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A IMPORTANCIA DA MULTIMÍDIA NA EDUCAÇÃO

Laide Rodrigues de Assis Bueno

RESUMO

O desenvolvimento de competências e habilidades ligadas à tecnologia,


é fator de grande importância na globalização das ideias, das experiências
aglomeradas durante séculos, uma vez que se produz equipamentos com alta
capacidade produtiva e com baixo custo operacional, necessitando, portanto,
de mão de obra qualificada, para operar equipamentos.

A necessidade premente de evolução na metodologia do ensino se faz


presente em diversos estudos de respeitados educadores brasileiros que,
desde a década de 90, colocavam em discussão e análise este assunto, já
disponível e utilizado no mundo inteiro.

A pesquisa aborda a presença das diferentes tecnologias no ambiente


educacional, analisando a necessidade de formação do educador para lidar
com tais tecnologias como ferramentas auxiliares do processo educativo.
Realizada a partir de pesquisa bibliográfica, discute-se aqui, as novas
exigências educacionais advindas da revolução tecnológica vivida neste
milênio, e a forma como tais exigências se refletem no ambiente educacional e
na prática educativa, exigindo do professor novas habilidades e conhecimentos
que o habilitem a atuar como mediador na construção do conhecimento na era
da tecnologia.

Palavras-chave: Tecnologia; formação do professor; mediação;


educação.

Abstract

The development of competencies and skills related to technology, is a


very important factor in the globalization of ideas, experiences clustered for
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centuries, since it produces equipment with high capacity and low operational
cost, thus necessitating manpower qualified to operate equipment.

The pressing need for progress in the methodology of teaching is


present in several studies from respected Brazilian educators since the 90s,
discussing and analyzing this issue, already available and used worldwide.

The research addresses the presence of the different technologies in the


educational environment, analyzing the need for teacher education to deal with
such technologies as aids the educational process. Made from literature, it
discusses the new educational requirements arising from the technological
revolution experienced in this millennium, and how these requirements are
reflected in the educational environment and on educational practice, requiring
the teacher's new skills and knowledge to enable it act as mediator in the
construction of knowledge in the age of technology.

Key words: Technology, teacher training, mediation, education.

1. Tema

Multimídia como a capacidade do computador moderno de armazenar,


processar e transmitir todo tipo de mensagem, utilizando múltiplos meios de
comunicação.

1.1 Definição do Tema

Multimídia é o uso combinado de várias mídias, como som e vídeo com


imagens em movimento em aplicações computacionais; o seu uso em
educação aumenta continuamente devido aos preços em queda das partes
mecânicas, magnéticas, eletrônicas e elétricas de sistemas computacionais.

A convergência digital está finalmente acontecendo: todas as mídias,


em separado, agora se tornam digitais e passam a ser entregues via rede
mundial, favorecendo a educação de qualidade.
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Neste novo contexto, existe a necessidade do gerenciamento da


mudança: professores demandam tanto capacitações como conteúdo digital de
modo a incorporar multimídia em sua prática diária.

Depois de considerar temas como acessibilidade, gerenciamento da


mudança e multimídia, este artigo apresenta duas iniciativas. A primeira se
refere à capacitação de professores em tecnologia educacional enquanto a
segunda envolve a produção de multimídia para o ensino. Este artigo pretende
contribuir para a discussão sobre produção, publicação e uso de conteúdo
educacional multimídia.

2. Por que usar multimídia

Os alunos aprendem mais da metade do que sabem a partir da


informação visual. Numa sociedade onde interesses poderosos empregam
dados visuais para persuadir, os educadores devem ser capazes de empregar
multimídia nos ambientes de ensino e aprendizagem que constroem.

O conhecimento da tecnologia foi pausadamente incorporado a


educação e ao ensino, fundamentado na necessidade em obter melhores e
maiores resultados a partir da conscientização e conhecimento dos alunos,
além de visar melhor aprimoramento para o mercado de trabalho.

3. Estimulação

A nova geração de estudantes já nasce em constante contato com a


tecnologia. Logo, se adequar aos avanços tecnológicos é um dos desafios dos
professores e escolas que querem competir a atenção dos alunos com um
mundo em que a informação está literalmente na palma da mão deles.

Os educadores buscam estratégias para interligar a tecnologia com os


conteúdos dentro da sala de aula. Por esse motivo, a Editora Moderna elabora
em seus livros didáticos objetos instrucionais multimídia que coloca professores
e alunos em sintonia com as tendências tecnológicas e educacionais.

Esses objetos multimídia apresentam uma nova abordagem dos


conceitos, técnicas e procedimentos com conteúdos digitais e visuais.
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Os objetos multimídia também devem estimular nos alunos o conceito


de Aprendizagem Significativa, os induzindo ao pensamento e à elaboração de
conclusões próprias.

Os objetos instrucionais multimídia aproximam o conhecimento da vida


do aluno, habituado à linguagem digital. Desse modo, fica mais fácil construir
significados, já que conceitos são concretizados por meio de representações
visuais e sonoras.

Os recursos digitais são um incentivo ao estudo autônomo, já que o


aluno pode acompanhar experimentos a qualquer hora, com a possibilidade de
interagir com os objetos, controlando resultados, avançando ou retrocedendo
em sua apresentação e revendo as sequências temáticas.

4. Interatividade

Interatividade é uma palavra de ordem para o comportamento desta


geração. Assim, os livros didáticos da Editora Moderna contam com recursos
digitais elaborados por educadores e especialistas em tecnologia, de acordo
com o nível de ensino e as particularidades de cada disciplina, abrangendo
jogos, filmes, animações, mapas interativos, vídeos de experimentos e
simuladores.

A influencia da tecnologia desencadeou um processo interativo e


avançado na educação, com distintas maneiras de se aprender, métodos
organizados e elementos componentes de uma farta produção de
conhecimentos.

Porém a tecnologia não é dotada de perfeições quanto à suas vantagens


e objetivos, o homem com suas habilidades começa a questionar a fundo se
realmente a facilidade encontrada nos avanços tecnológicos são destinados ao
prestigio ou à alienação, a ponto de descobrir que a tecnologia na educação
provoca grandes desvantagens, pontos negativos e manipulação nos
relacionamentos interpessoais, comunicação e práticas de ensino dentro e fora
da escola.
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5. Socialização

Essa nova sociedade, deste novo século, conhecida agora, como


Sociedade do Conhecimento tecnológico, não pode exonerar a educação
formal que se sistematiza na instituição escolar, ainda que, crianças,
adolescentes, jovens e adultos, sejam bombardeadas por informações todos
os dias, pelos mais diferentes meios de comunicação: na televisão, nos rádios.
Porém, esses dados que se deslocam, envelhecendo e morrendo com uma
velocidade cada vez maior.

Como relata Gadotti (2002, p.32) pelo avanço das novas linguagens
tecnologias, precisam ser selecionadas, avaliadas, compiladas e processadas
para que se transformem em conhecimento válido, relevante e necessário para
o crescimento do homem como ser humano em um mundo alto sustentável.

A tecnologia dessa nova linguagem digital é uma das mais fortes


demonstrações da sociedade contemporânea. Os processos tecnológicos
utilizados, hoje em dia, são considerados tecnologias intelectuais, pois, como a
oralidade e a escrita, também participa ativamente do processo cognitivo,
modificando ações, transformando conceitos em um estado virtual, de
potencialização e de modernização das classes cognitivas em seu complexo
de contexto digital e social.

O que entendesse por novas tecnologias digitais? Entendemos por


novas tecnologias digitais a aplicação de um conhecimento científico ou
técnico, de um “saber como fazer”, de métodos e materiais para a solução de
uma dada dificuldade, este texto tratará das Tecnologias de Comunicação e
das Tecnologias de Informação como intermediadores do processo de ensino
e aprendizagem e como tecnologias mútuas.

A primeira é a Tecnologia de Comunicação designa toda forma de


veicular informação. Têm-se como ambiente de veiculação, incluindo as
mídias mais tradicionais, os livros, o fax, o telefone, os jornais, o correio, as
revistas, o rádio, os vídeos, as redes de computadores e a Internet.
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A segunda é a Tecnologia de Informação designa toda forma de


determinar, gravar, armazenar, processar e reproduzir as informações. Como
exemplos de suportes de armazenamento de informações são: o papel, os
arquivos, os catálogo, as fitas magnéticas, os HD’s, os Pen drive e os CD’s.
Dispositivos que permitem o seu processamento, são os computadores e os
robôs, e exemplos de aparelhos que possibilitam a sua reprodução são a
máquina de fotocopiar, o retroprojetor, o projetor de slides (data show).

As novas tecnologias de informação e de comunicação, usadas na


comunicação social, estão cada vez mais interativas, pois permitem a troca
de dados dos seus usuários com recursos que lhes permitem alternativas e
aberturas das mais diferentes, os programas de multimídia, como o vídeo
interativo, a Internet e o Tele congresso.

São essas novas tecnologia que permitem a preparação e


manipulação contígua de teores específicos por parte do professor/aluno
(emissor) e do aluno/professor (receptor), codificando-os, decodificando-os,
recodificando-os conforme as suas realidades, as suas histórias de vida e a
tradições em que vivem; permitindo um entendimento mais eficaz, alternando
os papéis de emissor e receptor, como co-protagonistas e contribuintes da
ação cognitiva.

Nos dias de hoje, os diferentes usos dessas mídias (tecnologias) se


confundem e passam a ser característicos das Tecnologias de Informação e
de Comunicação, que mudam os padrões de trabalho, do lazer, da educação,
do tempo, da saúde e da indústria e criam, assim, uma nova sociedade,
novas atmosferas de trabalho, novos ambientes de aprendizagem. Criando-se
um novo tipo de aluno que necessita de um novo tipo de professor. Um
professor ligado e compromissado com o que esta acontecendo ao seu redor.

Tecnologias colaborativas são as que consentem à otimização do


trabalho em equipe. Explicitando, as novas tecnologias de informação e de
comunicação podem ser utilizadas para se alcançar objetivos individuais
isoladamente.
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Assim, quando um professor pesquisa certo assunto, em bases de


dados da Internet e, ao descobrir documentos importantes, guarda-os para
seu uso particular em sua biblioteca virtual individual (CD-Rom ou disquetes),
os seus objetivos individuais não estão sendo admirados. Se, por outro lado,
comunica a existência desses textos a outros professores que estão
trabalhando com ele (de forma interdisciplinar) em um projeto comum,
propondo uma discussão conjunta através dos serviços da própria Internet (e-
mail, teleconferência), essa tecnologia se reveste de uma característica que
otimiza a colaboração, daí ser então denominada de tecnologia colaborativa.

O computador ou uma rede de computadores não são os únicos


colaboradores que servem à tecnologia colaborativa. Outros suportes
clássicos como o livro, o videocassete podem ser caracterizados como meios
de uma tecnologia colaborativa se forem usados como apoio para o
compartilhamento de um trabalho de um grupo que tem os mesmos objetivos
comuns. Assim, quando gravamos nossas impressões sobre um texto em
uma fita de áudio e recebo de volta essa fita (ou uma cópia dela que também
foi distribuída para todos os elementos da equipe) com as impressões de
meus outros colegas, utilizo-me de uma tecnologia habitual (clássica) como
tecnologia colaborativa.

6. Aprender, Lecionar e Modificar (interações sociais)

Trabalhar com as tecnologias (novas ou não) de forma interativa nas


salas de aula requer: a responsabilidade de aperfeiçoar as compreensões de
alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Faz-se, indispensável
o desenvolvimento contínuo de intercâmbios cumulativos desses alunos com
dados e informações sobre o mundo e a história de sua natureza, de sua
cultura, posicionando-se e expressando-se, de modo significativo, com os
elementos observados, elaborados que serão melhor avaliados.

Ao se trabalhar, adequadamente, com essas novas tecnologias, Kenski


constata-se que:
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“(...) a aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do


indivíduo, isto é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do
sensorial em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades,
do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos.” (Kenski,1996,
p.146).

Esta é a parte visível da introdução de novas tecnologias na educação.


A estrutura das salas de aula deverá mudar como já mudaram em algumas
instituições de ensino no Brasil e estão mudando em muitas regiões do
mundo. A implantação (mudança) se inicia e continua com a criação de certa
infraestrutura tecnológica e de um programa de utilização em que os
professores sejam treinados operacionalmente, capacitados
metodologicamente e filosoficamente para a utilização dessas novas
tecnologias na sua prática pedagógica.

O papel dos professores tem que mudar também, e os cursos


superiores precisam preparar esses novos docentes para não perderem o
controle das tecnologias digitais que são requeridas ou se dispõem a usar em
suas salas de aulas. Os professores precisam aprender a manusear as novas
tecnologias e ajudar os alunos a, e eles também, aprenderem como manipulá-
las e não se permitirem serem manipulados por elas.

Mas para tanto, precisam usá-las para educar, saber de sua existência,
aproximar-se das mesmas, familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas
potencialidades, e dominar sua eficiência e seu uso, criando novos saberes e
novos usos, para poderem estar, no domínio das mesmas e poderem orientar
seus alunos a “lerem” e “escreverem” com elas.

Os professores não devem substituir as “velhas tecnologias” pelas


“novas tecnologias”, devem, antes de tudo, se adequar das novas para aquilo
que elas são únicas e resgatar os usos das velhas em organização com as
novas, isto é, usar cada uma naquilo que ela tem de peculiar e, portanto,
melhor do que a outra.
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O uso e influência das novas tecnologias devem servir ao docente não


só em relação à sua atividade de ensino, mas também na sua atividade de
pesquisa continuada. E a pesquisa com as novas tecnologias tem
características diferentes que estão diretamente ligadas à procura da
constante informação.

7. Participar para aprender

O professor trabalha concepções em sala de aula que, às vezes, são


abstratas para os alunos. As animações interativas os ajudam a construir um
modelo animado do que eles estão estudando na disciplina e otimizam a
percepção visual de ideias e conceitos. Assim, a exposição do conteúdo
acontece de modo dinâmico e interativo, potencializando o aprendizado.

7.1 Desafios

A adaptação a este novo cenário de aprendizado vem sendo um dos


maiores desafios da educação que tem a tecnologia como seu grande aliado,
mas por outro lado, torna-se alvo de questionamentos.

Quais são os melhores formatos a se utilizar? Os alunos estão


preparados para receber estas informações? Os professores terão a
preparação adequada para instruir os alunos? Segundo Almeida (2003:203):

os desafios da EAD são congruentes com os desafios do sistema educacional


em sua complexidade, cuja análise implica identificar que educação se
pretende realizar, para quem se dirige, com quem será desenvolvida e com o
uso de quais tecnologias. Não se trata de colocar a EAD em oposição à
educação presencial e sim estudar o entrelaçamento entre ambas, as
mudanças que interferem em seu processo quando se utiliza a TIC (tecnologia
da informação e da comunicação).

Os cursos devem estar atentos aos novos paradigmas educacionais,


onde as instituições não visam uma disciplina isoladamente, e sim o
aprendizado global, preocupando-se com o desenvolvimento de cada aluno em
especial.

De acordo com Moraes (2005:137), “o foco da escola mudou. Sua


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missão é atender ao aprendiz, ao usuário, ao estudante. Portanto a escola tem


um usuário específico, com necessidades especiais, que aprende, representa e
utiliza o conhecimento de forma diferente e que necessita ser efetivamente
atendido.”

8. Estudante independente

Os recursos digitais são um incentivo ao estudo autônomo, já que o


aluno pode acompanhar experimentos a qualquer hora, com a possibilidade de
interagir com os objetos, controlando resultados, avançando ou retrocedendo
em sua apresentação e revendo as sequências temáticas.

9. Como auxiliam as multimídias na educação

Auxiliam aos alunos a qualificação com noções básicas de informática para a


inclusão no mundo digital e no mercado de trabalho.

10. Tecnologia e qualidade do processo Ensino Aprendizagem

A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir


para a melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas
tecnologias na escola não é, por si só, garantia de maior qualidade na
educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional
baseado na recepção e na memorização de informações (GATTI, 1993).

A concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de


aula e na forma como professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos
disponíveis, livro didático, giz e quadro, televisão ou computador. A presença
desse aparato tecnológico na sala de aula não garante mudanças na forma de
ensinar e aprender. A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente
educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma
atuação ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores (MORAN,
1995).

O Brasil é um país com grande diversidade regional, cultural e com


grandes desigualdades sociais; portanto, não é possível pensar em um modelo
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único para incorporação de recursos tecnológicos na educação. É necessário


pensar em propostas que atendam aos interesses e necessidades de cada
região ou comunidade (BRASIL, 1998).

Se a escola for entendida como um local de construção do


conhecimento e de socialização do saber, como um ambiente de discussão,
troca de experiências e de elaboração de uma nova sociedade, é fundamental
que a utilização dos recursos seja amplamente discutida e elaborada
conjuntamente com a comunidade escolar, ou seja, que não fique restrita às
decisões e recomendações de outros. Tanto no Brasil como em outros países,
a maioria das experiências com uso de tecnologias informacionais na escola
estão apoiadas em uma concepção tradicional de ensino e aprendizagem.

Esse fato deve alertar para a importância da reflexão sobre qual é a


educação que se quer oferecer aos alunos, para que a incorporação da
tecnologia não seja apenas o "antigo" travestido de "moderno" (BRASIL, 1998).

Os meios eletrônicos de comunicação oferecem amplas possibilidades


para ficarem restritos à transmissão e memorização de informações. Permitem
a interação com diferentes formas de representação simbólica - gráficos,
textos, notas musicais, movimentos, ícones, imagens -, e podem ser
importantes fontes de informação, da mesma forma que textos, livros, revistas,
jornais da mídia impressa. Entrevistas, debates, documentários, filmes,
novelas, músicas, noticiários, softwares, CD-ROM, BBS e Internet são apenas
alguns exemplos de formatos diferentes de comunicação e informação
possíveis utilizando-se esses meios.

O computador, em particular, permite novas formas de trabalho,


possibilitando a criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos
possam pesquisar, fazer antecipações e simulações, confirmar ideias prévias,
experimentar, criar soluções e construir novas formas de representação
mental. Além disso, permite a interação com outros indivíduos e comunidades,
utilizando os sistemas interativos de comunicação: as redes de computadores
(BRASIL, 1998).
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11. O Professor na Era da Educação Tecnológica

No limite, as orientações e práticas pedagógicas, de instrução, os


paradigmas de investigação e os modelos de formação tecnológicas podem ser
adaptados, estão dependentes das perspectivas sobre a natureza do
conhecimento, do pensamento e das diferentes teorias da aprendizagem. Ou
seja, as orientações metodológicas e curriculares, as práticas, derivam e
fundamentam-se, pois, nas teorias da aprendizagem e do desenvolvimento,
sendo, então, os seus pilares a Filosofia e a Psicologia, dentre outros.

A grande evolução e utilização das novas tecnologias informacionais


vem provocando transformações radicais nas concepções de ciência, e
impulsiona as pessoas a conviverem com a ideia de aprendizagem sem
fronteiras e sem pré-requisitos. Tudo isso implica em novas ideias de
conhecimento, de ensino e de aprendizagem, exigindo o repensar do currículo,
da função da escola, do papel do professor e do aluno (TAJRA, 1998).

Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem


acontece quando se consegue integrar dentro de uma visão inovadora todas
as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais,
lúdicas e corporais (MERCADO, 2002).

Para o autor, houve uma passagem muito rápida do livro para a


televisão e vídeo e destes para o computador e a Internet, sem que houvesse
a aprendizagem e a exploração de todas as possibilidades de cada meio.

As habilidades relacionadas ao uso de tecnologia delineiam um novo


modelo para a escola. Os recursos oferecidos pelos computadores, pela
Internet e outras redes de comunicação evidenciam a necessidade de se
estabelecerem vínculos entre os conteúdos das disciplinas escolares, as
diversas aprendizagens no âmbito da escola e a realidade cotidiana.
Notadamente as informações circulantes são mais ricas em forma e mais
diversificadas em conteúdo do que as existentes na escola tradicional (LÉVY,
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1993; MORAN, 1995; MERCADO, 2002).

Até o advento das tecnologias de informação e comunicação, a escola


era o lugar para onde as pessoas se destinavam a fim de adquirir
conhecimento sistematizado, o lugar onde estavam as informações mais
importantes e o professor era visto, então, como o detentor e provedor de
saberes. Com a profusão de mídias e facilidade de acesso oferecido pelas
tecnologias de informação e comunicação, a escola redefine-se no que diz
respeito a ser repositório de informações e o professor passa a ter o papel de
mediador e orientador da aprendizagem, devendo ser hábil no uso das
tecnologias para a educação. (PREITO, 1999).

Para empreender um trabalho, no espaço escolar, comprometido com


uma nova realidade tecnológica, o professor precisa criar novas metodologias
de ensino que tenham como ponto de ancoragem a realidade da escola e de
seus protagonistas, relacionando o cotidiano escolar a contextos mais amplos,
articulando o senso comum ao saber sistematizado e socialmente construído,
integrando e contextualizando os diversos componentes curriculares à nova
realidade social. Dadas as transformações socioculturais que ocorrem numa
velocidade jamais vista, os profissionais da educação devem estar
continuamente se informando, se transformando, se formando (PRETTO,
1999).

12. Planejamento das aulas

O planejamento escolar é uma ferramenta usada por um professor, que


facilita o seu trabalho. Tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino.
Através do planejamento escolar, um professor programa e planeja as
atividades que vai propor aos seus alunos, e determina quais os objetivos
pretendidos para cada atividade. Existem três modalidades nesta área: o plano
de ensino, plano de aulas e plano da escola.

“O planejamento está presente em quase todas as nossas ações, pois


ele norteia a realização das atividades. Portanto, o mesmo é essencial em
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diferentes setores da vida social, tornando-se imprescindível também na


atividade docente”, afirmou a Professora Elizabete Magalhães, secretária
municipal da educação. O planejamento de aula é de fundamental importância
para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem.

A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e


desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e
tornando as aulas desestimulantes.

Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas


metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas
práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas
satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados,
tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.

13. Considerações finais

Diante do exposto, sobre a importância das Tecnologias da Informação e


Comunicação – TIC como facilitadora e promotora da aprendizagem, pode-se
afirmar que ainda são muitos os desafios para a implantação das mesmas no
ambiente da sala de aula, mas aos poucos estão surgindo ideias para a
incrementação dessas tecnologias no ambiente escolar.

Tais desafios como; a própria capacidade do educando se ele realmente


está capacitado para trabalhar com essas novas tecnologias, e se os alunos
vão se adaptar e utilizar esse meio de maneira vantajosa.

A temática foi de fundamental importância, pois trouxe um enfoque


maior à questão do uso das novas tecnologias como auxiliadora e facilitadora
da aprendizagem das crianças. Além de ressaltar a contribuição das
Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como recurso pedagógico
eficiente e rico para utilização, por parte dos educadores.

Pode-se concluir que as TIC além de serem um recurso pedagógico


interessante e importante para o professor, é uma ferramenta que torna a
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aprendizagem das crianças mais significativa e mais prazerosa, contribuindo


inclusive para o bem estar do aluno, estimulando-o a vir para a escola.

O desenvolvimento deste estudo, com todos os seus avanços e limites,


permitiu apontar algumas conclusões, sempre provisórias, mas férteis para
promover outras discussões, suscitar questionamentos e reflexões de acordo
com esse contexto de investigação das concepções da Prática Pedagógica e
Tecnologias digitais desenvolvidas por professores e como estas contribuem
para a incorporação das TIC no fazer pedagógico, de forma integrada e
articulada.

Vimos que na sociedade atual, não é mais possível negar que as novas
tecnologias estão presentes nas experiências diárias dos indivíduos e a escola
não pode ficar a margem dessas vivências. Esta deve, definitivamente, superar
uma estrutura firmada na transmissão da informação por parte do professor, na
atitude passiva do aluno e na utilização das tecnologias como ferramentas
auxiliares.

E assim, se firmar como espaço interativo onde os sujeitos permaneçam


em constantes trocas de saberes e de papeis nos processos comunicacionais.
Espaços interativos não exigem obrigatoriamente a presença marcante das
TIC, mas estas certamente potencializam a interatividade que se constitui como
um dos componentes do fenômeno cognitivo.

Reforça-se que a escola deve se integrar ao cenário que vem sendo


construído pelas tecnologias digitais e tornar-se um espaço educacional, no
qual sejam estabelecidas redes de relações que proporcionem múltiplas
possibilidades de trocas, interações, construções coletivas, enfim,
aprendizagens reais, verdadeiras e significativas.

Teorizar sobre as interfaces entre o trabalho didático e as TIC e realizar


interfaces na prática, possibilitando ao aluno uma compreensão dessa
integração nos seus fazeres, é um grande desafio. Nesse sentido, faz-se
necessário possibilitar meios para que professores construam suas práticas
contextualizadas, coerentes e significativas. Sem criar e ensinar regras,
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estimulando o pensamento reflexivo, assim como instrumentalizando-os para o


uso de meios, técnicas e tecnologias que medeiem um ensinar e aprender
construtivo, e não unicamente transmissão de informações.

A educação corresponde a não somente uma forma de conhecimento e


aprendizagem, mas também a um processo de esclarecimentos e assimilação
dos fatos ocorridos no mundo, desse modo com o passar do tempo, a
educação foi cada vez mais exigindo mudanças em seus valores educacionais,
atraídas pelas evoluções contidas nas sociedades e prendendo-se a moldes
cada vês mais atuais e modernos.

Ao longo do tempo, a educação sofreu diversas transformações em sua


gestão, obteve oportunidades para mudar o ensino e a aprendizagem na
sociedade, deixou de ser rudimentar ao quadro e giz para se tornar eficaz e
viável.

O avanço tecnológico foi o grande agente condicionante que


impulsionou a transformação da educação através da mudança dos métodos e
práticas exercidos em sala de aula.

Também expandiu os conceitos e a utilização de recursos tecnológicos,


principalmente o computador que revolucionou os modos de organizar e
armazenar informações importantes.

A tecnologia é o grande elemento de mudança da condição humana,


que contribuiu para a execução de um ensino capaz de formar pessoas com
grande desempenho profissional, desempenhadas na busca constante pelo
aperfeiçoamento tecnológico.

As novas tecnologias proporcionaram a todos as civilizações a


concepção de um ensino, uma educação revolucionada voltada para a
qualidade, que possa contribuir no desenvolvimento profissional ao longo da
vida do indivíduo.
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Ao mesmo tempo que passou a manipular e exercer um poder sobre o


homem através de suas facilidades e comodidades, que contribuíram para
inibir comportamentos e atos designados aos relacionamentos pessoais,
comunicação e contatos exercidos dentro da sociedade.

14. Referências bibliográficas

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