever em • Promover uma 1ª rodada geral, sem perguntas Fechar
Cada grupo deve escolher um integrante para ser o
sua folha as sugestões para aquela CNP. específicas: que ideias cada um já tem na
moderador. Ele tem a função de manter o pique do
• Ao fim dos 3 minutos, o moderador recolhe as cabeça?
grupo e o foco nas perguntas, evitar os julgamentos
das ideias para que o grupo não se perca na conversa folhas, as mistura e as redistribui ao grupo. • 2ª rodada: Consultar as CNPs e dar ideias que
sobre a qualidade delas. • 2ª rodada: cada um recebe uma folha com respondam a elas.
sugestões escritas na rodada anterior e tem mais 3 • 3ª rodada: Olhar os públicos de interesse e
minutos para agregar novas ideias às anteriores. buscar novas ideias pensando em tudo que
• Todas as rodadas acontecem em silêncio, sem você sabe sobre eles.
conversa e sem discussão. • 4ª rodada: Lembrar da situação que se quer
• O moderador define o número de vezes que será modificar (ou do desafio inicial), de tudo que já
repetido esse processo. Quando avaliar que já há se sabe sobre ela e buscar novas ideias.
sugestões suficientes para aquela CNP, recolhe as • Buscar inspiração em casos análogos.
folhas e distribui novas, que receberão as ideias • Caso sinta necessidade, o grupo pode voltar
para outra CNP. Repetem-se então as etapas para a fase de exploração, pesquisar casos
anteriores com a próxima CNP, até passar por semelhantes e ver que soluções foram
todas as escolhidas pelo grupo. encaminhadas.
Método do Design Thinking
37 Mapa do processo

MAPA DO PROCESSO Sumário

Desafio inicial Busca


É o primeiro passo do processo.
Por ser a base do que virá a
seguir, deve ser significativo Zoom+
para os envolvidos.

Zoom-

Fase 1
exploração
Anterior

Pesquisas em fontes secundárias Posterior

Pesquisas em fontes primárias Fase 4


VER FICHA 1
experimentação Impressão

Transição da Fase 1 para a Fase 2 Técnica de entrevistas

Sintetizando as VER FICHA 2 Download

informações VER FICHA 3


Roteiro de observação
de campo
Diagrama de afinidades Tela cheia

Fechar
VER FICHA 5
Geração de ideias
Brainwriting,
Seleção de ideias brainstorming e
brainstorming
CHEGOU NA FASE 2 reverso
e avaliou a necessidade

ase 3
de explorar melhor algum VER FICHA 4
aspecto do problema, Persona e Mapa da
VOLTE para a Fase 1, Fase 2 Empatia Como nós
ideação
entendimento
sem culpa! podemos...? – CNPs

LEMBRE-SE:
chegou na fase seguinte
e avalia que falta
firmeza para seguir
adiante, retorne para a
fase anterior.
38 Detalhamento das linhas de ação

Detalhamento das linhas de ação EVENTOS


Ter atividades mais masculinas: bocha, xadrez etc.;
Sumário
PROJETO SOCIOAMBIENTAL Ter atividades desenvolvendo intelecto e dando oportunidade de trabalho: design thinking;
Confecção de uma horta coletiva/comunitária; Ter atividades para famílias: gincanas, risada e brincadeiras, danças, eventos gastronômicos e educativos,
Criação de uma composteira, utilizando recursos da coleta seletiva; pais fazerem teatro para filhos, feira de alimentos, gerar contato físico, pais como professores de finais de
semana; Busca
Criação de uma minifazenda;
Criação de um espaço de terapia com animais; Levar a Liga para fora: shows e palestras em praças com possibilidade de doações, cinema na praça, levar ao
cinema e teatro;
Capacitação em sustentabilidade. Zoom+
Abrir aos finais de semana, com visita guiada paga e grátis, várias idades, agenda, dia da beleza, danças, pai
como protagonista de eventos, cinema, dia do abraço, piquenique;
CAPTAÇÃO DE RECURSOS Ter atividades noturnas: cinema, baile, show de talentos;
Alugar espaços para eventos particulares; Ter grandes eventos: festas juninas, baile do amor, festa da família etc.;
Zoom-
Fazer parcerias para capacitação x espaço da Liga;
Captar mais recursos por meio da cozinha; INTERCÂMBIO
Criar pesqueiro para lazer e arrecadação de recursos; Fazer benchmark em outras instituições; Anterior
Pesquisar empresas do agronegócio que queiram investir na Liga; Buscar as melhores práticas;
Criar um restaurante com comida orgânica, rústico/retrô; Intercâmbio também de profissionais dentro da própria Liga (entre os projetos);
Posterior
Criar gincanas/campanha de arrecadação; Buscar parcerias no exterior;
Criar feiras típicas; Capacitação para educadores entre outras ONGs;
Criar novo projeto junto à prefeitura para possibilitar novas vagas aos cursos. Promover troca de conhecimento entre ONGs via workshop. Impressão

MOBILIDADE – PROJETOS EXTERNOS COMUNICAÇÃO
Criar uma “Liga Móvel” – veículo destinado ao pronto atendimento da comunidade. Ex.: psicólogo, advogado etc.; Criar um portal para consulta dos resultados dos processos (intranet); download
Levar as atividades, um mini CCA por exemplo, para a comunidade; Reforçar canais de divulgação e comunicação para informações/resultados institucionais;
Criar redes (polos) de trabalhos similares entre organizações; Empoderar interlocutores fora da comunidade embaixadora;
Criar um “museu da vida” para recontar histórias/expor objetos que fizeram parte da Liga; Jornalzinho; Tela Cheia
Programa “Se Liga na Liga” (site e outros meios de comunicação e interação com a sociedade). Divulgação dos eventos;
Melhorar o site e a comunicação da Liga;
ATIVIDADES LÚDICAS Usar as redes sociais para conectar com crianças de programas fora da Liga;
Fechar
Estimular trabalho voluntário entre os jovens da Liga; Divulgar resultados estatísticos do programa;
Utilizar o conhecimento dos jovens (tecnologia/informática) para fazer oficinas para idosos; Criar multiplicadores da Liga em outros locais/cidades;
Criar junto com as crianças atividades atrativas para dias de chuva; Criar um aplicativo do grupo para comunicação com as famílias em tempo real.
Gincanas com participação de jovens e idosos;
Incluir os jovens mais talentosos e criativos em atividades na organização, dando a eles JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO
a percepção de que têm valor.
Fazer pesquisa deste funcionário/aluno quando sai da Liga;
Ter inserções do aluno/funcionário no mercado de trabalho externo;
INFRAESTRUTURA DA CRECHE/CCA
Desenvolver ou ter parceria em programas como o Jovem Aprendiz e direcionar para as empresas;
Revisar brinquedos, substituir brinquedos atuais por brinquedos educativos: madeira, objetos cênicos etc.
Promover feiras, campeonatos e oficinas culturais inclusive com interação dos pais;
Revitalizar o espaço da creche e de contraturno tornando-o mais lúdico, com cores mais quentes,
e deixá-lo mais aconchegante; Oferecer oficinas para crianças, adolescentes e seus pais aos finais de semana (voluntários podem
conduzir oficinas);
Acessibilidade para todos os espaços da Liga;
Verificar as reais necessidades dos educadores, atividades coletivas de trocas;
Pensar em um bicicletário com bicicletas disponíveis.
Levar estudantes para colher na prática.
Criar um vínculo com o Sebrae para trazer palestras sobre empreendedorismo;
39 Detalhamento das linhas de ação I Com a palavra

Detalhamento das linhas de ação Com a palavra


Sumário
Criar workshops permitindo a exposição dos jovens para as empresas que buscam profissionais; Depoimento de Ana Carolina Monteiro de Barros Matarazzo
Programa de Coaching Vocacional e visitas às empresas; Liga Solidária - http://www.ligasolidaria.org.br/
Ampliar parcerias com empresas; Oficina de capacitação em Design Thinking para voluntariado da Fundação Telefônica Vivo
Busca
Criar parcerias com universidades;
Mapear os empreendedores da comunidade;
Professores x Empreendedores – Cursos em seus estabelecimentos com os alunos dos profissionalizantes “No início de 2016, surgiu a oportunidade de a Liga ser ´objeto de estudo´ do grupo de pessoas que coordena
Zoom+
(estágio futuro). as ações de voluntariado da Telefônica Vivo pelo Brasil. A proposta da Fundação é que os colaboradores
utilizem a metodologia do Design Thinking para criar suas ações de voluntariado, portanto a proposta da
capacitação era ser bastante prática. O desafio do grupo era ´como tornar a Liga Solidária ainda mais atraente
MELHORIA CONTÍNUA DOS EDUCADORES para a comunidade?´. Zoom-
Cursos para os profissionais que despertem sua importância;
A proposta veio em um momento muito oportuno, já que estávamos vivendo um período intenso de
Incentivar opiniões e sugestões por formulários ou outro canal;
mudanças e de pensar o direcionamento das ações sociais para os próximos anos. Acreditávamos que o
Criar minicanal de ouvidoria para feedback superior com funcionários. resultado da capacitação poderia nos inspirar nessas mudanças, especialmente por ser uma visão de pessoas Anterior
Trazer temas atuais e inovadores; de fora da organização e do contexto em que estamos inseridos.
Rever o ritmo diário e planejamento das aulas;
A Fundação também cedeu três vagas para que colaboradores da organização pudessem aprender sobre a
Proporcionar cursos sobre brincar e brinquedos para os professores e jogos para jovens; Posterior
metodologia e acompanhar o processo. Após participar da capacitação, os colaboradores da Liga avaliaram
Realizar palestras com temas atuais que tragam e despertem emoções; não só que as ideias geradas podiam ser incorporadas nas discussões sobre o novo direcionamento das ações
Formar o professor para que ele realize as reuniões de pais e que elas sejam atrativas aos pais; sociais (como foram), mas que o próprio método de Design Thinking poderia ser adotado para pensar esse
Aproximar os pais e familiares dos atendidos por meio de palestras e espaço de diálogo sobre direcionamento e para a elaboração do planejamento da organização. Assim, adotamos a metodologia para a Impressão

educação infanto-juvenil; condução dessas discussões que vão agora nortear a elaboração de um planejamento estratégico.
Competição de melhores projetos para educadores; O Design Thinking é uma metodologia que busca a inovação centrada no ser humano, o que implica ouvir o
Promover a reciclagem e capacitação contínua dos profissionais que trabalham na Liga; outro e conectar-se com seus reais problemas. Implica também uma grande mudança de modelo mental, Download

Cursos de aprimoramento para todos os colaboradores mesclando programas; já que somos muito acostumados a ter as respostas prontas para todos os problemas. Percebemos que o
método está mais relacionado a fazer as perguntas certas do que a ter as respostas. Acreditamos que essa
Criar comissões com a participação dos pais para decisões sobre os programas; abordagem pode fazer uma grande diferença para a criação de programas sociais ou ações de voluntariado,
Tela cheia
SMS para avisar os pais para buscarem os seus filhos; especialmente porque coloca as pessoas no centro e as estimula a pensarem coletivamente, o que gera
Feedbacks contínuos para educadores; soluções mais efetivas, com maior impacto.
Canal de sugestões para os educadores; É muito comum ver grupos de voluntários – e até financiadores – que chegam às organizações com projetos Fechar
Programa de reconhecimento dos ”educadores do mês”; já estruturados. Esses projetos não são ruins, mas, na maior parte das vezes, não são o que a organização ou
Análise do cronograma diário de atividades para a distribuição de extras; comunidade a ser beneficiada realmente precisa ou quer. Por isso, usar o método de Design Thinking para
Inserir as tarefas como alimentação e higiene como “parte da aula”; entender as reais necessidades e criar um projeto coletivamente é uma iniciativa bastante inovadora e com
grande potencial de impacto.
Criar uma agenda com base nos ritmos diários alternando atividades de expansão e contratação;
Menos é mais: alongar o tempo de cada atividade diminuindo a quantidade das atividades. O Design Thinking nos fez perceber a necessidade de ouvir mais os públicos que atendemos e de envolvê-los
na criação das soluções para suas demandas. Às vezes, complicamos demais as coisas e não percebemos que
ações simples podem ser transformadoras; ouvir as pessoas nos ajuda a enxergar inúmeras oportunidades de
REDESENHO DA GRADE CURRICULAR
melhoria e inovação.
Cursos profissionalizantes com tempo menor para atingir mais turmas;
Otimizar o tempo dos cursos; O processo é um pouco caótico, pode gerar incertezas, mas os resultados são poderosos, especialmente
porque a metodologia faz pensar fora da caixa, deixando julgamentos e conceitos preconcebidos de lado,
Cursos curtos, por exemplo em 2 finais de semana;
estimulando a cocriação. Então, eu diria a quem for experimentar que deixe as respostas prontas de lado,
Rodas de conversa com a temática sexualidade do idoso, drogas, profissão, entre outros temas; esteja aberto a ouvir. Os resultados valem a pena.”
Usar o espaço um sábado por mês para encontros com temas escolhidos pela comunidade
(pode ser via votação online).

Oficina realizada nos dias 4 e 5 de março de 2016. O presente guia é baseado na experiência desta oficina.
40Detalhamento das linhas de ação
Com a palavra

Com a palavra Com a palavra


Sumário

Depoimento de Eduardo Rodrigues Depoimento de Sueli Freitas


Associação Projeto Gaditas Instituição Assistencial Nosso Lar
Busca
Projeto de reforma do espaço da organização, realizada em 21 de outubro de 2016 http://www.nossolaridosos.org.br/
Nome do Projeto: Reforma da Enfermaria
Zoom+
“Foi um sucesso! Estávamos precisando muito de um staff, de um apoio e foi quando a Fundação O que foi feito: adequação da enfermaria de acordo com os padrões exigidos pela Vigilância Sanitária para Instituições
Telefônica Vivo e seu grupo de voluntários nos procurou. Eles vieram visitar o projeto e aí começou a de Longa Permanência para Idosos. Incluiu troca de toda a parte elétrica e hidráulica, substituição do revestimento das
negociação e os trabalhos em si. Reformamos todo o local do projeto, que hoje está lindo. A equipe paredes, criação de uma sala para curativos, mobiliário em aço escovado que permite mais higiene e melhor limpeza,
de voluntários fez um grande trabalho aqui. As crianças estão adorando. Nunca antes tivemos uma novos equipamentos (carrinho de emergência, autoclave, armário para remédios de uso controlado), instalação de piso Zoom-
experiência como essa, de uma ajuda da maneira como foi feita. Estamos até agora impactados por isso. hospitalar, ampliação do espaço com a criação de um posto de atendimento mais acessível aos idosos,
inclusive cadeirantes.
Passamos por um treinamento em Design Thinking junto com os voluntários e a equipe de instrutores
do projeto. Neste treinamento, os voluntários vieram e fizeram um trabalho de campo – entrevistando Data do DT 2015: 09 de outubro de 2015 Anterior
os pais e famílias das crianças, a comunidade do entorno, as escolas –, para decidir o que poderíamos
fazer. Fomos então desenhando a proposta a partir disso. Com esse processo surgiram muitas ideias “Quando a Telefônica Vivo chegou aqui com essa proposta de voluntariado, eles perguntaram quais eram as nossas
para as quais não tínhamos a mente aberta. Cada um pegou um pouquinho de ideia e ela foi se criando. necessidades, do que precisávamos. Foi até engraçado porque batíamos muito na tecla de que precisávamos do Posterior
Os voluntários vieram várias vezes aqui, estudaram o caso e isso foi importante. telhado – que estava com muitas infiltrações e goteiras –, e para todos que eles perguntavam aqui essa era a resposta.
Depois que eles começaram a fazer o processo de Design Thinking e foram conversando com funcionários, voluntários e
O local onde desenvolvemos as atividades era precário, então pensávamos em reformá-lo todo, fazer com os próprios idosos assistidos, vimos outras necessidades que estavam meio “bloqueadas”. A partir desse processo,
tudo de novo. Nós do projeto tínhamos uma ideia, mas, quando ouvimos a comunidade, mudou foi construída uma nova visão. E, por fim, o telhado era uma coisa importante, mas não era a única necessidade. Impressão
completamente, pois vimos que ela não se encaixava ao que a comunidade estava necessitando.
Mudou a concepção do que faríamos e isso foi muito importante. Conseguíamos ouvir e começamos O telhado foi então colocado como uma meta futura e mudamos completamente. O projeto que foi desenvolvido
a construir e fazer um desenho a partir do que eles falavam para nós. Os pais ajudaram dizendo o que aqui foi de reforma da enfermaria, o que também era uma necessidade, pois havia alguns aspectos apontados pela
poderíamos fazer. Colocamos um pouquinho de cada um e os pais se reconhecem no que foi feito. O Vigilância Sanitária, a estrutura era antiga e precisava ser renovada. Mas foi só aí que vimos que a enfermaria também Download
retorno para nós é ótimo! era prioridade. Hoje estamos com a estrutura nova, ampliada e materiais novos. Viramos até referência entre outras
instituições, por termos uma das enfermarias mais modernas aqui do ABC.
Usar a abordagem do DT ajudou bastante, pois não tínhamos muito dessa visão, não sabíamos que
Tela cheia
poderíamos trabalhar junto com essas pessoas. Fazíamos o nosso trabalho de atender às crianças e Foi bem interessante a maneira como o processo foi conduzido, permitiu-nos enxergar coisas que não estávamos
pronto. A proposta de abordar, conversar e ouvir os pais e as famílias é algo que nunca havíamos feito enxergando antes. Foram várias entrevistas, quando foram consultados funcionários, clientes da loja de arrecadação de
antes, em 8 anos de projeto. Queríamos melhorar a instituição, pensávamos entre nós e fazíamos, mas fundos, os assistidos e familiares. Depois voltamos para a sala de reuniões e houve uma troca de informações. No fim,
não tinha essa consulta. O trabalho de campo foi muito significativo. Eu ouvi coisas que nunca tinha Fechar
vimos que todos estavam mais ou menos com a mesma ideia: tínhamos que fazer alguma coisa para melhorar o
ouvido e que eles conseguiram acessar dos pais, das crianças, coisas deles. Vamos começar agora a bem-estar do idoso. O curioso foi que as entrevistas foram feitas com áreas diferentes, com públicos diferentes e todas
fazer essa escuta. elas apontavam para essa mesma direção. Foi uma construção bem coletiva. Hoje as pessoas se sentem apropriadas,
todo mundo se sente um pouco dono do projeto: ´eu dei ideia, eu ajudei, quando me entrevistaram eu falei isso e aquilo
Estamos num novo mundo hoje, vejo que mudamos bastante. Muita coisa nova aconteceu com o que eu falei está incluso no projeto’. Hoje todos cuidam com o maior carinho, com propriedade mesmo.
treinamento que tivemos, com as experiências que trocamos e com o trabalho que foi feito. Foi muito
gratificante para nós! Esse processo mudou muito a forma de a gente se olhar. Não somos coitadinhos precisando da ajuda das pessoas, somos
uma instituição de 63 anos, que presta um serviço enorme para a comunidade, atendendo 100 idosos abandonados ou
A minha recomendação é que outros grupos de voluntários façam o mesmo que fizeram aqui, pois carentes. Então, a forma como temos que nos apresentar é com orgulho, pelo trabalho lindo que a gente faz. Não somos
tenho certeza de que vai mudar muitas instituições.” vítimas, somos protagonistas da história. Foi uma redescoberta do papel do Nosso Lar na comunidade. Essa foi uma
mudança de olhar: ´eu posso fazer mais!´. Tanto que depois que a Telefônica Vivo saiu já estamos fazendo parcerias com
outras empresas para melhorar o refeitório e a rouparia.
Eu recomendo muito essa experiência para outras instituições, porque mudar a forma de ver o mundo é uma coisa
complicada, já que temos receios e medo de errar com outras pessoas que dependem de nós. Eu diria que não tenham
esse medo, porque tudo o que você faz para aprimorar essa forma de ver o mundo é importante. Recomendaria que
adotem essa metodologia, porque a construção coletiva é importante. Acho que fica também uma coisa muito mais
estruturada, porque você sabe de onde está partindo e para onde você vai. É diferente de eu ter um sonho e correr atrás
para realizar. Com uma metodologia, você vê cada passo por onde está caminhando. Então parece que esse medo que a
gente naturalmente tem de mudar e de enfrentar desafios fica mais fácil, porque você sabe onde está pisando.”
Fichas
41 Com a palavra I Referências

Referências

Brown, Tim (2010). Design Thinking: Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Sumário
Ideias. Rio de janeiro. Elsevier.
Stuber, Edgard (2016). “O design thinking põe foco no ser humano”. Em revista HSM Management,
edição 115 - http://stuberinova.com/wp-content/uploads/2016/01/024-027-hsm115.pdf Busca

Steinbeck, Reinhold e Stuber, Edgar (2016). “O pensamento do design no Brasil”. Em revista HSM
Progra
Management, edição 108 - http://stuberinova.com/wp-content/uploads/2016/03/024-027- ma de
hsm115.pdf Volunt Zoom+
ari
Instituto Educadigital – Design Thinking para Educadores: http://www.dtparaeducadores.org.br/site/ da Fun ado
d
Telefôn ação Zoom-
ica Vivo
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