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ASPECTOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO:

NOS ARRANJO FÍSICOS DE CANTEIROS DE OBRAS

Fernando Carneiro Barreto Campello


UFPB - Centro de Tecnologia - Mestrado em Engenharia de Produção
Bloco G sala 1 João Pessoa -PB CEP 50.051-970 tel. / fax - (083) 2167549

Abstract
The civil construction industry, in the section of buildings, shows a high rate of
working accidents and a number of occupational diseases that has not been estimated yet.
The aim of this paper is to show suggestions in the elaboration of the Building site that
help avoiding the acidents at work and cooperate in the reduction occupational diseases

Keywords: Buiding site; work accident

1. Introdução
“O trabalho, hoje em dia, ocupa um espaço muito importante na vida de todos nós.
Ou seja, quase todo mundo trabalha, e uma grande parte de nossas vidas é passada dentro
de organizações” (Moraes in Rodrigues, 1995), este fato é a cada dia mais evidente quanto
mais desenvolvida for a região em análise. O homem moderno necessita de vários bens para
sobreviver, e o desenvolvimento de cada um desses bens não ocorre de forma individual,
mas desencadeia uma série de desenvolvimento de outros bens que necessitam ser proces-
sados. Para obtê-los, o homem precisa operar uma série de processos de trabalhos. Qual-
quer evento que venha a ocorrer e intervir no processo produtivo é um evento indesejável.
O Acidente do Trabalho (AT) é um exemplo característico desse evento social e economi-
camente indesejável, pois além de trazer prejuízo à produção, poderá deixar seqüelas per-
manentes ao operário.
Uma das formas de eliminar ou controlar os riscos de acidentes, está no planeja-
mento dos postos de trabalhos, ou no planejamento das instalações onde serão desenvolvi-
dos os trabalhos, na organização dessas instalações. É sabido as influências que o ambiente
desenvolve no homem e as suas conseqüências em relação ao trabalho, tanto em relação à
produtividade, como em relação aos AT’s, então para que se obtenha patamares satisfatóri-
os de produtividade e níveis baixos de AT’s é necessário que se possua um bom ambiente
de trabalho.
De acordo com Zócchio apud Souto e Melo (1987) “ segurança do trabalho é o
conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais e psicológicas, empregadas
para prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do ambiente, quer instruindo
ou convencendo pessoas na implantação de práticas preventivas”. Como se percebe, segu-
rança do trabalho é um conceito amplo, que envolve vários fatores, e que pode ser iniciado
no planejamento do arranjo físico do canteiro de obra. O presente texto tem o objetivo de
reunir aspectos legais e sugerir medidas em relação aos arranjos físicos dos canteiros de
obras, que ajudariam a tornar este um lugar mais seguro para os trabalhos.

2. Cenário dos acidentes de trabalho na construção civil


“É inegável que a cada ano que se passa a incidência de grandes catástrofes vem
aumentando” (Monticuco e Atienza, 1991). E, na sua maioria, elas ocorrem na indústria da
Construção Civil, que é responsável por 25% dos acidentes comunicados ao INPS. E apesar
dos esforços desenvolvidos nos últimos anos, a Indústria da Construção, no sub-setor de
edificações, mostra-se resistente à implantação de programas de segurança, bem como à
mudança no processo produtivo que reduz as condições de risco
Nunca será demais enfatizarmos o grande preço social que todos nós pagamos pelos
AT’s específicos deste setor, que vão dos pequenos acidentes às grandes mutilações, à in-
validez e, não raro, à morte do operário. É necessário, também, olhar para as doenças ocu-
pacionais que podem ser adquiridas ou agravadas nos ambientes de trabalhos e de algumas
doenças comuns, tais como doenças dos pulmões, da espinha dorsal, e outras que são agra-
vadas pela exposição aos riscos ambientais ou por ocupação dos postos de trabalhos. Gran-
de parte destas não são medicadas como doenças profissionais, como menciona Stellman
em seu livro Trabalho e Saúde na Indústria.
Faz-se necessário a formação de uma consciência sobre o problema, principalmente
visando a prevenção. É um fato incontestável que inúmeros acidentes seriam evitados, des-
de que fossem respeitados princípios mínimos de segurança, princípios estes presentes, por
exemplo, na NR-18 - Norma Regulamentadora 18 - que estabelece diretrizes de ordem ad-
ministrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implantação de medidas e
controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambi-
ente de trabalho na indústria da Construção, que deveriam estar presentes nos arranjos físi-
cos da construção civil (canteiro de obras).

3. Acidente do trabalho
Segundo a legislação trabalhista brasileira o AT é o que decorre do exercício do tra-
balho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause
a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. E é
classificado em três tipos:
• Acidente típico
• Acidente de trajeto
• Doenças do trabalho

4. Causas dos acidentes do trabalhos


São vários os elementos que podem acarretar o surgimento de disfunção, e conse-
qüentemente os AT’s. Todo e qualquer elemento que participe do processo de trabalho é
potencialmente gerador de disfunção, sendo assim as causas dos AT’s podem advir de:
• Fator pessoal de insegurança, os atos inseguros.
• Condições ambientais inseguras, instalações físicas, máquinas, organização do ambiente
do trabalho, etc.
As condições ambientais do trabalho que podem apresentar fatores possíveis
causadores de danos à saúde dos operários são várias. Para cada tipo de acidente surge a
necessidade de se promover uma investigação tanto para determinar a causa, como para
elaborar as alternativas para solução do problemas. Na indústria da Construção verifica-se a
presença de vários tipos de riscos como os relacionados a seguir.

5. Arranjo físico
O arranjo físico de fábricas trabalha com questões do dimensionamento produtivo
necessário a um processo, e com a distribuição espacial de recursos em uma determinada
área física, procurando dispor de áreas com operações mais econômicas e de forma mais
segura para os operários que segundo Muther, produzirão um produto a um custo suficien-
temente baixo, que permita sua venda lucrativa num mercado produtivo
Os princípios para a definição do arranjo físico, segundo Fristsche (1996), são:
• otimização de fluxos
• minimizar as distâncias entre os materiais, equipamentos e o local de utilização
• Aumentar a segurança e higiene na obra, criando um ambiente de trabalho agra-
dável para os trabalhadores
• Diminuir os problemas ergonômicos
• Definir entradas, saídas e vias de circulação
• Definir, segundo a estratégia de ataque de obra, o sistema de recebimento, trans-
porte e armazenamento de materiais.
• Promover a melhoria do posto de trabalho
• Facilitar o controle do estoque de materiais para impedir o acúmulo desnecessá-
rio ou a falta e materiais
• Projetar as instalações provisórias de água, esgoto, energia e telefônica
• Evitar lugar provisório de armazenamento, para evitar o duplo manuseio e con-
seqüente perdas
• Permitir boa impressão aos clientes que visitam a obra
O arranjo físico, por sua vez, se baseia em três princípios fundamentais, que são a
inter-relação entre atividades, o espaço disponível e o ajuste de equipamentos e áreas.
“ A análise das informações sobre o produto, quantidade, o roteiro, serviços de su-
porte e o tempo constitui os dados preliminares básicos para o desenvolvimento de um
projeto de arranjo físico “ (MUTHER, 1969). Ainda fazem-se necessárias, para ser um ar-
ranjo físico, as considerações de mudanças e as limitações de ordem práticas e/ou jurídica.
Como descreveu Oliverio (1985): percebemos que o “plant layout ” não é somente uma
disposição racional das máquinas que assegura o funcionamento de uma linha de usinagem
sem retrocessos e com mínima distância. É também o estudo das condições humanas de tra-
balho (iluminação, ventilação, etc.), de corredores eficientes, de como evitar controles des-
necessários, de armários e bancadas ao lado das máquinas, e de como o meio de transporte
vai ser utilizado para movimentação de uma peça.

6. Canteiro de obras
O canteiro de obras é o conjunto de instalações que dá apoio à administração da
obra e aos trabalhadores para a execução desta. Este representa para a construção civil o
mesmo que um pátio fabril para a indústria convencional. A implantação de um arranjo físi-
co destinado à produção de um imóvel compreende uma série de etapas que envolvem áreas
destinadas à administração, à produção e áreas designadas ao convívio dos operários. E tem
como objetivo, segundo os manuais da Fundacentro, é dispor os materiais, equipamentos e
instalações empregadas na construção de modo que não prejudiquem o trânsito de pessoas,
a circulação de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, bem como às
saídas de emergência para todos os funcionamentos e organização do canteiro sejam otimi-
zados”(Fristsche et all, 1996).
A tarefa de organizar e administrar um canteiro de obra é uma tarefa complexa e vai
além da elaboração de um arranjo físico, pois a indústria da Construção apresenta uma série
de aspectos peculiares, característicos do sub-setor de edificação, que além de influenciarem
no próprio arranjo físico, exercem influência sobre a segurança do trabalho.
A construção de edifícios em zonas urbanas tem na atualidade como uma das princi-
pais limitações o espaço para sua implantação, pois devido ao grande valor financeiro que
os terrenos têm adquirido nos centros urbanos, é de prática corrente entre os construtores
utilizar a máxima área possível para construção da edificação, resguardando apenas as áreas
delimitadas pela legislação municipal.
O dimensionamento de um canteiro compreende diversos fatores, entre os quais po-
demos destacar:
• área destinada à construção;
• área destinada às instalações da administração;
• área prevista para firmas tercerizadas;
• área para estoques;
• área de vivência;
• área destinada à circulação de material e pessoas;
• área destinada à segurança do trabalho, entre outras áreas.
Outro ponto relevante na questão da elaboração do canteiro é causado pela caracte-
rística nômade da Indústria da Construção, que passa a idéia que os canteiros são provisóri-
os, o que torna a “cultura do improviso” bastante difundida dentro deste, sendo aceitas so-
luções do tipo “quebra galho” para resolver situações, sem que seja estudada uma solução
permanente, que se insira em um contexto geral de forma definida e definitiva.

7. Aspectos relevantes para implantação do canteiro de obras


Descrever todas as instalações de um canteiro é uma tarefa quase impossível, pois
por mas que se aprofunde no assunto sempre será esquecido algo, pois cada canteiro assu-
me características próprias que dependem do terreno, do projeto do edifício, da orientação
do terreno e de sua infra-estrutura. Sendo assim, objetiva-se relacionar as instalações, e não
os departamentos destas instalações.
Sobre este novo ponto de vista, o canteiro pode ser dividido em:
• Área geral
• Instalações elétricas
• Instalações sanitárias
• Área de vivência
• Área administrativa
• Área de armazenamento
• Área destinadas a máquinas

7.1 Área geral


É obrigatório a colocação de tapumes sempre que forem ser executadas as obras de
construção, demolição ou reparos, onde for necessário impedir o acesso de pessoas estra-
nhas ao serviço (item 18.8.1 da NR-18). O tipo mas comum de tapume é o de folhas de ma-
deira compensada, mas o ideal seria que este fosse constituído por um material que permi-
tisse a visualização do interior do canteiro, passando este a ser visto pela sociedade, tornan-
do de certo modo obrigatória a limpeza e organização dos canteiros, por uma razão de ma-
rketing, que repercutiria de forma positiva na prevenção de acidentes, pois em locais arru-
mados e com superfície plana, a ocorrência de acidentes é diminuída, além de tornar o am-
biente mas saudável para todos. Desta forma também, a empresa passaria a se preocupar
mais com os fardamentos dos operários e com o estado deste fardamento, tendo a preocu-
pação de que os operários mantivessem os fardamentos limpos e com o uso e condições dos
de EPI no intuito de preservar a sua imagem.

7.2 Instalação elétrica


As concessionárias de energia locais estabelecem condições para o fornecimento
provisório de energia, que incluem um certo dimensionamento dos cabos e da chave elétrica
de entrada. Porém estas condições são válidas apenas para a entrada de energia que vai até
o quadro de medição. Além deste ponto inicia-se as instalações do canteiro propriamente
ditas.
Um dos passo básicos para a segurança é que seja feita o dimensionamento de todos
os ramais que vão ser instalados: os de iluminação geral, os dos equipamentos e os das ins-
talações administrativas, e que todo equipamento seja protegido por uma chave blindada, e
que esta seja instalada de tal forma que fechem para cima, desta forma os fusíveis não ficam
energizados quando a chave estiver aberta. Mas esta não deve ser usada como dispositivo
de ligar os equipamentos. Para tal finalidade deverão ser utilizadas as botoeiras.
A rede elétrica deve ser instalada de forma a não prejudicar a passagem de máquinas
e homens, e sempre que possível deve ser estendida envolta do tapume. Quando isto não for
possível, a rede deverá ser estendida a certa altura, de forma que pessoas e máquinas não
encostem nelas. Como última opção ela poderá ser estendida nos locais de passagem, desde
que protegida por calhas de madeira (o mais indicado), canaletas, ou eletrodutos.
As máquinas devem sempre estar aterrizadas para que se evite o contato direto com
a eletricidade, e sua ligação a rede elétrica deve ser feita sempre através de plugue-tomada.

7.3 Área de vivência


Para que sejam cumpridas à risca as condições de limpeza dos sanitários, seria muito
útil a separação dos sanitários apenas pelo sexo, tornado assim este de uso comum tanto
para os operários como para a administração e os visitantes, o que implicaria em um melhor
acabamento dos sanitários/vestiários, já que estes seriam freqüentados por possíveis clien-
tes, fornecedores e em algumas ocasiões por concorrentes, influenciando na imagem da em-
presa. Como resultado tem-se o racionamento do espaço do canteiro, já que não seria ne-
cessário a construção de outro sanitário, excluindo o de uso exclusivo do pessoal da cozi-
nha como previsto pela NR-18, para atender a outras pessoas.
O refeitório deverá prever uma área de 1,00 m2 (um metro quadrado) para cada
usuário, abrigando de cada vez um mínimo de 1/3 (um terço) dos trabalhadores de cada
turno. Sendo este turno o de maior (NR-24.3.2.a), devendo ter capacidade para garantir o
atendimento de todos os trabalhadores nos horários de refeições (NR-18.4.2.11.2.4).
Segundo Chaves e Meira (1996), as empresas alegam a falta de espaço no canteiro
de obras para o cumprimento de todos os itens, já que em média, nas obras de edificações
verticais, aproximadamente 45% do terreno é ocupado pela construção, mas isso não justi-
fica, pois poderia ser usado a própria construção para ser utilizada com esta finalidade.

7.4 Área administrativa


áreas administrativas devem ser projetadas prevendo os equipamentos que devem
abriga e os números de pessoas que devem trabalhar no setor para que se evite o aglomera-
do de pessoas em locais apertados, o que ocasionaria desconforto e desconcentração no
ambiente do trabalho, proporcionando um ambiente favorável à ocorrência de AT’s.
Devem ser observados os aspectos legais com relação aos documentos que necessa-
riamente têm que permanecer nos canteiro, como livros de equipamentos, entre outros, para
que se verifique os móveis para guarda destes, e por conseqüência o seu espaço de ocupa-
ção.
O dimensionamento desta área é muito subjetivo, variando de empresa para empre-
sa, mas seria de grande valia para execução do empreendimento reservar um espaço onde as
reuniões da CIPA pudessem ser desenvolvidas, e onde estariam os documentos referentes as
mesmas.

7.5 Área de armazenamento


As áreas destinadas a armazenagem de máquinas, ferramentas ou materiais devem,
antes de qualquer situação, ser dimensionadas para abrigar os seus materiais de forma orde-
nada e segura. Para possibilitar tal fato é necessário saber as quantidades de máquinas,
equipamento e ferramentas que serão utilizadas no processo, quando e como serão armaze-
nados. O momento (quando) de utilizar o serviço é necessário ser definido, pois dependen-
do deste a própria armazenagem pode utilizar-se dos cômodos da edificação.
Os corredores devem ser projetados de forma a não atrapalharem o trânsito, tendo
largura suficiente para permitir o fácil esvaziamento, mesmo que seja utilizado algum tipo
de equipamento para a movimentação da armazenagem.
Os depósitos de granel ensacados (cimento, areia, argamassa industrializada, etc.)
devem ser mantidos limpos e com iluminação adequada. Devem ter altura máxima de 20
fiadas, se utilizado empilhamento manual. Os sacos devem ser empilhados a uma distância
mínima de 50cm (cinqüenta centímetros) das paredes e das outras fiadas. Fristsche et all,
(1996), sugere que seja feita uma bancada nas seguintes dimensões: 0,75m x 1,50m x 7,00m
(altura x largura x comprimento). Esta bancada teria capacidade, segundo os autores, para
abrigar 112 sacos de cimento, tendo duas grandes vantagens do ponto de vista da seguran-
ça: a primeira é a posição ergonômica causada pela altura da bancada, já que não é mais ne-
cessário que o operário se abaixe para pegar o saco até a altura do chão. Da mesma forma
os autores limitam a altura das pilhas até 4 ( quatros) fiadas. Além de ficar o estoque sem-
pre arrumado, em caso de algum saco vir a se rasgar, a limpeza do ambiente é facilitada,
não permitindo assim o acúmulo de sujeira.
Os locais para armazenamento devem ser localizados de forma a se evitar depósitos
provisórios, o que poderia tumultuar o fluxo de pessoas e equipamentos através do cantei-
ro. Estes locais devem possuir fácil acesso, além de estarem próximos dos locais onde serão
processados ou dos equipamento de transporte.

7.6 Áreas destinadas à máquinas


As áreas destinadas a máquinas e equipamentos devem, além de ser capazes de
comportar os mesmos, respeitar as distâncias entre as máquinas, de forma a manter a segu-
rança do operador entre as partes móveis. A distância mínima entre máquinas não deverá
ser inferior a 80 cm (oitenta centímetros).
Os corredores principais devem guardar uma largura mínima de 1,20m ( um metro e
vinte centímetros).
Os pontos de ligações elétricas devem estar localizados próximos dos aparelhos, e
devem obedecer as norma específicas, sendo sempre obrigatória a existência de um sistema
de aterramento.
Fristsche et all (1996) indica que sejam reservadas as seguintes áreas para os equi-
pamentos relacionados:
EQUIPAMENTO ÁREA (m x m)
Betoneira 500 litros 5x4
360 litros 4x4
Grua 5,00 x 2,50
Elevador de carga 3x4
figura 1
8. Definições e dimensionamento de áreas segundo nr-18
De início percebe-se que é possível, segundo a NR-18, selecionar as áreas segundo
três grupos pelo critério de proximidade, como mostra a figura 2
Os critérios de proximidades se baseiam no da comunicação entre os ambiente e to-
mam por base a NR-18. Os ambientes foram classificados com os seguintes pré-requisitos:
REFEITÓRIOS - não podem se comunicar diretamente com sanitários e alojamentos, assim
como não podem ser localizados em subsolos ou porões.
COZINHAS - devem ser ligadas ao refeitório e possuir um W.C. de uso exclusivo. Devem
estar afastadas de sanitários e não estar localizadas em porões ou subsolos.
VESTIÁRIOS - precisam estar próximos aos alojamentos e/ou entrada da obra, além de
não poderem ser ligados diretamente ao refeitório.
LAVANDERIAS - pedem uma área própria.
ÁREA DE LASER - podem ser utilizados os refeitórios para este fins.

Grupo I Grupo II Grupo III


Cozinha Vestiário Sanitários
Refeitório Alojamentos
Área de lazer Lavanderia
figura 2

9. Conclusão
Com a definição dos grupos percebe-se que muitos critérios com relação à saúde do
trabalhador foram tomados em consideração, proibindo a construção de alojamentos em
porões ou subsolos, que têm grande probabilidade de serem locais úmidos e escuros, propí-
cios ao desenvolvimentos de fungos e bactérias prejudiciais à saúde, e também não permi-
tindo a ligação dos refeitórios com os sanitários, que são possíveis focos de contaminação.
Porém a NR-18 falha quando se omite a ligação deste com os alojamentos.
Os critérios descritos no decorrer do texto, alertam para algumas providências que
podem ser adotadas na elaboração do canteiro de obras, não só com relação à segurança,
mas também relacionadas com a funcionalidade do canteiro. Esses critérios podem ser im-
plantados sem a necessidade de qualquer material novo ou de grandes investimentos nos
canteiros, sendo necessário apenas uma programação detalhada da obra para que sejam de-
terminados os elementos de subsídio para implantação do canteiros, e para que sejam esta-
belecidas as respectivas medidas de segurança para as instalações.

10. Bibliografia

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