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1 INTRODUÇÃO

O hemograma é o exame que avalia quantitativamente e


qualitativamente os elementos celulares do sangue. É o exame complementar
mais requerido nas consultas, fazendo parte de todas as revisões de saúde.
Levantamentos feitos possibilitaram evidenciar a presença do hemograma
entre a lista de exames mais requisitados em torno de 48%. Essa preferência
universal denota que os hemogramas alem de fundamental na triagem de
saúde, é coadjuvante indispensável no diagnostico e no controle evolutivo das
doenças infecciosas, das crônicas e em geral das emergenciais medicas,
cirúrgicas traumatológicas e no acompanhamento da quimio e radioterapia,
estando este relacionado com toda Patologia, (Renato Failace 2010).
O exame do esfregaço sangüíneo é parte Importante da avaliação
hematológica. A confiabilidade da informação depende em grande parte do
exame sistemático de esfregaços bem confeccionados e corados. Se possível
os esfregaços sanguíneos devem ser preparados imediatamente

2 OBJETIVOS

A aula teve como premissa fazer uma abordagem pratica regular no


laboratório, como o uso de materiais, demonstração de coleta,
armazenamento, cuidados com a amostra do paciente, erros pré analíticos e os
cuidados com a bio segurança.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O sangue é constituído por eritrócitos, leucócitos e plaquetas que se


encontram suspensas num líquido, o plasma.
Plasma: - constitui 55% do volume sanguíneo, composto por 90% de
água, sendo o resto constituído por sais minerais, glicídios, lipídios, proteínas,
vitaminas e hormônas. É o meio de armazenamento e transporte dos fatores de
coagulação.
Eritrócitos: - forma de um disco bicôncavo com 7-9µm de diâmetro,
especializados para transporte de oxigênio, têm origem na medula vermelha,
sem núcleo, atividade metabólica apenas para assegurar o bom funcionamento
da hemoglobina e da plasticidade da membrana, morre após 65-120 dias da
sua formação.
Leucócitos: - devido ao fato de serem muito elásticos conseguem
atravessar as paredes dos capilares sanguíneos através do processo
denominado diapedese;
- Envolvem as bactérias e outros corpos estranhos ao organismo
através da fagocitose (processo que consiste na produção de pseudópodes
para englobar as bactérias);
- Origem na medula vermelha dos ossos, órgãos linfáticos (timo e baço)
e gânglios linfáticos; - apresentam núcleo com forma diversificada;
- Classificados quanto à presença de estruturas granulares ou não.
Neutrófilo: possui um núcleo denso e lobado (3-5 lóbulos).
- Não tem nucléolos aparentes. Caracterizado por ter um citoplasma
abundante ligeiramente acidófilo com grânulos pequenos, de cor rosada.
- Tem a capacidade de fazer diapedese e fagocitose.
Eosinófilo: mesmo tamanho do neutrófilo. Possui um núcleo com 1-2
lóbulos. No citoplasma tem grânulos de cor alaranjada. Também tem a
capacidade de fazer diapedese.
Basófilo: menor que os apresentados anteriormente. Possui grânulos
azuis-escuros que ofuscam o detalhe do núcleo.
-Tem a capacidade de libertar mediadores químicos, como a histamina,
por exemplo.
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Monócito: possui apenas um núcleo, pálido, com a cromatina


condensada, em forma de rim. O citoplasma é abundante com cor cinzenta.
Tem propriedades fagocíticas.
Linfócitos: têm um tamanho variável, mas são menores que todas as
células anteriores. Possuem um núcleo redondo com estrutura irregular. O
citoplasma é pouco abundante e basofílico.
Plaquetas: - constituídas essencialmente por proteínas;
- desempenham um papel muito importante na coagulação do sangue;
- forma de disco convexo
- são anucleadas.

4 MATERIAIS E METODOS

A pratica abordada trouxe um conhecimento no processo de coleta


conservação, cuidados pessoais e com o paciente, foi o usado o método de
esfregaço e utilizados os seguintes materiais:
 Seringa
 Algodão
 Garrote
 Álcool 70%
 Tubo de ensaio
 EDTA
 Pipeta
 Laminas
 Estante
 Microscópio óptico
 Amostra Sanguínea
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4.1 METODO DE ESFREGAÇO

 Em primeiro lugar coleta-se o sangue do paciente, na seqüência


deve-se inverter o tubo suavemente para homogeneizá-lo.
 Retirar um pouco de sangue do tubo com a pipeta e colocar uma
pequena gota de sangue sobre a lâmina.
 Com uma mão, segurar a lâmina nos cantos opostos à
extremidade que contém o sangue.
 Com a outra mão segurar outra lâmina, que irá servir para
espalhar o sangue, e colocar sobre a primeira de modo a fazerem
um ângulo de cerca de 45º. Este ângulo é mantido durante a
execução do esfregaço.
 Puxar a lâmina superior para trás até contatar com a gota de
sangue. O sangue vai-se distribuir ao longo do bordo desta
lâmina.
 Executar o esfregaço deslocando a lâmina superior de modo
suave, porém rapidamente ao longo de cerca de 4 cm da lâmina
inferior.
 Espere Secar o esfregaço ao ar.
 Outro passo importante é a Identificação da lamina de esfregaço.
 Feito o passo anterior agora é submeter a lamina de esfregaço ao
processo coloração “Corar”.

Figura representando o método:


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4.2 COLORAÇÃO

Na pratica utilizamos colorações tipo Panótico ou de Pappenheim, uma


técnica de coloração rápida, o processo é realizada imergindo a extensão
sanguínea em torno de 5 a 10 segundos em cada um dos três componentes da
coloração, na ordem indicada, alternando o mesmo tempo de imersão depois é
retirado do excesso de corante e espera a secagem para observação
microscópica.

4.3 OBSERVAÇÃO DO ESFREGAÇO AO MICROSCOPIO

No passo da observação ao microscópio do esfregaço corado tem como


objetivo pesquisar alterações qualitativas ou quantitativas dos glóbulos
brancos, glóbulos vermelhos ou plaquetas e demais aspectos que importantes
do ponto de vista clínico. Foi utilizado objetiva de 10 e de 40.

CONCLUSÃO

A aula foi baseada na técnica de coleta esfregão e coloração e por fim na


observação microscópica de células do tecido sanguíneo humano, concluímos
que é preciso o treino da pratica para que o esfregaço sanguíneo seja 7mais
bem espalhado na lamina, e que os corantes fazem toda a diferença para a
visualização dos leucócitos.

Na lâmina observada percebemos literalmente que as hemácias aparecem em


maior número que as demais células. As células brancas “leucócitos” são as
células constituintes do tecido sanguíneo que apresentam maiores dimensões,
apesar de serem relativamente pouco numerosos. Eles são classificados em
diferentes tipos, de acordo com a forma e dimensões do núcleo.

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