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GPEC Apostila Historia e Cultura Afro Brasileira Turma 5 1 PDF
GPEC Apostila Historia e Cultura Afro Brasileira Turma 5 1 PDF
Apostila do Curso:
Turma 5
Coordenação e Tutoria
Professora e Autora - Maria Jose Silva Caldas Fagundes
Gisela Zampelli
Endereço de email: gisela@gpeconline.com.br
Cidade/Município: São Paulo - SP, Brasil
Gilza Sanches
Endereço de email: gsgc25@yahoo.com.br
Cidade/Município: Rio de Janeiro, Brasil
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
METODOLOGIA
A lei 10.639/03 visa fazer um resgate histórico para que as pessoas negras afro-
brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história.
Desse modo, prevê ainda trabalhar o conhecimento da história e cultura da África a
partir do processo de escravidão, bem como conceitos sócio-político-históricos.
Entretanto, na tentativa de amenizar os preconceitos em sala de aula, propõe-se que
não sejam abordados nas escolas certos temas como: raça, racismo, etnia,
etnocentrismo, discriminação racial. Em março de 2005 foram apresentados alguns
pontos relacionados quanto à implementação efetiva da lei, tais como: formação de
professores e de outros profissionais da educação.
Entretanto, os professores, que em sua formação também não receberam preparo
especial para o ensino da cultura africana e suas reais influências para a formação da
identidade do nosso país, entram em conflito quanto à melhor maneira de trabalhar
essa temática na escola. Nesse sentido, este ponto pode ser um dos obstáculos
estabelecidos com a lei 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, visto que a mesma não disciplina nem menciona em nenhum de seus
artigos, cursos de capacitação voltados à preparação de professores na área.
Além disso, discute-se ainda a reestruturação das bases pedagógicas num movimento
de resgate histórico, ressaltando os conceitos trabalhados em sala de aula e a base
teórica empregada. Por este motivo, incluiriam no rol de conteúdos e em atividades
curriculares dos cursos de educação das relações étnico-raciais, conhecimentos de
matriz africana que diz respeito à população africana.
A lei 10.639/03 visa fazer um resgate histórico para que as pessoas negras afro-
brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história.
Formação de professores
Vetos
Com base nos termos do Art. 66 do § 1º da Constituição Federal, foram vetados
alguns dispositivos acrescidos pelo projeto à lei 9.394/94, por contrariedade aos
interesses públicos. Dentre os dispositivos vetados destaca-se o Art. 26A § 3º que
indica a organização dos conteúdos curriculares na qual afirma que "as disciplinas
História do Brasil e Educação Artística, no ensino médio, deverão dedicar, pelo menos,
10% (dez por cento) do seu conteúdo programático anual ou semestral à temática
referida nesta lei". Esse dispositivo apresenta-se contrário a Constituição, visto que o
referido parágrafo não atende ao interesse público consubstanciado na exigência de
se observar na fixação dos currículos, os valores sociais e culturais das diversas
regiões e localidades.
Outro veto foi feito as Art. 79A na qual explica que "os cursos de capacitação para
participação de entidades do movimento afro-brasileiro, das universidades e de outras
instituições de pesquisas pertinentes à matéria".
Verifica-se que a lei 9.394/96 não disciplina e nem tampouco faz menção em nenhum
de seus artigos aos cursos de capacitação para professores. O Art. 79A, portanto,
estaria na Lei Complementar nº. 95, de 26 de fevereiro de 1998, segundo a qual a lei
não conterá matérias estranhas a seu objeto (Art. 7, inciso II).
O estudo de assuntos decorrentes da história e cultura afro deve ser componente dos
estudos do cotidiano escolar, uma vez que os alunos tornam-se capazes de construir
relações ético-sociais e pedagógicas.
Contudo, o ensino das relações étnico-raciais nas escolas brasileiras é uma medida
preventiva fundamental contra o favorecimento da discriminação.
No entanto, as experiências e contribuições históricas dos afro-brasileiros têm sido
trabalhadas como um mundo à parte da realidade nacional, por este motivo, é
fundamental entendê-las enquanto realidade social, produtora da própria história.
Segundo Texto Base
A Lei federal 10.693/03 abriu caminhos para implantação de uma educação anti-
racista. O desafio agora é mobilizar educadores para fazer valer a medida.
A Lei 10.693/03
Resumo da Lei 10.639/03
http://www.espacoacademico.com.br/036/36epereira.htm
http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n67/a09v2567.pdf
Textos para leitura
complementar
Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
15742002000200010&script=sci_arttext&tlng=en
2- Como seria a forma ideal de aliar conteúdo e valores e o que tem quem ser
mudado?
FORUM_DE_DISCUSSAO_NAO_AVALIATIVO.docx
Segue em anexo as respostas para as indagações/reflexões acima.
4- Infelizmente existem discriminações nas escolas, mas acredito que todos nós,
participantes do processo de ensino de pessoas devemos contribuir para que
isto diminua à dada dia. Existem não só discriminação racial mas a física, a de
classes sociais e também de modo que estão sendo educadas em seus lares.
2)A didática tem como objetivo principal criar estratégias de ensino para a
realização de aprendizagens, ela transforma teoria em prática. E o
professor tem fundamental importância nesse processo educativo.
Libâneo ressalta a influência educacional não intencional, que é exercida
pelo meio social em que vive o indivíduo, e a educação intencional,
quando esta educação têm objetivos e intenções definidos. A educação
seja ela formal, informal, intencional ou não intencional é responsável pela
formação humana, porém quando a educação é instrutiva caracteriza-se
pela formação e desenvolvimento do indivíduo em relação a certos
conhecimentos. A didática faz parte de um sistema de instrução e ensinos
que têm objetivos a serem realizados. Libâneo define a didática como a
mediação entre as dimensões teórico-científica e a prática docente. Os
elementos que definem a didática são: Os conteúdos que deverão ser
ensinados; de que formas serão ensinados, ou seja, a ação pedagógica; e
por último a aprendizagem do sujeito que é a ação de aprender. No
paradigma construtivista o sujeito é o principal responsável pelo seu
processo de aprendizagem, e o papel do professor é ajudar o aluno a
adquirir conhecimentos, já na tendência tradicional a didática é realizada
com regras e procedimentos padrões, onde o professor é o transmissor
do conhecimento. A aprendizagem está presente em qualquer situação
onde aconteça alguma atividade humana que nos favoreça algum tipo de
conhecimento, seja ela casual ou organizada.
ATIVIDADE AVALIATIVA
Muitas publicações sobre o tema, políticas publicas como cotas, ações do MEC
e dos sistemas de ensino no que se refere à formação de professores para a
diversidade étnico-racial, em quantidade bastante tímida, é necessario ampliar
de forma gratuita, os cursos especificos à tematica aos docentes; novas
perspectivas na pesquisa sobre relações raciais, no Brasil; inserção de docentes
da educação básica e superior na temática africana e afro-brasileira através de
concursos ou cursos universitarios ,mas sobretudo , a consciência dos
educadores de que a questão étnico-racial diz respeito a toda a sociedade
brasileira, e não somente aos negros; e entendimento do trato pedagógico e
democrático da questão étnico-racial como um direito de todo cidadão.
1- A Lei foi criada, porém foi implantada em poucas escolas. Devemos iniciar
esta implementação através da nossa história com influencias dos índios, negros
e europeus, demonstrando a mistura de etnias. Fazendo com que os alunos
buscassem informações através de pesquisas sobre a cultura afro evidenciando
as ações no passando e as conseqüências no presente.
3- Temos nove anos da criação desta lei, porém não foram implantadas as
noções e informações para adaptação em todos os níveis escolares do públicos,
pois em algumas escolas particulares este conteúdo foi implementado de
maneira simplista. Devemos nos preocupar em colocar este conteúdo com meios
e trazendo informações para dar abertura para os professores poderem abordar
e ensinar da maneira correta este conteúdo esquecido por muitos. Foi abordado
no texto o saber histórico onde engloba as competências acadêmicas e a
pedagogia, mostrando a capacitação do ´professor para que o que esta sendo
pedido pela lei seja efetuado de forma a ser aplicada com real ensino da lei .
Assim como outras leis, a 10.693 veio de cima para baixo, sem ter sido
previamente apresentada a nós professores. Não sou contra esta lei, tampouco
contra o que se pretende com ela, mas, sou contra a maneira como as coisas
são colocadas para nós professores e para as escolas de uma maneira geral.
Temos que dar conta de milhões de propostas e projetos que interessam a este
ou àquele político e acabamos sempre sobrecarregados sem ter como fazer tudo
o que nos jogado.
Não gosto de fazer coisas mal feitas ou fazê-las pela metade, por isso acho que
uma formação (de qualidade) seria imprescindível. Se vamos trabalhar uma Lei
para que ela realmente saia do papel, o primeiro passo é criar grupos de estudos
nas escolas, envolvendo toda a comunidade escolar.
Trabalho em uma escola de zona rural com quase 500 alunos e como vivencio
uma realidade diferente das que os colegas têm relatado, parece até que não
existe, mas na nossa escola, felizmente, não temos problemas com preconceitos
ou discriminação racial. A maioria dos alunos é afro-descendente, e todos se
relacionam muito bem entre si.
É gratificante saber que nossa escola respeita os direitos de todos e de cada um.
É impressionante sentir a relação de amizade e respeito que existe entre os
alunos. Quanto aos professores, não temos somente professores maravilhosos,
mas estes também têm uma postura de igualdade entre todos.
http://www.tg3.com.br/africa/historia_africana.htm
http://editoracontexto.com.br/blog/?p=71
BIBLIOGRAFIA
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.826.htm
A História e Cultura Afro Brasileira e a Lei 10.639/63 publicado 4/12/2008 por Leidiane
Santos em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/12161/1/A-Historia-e-Cultura-Afro-Brasileira-
e-a-Lei-1063963/pagina1.html#ixzz3qC4Te38R
http://www.midiaindependente.org/pt/red/2007/08/391065.shtml
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Escravidão
METODOLOGIA
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/escravidao-no-brasil/navio-negreiro.php
Escravidão no Brasil
http://bndigital.bn.br/projetos/escravos/introducao.html
Didatica
http://www.pgie.ufrgs.br/alunos_espie/espie/max/public_html/didatica.htm
http://www.profala.com/arteducesp140.htm
Herança Africana
http://www.overmundo.com.br/overblog/heranca-africana
http://www.espacoacademico.com.br/050/50clopes.htm
Eterno batuque
http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1412
http://www.acordacultura.org.br/artigo-01-10-2010
http://www.pousadadascores.com.br/leitura_virtual/cultura_brasileira/negro.htm
http://www.nosrevla.com/home/page3e
Vídeos de Apoio-Links
Cultura Africana
http://www.youtube.com/watch?v=KTd9IlROM-U&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=7Ph1mpTr5Fc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=mXWF8qQx4qw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=2gnXVQQTvCA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=soX9lGcF_oo&feature=related
Fórum de discussão
Fórum de discussão
por Plantão - Suporte GPEC - segunda, 16 janeiro 2012, 13:42
MÓDULO 2
Segundo Piaget, ―o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou
brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico,
cognitivo, afetivo e moral‖. Através dele se processa a construção de
conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório.
Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e
seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação
e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a
inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto
cognitivos como emocionais. O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus",
que quer dizer "jogo‖. Se achasse confinada a sua origem, o termo lúdico estaria
se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico
passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do
comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples
sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as
demarcações do brincar espontâneo. Diante deste pressuposto, podemos refletir
que o emprego de metodologias mais humanizadas, voltadas para a valorização
do ser humano em sua totalidade, centradas no respeito à diversidade social,
cultural, racial, sexual e religiosa, possibilitando múltiplas vivências e liberação
de medos, fobias, pânicos.
http://www.partes.com.br/educacao/ludico.asp
"Brincar é tão sério pra uma criança como trabalhar é para um adulto."
Grupo_Escambo_e_interacao_coletiva.docx
Em Nova Iguaçu existe o Grupo de Capoeira ESCAMBO.
"O grupo Escambo foi fundado no dia 13 de Maio de 2001, em Nova Iguaçu, no
Estado do Rio de Janeiro, ás 10:00 horas, no bairro Engenho pequeno. Como
testemunhas estiverão o mestre Everaldo Lima e o falecido contramestre
―Gordinho‖. Logo após a fundação o grupo foi registrado na FCERJ (Federação
de Capoeira do Estado do Rio de Janeiro), sob o n° 6.414, e na FNCB
(Federação Nacional de Capoeira do Brasil), sob o n° 700. No mesmo ano de
fundação o grupo participou do Festival de uma corda só, na Universidade Veiga
de Almeida, no Maracanã, pela Federação Desportiva do Estado do Rio de
Janeiro, no dia 04/08/2001, conquistando o segundo lugar. O grupo também
participou do Desafio Rio x São Paulo, pela Federação de Capoeira do Estado
do Rio de Janeiro, no dia 21/07/2002, conquistando o segundo lugar por equipe.
O grupo deu aulas em escolas, academias, clubes, comunidades carentes e em
uma instituição filantrópica chamada São Miguel Arcanjo, em Nova Iguaçu. Fez
várias apresentações entre elas: CBMERJ-4° Grupamento da Baixada,
Fundação Bradesco na Tijuca, na Faculdade Unisuam em Bonsucesso, em
vários colégios, clubes e etc. Atualmente o grupo tem parceria com entidades
não-governamentais e projetos do próprio grupo, desenvolvendo o nosso
esporte: Capoeira."
Embora não faça parte de nenhum grupo cultural, acontece, também, outras
manifestações culturais em que a cultura afro-brasileira é bastante presença
marcante: "Fotografia, teatro, literatura, dança, desfiles e músicas com dialetos
africanos e até um curta-metragem (...)"
A Prefeitura de Nova Iguaçu através da Secretaria Municipal de Educação
(SEMED) desenvolve projetos com o objetivo de implementação efetiva da Lei
10.639/2003, a fim de "resgatar a história e cultura afro-brasileira de forma
positiva."
Açoes práticas:
*o JONGO
Quilombo São Jose de Valença – SESC Nova Iguaçu
http://youtu.be/5xs_vbQdsBs - video
http://quilombosaojosedaserra.blogspot.com/
* A CAPOEIRA
http://youtu.be/kFFjLLLkZI0
* FOTOGRAFIA
Projeto - "Olhares Iguaçuanos: retratos de um Brasil em Preto e Branco‖
-Noticias Pertinentes-
http://www.novaiguacu.rj.gov.br/noticias_res.php?id=525
http://semedni-2009.blogspot.com/ (dia 03.01.2012)
http://www.enraizados.com.br/
* VIDEOS
http://youtu.be/kFFjLLLkZI0 (Capoeira)
http://youtu.be/5xs_vbQdsBs (Jongo)
http://youtu.be/uutZwczBpYw (Hip-Hop)
bjs
Muito interessante!
bjs
Congada
Outra manifestação é o samba de lenço. Uma dança de origem africana,
podendo ser praticada tanto no meio urbano (samba de salão) quanto na
zonarural (samba de roda, samba campineiro). Sua composição é similar ao
jongo e ao batuque. O lenço é utilizado para representar a devoção dos
sambistas á São Benedito.
O batuque, outra grande manifestação cultural da região, é muito popular nas
cidades do interior paulista, tais como as festas do divino Espirito Santo e nas
festas juninas. O batuque é dançado nas praças publicas ou nos terreiros. A
dança é realizada através de uma fileira de homens que fica a 15 metros de
distância das mulheres, e, ao iniciar o ritual, os homens e as mulheres dão a
―umbigada‖, ou seja, o ventre da mulher bate na barriga do homem.
O carnaval é uma festa popular comemorada em todo o Brasil. Mas nas cidades
do Rio de Janeiro e São Paulo acontecem os desfiles das escola de samba.
Carnaval carioca
Na dança de São Gonçalo, em homenagem ao Santo, as moças se vestem de
branco, rosa e azul. E conduzem um arco enfeitado de papel de seda da cor do
vestido. A participação do homem trajando branco, nesta dança ele é comanda a
função, na qual desempenha o papel de São Gonçalo.
A folia de reis ou reisado é um folguedo dedicado aos Santos Reis, os três reis
magos. É uma festa de origem portuguesa em comemoração à festa do Divino
ou dos Reis Magos, e que acontece no Brasil todo. O folguedo ocorre no período
do Natal, de 24 de dezembro a 6 de janeiro. A sua formação difere conformo o
lugar, mas há sempre um mestre, líder maior, responsável pela cantoria e pela
coordenação geral do grupo. Seu auxiliar é o contramestre, que angaria os
donativos e o substitui em caso de necessidade. Algumas folias trazem a figura
do embaixador, que pede licença para entrar nas casas, pronuncia as profecias
e lembra as palavras escritas pelos profetas a respeito do nascimento de Cristo.
Há instrumentos e cantores e alguns grupos trazem os reis representando os
três reis magos.
Folia de Reis
O Fandango é muito popular nas cidades do litoral paulista. É uma dança tipica
rufada com passos marcados, com batidas de pés, é dançado até meia-noite.
Depois dançam os fandangos valsados, mais calmos.
O ticumbi consiste numa vertente da congada, uma variação capixada da
mesma. Sua expressão só é encontrada no estado do espirito Santo. É uma
dança dramática guerreira. E é praticada por negros vestido de branco e usam
botas longas enfeitadas de fitas bastantes coloridas.
A dança de velho é apresentada na festa do Divino Espirito Santo. E existe ainda
apenas no litoral fluminense, nas cidades de Paraty e Angra dos Reis, e nas
cidades paulistas de Cunha e São Luiz do Paratininga.
O bailado do caiapó de influencia indígena. Esta presente na cultura diversos
estados do Brasil, com sua variações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro
e Minas Gerais.
A culinária do sudeste é bastante diversificada, pois apresenta influencia do
ameríndio, do europeu, do africano e dos diversos imigrantes asiáticos. Entre os
pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, feita com tintura de urucum
(ES); pão de queijo, feijão tropeiro, carne de porco servida com couve, quiabo,
milho ou mandioca (MG); feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho
(RJ); virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza (SP).
Moqueca capixaba
REFERENCIAS
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/cultura-regiao-sudeste.htm,
realizada no dia 31/01/12.
http://www.brasilescola.com/brasil/aspectos-culturais-regiao-sudeste.htm ,
realizada no dia 31/01/2012
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=809885
http://www.carnavaldorecife.com.br/
http://www.youtube.com/watch?v=-1DpG6agTHA
http://www.youtube.com/watch?v=074S-OJug0s&feature=related
Re: Dinâmica do Módulo - Valendo Nota
por Cintia da Silva do Vale - domingo, 5 fevereiro 2012, 01:31
Dinamica_do_Modulo_II.docx
Boa noite,
Obrigada,
Cintia Vale.
Jongo
Aula aberta da tradicional dança de terreiro do vale paraibano, entre São Paulo e
Rio de Janeiro. Remonta aos tempos da escravidão, quando era praticada pelos
negros que trabalhavam nas fazendas de café. Feita em roda, com apenas um
casal ao centro, a dança é desenvolvida com cortes, onde homens e mulheres,
tiram o dançador de mesmo sexo, formando uma nova dupla. Grátis
22 e 24 de fevereiro | domingo e terça-feira de Carnaval, das 14h30 às 16h
SESC Itaquera
Grupo Sambaqui
Manifestações da cultura tradicional afro-brasileira da região sudeste,
reproduzidos em danças e cantos, como o Samba de Bumbo, Jongo, Batuque de
Umbigada e Moçambique Paulista. Grátis
22 de fevereiro | domingo de Carnaval, a partir das 15h30
Re: Dinâmica do Módulo - Valendo Nota
por Thais Poliana Neto - domingo, 12 fevereiro 2012, 17:53
Moro em Guaratinguetá – SP, aqui a manifestação de cultura afro já é
organizada e até se transformou em associação.
É o Jongo que constituiu a Associação Jongueira do Tamandaré de
Guaratinguetá, que desenvolve o Projeto Bem-te-vi em parceria com a
Associação Cultural Cachuera!, e a Associação Quilombola.
A festa tradicional de Jongo costuma reunir praticantes e grupos de jongo de
todo o Brasil.
O Jongo de Tamandaré. Trata da comunidade de jongueiros, uma das poucas
sobreviventes no País, do bairro de Tamandaré, em Guaratinguetá, no Vale do
Paraíba, em São Paulo. Trabalho de imensa importância, elaborado com
cuidado respeito, conhecimento de causa.
Principais festas
. Santo Antônio, São João, São Pedro - 13, 24, 29 de Junho (ou o final de
semana mais próximo destas datas), no Bairro do Tamandaré
. 13 de Maio, apresentação tradicional da comunidade jongueira na cidade de
Guaratinguetá.
. Carnaval - participação de jongueiros na Escola de Samba Unidos do
Tamandaré e no Bloco da Raça.
A origem do jongo
A origem do jongo está diretamente ligada aos hábitos recorrentes da cultura
africana dos bantos, os primeiros escravos da região do Congo-Angola que
vieram ao Brasil colonial escravocrata para trabalhar nas fazendas de café do
Vale do Rio Paraíba, interior dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais. A nação banto é considerada uma das células-tronco da cultura
brasileira, com influências visíveis na música, na língua, na culinária e até
mesmo nos costumes do nosso povo. O jongo é dançado para festejar e era
permitido pelos senhores das fazendas no intuito de aliviar a revolta e o
sofrimento dos negros, que tinham na festa um raro momento de
confraternização. Não possui ligação evidente com a religiosidade, como o
candomblé, mas é permeado por atitudes religiosas em todos os rituais da festa.
Primeira Atividade
Avaliativa
Primeira atividade avaliativa
por Equipe de Suporte GPEC - segunda, 12 dezembro 2011, 14:14
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
MÓDULO 2
1 – No site que nos mostra o livro Cartilha Raízes Brasileira Série – O Negro,
Carlos Alves Moura, assessor para assuntos da Cultura Negra do Ministério da
Cultura, diz ter feito um trabalho minucioso de focalização do negro no contexto
brasileiro desde a sua chegada. Variáveis relevantes foram devidamente
apreciadas pelo autor, mostrando, através de uma linguagem objetiva e concisa,
numa síntese, que a gama de dificuldades enfrentadas pelo negro no passado,
aqui, ainda está presente na sua vida cotidiana.
A Questão Negra
http://direitos_humanos.sites.uol.com.br/negros.htm
A cultura negra é visto apenas como fonte de exportação para o país. É através
da música, do futebol, do sincretismo religioso com manifestações folclóricas que
a cultura negra é valorizada como atrativo turístico para ser divulgada no exterior.
Ele se torna um cartão postal do país, com intuito apenas de gerar lucro e divisa
para o país.
BEIJOS
A letra da música da Elza Soares resume muito bem o que tem acontecido com o
negro desde a sua chegada aqui no Brasil. Começando com a inserção dos
imigrantes europeus, a Lei do Ventre, culminado com a assinatura da Lei Áurea
em 1888, baseada em interesses políticos.
E, até aos dias de hoje, o negro sofre com trabalhos mal remunerado, se
comparado com o salário do branco, como consequência da baixa escolaridade,
desqualificação profissional, falta de oportunidade e credibilidade no seu
potencial, tudo isso somado a herança negativa que traz a figura humana negra.
Tais atitudes acirram o preconceito e confirmam o racismo disfarçado, negado a
todo custo.
O ensino da História e Cultura Afro brasileira nas escolas fará com que muitas
ações praticadas no dia a dia, a começar na própria escola, tenham chance de
mudar, uma vez que a valorização - sobretudo a partir do conhecimento de fato
de tudo que ocorreu durante a inserção do povo negro no Novo Mundo - trará
benefícios não só para o negro, mas para o povo brasileiro como um todo.
(http://www.cristovam.org.br/portal2/index.php?option=com_content&view=article
&id=3267:negro-e-discriminado-no-mercado-de-trabalho-constatam-especialistas-
5102009&catid=17:acao-legislativa&Itemid=100052)
http://www.comciencia.br/reportagens/negros/05.shtml
http://youtu.be/_Ex2E4zKJqM
videoclipe SEU JORGE – "A Carne mais barata no mercado é a carne negra"
Inclusive, creio que o nosso Brasil terá, a partir de então, a sua identidade, a sua
face verdadeira e não aquela que vem, desde a sua descoberta, sendo
assimilada por imposição, a ponto de sermos muitos e ainda não sermos
ÚNICOS com toda a nossa diversidade e aceitarmos tal privilégio.
Segunda Atividade
Avaliativa
Re: Segunda atividade avaliativa
por Paulo Cesar Vono - segunda, 30 janeiro 2012, 22:43
6-samba:.na lingua africana quer dizer bater umbigo, e o dia nacional desse
ritmo é 2 de dezembro.O samba é uma dança animada com um ritmo forte e
característico. Originou da África
e foi levado para a Bahia pelos escravos enviados para trabalhar nas plantações
de açucar. A dança gradualmente perdeu sua natureza ritualista e
eventualmente se tornou
a dança nacional brasileira. Na época de carnaval no Rio de Janeiro que colocou
o samba no mapa ocidental, os baianos das plantações de açucar viajavam das
aldeias
até o Rio para as festas anuais. Gradualmente a batida sutil e a nuança
interpretativa
do samba levavam-nos rua acima dançando nos cafés e eventualmente até nos
salões
de baile, tornou-se a alma dança do Brasil. Originalmente a dança teve
movimentos de mão muito carcterístico, derivados de sua função ritualista,
quando eram segurados pequenos recipientes de ervas aromáticas em cada
uma das mãos e eram aproximadas do nariz do dançarino cuja fragância
excitava. Havia muito trabalho de solo e antes de se tornar uma dança de salão,
teve passos incorporados do maxixe. Os grandes dançarinos americanos, Irene
e Castelo de Vernou, usou o samba nas suas rotinas profissionais, e assim
começou a se espalhar. Mas provavelmente foi Carmem Miranda, a brasileira
mais conhecida de todos, que com tremenda vitalidade e perícia de atriz,
colocou o samba como o mais excitante e contagiante do mundo. No Brasil o
desfile das escolas de samba, cresceu e o País desenvolveu seu próprio ballet
artístico com ritmo de samba e movimentos básicos................7-CANDOMBLÉ:
O candomblé foi levado ao Brasil por escravos nativos da África, na região de
Angola, no final do século XVI. Entre as religiões brasileiras o candomblé é
considerada a mais pura, é uma religião musical e culturalmente rica, pois sua
dança tem papel muito importante nos rituais. O Candomblé é o culto afro que
mais preserva as origens africanas em sua integridade, procurando evitar o
sincretismo religioso. Para os colonizadores portugueses, as danças e os rituais
eram considerados feitiçarias e deveriam ser proibidos. A solução encontrada
era rezar para um santo e acender a vela para os orixás. Por isso, o candomblé
possui alguns traços do catolicismo.
Mas, para receber ou ter esta capacidade de incorporar o Òrìsà, essas pessoas
têm de passar por certos rituais de purificação e iniciação para, aí sim,
cumpridos os rituais, terem o privilégio de serem consideradas especiais, não
importando o sexo, a idade, ou o tempo de iniciação. Pois uma pessoa que
possuir capacidade de incorporar o Òrìsà é vista como um escolhido e não existe
honraria maior para um adepto do culto do que a capacidade de incorporar um
Òrìsà, emprestando o seu Orí àti ara (sua cabeça e corpo) para tornar-se um
meio de comunicação direta do Òrìsà com os demais fiéis do culto.
A hierarquia do terreiro
Iabassê: Mãe das comidas, responsável pela cozinha. Não recebe santo.
.
Agibonã: Responsável pela iniciação dos iaôs. Não recebe santo.
.
Ialaxê: Cuida das oferendas e objetos de culto aos orixás. Toma conta do terreiro
quando o cargo de pai ou mãe-de-santo fica vago. Não recebe santo.
.
Baba-quererê ou iá-quererê: Pai ou mãe-pequena, que ajuda no comando do
terreiro. Recebe santo.
.
Babalorixá e Ialorixá: É a outra forma para se referir a pai-de-santo e mãe-de-
santo. São os únicos que jogam búzios.
Os ajudantes
Alguns Orixás
.
Iemanjá: É a entidade feminina mais respeitada do candomblé. Deusa dos mares
e oceanos, recebe muitas oferendas no seu dia, 2 de fevereiro, que são
lançadas ao mar. Mãe de todos os orixás, é representada com seios volumosos,
que simbolizam a maternidade e a fecundidade. Também pode ser chamada de
Janaína, Princesa do Mar, Sereia do Mar, Sereia Oloxum, Rainha do Mar e
Dandalunda.
Elemento: água.
Personalidade: maternal e tranqüila.
Símbolo: leque e espada.
Dia da semana: sábado.
Colar: transparente, verde ou azul claro.
Roupa: branco e azul. Sacrifício: porco, cabra e galinha.
Oferendas: peixes do mar, arroz, milho, camarão com coco.
Elemento: ferro.
Símbolo: espada prateada.
Personalidade: impaciente, obstinado, conquistador e volúvel.
Dia da semana: terça-feira.
Colar: azul-marinho.
Roupa: azul, verde escuro, vermelho ou amarelo.
Sacrifício: galo e bode avermelhados.
Oferendas: feijoada, xinxim, acarajé e inhame.
Elemento: florestas.
Personalidade: intuitivo e emotivo.
Símbolo: rabo de cavalo e chifre de boi.
Dia da semana: quinta-feira.
Colar: azul claro.
Roupa: azul ou verde claro.
Sacrifício: galo e bode avermelhados e porco.
Oferendas: milho branco e amarelo, peixe de escamas, arroz, feijão e abóbora.
.
Exu: Orixá mensageiro entre o homem e os deuses, guardião da porta da rua,
das esquinas e das encruzilhadas. Todas as cerimônias começam com uma
louvação a ele. Só assim é possível invocar os orixás. O lado feminino de Exu é
a Pomba-Gira, que dança freneticamente, com cabelos soltos, saias rodadas e
flores na cabeça.
Elemento: fogo.
Personalidade: atrevido e agressivo.
Símbolo: ogó (um bastão adornado com cabeças e búzios).
Dia da semana: segunda-feira.
Colar: vermelho e preto.
Roupa: vermelha e preta.
Sacrifício: bode e galo preto.
Oferendas: farofa com dendê, feijão, pimenta, charutos, água, mel e aguardente.
POSTADO POR PROJETO ATTITUDE! ÀS 21:38
4- As escolhas dos negros que eram trazidos para o Brasil não era realizada de
forma aleatória e sim devido as experiências já existente com negros
escravizados que trabalhavam nos canaviais nas ilhas do Atlântico (Madeira,
Açores, Cabo Verde, São Tomé). Com a vinda dos negros para o Brasil vieram
tambem sua herança cultural como a língua africana, as danças, lutas como a
capoeira, religiões e diversos animais e plantas como: o dendê e a galinha d´
angola,
Disfarce;
Símbolo de identificação;
Esconder a sua identidade;
Transfiguração;
Representação de espíritos da natureza, deuses, antepassados, seres
sobrenaturais ou rosto de animais;
Participação em rituais (muitas vezes presente, porém sem utilização
prática);
Interação com dança ou movimento;
Fundamental nas religiões animalistas;
Mero adereço;
Previnir contágios de outras pessoas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1scara
Fonte: http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/arte_africana.htm
5 – O Vídeo nos tras uma relidade da qual não falamos até o momento na
formação de nossos educandos, se falamos foi inconsciente, esquecendo que
foram os africanos para cá trazidos que nos deram uma cultura diversificada sem
ao menos percebermos ou fingir-mos que não percebemos, pois eram grupos
considerados inferiores, que em nossa concepção não podiam nos oferecer
nada de atraente pra nossa cultura recém em formação, digo isso, porém não
concordo com tal pensamento.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110407102435AAfIl2z
7 - Mas afinal o que é Candomblé?
Imagine que uma pessoa viaja até a África e que lá chegando conhece um
determinado prato da culinária local, interessando-se pelo referido prato, solicita
a receita e descobre que alguns dos ingredientes não existem no Brasil, e,
mesmo assim, consegue os ingredientes e volta ao Brasil, onde resolve
reproduzir o prato, mas se propõe a algo mais, ou seja, resolve inventar um novo
prato, que embora contenha ingredientes africanos não lembra nenhum prato
conhecido na África.
Creio que não existe uma formula mágica que deve ser aplicada em sala de aula
para explicarmos as diferenças existentes na História afro-brasileira. O
quedevemos fazer é compreendermos a necessidade constante de repensarmos
as nossas ações enquanto sujeitos históricos. E a partir daí analisamos nossas
ações como sujeitos históricos. Tentarmos construir um ambiente educativo
menos eurocêntrico e segregador, na medida em que seus/as educadores/as se
comprometam efetivamente com as mudanças que se fazem necessárias e
lutem para que, de fato, elas se materializem.
3- reflexão sobre um trecho de um artigo.
Na analise desenvolvida por SIQUEIRA (1978, p. 130), o samba era visto como
forma de representações de atos como, dançar, tocar, cantar, beber e comer.
Esses atos foram responsáveis por uma visão conceitual sobre o samba. *
*Grifos meus – TRANALHO DE CONCLSUÃO DE CURSO, PELA INSTITUIÇÃO
FACULDADE VISNDO DE CAIRU, EM JUNHO DE 2004,
TITUTLO:MANIFESTAÇÕES CULTURAIS EM CACHOEIA: ATRADIÇÃO E A
MODERNIDADE DO SAMBA DE ROA.
1
Semba é umbigo em quibunndo. Dissemba singular, massemba, plural.. Cf. conceito em Luiz Câmara
CASCUDO. Dicionário do Folclore Brasileiro. 9 ed. São Paulo: Ediouro, 1998, p. 276. (Col. Terra
Brasilis)
2
A pancada com o umbigo nas danças de roda é um convite intimatório para substituir o dançarino
solista. Movimentos da umbigada são uma representação do ato genésico, o batuque é uma dança do
ritual da reprodução. Cf. Conceito em Luiz da Câmara CASCUDO. Op. Cit. P. 891.
ser que irá intermediar essa relação entre o mundo físico e o não físico. Essa
concepção fica explícita na citação abaixo:
Dentre os vários rituais em que são usadas as Máscaras Africanas, está o ritual
da Sociedade Geledé, sociedade esta, composta e presidida apenas por
mulheres a partir dos quarenta anos. Os rituais dessa sociedade acontecem na
região que atualmente se encontra a Nigéria, que é uma região yorubá:
Fonte: http://www.uesb.br/anpuhba/artigos/anpuh_II/luzia_gomes_ferreira.pdf
4. Os negros foram trazidos como escravos para o Brasil, pois já tinham sidos
escravizados em outros países. Serviam como moeda de troca (eram trocados
por pólvora, armas, tecidos, alimento, etc.) e mão de obra (trabalhavam nos
canaviais, na casa grande). O Brasil foi último país a acabar com a escravidão
com a assinatura da Lei Áurea em 1888.
Os escravos constituem parte da história do Brasil, pois foram fundamentais no
desenvolvimento da nossa sociedade. Trouxe sua herança cultural como a
língua africana, as danças, lutas como a capoeira, religiões, a comida, diversos
animais e plantas. A miscigenação do escravo africano, do europeu e do
indígena tornou o Brasil o que ele: um país com uma imensa diversidade étnica
e cultural.
Cada nação africana tem como base o culto a um único orixá. A junção dos
cultos é um fenômeno brasileiro em decorrência da importação de escravos
onde, agrupados nas senzalas nomeavam um zelador de santo também
conhecido como babalorixá no caso dos homens e iyalorixá no caso das
mulheres.
A religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto
chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos
sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África, juntamente
com seus Orixás/Nkisis/Voduns, sua cultura, e seus idiomas, entre 1549 e 1888.
A repressão era muito grande por parte dos colonizadores portugueses que o
consideravam feitiçaria. Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram
a associar os orixás aos santos católicos, em um processo chamado de
sincretismo religioso. No sincretismo, Iemanjá é associada a Nossa Senhora da
Conceição; Iansã, a Santa Bárbara, etc. A Lavagem do Bonfim, em Salvador
(BA), é um dos exemplos da fusão religiosa do catolicismo com o candomblé.
Resposta 2
Muitas vezes o professor precisa de comparações, direcionamento para
reflexões, isto sim, é formar um aluno transformador.
Resposta 3
Ensinar História da África e aspectos da cultura afro-brasileira nas escolas parece
ser um bom caminho para nos livrarmos de preconceitos historicamente
constituídos e que ajudam a impedir que a população negra tenha igualdade de
oportunidades diante da parcela mais branca, ou mais clara, dos brasileiros. Isso
não tem nada a ver com estimular antagonismos entre as raças, num país
composto de pessoas de ascendências variadas, ou seja, mestiças. Mas sim com
valorizar o que há de africano, e conseqüentemente de negro, em todos nós,
assim como devemos valorizar o que há de europeu, de oriental e de indígena.
É preciso lembrar deles quando ensinamos sobre o descobrimento do Brasil,
comércio de pau Brasil, cultivo de cana de açúcar, diversidade cultural do nosso
país etc. O que seria de nós sem a presença deles anteriormente.
Resposta 4
Foram varias as contribuições trazidas da África. Além das ferramentas machados
e instrumentos para a mineração, a culinária, as religiões e culturas de um modo
geral.
Resposta 5
A cultura Africana está em nosso cotidiano, em cada um de nós, em todos os
gêneros culturais, esportivos e políticos. Lembrando que hoje não temos mais os
verdadeiros brasileiros(índios), mas uma grande miscigenação de raças e
culturas que enriquecem o nosso país. Todas as culturas igualmente importantes
na nossa historia e humanidade.
Resposta 6
O samba é um gênero musical, do qual deriva um tipo de dança, de raízes
africanassurgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações
culturais populares brasileiras.
Dentre suas características originais, está uma forma onde a dança é
acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima
O samba é uma dança animada com um ritmo forte e característico. Originou da
África
e foi levado para a Bahia pelos escravos enviados para trabalhar nas plantações
de açucar. A dança gradualmente perdeu sua natureza ritualista e eventualmente
se tornou
a dança nacional brasileira. Na época de carnaval no Rio de Janeiro que colocou
o samba no mapa ocidental, os baianos das plantações de açucar viajavam das
aldeias
até o Rio para as festas anuais. Gradualmente a batida sutil e a nuança
interpretativa
do samba levavam-nos rua acima dançando nos cafés e eventualmente até nos
salões
de baile, tornou-se a alma dança do Brasil. Originalmente a dança teve
movimentos de mão muito carcterístico, derivados de sua função ritualista,
quando eram segurados pequenos recipientes de ervas aromáticas em cada uma
das mãos e eram aproximadas do nariz do dançarino cuja fragância excitava.
Havia muito trabalho de solo e antes de se tornar uma dança de salão, teve
passos incorporados do maxixe. Os grandes dançarinos americanos, Irene e
Castelo de Vernou, usou o samba nas suas rotinas profissionais, e assim
começou a se espalhar. Mas provavelmente foi Carmem Miranda, a brasileira
mais conhecida de todos, que com tremenda vitalidade e perícia de atriz, colocou
o samba como o mais excitante e contagiante do mundo. No Brasil o desfile das
escolas de samba, cresceu e o País desenvolveu seu próprio ballet artístico com
ritmo de samba e movimentos básicos.
2-
Para se valorizar essa questão, é necessário se valorizar as diferentes formas de
conhecimento. Em outras palavras, entender que a concepção de EVOLUÇÃO
humana não é universal, e que existem diferentes formas de desenvolvimento
das sociedades, contribuindo para uma educação intercultural.
3-
Este trecho tem uma passagem marcante no que se refere ao discurso de
muitos educadores, que é o antagonismo branco X negro. Como afirma a autora,
é preciso se valorizar o que há de africano no negro, entretanto sem condicionar
brancos e negros a papeis de rivais.
4-
O vídeo mostra a importância do conhecimento dos negros africanos que vieram
escravizados no período colonial do Brasil. As técnicas deles foram úteis na
agricultura, na mineração e na metalurgia.
5-
A mensagem que o vídeo quer passar é a de que há negros em diversos setores
e ambientes da sociedade. Nesse sentido, exibe personalidades negras, além de
esportes, culinária e o trabalho negro presente na construção da Estrada da
Graciosa.
6-
De acordo com o site Wikipedia, ―Existem várias versões acerca do nascimento
do termo "samba". Uma delas afirma ser originário do termo "Zambra" ou
"Zamba", oriundo da língua árabe, tendo nascido mais precisamente quando da
invasão dos mouros à Península Ibérica no século VIII.[11] Uma outra diz que é
originário de um das muitas línguas africanas, possivelmente do quimbundo,
onde "sam" significa "dar", e "ba" "receber" ou "coisa que cai". Ainda há uma
versão que diz que a palavra samba vem de outra palavra africana, semba, que
significa umbigada.
No Brasil, acredita-se que o termo "samba" foi uma corruptela de "semba"
(umbigada),palavra de origem africana - possivelmente oriunda de Angola ou
Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil‖.
7-
É mais do que uma religião. Um ponto de resistência. Uma referência que liga o
passado negro ao presente no Brasil.
4. Sim! Muitas das coisas que hoje utilizamos, fazemos e até pensamos
tem origem africana e muitos de nós nem sabemos. A escravidão deixou
marcas indeléveis. No que diz respeito ao legado cultural, as heranças
mais importantes da inserção dos negros na sociedade estão na
gastronomia, dança, religião, costumes, folclore, arte e etc.
Site http://cine-africa.blogspot.com/.
BIBLIOGRAFIA
Karnal, Leandro (Org.) História na sala de aula – Conceitos, Práticas e Propostas- São
Paulo – Editora Contexto, 5ª edição – 2008.
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
- Diáspora Negra
- O negro e movimentos sociais e formas de cidadania nas áreas social, econômica e
política pertinente à História e Cultura Afro-Brasileira
- Ensinando História Afro-Brasileira em Sala de Aula
METODOLOGIA
Para uma maior capacitação dos professores é necessária a leitura de textos, análise
de filmes e apresentações power point. A leitura dos textos, participação nos fóruns de
debates, discussão e fóruns avaliativos será primordial para uma boa reflexão e a
prática do ensino da História da Cultura Afro-Brasileira.
Conteúdo textual – Links
Diáspora negra
http://www.editoracontexto.com.br/produtos/pdf/DIASPORA%20NEGRA%20NO%20B
RASIL_INTRODUCAO.PDF
http://www.claudialima.com.br/pdf/DIASPORA_NEGRA_PARA_O_TERRITORIO_BRA
SILEIRO.pdf
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/materia04/
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_17310/artigo_sobre_a_influ%C3%8Ancia
_africana_no_processo_de_forma%C3%87%C3%83o_da_cultura_afro-brasileira.
http://tamboresdosmontes.blogspot.com/2009/12/danca-afro-surgiu-no-brasil-no-
periodo.html
http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria.php?cod=4010
Formação de Professores
http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/rbde14/rbde14_06_leonor_maria_tanuri.pdf
LEITURA COMPLEMENTAR
http://200.136.241.56/htdocs/tedeSimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=478
http://www.cerescaico.ufrn.br/mneme/anais/st_trab_pdf/pdf_15/fabiana_st15.pdf
Vídeos de apoio-Links
Cultura Afro Brasileira
http://www.youtube.com/watch?v=8S_QC6ETINk
Parabéns a todos!
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=335
1 - Após assistir o conto africano - filme Kiriku e a Feiticeira, faça uma síntese
respondendo qual a contribuição do conto para o aprendizado da História e
Cultura Afro-Brasileira e os livros didáticos?
http://www.4shared.com/video/IGj4Ci6-/Filme_-_KIRIKU_E_A_FEITICEIRA_.html
Objetivo
Ampliar o repertório narrativo ao conhecer contos africanos.
Conteúdo
Introdução aos contos africanos.
Trechos selecionados
O filme pode ser exibido para a garotada na íntegra, pois é a aventura de Kirikú
em todo o enredo que dá sentido à atividade.
Atividade
Na aula seguinte à exibição do filme, comece o trabalho lendo para a turma
contos populares africanos, como os que compõem o livro A Gênese Africana:
Contos, Mitos e Lendas da África (Leo Frobenius e Douglas C. Fox, 250 págs.,
Ed. Landy, 45 reais, tel. 11/ 3361-5380). Em seguida, debata com a turma
pontos fantásticos da narrativa, como o fato de o garoto nascer falando ou
crescer de repente. Explique que a história de Kirukú, assim como as narrativas
lidas, fazem parte de outra cultura, diferente da nossa, mas que tem grande
influência no Brasil. Fale sobre a vinda dos negros como escravos e sua
decorrente influência cultural, como na música e na capoeira. Ressalte também
palavras de origem africana na língua portuguesa (clique aqui para encontrar
subsídios para isso). Destaque para a sala, ainda, as diferenças entre os contos
lidos e os clássicos, com os quais devem estar acostumados.
Avaliação
Analise as impressões dos alunos sobre os textos lidos e o filme. Avalie em que
aspectos a aula permitiu ampliar o universo cultural deles.
Este assunto pode ser refletido e analisado em sala de aula com os alunos.
Colocando e ressaltamos a importância destes valores na formação do cidadão.
Ao final devemos fazer as observações com os alunos destacando as tradições
africanas que são relatas no filme.
Re: Dinâmica Avaliativa - Valendo Nota
por Thais Poliana Neto - terça, 21 fevereiro 2012, 20:08
Este filme conta a lenda de um menininho especial, que ajuda sua sociedade a
se livrar de uma feiticeira. Nesse caminho ele descobre várias coisas sobre a
vida e outras verdades sobre essa tal feiticeira. Além de sofrer com o
preconceito das pessoas de sua sociedade, que mesmo sendo ajudada por ele,
o discriminava. Este preconceito se mostra em vários aspectos desta sociedade.
Esta história se passa em Senegal, na África.
Kiriku é um menino que nasceu prematuramente, tão cedo que ninguém
acreditou. Antes mesmo de nascer já se mostrou um menino muito inteligente,
pois falava dentro da barriga de sua mãe. E após nascer, além de já falar, ele
andava, era corajoso, ágil, engenhoso e muito inteligente, porém era pequenino
(afinal, acabara de nascer). Ele queria salvar seu povo do domínio da feiticeira
Karabá lutando contra ela. E com sua inteligência salvou as crianças todas as
vezes que a feiticeira tentou levá-las. Kiriku encontrava a solução para seus
problemas, muitas vezes em coisas simples como um espeto quente, que ele
usou para furar o bicho que bebia e secava a água da fonte de seu povo, ou o
chapéu que ele se escondeu para enganar a feiticeira Karabá, livrando seu tio da
―morte‖; entre outros. E com sua perspicácia lutou para alcançar seus objetivos.
As crianças e as pessoas da aldeia discriminavam Kiriku porque ele era diferente
e tinha qualidades especiais que outros não tinham, mas que eram vistas como
esquisitices. Ele era inteligente, interessado, não tinha medo, encarava todos os
problemas, corria atrás de soluções para seus problemas até resolvê-los, fazia o
bem, pois queria ver todos do seu povo feliz e lutava para isso. Todas essas
coisas, essas diferenças, fizeram com que ele fosse visto algumas vezes como
um irresponsável, estranho (principalmente por ser muito pequeno), esquisito e
sem os pés no chão.
Karabá, a feiticeira, aos olhos de si mesma é de uma rainha, toda poderosa, que
deveria fazer os outros sofrerem como ela mesma sofria (com a dor do espinho
enfiado em suas costas), por isso fazia com que as mulheres da aldeia lhe
dessem todo o ouro que possuíam e todos seus bens. E o medo que o povo da
aldeia tinha dela, fez com que eles acreditassem que ela matava os homens que
vinham lutar com ela, e que ela secava o poço de água que os abastecia. Ela,
por sua vez, não desmentiu e mesmo não sendo verdade ela afirmou a história
para que todos tivessem medo dela e fizessem o que ela ordenava, o que a fazia
sentir-se mais poderosa e inteligente. Já aos olhos das mulheres da aldeia ela é
uma pessoa má, que comeu (matou) seus maridos, é quem tirava todos os seus
bens (desde jóias até água, esta última essencial para a sobrevivência delas e
de suas famílias) e é quem ameaçava a vida do resto de sua família, pelo menos
a dos seus filhos que sobraram. Elas tinham inveja do poder que Karabá
possuía. E para os homens da aldeia, Karabá é quem os causava atração, pois
todos queriam ir ver a feiticeira. Por outro lado ela é também quem os causava
medo, pois o povo achava que a feiticeira comia os homens (que iam atrás dela
para lutar e livrar sua aldeia do poder da mesma).
A mãe de Kiriku frente a si mesma é uma mulher sofrida que perdeu o marido
seus filhos e seus irmãos na guerra de seu povo contra a feiticeira Karabá.
Também é a mãe que tem que educar seu filho sozinha, e ajudá-lo a entender o
mundo e a vida. Já frente às mulheres da aldeia, a mãe de Kiriku é quem não
sabe educar o filho, a cega, que tem um filho esquisito. E frente à Kiriku, seu
filho, a mãe é quem o apresenta ao mundo, quem apresenta o mundo e a vida
para ele. Ela é sua professora, é quem o ajuda, quem o ama mais que tudo e
incondicionalmente, é quem sabe verdadeiramente quem ele é (não só por
aparências, mas por dentro, pela pessoa que ele é).
Comunidades_Quilombolas.htm
1)O preparo do acarajé requer cuidados especiais. A tradição é passada de mãe para
filha e guardada a sete chaves pelas baianas desde o século XIX, quando o bolinho
começou a ser vendido pelas ruas de Salvador. Naquela época, as escravas andavam
pelas ruas da cidade carregando o tabuleiro de acarajé na cabeça e a esperança de
conquistar a liberdade no coração. Cantavam velhas rimas musicais para atrair a
freguesia. Foi dessa cantoria que surgiu o nome acarajé: a união das palavras acará,
que significa pão, e ajeum, que é o verbo comer na língua africana Iorubá. Se no
século da escravidão o negócio rendia dinheiro para pagar a alforria das escravas,
hoje ele virou o sustento de milhares de famílias na Bahia. Cerca de cinco mil baianas
comercializam o produto em Salvador.
Estilos de Dança
Maculelé
Samba de Roda
Samba Reggae
Axé
Carmen Miranda
(chamados também
sambistas) são as
dançarinas principais nos
desfiles de carnaval do Rio
de Janeiro e atuam
geralmente na terra na
frente da bateria,
dançando o passo muito
rítmico de “Samba no Pe”.
O Samba no pe é uma
combinação de ginga,
malandragem, elegância, e
graça, e é também um dos
estilos mais difíceis do
samba.
Samba
é o estilo mais famoso da música e dança
brasileira. O Samba saiu dos ritmos dos
escravos africanos. A palavra "samba" tem
origem africana: na língua Quibundo
“Samba” significa “ondulação umbilical”
(Quibundo foi a lingua dos africanos
indígenos trazidos ao país da região que
virou a Angola de hoje). Os atuais estilos de
samba se desenvolveram por mutação
musical e disfusão geográfica. Inicialmente,
os escravos africanos celebraram
ceremônias segredas baseadas nas suas
tradições étnicas e religiosas. O Samba é
apenas um entre muitas expressões
rítmicas que emergiram nestas épocas:
Candomblé, Maracatú, e Capoeira são
formas de dança e arte que emergiram
durante a mesma era. O Samba é bem
conhecido pela sua versatilidade e vitalidade. Embora alguns formulários do
Samba permanescessem muito perto aos suas raizes em Afoxé, a maioria dos
movimentos mais modernos do Samba envolveram fusões, tais como o samba-
reggae ou o samba-funk. Samba de Enredo é o tipo de Samba dominando nos
desfiles do carnaval do Rio de Janeiro. Suas letras contam uma história do
passado ou presente acompanhado pelo ritmo da batucada. Samba de Enredo
se tornou popular nos anos 1920s quando começou a dominar o carnaval do Rio
de Janeiro Carnaval, a maior festa do mundo.
Re: Atividade avaliativa
por Ramides Sedilso Pessatti - sexta, 10 fevereiro 2012, 17:23
ATIVIDADE AVALIATIVA
BIBLIOGRAFIA
Caldas, Maria José - O DESPERTAR DA HISTÓRIA EM SALA DE AULA: COMO
FAZER COM QUE OS ALUNOS SE INTERESSEM POR ESSA MATÉRIA.
Heywood, Kinda M. - Diáspora Negra – Introdução.
Lima, Claudia - DIÁSPORA NEGRA PARA O TERRITÓRIO BRASILEIRO.
Santos, Cristiane Batista - ÁFRICA REELABORADAS A PARTIR DA DIÁSPORA NO
SUL BAIANO OITOCENTISTA.
Schleumer, Fabiana - BEXIGAS, CURAS E CALUNDUS: A ESCRAVIDÃO NEGRA
EM SÃO PAULO (SÉCULO XVIII) SOB UMA PERSPECTIVA CULTURAL.
Tanuri, Leonor Maria - História da formação de professores.
Módulo 4
Presentação e objtivos do módulo
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
METODOLOGIA
Sumário
Introdução 02
Conclusão _____________________________________________ 23
Bibliografia ____________________________________________ 24
Introdução
O trabalho que para nós foi proposto baseia-se em um recorte de tempo que
vai do final do século XVIII ao final do século XIX. Foram dadas três obras para
trabalharmos cada uma delas com recortes espaciais diferentes, vamos do interior de
São Paulo, Campinas e Taubaté (Crime e Escravidão), passando por Minas Gerais,
Rio de Janeiro e retornando a São Paulo (Liberdade Por Um Fio), culminando na
Bahia, na revolta de 1835 (Rebelião Escrava no Brasil). Após dialogarmos com as
fontes, tentaremos traçar um paralelo com a produção didática que apresentamos aos
alunos de 6ª série (História e Vida Integrada). Tentaremos levantar a hipótese de que
o que é passado sobre escravidão em sala de aula é bem diferente da resistência
negra que encontramos em obras acadêmicas.
Cada obra apresenta resistência negra de sua maneira, mas culminando na
mesma ideia: de que forma a resistência existiu? Seja quebrando uma ferramenta,
organizando rebeliões, reunindo-se em quilombos e agredindo seus senhores, vemos
a insatisfação que o regime escravista gerava no indivíduo escravizado. Outro ponto
que abordaremos em nosso trabalho são as redes de comunicações que levavam e
traziam informações importantes para o sucesso da resistência.
Diversos dos pré-conceitos trazidos até antes da leitura dessas obras foram
quebrados. Principalmente a escravidão, o quilombo e a abolição foram
desmistificados das ideias secundaristas que trazíamos até então. A ideia que
tínhamos de escravidão mostrava-nos a vinda de milhões de escravos para
trabalharem em lavouras e mineração como meras mercadorias, sem identidade
étnica ou uma ideia de nação. Percebemos agora que a nossa antiga visão estava
condicionada às restrições dos livros didáticos, a escravidão foi muito além do que
simplesmente um comércio de escravos, foi um processo pelo quais negros trazidos
da África formaram uma sociedade, tendo como modelo as estruturas sociais que
viveram além mar. A respeito de quilombo, a ideia que tínhamos era unicamente o
Quilombo de Palmares, sendo que existiram vários quilombos em diversas regiões por
onde se expandiu a escravidão.
Aprendemos com Richard Price que, em todos os lugares do nosso mundo
onde houve plantation, houve formação de quilombos, essa ―nova‖ informação que nos
foi passada desconstruiu a ideia de Palmares como única resistência negra no Novo
Mundo.
“Da mesma forma que a escravidão de
plantation implicava violência e resistência, o
ambiente selvagem das primeiras fazendas e
engenhos do novo mundo fez da fuga e da e da
existência de quilombo uma realidade
onipresente.” (PRICE, 2003. p. 52).
Muitos dos crimes eram resolvidos dentro do próprio território, nem todo crime
era levado ao estado maior, era preferível castigar o escravo na terra a levá-lo para
castigo do poder maior e ser punido por pouco tempo e o senhor acabaria ficando sem
uma mão de obra por muito tempo, acarretando grande prejuízo. Muitos desses crimes
eram cometidos devido à vontade de se libertar e de se proteger. Quando esses
crimes eram levados até o estado maior, a pena que era imposta era a pena de galés,
em outros crimes as punições mais comuns eram as que eram feitas com ferros e
açoites.
Em muitas dessas denúncias ocorria certo castigo para ambas as partes, tanto
para o senhor que levava seu escravo quanto para o próprio escravo que denunciasse
seu senhor por alguma agressão por ele praticada. Os senhores temiam, todavia,
todos os escravos domiciliares que fossem maldosos e estivessem presentes em sua
casa devido a muitos contatos pessoais que aconteciam, eles tinham medo de algum
envenenamento ou qualquer outra espécie de violência. Aconteciam muitas
resistências e elas eram baseadas nas honras pessoais, o individuo é usado para
brigar como os próprios escravos.
Crimes de furto eram cometidos por muitos escravos, com intenção de ficar
com os bens do seu senhor, o principal alvo de consequência desses crimes eram as
escravas que tinham contato direto com os senhores por trabalharem em sua casa,
com o lucro desses roubos os escravos investiam em objetos para um culto.
“Fato demonstrativo de que os bens apropriados
vinham a preencher muito mais um universo simbólico do
que prover recompensas econômicas. É notável também
que em alguns casos escravos e libertos tenham
destinado parte da quantia furtada para a aquisição de
velas e objetos litúrgicos, ou para mandar rezar missas”.
Nesse contexto, podemos ter como segmento dos crimes as questões dos
quilombolas que em várias regiões do Brasil cometiam diversos roubos e sequestros
de escravos para se integrar ao grupo, não existem dúvidas de que esse grupo
ameaçava a estabilidade da escravidão. Tendo esse contexto de crime seguido de
certas revoltas, nos permite dizer como citado no livro ―Liberdade Por Um Fio‖ que
―onde houve escravidão, houve resistência‖, e incrementando, onde houve crimes,
tivemos conflitos com seus senhores.
Revolta do Malês
―Nosso Senhor!
Resgatai-nos desta cidade,
Cujo povo é opressor;
E mandai-nos alguém que nos protegerá:
E mandai-nos alguém que nos ajudará!”
Alcorão 4:75
O tráfico de escravos da África para o Novo Mundo foi uma grande empreitada,
tanto do ponto de vista comercial quanto do ponto de vista cultural. O Brasil teve papel
extremamente participativo neste processo, calculado em 40% desta participação e
por mais de três séculos a escravidão fez parte da sociedade. Hoje, a ideia de grande
parte da população brasileira sobre resistência dentro do processo de escravidão
negra, é que houve sim, mas com restrições a certos grupos. A ideia comprovada é de
―onde houve escravidão, houve resistência‖, esta gerada de formas diversas: seja
quebrando ferramentas, fazendo ―corpo mole‖, agredindo senhores e feitores e até
incendiando plantações; dessa forma o escravo negro manifestava sua revolta e
insatisfação contra o sistema escravista colonial. Isso quebra a ideia de que o negro
em geral era acomodado e inconformado com a sua real situação.
O negro que fugia não necessariamente formava grupos de escravos foragidos,
o mesmo poderia se diluir no anonimato, geralmente em cidades onde não era
incomum a circulação de homens negros livres.
A questão do quilombo tratada de forma especial no livro ‗Liberdade Por Um
Fio‘, desenha Palmares com uma visão arqueológica, tratando de detalhes da divisão
territorial, conseguindo descrever onde e como viviam, como se defendiam e como
atacavam. Esse que foi o mais importante quilombo das Américas e que até hoje
desperta curiosidade em muitas partes do mundo. Não há dúvidas que questões
ligadas a temas diversos, relacionadas ao contexto dos quilombos, trazem
questionamentos e a necessidade de desvendá-los: as condições que facilitavam
fugas, como os quilombos eram constituídos, a geografia que facilitava a instalação e
ao mesmo tempo a defesa do território e suas táticas especificas, a economia, as
estruturas de poder, as relações com o mundo exterior a eles, a religiosidade e as
culturas que foram mantidas e as que foram agregadas. Tudo isso e muito mais é alvo
de estudo de diversos historiadores. Não se pode deixar de lado a reflexão que os
conflitos gerados entre escravos fugidos e as autoridades coloniais fazem parte de um
capítulo da história militar do Brasil.
As reflexões das forças militares contribuíram para o combate de fugitivos, é
importante ressaltar a presença da Igreja e outras instituições no desejo de dominação
do negro.
Conforme citado no livro ―Liberdade Por Um Fio‖, Zumbi conseguiu fugir desse
conflito e após algum tempo foi capturado e morto no dia 20 de novembro de 1695,
quando hoje se comemora o dia da Consciência Negra.
Nesse contexto, a importância de Palmares para os dias atuais, refere-se a
―negritude‖, isso levanta paixões, sonhos e imaginários e a refletirmos sobre essa
importância, inevitavelmente somos obrigados a relacionar Palmares com as relações
raciais dos dias atuais no Brasil. Termos como ―Terra de Heróis‖ e ―Solo Sagrado‖ são
termos carregados de paixões e emoções deste que foi um dos territórios mais
importantes das Américas e que ousou lutar pela liberdade, tantas vezes almejada e
até hoje questionada.
A importância de Palmares foi tão grande e intensa que propiciou mudanças na
legislação escravista para repressão de quilombos e fugitivos, pois o maior temor entre
a sociedade escravista colonial era do aparecimento de outros inúmeros Palmares.
Não se pode ter a ideia de que não houve outros grandes quilombos, podemos citar
como exemplo a existência de grandes quilombos em Minas Gerais e no Mato Grosso
durante o século XVIII. Para se ter uma noção da participação dos quilombos de Minas
Gerais e sua tamanha importância para formação da reação contra a escravidão, entre
1710 e 1798 foram descobertos e destruídos cerca de 160 quilombos na área dessa
capitania. Isso já nos dá a ideia de que é necessário recuperar as teses de escravidão
suave, de harmonia entre senhores e escravos que muitos autores teriam levantado.
O conceito de que o quilombo teria gerado apenas prejuízo econômico não é
verdadeiro. O quilombo trouxe danos ao sistema escravista como um todo. Gerado
principalmente por negros fugidos, ele trazia um questionamento da real estrutura do
sistema escravista e sua eficácia, isso nos permite dizer que os escravos foram
participantes árduos na queda da escravidão.
Devido ao grande processo de crescimento das revoltas de escravos, teve
início a disseminação de que poderia acontecer uma revolução social extremamente
perigosa e ameaçadora à sociedade elitista, o que era muito pior que a liberdade dos
escravos. A partir disso, começa-se a adotar várias questões sobre a participação do
negro no processo de dissolução do sistema escravista colonial e o processo
emancipacionista. Diversos fatores podem ser apontados como sintetizadores deste
assunto. As disputas político-partidárias e a política imigracionista serviram como
incentivo à transição do trabalho escravo para o trabalho livre, além disso, temos a
forte pressão dos grupos de opinião que cada vez mais mostravam indícios de abusos
sofridos no interior das senzalas.
Memórias da Escravidão
Representações do Trabalho
Conclusão
Bibliografia
BUENO, Eduardo. História do Brasil. 2. ed. Folha de São Paulo/Zero Hora, 1997.
MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo. Crime e Escravidão. São Paulo: brasiliense,
1987.
PRICE, Richard. REIS, João José. Liberdade Por Um Fio. São Paulo: Companhia das
Letras, 2003.
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
2003.
Links
1 – Quilombos
http://www.cananet.com.br/historia/database/artigo/artigo_102.html
Quilombos no Brasil e a singularidade de Palmares - Maria de Lourdes Siqueira
Resistência negra
http://velhochico.net/index_arquivos/Page%20953P.htm
http://noticias.portalbraganca.com.br/especiais/230-cultura-afro/3025-zumbi-simbolo-
da-resistencia-e-luta-contra-a-escravidao.html
Arte Africana
http://www.arteafricana.usp.br/
http://www.arteafricana.usp.br/codigos/textos_didaticos/001/por_dentro_e_ao_redor.ht
ml
http://www.arteafricana.usp.br/codigos/textos_didaticos/002/africa_culturas_e_socieda
des.html
http://www.pitoresco.com.br/art_data/arte_africana/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-samba/historia-do-samba-2.php
LEITURA COMPLEMENTAR
http://www.geledes.org.br/quilombos-quilombolas/quilombos-urbanos-25/10/2009.html
http://www.ideario.org.br/neab/kule1/Textos%20kule1/ulisses%20neves.pdf
http://www.africanasraizes.com.br/cultura.html
Vídeos de apoio – Links
Construtores do Brasil - Zumbi dos Palmares
http://www.youtube.com/watch?v=KWJxkEdlMWQ
MÓDULO 4
Histórias de Quilombos
Acessar o link
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=185
A História do Povo Negro não foi feita de “Irmão do Quilombo” como a novela
Sinhá Moça faz crer. Fomos nós os protagonistas, e alguns dessas figuras
esquecidas inclusive pelo Movimento Negro é a líder quilombola Teresa do
Quariterê, que chefiou uma comunidade no interior de Mato Grosso, que tinha 79
pessoas negras e 30 índios, nas proximidades do Rio Galera.
O Quilombo do Quariterê nasceu da liderança desta mulher em 1750, e era
composto por pessoas que conseguiram escapar de senzalas e indígenas
sobreviventes da perseguição portuguesa.
No quilombo Tereza criou um sistema político similar ao Parlamentarismo, onde
ela como rainha, se submetida à decisão de um conselho de representantes.
Havia um regular exército de resistência que possuíam armas de fogo, obtidas
ou no comercio de produtos excedentes do quilombo, ou mesmo obtidas, de
oponentes vencidos que tentaram invadir a comunidade. Não era admitida a
deserção, sendo punida com pena de morte, visando inclusive a segurança dos
quilombolas, que poderia ter sua posição e situação delata por esta pessoa.
Havia no Quilombo de Quariterê um sistema comunitário de produção agrícola,
onde além de alimentos, eram plantados algodões, que era usado para
confeccionar as roupas que os habitantes usavam. O tecido era tão bom, que
havia mercadores ambulantes que iam até o quilombo para adquirir o produto.
O fim do Quilombo de Quariterê foi decretado pelos senhores de escravos do
Mato Grosso que se assustaram com o foco de resistência, e para onde iam os
fugitivos de suas plantações. Em um cerco militar conseguiram dominar os
quilombolas, e prender todos os 44 sobreviventes. No confronte o conselheiro
militar de Tereza foi morto. Ela captura e ciente de seu destino, preferiu o
suicídio com ervas, quando era conduzida para ser torturada na cidade de Vila
Bela.
Entretanto, sua coragem, seu exemplo único, sua devoção pela liberdade
numa época em o sangue negro derramava aos borbotões nos campos e
minas, jamais poderia ser esquecido".
http://capoeira.wikia.com/wiki/Capoeira_Mulheres
http://angoleirasteresadebenguela.blogspot.com/2007/09/teresa-de-
benguela.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresa_de_Benguela
As aulas sobre escravidão e cultura afro no Brasil podem ser enriquecidas com a
inclusão do livro
MACHADO, Ana Maria. Do Outro Lado Tem Segredos. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1985. nº de páginas: 80
Joaquim Nabuco
Bia na África
O livro é parte da coleção ―Viagens de Bia‖. Nessa estória, Bia viaja por
diferentes países da África, como Egito, Quênia e Angola. Na aventura, a
garotinha conhece, entre outras curiosidades, a história do povo árabe e dos
nossos antepassados negros, que vieram como escravos da África para o Brasil
há muitos anos.
A partir das histórias o professor pode pequisar e atraves de mapas viajar com
sues alunos conhecendo um ´pouco da áfrica e mostrando o que a cultura
africana nos influenciou nos dias de hoje e como é presente .
Este livro faz parte de uma trilogia que conta a história da capoeira desde a
escravidão até os dias atuais. O livro enfatiza a importância do respeito das
nossas origens africanas no universo capoeirístico. Os outros livros de Nestor
são: O galo já cantou e O pequeno manual do jogador.
Site visitado...
http://www.africaeafricanidades.com/educacao.html
Sobre Cabelos....
http://www.cabelocrespoecabelobom.com.br/blog/?tag=cabelo-crespo
http://www.belezapura.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=504&si
d=2
http://trancanago.blogspot.com/2010/02/origem-tranca-nago.html
"[...] Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles negros e índios
supliciados. Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os
supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para
fazer de nós sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que
também somos. Como descendentes de escravos e de senhores de escravos
seremos sempre servos da maldade destilada e instilada em nós, tanto pelo
sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo
exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças
convertidas em pasto de nossa fúria."
Mostra que os negros chegaram como escravos e eram separados dos seus
grupos nativos de origem. Reunidos aos outros escravos negros, de etnias
diferentes às deles, passaram a se manifestar na linguagem do dominador
comum: os portugueses.
Contos Africanos: A Lua Feiticeira e a Filha que não sabia pilar A LUA TINHA
UMA FILHA BRANCA e em idade de casar. Um dia apareceu-lhe emcasa um
monhé pedindo a filha em casamento. A lua perguntou-lhe: — Como pode ser
isso, se tu és monhé? Os monhés não comem ratos nemcarne de porco e
também não apreciam cerveja... Além disso, ela não sabe pilar... O monhé
respondeu: __ Não vejo impedimento porque, embora eu seja monhé, a menina
podecontinuar a comer ratos e carne de porco e a beber cerveja... Quanto a não
saberpilar, isso também não tem importância, pois as minhas irmãs podem fazê-
lo. A lua, então, respondeu: __ Se é como dizes, podes levar a minha filha que,
quanto ao mais, é boarapariga. O monhé levou consigo a menina. Ao chegar a
casa foi ter com a sua mãe e fez-lhe saber que a menina com quem tinha
casado comia ratos, carne de porco e bebiacerveja, mas que era necessário
deixá-la à-vontade naqueles hábitos. Acrescentoutambém que ela não sabia
pilar, mas que as suas irmãs teriam a paciência de supriressa falta. Dias depois,
o monhé saiu para o mato à caça. Na sua ausência, as irmãschamaram a
rapariga (sua cunhada) para ir pilar com elas para as pedras do rio e
estadesatou a chorar. As irmãs censuraram-na: __ Então tu pões-te a chorar por
te convidarmos a pilar?... Isso não está bem!Tens de aprender porque é trabalho
próprio das mulheres. E, sem mais conversas, pegaram-lhe na mão e
conduziram-na ao lugar ondecostumavam pilar. Quando chegaram ao rio
puseram-lhe o pilão na frente, entregaram-lhe ummaço e ordenaram que pilasse.
A rapariga começou a pilar, mas com uma mágoa tão grande que as
lágrimasnão paravam de lhe escorrer pela cara. Enquanto pilava ia-se
lamentando: __ Quando estava em casa da minha mãe não costumava pilar...
Ao dizer estas palavras, a rapariga, sempre a pilar e juntamente com o
pilão,começou a sumir-se pelo chão abaixo, por entre as pedras que,
misteriosamente, seafastavam. E foi mergulhando, mergulhando... até
desaparecer. Ao verem aquele estranho fenômeno, as irmãs do monhé
abandonaram os pilõese foram a correr contar à mãe o que acontecera. Esta
ficou assustada com a estranhanovidade e tinha o coração apertado de receio
quando chegou o monhé, seu filho. Este, ao ouvir o relato do que acontecera à
sua mulher, ralhou com as irmãs,censurando-as por não terem cumprido as suas
ordens. Apressou-se a ir ter com alua, sua sogra, para lhe dar conta do
desaparecimento da filha. A lua, muito irritada, disse: __ A minha filha
desapareceu porque não cumpriste o que prometeste. Fazcomo quiseres, mas a
minha filha tem de aparecer! __ Mas como posso ir ao encontro dela se
desapareceu pelo chão abaixo? A lua mudou, então, de aspecto e, mostrando-se
conciliadora, disse:
__ Bom, vou mandar chamar alguns animais para se fazer um remédio
queobrigue a minha filha a voltar... Vai para o lugar onde desapareceu a minha
filha eespera lá por mim. O monhé foi-se embora e a lua chamou um criado
ordenando: __ Chama o javali, a pacala, a gazela, o búfalo e o cágado e diz-lhes
quecompareçam, sem demora, nas pedras do rio onde desapareceu a minha
filha. O criado correu a cumprir as ordens e os animais convidados apressaram-
separa chegar ao lugar indicado. A lua também para lá se dirigiu com um cesto
dealpista. Quando chegou ao rio, derramou um punhado de alpista numa pedra
eordenou ao porco que moesse. O porco, enquanto moia, cantou: __ Eu sou o
javali e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao somda minha
voz! Nesse momento ouviu-se a voz cava da menina que, debaixo do
chão,respondia: __ Não te conheço! O javali, despeitado, largou a pedra das
mãos e afastou-se cabisbaixo. Aproximou-se em seguida a pacala e, enquanto
moia, cantou: __ Eu sou a pacala e estou a moer alpista para que tu, rapariga,
apareças aosom da minha voz! Ouviu-se novamente a voz da menina que dizia:
__ Não te conheço! A gazela e o búfalo ajoelharam também junto do moinho,
fazendo a suainvocação, mas a menina deu a ambos a mesma resposta: __ Não
te conheço! Por último, tomou a pedra o cágado e, enquanto moía, cantou: __
Eu sou o cágado e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças aosom
da minha voz! A menina cantou, então, em voz terna e melodiosa: __ Sim,
cágado, à tua voz eu vou aparecer!... E, pouco a pouco, a menina começou a
surgir por entre as pedras do rio,juntamente com o pilão, mas sem pilar. Quando
emergiu completamente parou e ficousilenciosa. Os animais juntaram-se todos,
curiosos, à volta da menina. Então, a lua disse: __ Agora a minha filha já não
pode continuar a ser mulher do monhé pois elenão soube cumprir o que me
prometeu. Ela será, daqui para o futuro, mulher docágado, pois só à sua voz é
que ela tornou a aparecer. Então o cágado levantou a voz dizendo: __ Estou
muito feliz com a menina que acaba de me ser dada em casamento e,como
prova da minha satisfação, vou oferecer-lhe um vestido luxuoso que ela
vestiráuma só vez, pois durará até ao fim da sua vida. E, dizendo isto, entregou
à menina uma carapaça lindamente trabalhada, igual àsua. Da ligação do
cágado com a filha da lua é que descendem todos os cágados domundo...
Conto Africano: A onça e a raposa A onça estava cansada de ser enganada pela
raposa, e mais irritada aindapor não conseguir pegá-la para poder fazer um bom
guisado. Um dia teve uma idéia: deitou-se na sua toca e fingiu-se de morta.
Quando os bichos da floresta souberam da novidade, ficaram tão felizes,mas tão
felizes que correram na toca da onça para ver se a sua morte eramesmo
verdade. Afinal de contas, a onça era uma bicho danado! Vivia dado sustos
nosoutros animais! Por isso estavam todos muitos felizes com a noticia de
suamorte. A raposa porém, ficou desconfiada e como não é boba nem
nada,ficou delonge, apreciando a cena. Atrás de todos os animais, ela gritou: _
Minha avó quando morreu, espirrou três vezes. Quem tá morto de verdade,tem
que espirrar. A onça ouviu aquilo e para demonstrar para todos que estava
mesmomortinha da silva, espirrou três vezes. - É mentira gente! Ela tá viva!-
Gritou a raposa Os bichos correram assustados, enquanto a onça levantava
furiosa. A raposafugiu rindo á beça da cara da sua adversária. Mas a onça não
desistiu deapanhar a raposa e pensou num plano. Havia uma grande seca na
floresta, e os bichos para beber água tinham queir num lago perto da sua toca.
Então ela resolveu ficar ali. Deitada.Quieta.Esperando... Espreitando a raposa
dia e noite, sem parar. Um dia, irritada e com muita sede, a raposa resolveu dar
basta naquelasituação. E também elaborou um plano. Lambuzou-se de mel e
espalhou ummonte de folha seca por seu corpo cobrindo-o todo. Chegando ao
lagoencontrou a onça. Sua adversária, olhou-a bem e perguntou: _ Que bicho é
você que eu não conheço? Cheia de astúcia, a raposa respondeu: _ Sou o bicho
folharal! _ Então, pode beber água. Vendo que a raposa bebia água como se
tivesse muita sede, a onçaperguntou desconfiada; _ Está com muita sede hein!
Nisso, a água amoleceu o mel e as folhas foram caindo do corpo da raposa.
Quando a última folha caiu, a onça descobrindo que foi enganada,pulousobre
ela.Mas nisso, a esperta raposa já tinha fugido rindo às gargalhadas.
Conto Africano: A MENINA QUE NÃO FALAVA Certo dia, um rapaz viu uma
rapariga muito bonita e apaixonou-se porela. Como se queria casar com ela, no
outro dia, foi ter com os pais darapariga para tratar do assunto. --Essa nossa
filha não fala. Caso consigas faze-la falar, podes casarcom ela - responderam os
pais da rapariga. O rapaz aproximou-se da menina e começou a fazer-lhe
váriasperguntas, a contar coisas engraçadas, bem como a insulta-la, mas a
miúdanão chegou a rir e não pronunciou uma só palavra. O rapaz desistiu e foi-
seembora. Após este rapaz, seguiram-se outros pretendentes, alguns com
muitafortuna mas, ninguém conseguiu faze-la falar. O último pretendente eraum
rapaz sujo, pobre e insignificante. Apareceu junto dos pais da raparigadizendo
que queria casar com ela, ao que os pais responderam: ----Se já várias pessoas
apresentáveis e com muito dinheiro nãoconseguiram faze-la falar, tu é que vais
conseguir? Nem penses nisso! O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a
sorte. Por fim, os paisacederam. O rapaz pediu à rapariga para irem à sua
machamba, para estao ajudar a sachar. A machamba estava carregada de muito
milho eamendoim e o rapaz começou a sacha-los. Depois de muito trabalho, a
menina ao ver que o rapaz estava a acabarcom os seus produtos, perguntou-lhe:
-----O que estás a fazer? O rapaz começou a rir e, por fim, disse para
regressarem a casa parajunto dos pais dela e acabarem de uma vez com a
questão. Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado
namachamba. A questão foi discutida pelos anciãos da aldeia e organizou-seum
grande casamento.
Conto Africano: UMA IDÉIA TONTA Um dia a hiena recebeu convite para dois
banquetes que serealizavam à mesma hora em duas povoações muito distantes
umada outra. Em qualquer dos festins era abatido um boi, e sabe-seque hiena é
especialmente gulosa. __Não há dúvida de que tenho de assistir aos dois
banquetes,pois não quero desconsiderar os anfitriões. Também asoportunidades
de comer carne de boi não são muitas... mas comohei-de fazer, se as festas são
em lugares tão distantes um dooutro? A hiena pensou, pensou... e, de repente,
bateu com a mão natesta. __Descobri! Afinal é simples... -disse ela, muito
contente coma sua esperteza. Saiu à pressa de casa. Assim que chegou ao local
dondepartiam os dois caminhos que levavam aos locais das festas,começou a
andar pelo caminho que ficava do lado direito com aperna direita e pelo caminho
que ficava do lado esquerdo, com aperna esquerda. Pensava chegar deste
modo a ambas as festas ao mesmotempo. Mas começou a ficar admirada de lhe
custar tanto caminhardessa maneira. E fez tanto esforço, que se sentiu dividir
em duasde alto a baixo. Coitada, lá a levaram ao médico que a proibiu, desde
logo, decomer carne de boi durante um mês. É muito tonta a hiena!
Contos Africanos: A Lua Feiticeira e a Filha que não sabia pilar A LUA TINHA
UMA FILHA BRANCA e em idade de casar. Um dia apareceu-lhe emcasa um
monhé pedindo a filha em casamento. A lua perguntou-lhe: — Como pode ser
isso, se tu és monhé? Os monhés não comem ratos nemcarne de porco e
também não apreciam cerveja... Além disso, ela não sabe pilar... O monhé
respondeu: __ Não vejo impedimento porque, embora eu seja monhé, a menina
podecontinuar a comer ratos e carne de porco e a beber cerveja... Quanto a não
saberpilar, isso também não tem importância, pois as minhas irmãs podem fazê-
lo. A lua, então, respondeu: __ Se é como dizes, podes levar a minha filha que,
quanto ao mais, é boarapariga. O monhé levou consigo a menina. Ao chegar a
casa foi ter com a sua mãe e fez-lhe saber que a menina com quem tinha
casado comia ratos, carne de porco e bebiacerveja, mas que era necessário
deixá-la à-vontade naqueles hábitos. Acrescentoutambém que ela não sabia
pilar, mas que as suas irmãs teriam a paciência de supriressa falta. Dias depois,
o monhé saiu para o mato à caça. Na sua ausência, as irmãschamaram a
rapariga (sua cunhada) para ir pilar com elas para as pedras do rio e
estadesatou a chorar. As irmãs censuraram-na: __ Então tu pões-te a chorar por
te convidarmos a pilar?... Isso não está bem!Tens de aprender porque é trabalho
próprio das mulheres. E, sem mais conversas, pegaram-lhe na mão e
conduziram-na ao lugar ondecostumavam pilar. Quando chegaram ao rio
puseram-lhe o pilão na frente, entregaram-lhe ummaço e ordenaram que pilasse.
A rapariga começou a pilar, mas com uma mágoa tão grande que as
lágrimasnão paravam de lhe escorrer pela cara. Enquanto pilava ia-se
lamentando: __ Quando estava em casa da minha mãe não costumava pilar...
Ao dizer estas palavras, a rapariga, sempre a pilar e juntamente com o
pilão,começou a sumir-se pelo chão abaixo, por entre as pedras que,
misteriosamente, seafastavam. E foi mergulhando, mergulhando... até
desaparecer. Ao verem aquele estranho fenômeno, as irmãs do monhé
abandonaram os pilõese foram a correr contar à mãe o que acontecera. Esta
ficou assustada com a estranhanovidade e tinha o coração apertado de receio
quando chegou o monhé, seu filho. Este, ao ouvir o relato do que acontecera à
sua mulher, ralhou com as irmãs,censurando-as por não terem cumprido as suas
ordens. Apressou-se a ir ter com alua, sua sogra, para lhe dar conta do
desaparecimento da filha. A lua, muito irritada, disse: __ A minha filha
desapareceu porque não cumpriste o que prometeste. Fazcomo quiseres, mas a
minha filha tem de aparecer! __ Mas como posso ir ao encontro dela se
desapareceu pelo chão abaixo? A lua mudou, então, de aspecto e, mostrando-se
conciliadora, disse:
__ Bom, vou mandar chamar alguns animais para se fazer um remédio
queobrigue a minha filha a voltar... Vai para o lugar onde desapareceu a minha
filha eespera lá por mim. O monhé foi-se embora e a lua chamou um criado
ordenando: __ Chama o javali, a pacala, a gazela, o búfalo e o cágado e diz-lhes
quecompareçam, sem demora, nas pedras do rio onde desapareceu a minha
filha. O criado correu a cumprir as ordens e os animais convidados apressaram-
separa chegar ao lugar indicado. A lua também para lá se dirigiu com um cesto
dealpista. Quando chegou ao rio, derramou um punhado de alpista numa pedra
eordenou ao porco que moesse. O porco, enquanto moia, cantou: __ Eu sou o
javali e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao somda minha
voz! Nesse momento ouviu-se a voz cava da menina que, debaixo do
chão,respondia: __ Não te conheço! O javali, despeitado, largou a pedra das
mãos e afastou-se cabisbaixo. Aproximou-se em seguida a pacala e, enquanto
moia, cantou: __ Eu sou a pacala e estou a moer alpista para que tu, rapariga,
apareças aosom da minha voz! Ouviu-se novamente a voz da menina que dizia:
__ Não te conheço! A gazela e o búfalo ajoelharam também junto do moinho,
fazendo a suainvocação, mas a menina deu a ambos a mesma resposta: __ Não
te conheço! Por último, tomou a pedra o cágado e, enquanto moía, cantou: __
Eu sou o cágado e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças aosom
da minha voz! A menina cantou, então, em voz terna e melodiosa: __ Sim,
cágado, à tua voz eu vou aparecer!... E, pouco a pouco, a menina começou a
surgir por entre as pedras do rio,juntamente com o pilão, mas sem pilar. Quando
emergiu completamente parou e ficousilenciosa. Os animais juntaram-se todos,
curiosos, à volta da menina. Então, a lua disse: __ Agora a minha filha já não
pode continuar a ser mulher do monhé pois elenão soube cumprir o que me
prometeu. Ela será, daqui para o futuro, mulher docágado, pois só à sua voz é
que ela tornou a aparecer. Então o cágado levantou a voz dizendo: __ Estou
muito feliz com a menina que acaba de me ser dada em casamento e,como
prova da minha satisfação, vou oferecer-lhe um vestido luxuoso que ela
vestiráuma só vez, pois durará até ao fim da sua vida. E, dizendo isto, entregou
à menina uma carapaça lindamente trabalhada, igual àsua. Da ligação do
cágado com a filha da lua é que descendem todos os cágados domundo...
Conto Africano: A onça e a raposa A onça estava cansada de ser enganada pela
raposa, e mais irritada aindapor não conseguir pegá-la para poder fazer um bom
guisado. Um dia teve uma idéia: deitou-se na sua toca e fingiu-se de morta.
Quando os bichos da floresta souberam da novidade, ficaram tão felizes,mas tão
felizes que correram na toca da onça para ver se a sua morte eramesmo
verdade. Afinal de contas, a onça era uma bicho danado! Vivia dado sustos
nosoutros animais! Por isso estavam todos muitos felizes com a noticia de
suamorte. A raposa porém, ficou desconfiada e como não é boba nem
nada,ficou delonge, apreciando a cena. Atrás de todos os animais, ela gritou: _
Minha avó quando morreu, espirrou três vezes. Quem tá morto de verdade,tem
que espirrar. A onça ouviu aquilo e para demonstrar para todos que estava
mesmomortinha da silva, espirrou três vezes. - É mentira gente! Ela tá viva!-
Gritou a raposa Os bichos correram assustados, enquanto a onça levantava
furiosa. A raposafugiu rindo á beça da cara da sua adversária. Mas a onça não
desistiu deapanhar a raposa e pensou num plano. Havia uma grande seca na
floresta, e os bichos para beber água tinham queir num lago perto da sua toca.
Então ela resolveu ficar ali. Deitada.Quieta.Esperando... Espreitando a raposa
dia e noite, sem parar. Um dia, irritada e com muita sede, a raposa resolveu dar
basta naquelasituação. E também elaborou um plano. Lambuzou-se de mel e
espalhou ummonte de folha seca por seu corpo cobrindo-o todo. Chegando ao
lagoencontrou a onça. Sua adversária, olhou-a bem e perguntou: _ Que bicho é
você que eu não conheço? Cheia de astúcia, a raposa respondeu: _ Sou o bicho
folharal! _ Então, pode beber água. Vendo que a raposa bebia água como se
tivesse muita sede, a onçaperguntou desconfiada; _ Está com muita sede hein!
Nisso, a água amoleceu o mel e as folhas foram caindo do corpo da raposa.
Quando a última folha caiu, a onça descobrindo que foi enganada,pulousobre
ela.Mas nisso, a esperta raposa já tinha fugido rindo às gargalhadas.
Conto Africano: A MENINA QUE NÃO FALAVA Certo dia, um rapaz viu uma
rapariga muito bonita e apaixonou-se porela. Como se queria casar com ela, no
outro dia, foi ter com os pais darapariga para tratar do assunto. --Essa nossa
filha não fala. Caso consigas faze-la falar, podes casarcom ela - responderam os
pais da rapariga. O rapaz aproximou-se da menina e começou a fazer-lhe
váriasperguntas, a contar coisas engraçadas, bem como a insulta-la, mas a
miúdanão chegou a rir e não pronunciou uma só palavra. O rapaz desistiu e foi-
seembora. Após este rapaz, seguiram-se outros pretendentes, alguns com
muitafortuna mas, ninguém conseguiu faze-la falar. O último pretendente eraum
rapaz sujo, pobre e insignificante. Apareceu junto dos pais da raparigadizendo
que queria casar com ela, ao que os pais responderam: ----Se já várias pessoas
apresentáveis e com muito dinheiro nãoconseguiram faze-la falar, tu é que vais
conseguir? Nem penses nisso! O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a
sorte. Por fim, os paisacederam. O rapaz pediu à rapariga para irem à sua
machamba, para estao ajudar a sachar. A machamba estava carregada de muito
milho eamendoim e o rapaz começou a sacha-los. Depois de muito trabalho, a
menina ao ver que o rapaz estava a acabarcom os seus produtos, perguntou-lhe:
-----O que estás a fazer? O rapaz começou a rir e, por fim, disse para
regressarem a casa parajunto dos pais dela e acabarem de uma vez com a
questão. Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado
namachamba. A questão foi discutida pelos anciãos da aldeia e organizou-seum
grande casamento.
Conto Africano: UMA IDÉIA TONTA Um dia a hiena recebeu convite para dois
banquetes que serealizavam à mesma hora em duas povoações muito distantes
umada outra. Em qualquer dos festins era abatido um boi, e sabe-seque hiena é
especialmente gulosa. __Não há dúvida de que tenho de assistir aos dois
banquetes,pois não quero desconsiderar os anfitriões. Também asoportunidades
de comer carne de boi não são muitas... mas comohei-de fazer, se as festas são
em lugares tão distantes um dooutro? A hiena pensou, pensou... e, de repente,
bateu com a mão natesta. __Descobri! Afinal é simples... -disse ela, muito
contente coma sua esperteza. Saiu à pressa de casa. Assim que chegou ao local
dondepartiam os dois caminhos que levavam aos locais das festas,começou a
andar pelo caminho que ficava do lado direito com aperna direita e pelo caminho
que ficava do lado esquerdo, com aperna esquerda. Pensava chegar deste
modo a ambas as festas ao mesmotempo. Mas começou a ficar admirada de lhe
custar tanto caminhardessa maneira. E fez tanto esforço, que se sentiu dividir
em duasde alto a baixo. Coitada, lá a levaram ao médico que a proibiu, desde
logo, decomer carne de boi durante um mês. É muito tonta a hiena!
O Menino Marrom
Autor: Ziraldo
Faixa Etária: a partir de 7 anos
O Menino Marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e
um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de
suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos
em alguns momentos.
Diversidade
Autor: Tatiana Belinky
Faixa etária: 8 a 12 anos
O livro mostra, através de versos, porque é importante sermos todos diferentes.
A autora fala que não basta reconhecer que as pessoas não são iguais, é
preciso saber respeitar as diferenças.
Atividade Avaliativa
Re: Atividade avaliativa
por Ramides Sedilso Pessatti - segunda, 20 fevereiro 2012, 07:38
1 - O que caracterizava o quilombo, portanto, não era o isolamento e a fuga e sim a
resistência e a autonomia. O que define o quilombo é o movimento de transição da
condição de escravo para a de camponês livre.
Quilombo dos Palmares.
3 – Movimentos Sociais
5 – Com certeza fazer valer a lei 10.639/03, pois dessa forma poderemos nos redimir
da exploração não só física desse povo grandioso como também da exploração moral
de sua cultura e reconhecer dessa forma a sua importância na contribuição para nossa
cultura nacional, e ainda deveremos reconhece-los como povos integrantes da nossa
sociedade.
http://quilombospr.blogspot.com/
modulo_4_ativ._avaliativa.docx
O artigo mostra ao decorrer do anos a forma como o Quilombo foi tratado e visto
, buscando uma definição coerente de território e identidade dos negros .
Buscando a luta do reconhecimento da titulação de terra dentro da constituição
de 1988 e assim procurando defender seu território de interesses que advem do
que se realmente pretende ―O direito legitimado‖.
Sinopse:
http://www.quilombosdoribeira.org.br/content/3
Re: Atividade avaliativa
por Ana Claudia Vasconcelos Araujo - sexta, 24 fevereiro 2012, 15:52
2- Racismo cordial: Afirma-se uma igualdade entre negros e brancos são todos
humanos, mas a humanidade dos negros surge como descoberta, como
revelação, como licença, como algo que se concede a eles. Talvez esteja aí um
dos horrores do "racismo cordial: o preconceito se exprime sempre que alguém
diz não ter preconceito. Dizer que "no Brasil não existe racismo é verdadeiro até
certo ponto (não há bancos na praça separados para brancos e negros, como
havia no sul dos Estados Unidos). É preciso definir melhor os termos. Uma coisa
é discriminação racial: "Negro não entra neste restaurante". Outra coisa é
preconceito: "Ih, é negro... será que o cheque dele tem fundos?". Uma terceira
coisa é o estranhamento: "Como? Um negro? Neste restaurante?.
6-Em Anexo
Há uma disputa entre Pelezinho e o saci para ser o mascote da copa de 2014.
Acho que isso é um grande avanço para a valorização da nossa cultura, para o
reconhecimento da riqueza de sabedorias e crenças do povo brasileiro.
―O Saci, na mitologia brasileira, tem origem em São Paulo, com o grande escritor de
Taubaté, Monteiro Lobato. Ele foi o criador do Saci para substituir, no imaginário das
nossas crianças, aquelas figuras das fábulas europeias. Não havia na literatura infantil
essa mitologia de origem nacional. Tenho grande simpatia pelo Saci e acho que ele é
um contraponto importante a essa figura importada dos Estados Unidos que é o
Halloween, o Dia das Bruxas‖, opinou Rebelo.
* Para que a história não se perca, há pessoas mais velhas encarregadas através
da ORALIDADE transmitir aos mais novos seus conhecimentos;
http://vivapernambuco.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&i
d=300:resistencia-quilombola-em-conceicao-das-crioulas&catid=2:Blog&Itemid=2
3- Para reforçar que existe um herói negro na nossa história e fazer valer o dia
20 de novembro dia da" consciencia negra" como feriado nacional e assi
educadores trabalhar a semana mostrando a conetudos propostos e dando
continuidade a longo do ano letivo na diversidade e na cultura africana e afro
brasileira.
Zumbi dos Palmares como tanto heróis, fazendo valer seus direitos , lutando por
uma causa vista pelo alto poder como irrisorio. Mas nos dias atuais mostra
quando Zumbi estão lutando por seus direitos negados e assim mostrando um
povo brasileiro lutador que na sua história buscando origens para que possa nos
identificar como um povo "brava gente".
5 - Tando devemos valorizar a cultura africana para que faça valer a lei 10.639 e
assim reforçando a contribuição e a influência do povo africana na construção do
povo brasileiro.
6 - Na forma de como o saci - perere foi criado sobre racismo , acredito que não
pois infelizmente por mais que seja um personagem do nosso folclore aida ele
passa uma imagemque as pessoas associam erroneamente , mas se fosse de
outra forma seria ideal , pois seria valorizado e tendo outra visão sobre ele .
Re: Atividade avaliativa
por Cintia da Silva do Vale - sábado, 25 fevereiro 2012, 01:06
O que caracterizava o quilombo não era o isolamento e a fuga, mas sim a resistência
ao regime vigente e a possibilidade de ter autonomia.
Quilombos:
Entre 1630 e 1650, a invasão holandesa no Brasil desencadeou uma guerra com os
portugueses que fragilizou o controle dos escravos. Com isso, muitos puderam
fugir de seus engenhos e formar diversos quilombos espalhados pelo nordeste
brasileiro.
O Quilombo dos Palmares foi criado como uma espécie de confederação, unindo
nove quilombos localizados na mesma região. Estima-se que, em 1640, possuía
cerca de seis mil habitantes divididos em 9 aldeias, sendo que em 1670 foram
contadas mais de 2 mil casas. Alguns ainda acreditam que a população de Palmares
chegou a 20 mil pessoas em 1690.
Com a morte de seu tio que era o líder palmarino Ganga Zumba, tornou-se o
líder da comunidade. Como líder, Zumbi nunca aceitou nenhuma das
tentativas portuguesa de acordo, acreditando que esta resistência estaria
protegendo os interesses do seu povo quilombola.
1. Quilombo do Gondum
2. Quilombo dos Trombucas
3. Quilombo do Quebra-pé
4. Quilombo da Boa Vista I
5. Paiol do Cascalho
6. Quilombo do Cascalho II
7. Palanque da Povoação do Ambrósio
8. Quilombo da Marcela
9. Quilombo da Pernaíba ou Paranaíba
10. Quilombo da Indaá ou Indaiá
Por volta de 1726 as terras de Cristais foram ocupadas por negros fugitivos sob
a liderança do Rei Ambrósio. Àquela época, o município recebia o nome de
―Meia Laranja‖. Conta-se que o Quilombo de Ambrósio chegou a ter mais de
15000 negros, e foi o maior e mais duradouro da história de Minas Gerais.
Atacado pela milícia em 1746, a mando da Coroa de Portugal, ocorre a morte
do Rei Ambrósio.
Um exemplo muito forte sobre o racismo cordial foi o recente caso da pizzaria Nono
Paolo que foi revelador. Entre os ―espectadores‖ que negam ter ocorrido racismo
baseiam-se no fato de que o menino foi expulso porque parecia um menino de rua. É
exatamente ai que está o racismo.
Por que o menino parecia um menino de rua? Estava mal vestido? Estava pedindo
dinheiro? Estava sujo?
O desenvolvimento do raciocínio também é triste. Se fosse um menino de rua que não
estivesse incomodando, por que ele poderia ser expulso? Nenhum estabelecimento
comercial pode discriminar seus clientes por conta da origem, nem mesmo os meninos
de rua. Se um menino de rua entrar em um restaurante para almoçar, os proprietários
devem tratá-lo com a mesma dignidade com que tratam os demais clientes.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de
idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de
Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o
padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no
quilombo.
Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares,
comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu ―governo‖ a
comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados
portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização
do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.
A força e inspiração que são formadas através dos ideais e feitos realizados por
Zumbi, ultrapassaram seu tempo. Os movimentos sociais baseiam-se nos ideais de
Zumbi para lutar contra o preconceito e discriminação racial e social, a busca de um
espaço para vivermos melhor. Como por exemplo, a Ocupação Zumbi dos Palmares
relatada nesta questão.
4. Podemos dizer que aprendemos com este vídeo e a valorização história da cultura
Afro-brasileira, mostrado alguns aspectos e caracteristicas da, através de músicas e
fotos. Ganhamos através de nossos antepassados africanos a sua cultura, a música,
os rítmos, a dança, as comidas típicas, instrumentos musicais, a arte, religião...
5 – Acredito sim que deva fazer valer a lei 10.639/03, pois é mais que necessário à
importância dos Africanos na construção da Cultura Brasileira, porque desta maneira
poderemos nos mostrar e disseminar a história mostrando a sua importância na
contribuição para nossa cultura nacional.
Em nossa cultura a raiz mais forte é a africana, pois foi nela que apreendemos os
aspectos da sua cultura, a música, os rítmos, a dança, as comidas típicas,
instrumentos musicais, a arte, religião. Podemos dizer que muito que consideramos
como tipicamente brasileiro tem origem africana.
6 – Sim, acredito que foi um grande avanço para o Brasil o fato da disputa do mascote
seja uma figura afro-brasileira que ira representar a Copa de 2014. Colocando a
questão da luta dos direitos iguais em relação à lei 10.639/03, poderíamos escolher o
Pelezinho que mostra como a sociedade afro-descendente cresceu e é reconhecida
mundialmente. É possivelmente trabalharmos com esta questão para tentar diminuir a
discriminação social e racial, com a valorização da nossa cultura e colocando como a
sociedade reconhece um afro descendente dos povos africanos que irá representar
Copa de 2014.
3- É preciso buscar nossos direitos. Essa conquista foi um benefício para toda a
comunidade, quem sabe assim todos valorizam o início da história de nosso
país.
5- É claro que devemos defender a lei 10639, porém é lamentável que seja
necessário uma lei para que a cultura africana seja devidamente valorizada e se
conscientize sobre a miscigenação que enriquece tanto à todos.
6- A copa de 2014 vai ser um grande evento para o Brasil, é preciso valorizar
este momento e escolher um mascote bem marcante e típico. O saci é uma boa
idéia desde que seja passado o surgimento e as histórias que envolvem o
menino travesso para o mundo. É a grande oportunidade de valorização da
nossa cultura e valores.
Na Bahia, até outubro de 2006, quatro comunidades contavam com suas terras
tituladas (ou ao menos parcialmente tituladas) pelo governo federal ou estadual: Barra,
Bananal e Riacho das Pedras; Parateca e Pau D'Arco; Rio das Rãs; Mangal e Barro
Vermelho.
A história de grande parte dos quilombos na Bahia é marcada por disputas e conflitos
com os grandes proprietários e grileiros. Conheça um pouco mais da trajetória de luta
de algumas dessas comunidades:
Situada no município de Bom Jesus da Lapa, entre o rio São Francisco e o rio das
Rãs, a comunidade remanescente de quilombo Rio das Rãs teve seu território titulado
pela Fundação Cultural Palmares no ano de 2000 com 272 mil hectares.
As cerca de 300 famílias de Rio das Rãs distribuem-se por diversos pontos de seu
território nas localidades conhecidas como Brasileira, Capão do Cedro, Enxu (ou Exu),
Riacho Seco, Mucambo, Pau Preto, Retiro, Corta Pé e Rio das Rãs.
A região do médio rio São Francisco onde se encontra essa comunidade passou a ser
ocupada a partir do século XVI. Entre os séculos XVII e XVIII, quando se encontrava
na rota canavieira nordestina e mineradora, a região experimentou um período de
grande prosperidade, principalmente com a criação de gado. Depois, porém, vivenciou
quase cem anos de dificuldades em função da decadência da atividade pecuária.
Nesse período permaneceram na região quase que exclusivamente negros e índios
aquilombados.
Nessa luta, os quilombolas contaram com diversos aliados como o Ministério Público
Federal, o Movimento Negro Unificado e a Comissão Pastoral da Terra. A comunidade
saiu vitoriosa e conseguiu em 2000 o título sua terra.
Os quilombolas de Rio das Rãs tornaram-se exemplo de luta e estímulo para outras
comunidades quilombolas da Bahia e do Brasil por sua resistência e suas conquistas.
No médio São Francisco, nos municípios de Malhada e Palmas de Monte Alto, estão
localizadas as comunidades quilombolas de Parateca e Pau D'Arco. Dados de 2006
apontam a existência de 500 famílias com uma população total de 1.784 habitantes
que compartilha um território comum localizado na margem direita do rio São
Francisco.
HISTÓRIA
Desde o início da colônia, a região do médio São Francisco constituiu uma espécie de
refúgio para negros e índios que conseguiam fugir do jugo dos portugueses. Acredita-
se que a origem da comunidade de Parateca date do começo do século XVII.
Uma dessas expedições, iniciada por Matias Cardoso e finalizada por seu filho,
Januário Cardoso, já no século XVIII, rendeu à família a doação pela coroa de uma
grande sesmaria. As terras atribuídas a Januário Cardoso se estendiam da atual
cidade de Januária até uma igreja por ele construída e que ficou conhecida como
Parateca.
Naquela época, o rio São Francisco desempenhava o importante papel de principal via
de trânsito entre o decadente nordeste açucareiro e a região das Minas Gerais que
despontava como importante centro minerador. Em Parateca e Pau D'Arco o intenso
uso do rio São Francisco contribuiu para que nas suas margens se instalassem
fazendas de gado, principalmente nas primeiras décadas do século XVIII.
No entanto, com a instalação de uma política colonial de forte controle fiscal das Minas
Gerais, as vias de acesso aos centros auríferos foram bloqueadas. No rio São
Francisco isso não foi diferente e o trânsito de embarcações passou a se restringir a
contrabandistas. As terras em toda a região se tornaram território sem-lei.
Esse bloqueio contribuiu para que a região se isolasse por cerca de cem anos, entre
os séculos XVIII e XIX, fato que propiciou a proliferação de quilombos. Num primeiro
momento, os quilombos foram formados pela população negra abandonada por seus
senhores. Já no início dos anos de 1800, verificou-se uma nova expansão da
população negra aquilombada com o ingresso de negros fugidos que viam naquela
região erma e distante das vilas e cidades coloniais uma possibilidade de abrigo
seguro.
"Aqui todo mundo é nascido e criado e neto e bisneto de gente também nascida e
criada. Minha avó nasceu aqui [aprox. 1870] e dizia que a avó dela tinha nascido
também [aprox. 1820], filha dos primeiros que chegaram. Quando esses primeiros
chegaram não tinha nada, nem fazenda nem nada, só a igreja" (Sampaio, 1998).
Ainda que de imediato não tenham surgido conflitos, a atribuição de direitos sobre a
terra e a chegada dos fazendeiros provocaram uma progressiva mudança no modo de
vida dos quilombolas. Pouco a pouco se instalou um regime clientelista e autoritário
baseado na imposição de restrições e obrigações aos habitantes das comunidades. A
proibição da coleta de lenha por alguns negros e a destruição de seus roçados são
alguns exemplos desses constrangimentos.
Nos anos 1950 e 1960, os descendentes das famílias Bastos e Moura herdaram as
terras e venderam parte delas a novos proprietários. A divisão da terra entre os
fazendeiros e o processo de ocupação do Nordeste alteraram definitivamente as
relações dos quilombolas com os proprietários de terras. Foi nessa época que as
fazendas foram cercadas, o cultivo da terra pelos comunitários passou a ser impedido
e empregados de outros municípios e regiões foram contratados pelos proprietários de
terra para trabalhar nas fazendas.
"Nesse tempo, os moradores dos lugares mais afastados [cita nomes de localidades]
foram tudo botado para fora. Aí só ficou mesmo aqui a vila [Parateca] e o Pau d'Arco.
Até esse tempo o Pau d'Arco era um lugar pequeno, tinha poucos moradores. Mas
cresceu com o pessoal que veio tangido dos outros lugares. Aí no Pau d'Arco, na beira
da lagoa, eles deixaram ficar. Mas só pescando, não podia plantar nem criar nada.
Muitos foram embora..." (Parateca, 02/1998 In: Sampaio, s.d.)
"Eu alcancei isto aqui com todo o mundo tendo seu gadinho. Uns tinham mais, outros
menos, mas todo o mundo tinha. Foi depois que passaram as cercas que ninguém
mais pode criar. Aí foram vendendo, foram tendo que vender e hoje ninguém mais
tem." (Mulher de meia-idade, Parateca, 02/1998 In: Sampaio, s.d.)
Com o passar dos anos, a situação se agravava cada vez mais. Os fazendeiros
chegaram a proibir que os quilombolas pescassem nas lagoas da região. Após
reconquistarem o direito de pescar, as comunidades começaram a intensificar sua luta
pela terra.
Atividades:
Objetivos
Problematizar o processo da Abolição da Escravatura no Brasil, que culminou com a
assinatura da Lei Áurea. Refletir sobre a resistência escrava e o movimento
abolicionista no Segundo Reinado. Apresentar e problematizar quem foi a Princesa
Isabel, porque ela aboliu a escravidão e como a Lei Áurea desgastou ainda mais a
Monarquia. Discutir o verdadeiro sentido do 13 de maio e a vida difícil dos recém-
libertos.
Conteúdos
Brasil Império; Abolição da escravatura.
Anos 8° e 9°
Tempo estimado
Cinco aulas
Material necessário
- Imagens: Fuga de escravos, óleo sobre tela, de François Auguste Biard (1859);
Princesa Isabel; Lei Áurea; A festa da Glória, e alguns efeitos da lei de 13 de maio, de
Ângelo Agostini (13 de agosto de 1888);
- Letra do samba "Salve a Princesa Isabel", de Paquito e Luís Soberano, composta em
1948;
Versos publicados no jornal fluminense O Monitor Campista, em 23 de março de 1888.
Desenvolvimento
1° Aula
Apresente aos alunos o contexto histórico que antecedeu a abolição da escravatura,
em 1888. Explique que o processo que levou ao fim da escravidão no século 19 foi
longo e difícil, ressaltando a resistência escrava (formação dos quilombos, fugas
arriscadas, uso da força, violência, desobediência, etc) e o movimento abolicionista.
A partir da exibição da tela Fuga de escravos, de François Auguste Biard (1859),
discuta com os alunos os elementos que aparecem na tela. Questione sobre a
maneira como o artista representou os escravos, suas feições, gestos, a atitude dos
escravos adultos com relação às crianças, enfim, qual a sensação transmitida pela
imagem. Pergunte sobre o que eles conhecem ou já estudaram acerca da escravidão.
2°Aula
Uma vez que a abolição da escravatura é entendida como um processo gradativo,
discuta com os alunos as pressões internacionais para o fim da escravidão e enfatize
as duas leis que antecederam o 13 de maio: A Lei do Ventre Livre , em 1871, que
assegurou a liberdade dos filhos de escravas que nascessem após a sua entrada em
vigor, e a Lei dos Sexagenários, de 1885, que dava liberdade a todos os escravos com
idade de sessenta anos ou mais.
Questione o que elas propunham, quem foi beneficiado por elas, quais as reações que
provocaram na sociedade e o que elas representaram de fato para os escravizados?
Em seguida, discuta o abolicionismo, movimento que ganhou força na segunda
metade do século 19 e que foi liderado por pessoas de diferentes grupos sociais
inconformadas com a escravidão, dentre elas José do Patrocínio, André Rebouças,
Paula Brito, Joaquim Nabuco e Luiz Gama.
Divida os alunos em grupos e peça que eles pesquisem informações sobre os
abolicionistas. Cada grupo deve criar um painel com as informações coletadas (pode
ser em cartolina) e fazer uma apresentação oral para os colegas.
3º Aula
Usando uma imagem da Princesa Isabel, pergunte aos alunos se sabem quem ela foi
e o que ela fez de tão importante para a história do Brasil,
Explique que a Princesa Isabel tornou-se regente do Império, uma vez que seu pai, D.
Pedro II, encontrava-se em viagem pela Europa. Discuta a intensificação da campanha
abolicionista com manifestações nas ruas e o apoio de diversos setores da sociedade,
o que aumentou as pressões pelo o fim da escravidão no Brasil.
Problematize a criação da imagem da Princesa Isabel como a "redentora dos
escravos", após assinar a Lei Áurea. Utilize a letra do Samba "Salve a Princesa Isabel"
de autoria de Paquito e Luís Soberano, composta em 1948. Destaque, através da
letra, como mais de 50 anos após a abolição, a imagem da princesa como redentora
dos escravos se fazia presente no imaginário popular. Destaque a estrofe final da
música para discutir com os alunos aspectos inerentes ao racismo e preconceito na
atualidade:
Salve a princesa Isabel (Paquito e Luís Soberano)
Deputado e senador
4ª Aula
Discuta a vida dos recém-libertos. Copie no quadro os versos que foram publicados no
jornal fluminense O Monitor Campista, em 23 de março de 1888, acerca dos negros:
"Fui ver pretos na cidade/ que quisessem trabalhar./ Falei com esta humildade/-
Negros, querem trabalhar?/ Olharam-me de soslaio, / E um deles, feio, cambaio,/
Respondeu-me arfando o peito:/ - Negro, não há mais não./ Nós tudo hoje é cidadão./
O branco que vá pro eito." (O Monitor Campista, 28/03/1888)
Partindo dos versos publicados pouco antes de a Lei Áurea ser assinada e com base
em tudo o que já foi discutido, pergunte aos alunos qual era a visão de boa parte da
sociedade brasileira sobre os negros. Essa visão mudou de lá pra cá? Como é tratada
a discriminação racial no Brasil hoje?
Mostre aos alunos como a questão da escravidão no Brasil desgastou, aos poucos, a
imagem da Monarquia, sobretudo a Lei Áurea, que obrigou os fazendeiros escravistas
a libertarem seus escravos sem receber indenização. Sentindo-se prejudicados pela
lei, muitos fazendeiros aderiram à causa da República.
5ª Aula
Discuta o verdadeiro sentido do 13 de maio de 1888. Trabalhe a imagem A festa da
Glória e alguns efeitos da lei de 13 de maio, publicada na Revista Ilustrada (13 de
agosto de 1888).
Nela se lê: "Nos bondes"; "Aí vem a família Pitada (...) Misericórdia, e nem uma
rapariga em casa"; Seu Zuzé Congo e sua Excelentíssima Família"; "Todos os crioulos
na festa da Glória e este (...) cidadão aqui a esquentar água para o chá"; Liberdade é
muito bom, mas cria calos que é o diabo"; "Fiquei com o corpo livre, mas estou com os
pés no cativeiro"; "Roubado pelos gatunos! Eis uma sensação que nunca tive antes da
lei".
Usando a charge de Ângelo Agostini, discuta com os alunos que, para os recém-
libertos, a abolição não trouxe os benefícios esperados, já que não receberam terras
para plantar. Muitos permaneceram nas fazendas, trabalhando da mesma forma que
antes, outros ao rumarem para as cidades em busca de empregos, foram preteridos
pelos empresários que optavam por empregar os imigrantes europeus, restando aos
negros os piores trabalhos, os menores salários e moradias precárias. A maioria dos
libertos foi posta à margem da sociedade. Aproveite para refletir sobre o sentido da
palavra marginalizado e como ao longo do tempo ela foi associada à imagem do negro
pobre, sem dinheiro, sem instrução e sem apoio do governo. A abolição não garantiu
os direitos mínimos de cidadania.
Avaliação
Avalie a interação dos alunos no momento dos questionamentos e das indagações
feitas a partir das informações apresentadas. Analise o comprometimento e a
qualidade das informações trazidas pelos alunos na elaboração e apresentação do
painel sobre os abolicionistas. Avalie a capacidade criativa deles ao interpretarem as
imagens e informações transmitidas por elas, assim como a compreensão dos versos
do jornal O Monitor Campista.
Objetivos:
1) Conhecer o sistema escravocrata de trabalho implantado no Brasil pelos europeus;
2) Identificar através da música, luta, dança, língua, religião e alimentação as
influências dos diversos povos que chegaram ao Brasil.
3) Compreender a importância da Cultura Afro-brasileira para o processo de respeito à
diversidade e cidadania.
Anos:
3º e 4º anos.
Tempo estimado:
4 aulas.
Material necessário:
Cartolinas, revistas, jornais colas, tesouras, lápis de cores, computador com acesso à
internet.
Introdução:
É de fundamental importância o ensino da cultura Afro-brasileira na sala de
aula.Quando a história do Brasil é ensinada no ambiente escolar, o aluno depara com
um ajuntamento de fatos que narram a trajetória dos europeus na América. Torna-se
importante entendermos a urgência de resgatar estes conteúdos para pleno
entendimento da história da sociedade brasileira e da contribuição do povo negro para
a construção social, econômica e cultural do nosso país. Mas para que esse
ensinamento ocorra da melhor forma é necessario que a historia do nosso pais seja
contada a partir de outra visão da história, que ela seja contada a partir da visão do
povo oprimido.
Desenvolvimento:
Aula 1:
No primeiro momento o professor deverá realizar um diagnóstico à respeito dos
conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema da cultura Afro-brasileira. Em seguida
os alunos deverão pesquisar no computador sobre a vinda dos europeus, os seus
regimes de trabalhos no Brasil e a influência de todos os povos na nossa cultura.
Aula 2:
Dividir a sala em grupos de 4 ou 5 e determinar que cada grupo pesquise sobre um
determinado tema na internet. Música, luta, dança, língua, religião e alimentação são
alguns temas em que os alunos irão pesquisar para a montagem de seus cartazes.
Aula 3:
Cada grupo irá montar o seu cartaz de acordo com a sua temática, procurando em
revistas e jornais, reportagens e imagens que falem sobre a cultura Afro-brasileira
Aula 4:
Os alunos irão apresentar para o restante da classe o seu trabalho em forma de
seminário.
Produto final:
Ao final cada grupo irá apresentar um seminário com a sua temática para a classe.
Avaliação:
A avaliação será realizada a partir da participação e envolvimento individual de cada
aluno e dos grupos na realização do trabalho em cartolina e nas discursões em sala
de aula.
Objetivos Gerais:
1. Apresentar e explicar significado do conceito de escravidão durante os períodos
colonial e imperial.
Estratégias
Atividades
1. Fazer um quadro comparativo com duas colunas: "passado" e "presente". Os alunos
preencheram a tabela com as características da escravidão, após terem feito a leitura
do texto "Escravidão - passado e presente: o trabalho compulsório ainda existe no
Brasil".
Fontes:
http://gpeconline.tempsite.ws/moodle/file.php/186/moddata/forum/2317/60496/PLANO
S_DE_AULA_Historia_do_Brasil.Consciencia_negra_luta_armada_e_repressao.htm
http://cafehistoria.ning.com/group/historiadaafrica/forum/topics/ensino-sobre-africa-e-
cultura
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=760
http://revistaescola.abril.com.br/escravidao/
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/trabalho-escravo-
contemporaneo-historia-escravidao-trabalho-escravo-cana-agronegocio-545991.shtml
Temos que desconstruir junto com os alunos as imagens e textos que veiculam o
racismo, escolhendo um material adequado. Hoje é possível ter acesso a uma gama
maior de material sobre a identidade e cultura do afro brasileiro, porém é um pouco
mais trabalhoso por não ser um material didático direto, mas podemos transformar e
tornar possível o acesso destes materiais para a luta contra o racismo e o preconceito.
2.
CARTOLA
Devido ao racismo, Cartola nunca foi economicamente bem sucedido. Trabalhou até
como pedreiro para sobreviver, e no meio dos anos 60 o jornalista Stanislaw Ponte
Preta encontrou-o lavando carros no bairro de Ipanema, e perguntou: Você não é o
Cartola? Sou, foi à resposta.
Isso causou muito espanto ao jornalista, que passou a ajudá-lo, tornando-o mais
popular. Cartola gravou seu primeiro disco em 1974.
Entre a metade dos anos 60 até sua morte em1980, conheceu um pouco de
popularidade (mas não dinheiro), e descobriu que todos que tinham a chance de ouvir
suas canções, ou vê-lo tocar e cantar passava a amá-lo.
Através de suas canções, o povo brasileiro pôde entender um pouco mais a vida, e
como lidar com o dia a dia de uma maneira mais poética.
Cartola ignorou a injustiça, pois esteve sempre ocupado, com o que tinha no coração.
Tinha sabedoria suficiente para saber o quanto estava adiante de seu tempo, o quão
importante seria os Brasileiros um dia perceberem a mensagem que Espíritos
Africanos o designaram para levar a terras distantes.
Músicas:
As Rosas Não Falam Cartola
Cartola
Ainda é cedo, amor
Bate outra vez Mal começaste a conhecer a vida
Com esperanças o meu coração Já anuncias a hora de partida
Pois já vai terminando o verão, Sem saber mesmo o rumo que irás
Enfim tomar
Clementina de Jesus
Músicas
Canto XII (Canto Dos Escravos)
Clementina de Jesus
Rainha Negra
Clementina de Jesus
A idade da sereia,
O baticum de pé no chão,
Chuá de cachoeira...
O mito, o rito ritimam a respiração,
Tantan e atabaque,
A gargalha do ganzá,
O canto do trabalho,
A dança, a ânsia sagrada de
rememorar.
O escuro do negreiro,
O açoite pardo do feitor,
E um clarão enganador:
A liberdade sonhada ainda não chegou.
Plano_de_Aula_RAP.doc
O PLANO DE AULA SEGUE ANEXO
QUESTÃO 1 - VÍDEO
O vídeo mostra como o samba pode reforçar positivamente a identidade negra brasileira. Em um
país no qual a população afro-descendente sofre uma discriminação histórica, com o samba,
gênero musical de raiz afro-brasileira, também não foi diferente. O preconceito em relação à
música não é simplesmente uma questão de gosto musical, mas implicação de um preconceito em
relação a um grupo social marcadamente afro-descendente. Deste modo, sair de um pré-conceito e
evoluir para um conceito sobre samba e sambistas torna-se muito importante para lutar pela
igualdade racial e social.
Nelson já mostrava seu dom musical. Nas tardes de domingo, seu tio Elvino tocando violino e
Nelson tentando acompanhá-lo num instrumento feito em casa: uma caixa de charutos com arames
esticados e seu pai, Brás Antônio da Silva, tocava tuba na Polícia Militar. A mãe de Nelson, era
lavadeira no Convento de Santa Tereza e cuidava de seus cinco irmãos: Arnaldo, Atarílio, Iracema,
João e José. Na adolescência, morando na Gávea, entraria em contato com os chorões e sua
músicas. Contemplava os grandes mestres do cavaquinho e ia espiando e aprendendo os truques
do instrumento, mas não tinha dinheiro para comprar um cavaquinho, treinava quando conseguia
emprestado. Ainda muito jovem, se aproximaria da malandragem carioca e ficaria amigo de
personagens como Brancura, Camisa Preta Edgar.
Em suas andanças, conheceu músicos de grande influência em sua formação, como Heitor dos
Prazeres, Mazinho do Bandolim e o violonista Juquinha, de quem recebeu importantes noções de
como tocar cavaquinho. Demonstrando grande habilidade para o instrumento, Nelson compôs um
choro, ―Queda‖, que o fez tornar-se respeitado como músico, passando a ser chamado para fazer
shows. Ganhou enfim um cavaquinho e já mostrava o seu estilo peculiar de tocar o cavaquinho:
tocar apenas com dois dedos. E foi então batizado "Nelson Cavaquinho", apelido que o
acompanharia por toda a vida.
Com um repertório de mais de 600 composições (a maioria delas inéditas ou esquecidas, pois
dificilmente o músico as escrevia, preferindo guardá-las na memória), Nelson Cavaquinho criava de
madrugada, nas mesas dos bares, com o violão e um copo de cerveja ou cachaça.
Objetivos
Estabelecer relações entre passado e presente, e buscando relacionar as mudanças e as
permanências nas relações sociais.
Compreender e valorizar elementos das culturas africanas e de afro-brasileira.
Aumanentar o conceito de cidadania, discutindo questões como respeito à diversidade,
religiosidade e sincretismo, preconceito, direitos, inclusão.
Anos
7º, 8º e 9º anos
Tempo estimado
3 aulas e atividades extra-classe em prazo a ser definido pelo professor.
Material necessário
Mp3 player, computador com acesso à internet e datashow.
Introdução
A importância de se estudar a história de africanos e de afro-descendentes está relacionada às
profundas relações que guardamos com a África. No geral, somos frutos dos encontros e
confrontos entre diferentes grupos étnicos como indígenas, europeus, africanos e outros.
Entendemos que história do Brasil e história da África estão intimamente relacionadas, cabendo ao
professor ampliar a discussão sobre, por exemplo, a escravidão, introduzindo elementos da história
dos africanos, de sua cultura e não tratá-los como simples mercadoria que enriquecia europeus e
tiveram seu trabalho explorado à exaustão no Brasil antes e após a independência política.
Nessa perspectiva, não podemos tratar a questão africana apenas do ponto de vista da escravidão,
como se fosse uma questão isolada e superada pela assinatura da Lei Áurea em 1888. Um ponto
de partida para ampliar nossa visão e tentar superar as visões estereotipadas sobre o tema é
procurar recuperar os elementos da resistência negra, suas formas de luta e de organização, sua
cultura, não apenas no passado, mas também no tempo presente.
Desenvolvimento
1ª. etapa
Comece o trabalho explorando com os alunos os elementos da história africana e/ou da presença
africana na História do Brasil que eles já tenham estudado. Procure levantar os conhecimentos dos
alunos acerca das relações sociais estabelecidas, das visões que foram construídas sobre
africanos e afro-descendentes no Brasil, sobre a cultura africana e/ou a mescla de culturas que se
convencionou chamar "cultura brasileira" com forte influência de elementos africanos. É possível
que surjam respostas que remetam a determinados assuntos como alimentação, música, dança,
lutas e religiosidade. Se não surgirem, instigue-os a refletir sobre a presença ou ausência desses
elementos no modo de vida deles.
Após essa conversa inicial, convide os alunos para explorar o site www.acordacultura.org.br, que
mostra informações sobre a cultura negra africana em forma de jogos, livros animados, vídeos,
músicas e textos. Dica: veja textos sobre a importância da cultura negra na coluna da esquerda da
página inicial - "valores civilizatórios".
A exploração do site é apenas um ponto de partida para a discussão que poderá ser fundamentada
em conhecimentos anteriores dos alunos, de acordo com os conteúdos previstos no currículo de
História, como:
- História da África, incluindo elementos da cultura e religiosidade etc. (o período variando de
acordo com o ano/série dos alunos).
- Escravidão no Período Colonial e/ou no Período do Império. As lutas e as formas de resistência, e
elementos da cultura trazida pelos africanos.
2ª etapa
Agora é o momento de planejar as entrevistas. Divida a turma em grupos de quatro ou cinco alunos
e faça a mediação dos seguintes pontos:
- Elaborar as questões que serão feitas aos entrevistados. Exemplos de coleta de bons
depoimentos podem ser encontrados no portal do Museu da Pessoa (www.museudapessoa.net).
O questionário deverá ter:
Nome
Idade
Há quanto tempo mora na localidade,
Profissão, atividades que exerceu
Religião
O lazer no passado e no presente
Os tipos de música e de dança preferidos do passado e do presente
Se sofre ou já sofreu discriminação por ser afro-descendente
Participa de organizações como clubes, associações de moradores, ONGs que lutem pela defesa
dos direitos dos afro-descendentes
Outras questões sugeridas pelos alunos a partir dos estudos realizados
- O estabelecimento de uma data para que os materiais coletados sejam levados para a classe.
3ª. etapa
Os grupos de alunos deverão realizar as seguintes atividades:
- Perguntar se eles possuem fotos antigas ou outros objetos e se permitem que eles sejam
fotografados para compor o trabalho final.
No retorno do trabalho, em sala de aula, você deverá mediar a socialização das experiências de
cada grupo por meio da discussão:
- como se deu a interação com os entrevistados
- quais foram as informações obtidas
- as semelhanças e diferenças entre as respostas dos entrevistados
4ª. etapa
A partir das entrevistas e dos materiais coletados, é possível recuperar um pouco da história das
relações sociais na localidade, da presença (ou não) de discriminação de afro-descendentes e de
elementos da cultura de origem africana.
Produto final
O material coletado pode ser organizado:
- em um painel com fotos e informações escritas
- elaboração coletiva de um blog que poderá conter as gravações das entrevistas, depoimentos de
alunos sobre o tema, mudanças e permanências nas relações sociais na localidade, espaço para
postagem de sugestões sobre a formas de combate ao preconceito e à discriminação racial.
Avaliação
Os pontos que deverão ser avaliados são:
- envolvimento e participação dos alunos nas discussões em grupos
- pertinência das informações e dos materiais coletados
- organização e clareza das informações no painel e nos textos e áudios postados no blog.
Bibliografia
BARBOSA, R. M. Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.
BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo, Cortez.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. Lembranças de velhos. Companhia das Letras.
LUCENA, Célia Toledo. Artes de lembrar e de inventar: (re) lembranças de migrantes. São Paulo,
Arte & Ciência.
Conteúdos
- Heranças culturais africanas e brasileiras.
- Música, dança e brincadeiras.
Anos
Pré-escola.
Tempo estimado
Dois meses.
Material necessário
Livros, revistas, imagens, material para registro, CDs com músicas africanas e brasileiras,
tecidos, instrumentos musicais e mapas.
Desenvolvimento
1ª etapa
Apresente músicas brasileiras de ritmos de origem africana (como o samba e o maracatu) e
converse com as crianças sobre elas: já conhecem? Se parecem com algo que já ouviram?
Gostam ou não? Por quê? Explique que essas músicas têm origem em um continente
chamado África, separado do Brasil pelo oceano Atlântico. Para comparar, escute com o
grupo outra música (escolha, agora, uma canção tradicional africana). Questione: ela se
parece com a que ouvimos antes? Peça, ainda, que a turma leve livros, fotos e outros
registros do continente. Você também deve preparar a mesma pesquisa.
2ª etapa
Explore os materiais trazidos em uma roda de conversa. Foque a discussão nos costumes
dos grupos que serão estudados: vestimentas, alimentos, música, dança, brincadeiras etc.
Lembre-se de mostrar o globo terrestre para que se aproximem da ideia do que é um
continente ou país.
3ª etapa
Forme grupos e sugira que cada um aprofunde a pesquisa em um dos temas levantados.
Explique que o objetivo é obter mais informações sobre costumes dos povos africanos e que
cada grupo deve mergulhar em um assunto específico, procurando mais informações em
livros, internet, vídeos e outras fontes de informação. Peça ainda que reflitam: quais das
práticas levantadas também acontecem no Brasil? De que jeito? Como forma de registro,
proponha a criação de um painel coletivo para reunir as informações, garantindo que possam
ser consultadas por todos sempre que necessário.
4ª etapa
Leve para a sala instrumentos musicais de origem africana, como agogô, caxixi e alfaia e
mostre às crianças as maneiras de tocá-los. Apresente também coreografias de danças
africanas, como o jongo, para que a turma possa praticar - o uso de DVDs de referência com
os principais passos é um bom recurso didático. Lembre-se de que essa etapa, que deve
durar alguns dias, exige que você se prepare previamente para conhecer instrumentos e
danças.
Avaliação
Para avaliar o aprendizado dos procedimentos de música e dança, observe o desempenho da
turma ao longo das atividades, prestando atenção especialmente na evolução, na parte
rítmica. Para verificar conteúdos conceituais (como é a África, onde se localiza etc.), avalie a
participação da classe nas rodas de conversa e na construção do painel coletivo, procurando
perceber se cada criança levanta hipóteses, ouve a contribuição dos outros e registra no
mural suas descobertas.
Conteúdos
- Heranças culturais africanas e brasileiras.
- Música, dança e brincadeiras.
Anos
Pré-escola.
Tempo estimado
Dois meses.
Material necessário
Livros, revistas, imagens, material para registro, CDs com músicas africanas e brasileiras,
tecidos, instrumentos musicais e mapas.
Desenvolvimento
1ª etapa
Apresente músicas brasileiras de ritmos de origem africana (como o samba e o maracatu) e
converse com as crianças sobre elas: já conhecem? Se parecem com algo que já ouviram?
Gostam ou não? Por quê? Explique que essas músicas têm origem em um continente
chamado África, separado do Brasil pelo oceano Atlântico. Para comparar, escute com o
grupo outra música (escolha, agora, uma canção tradicional africana). Questione: ela se
parece com a que ouvimos antes? Peça, ainda, que a turma leve livros, fotos e outros
registros do continente. Você também deve preparar a mesma pesquisa.
2ª etapa
Explore os materiais trazidos em uma roda de conversa. Foque a discussão nos costumes
dos grupos que serão estudados: vestimentas, alimentos, música, dança, brincadeiras etc.
Lembre-se de mostrar o globo terrestre para que se aproximem da ideia do que é um
continente ou país.
3ª etapa
Forme grupos e sugira que cada um aprofunde a pesquisa em um dos temas levantados.
Explique que o objetivo é obter mais informações sobre costumes dos povos africanos e que
cada grupo deve mergulhar em um assunto específico, procurando mais informações em
livros, internet, vídeos e outras fontes de informação. Peça ainda que reflitam: quais das
práticas levantadas também acontecem no Brasil? De que jeito? Como forma de registro,
proponha a criação de um painel coletivo para reunir as informações, garantindo que possam
ser consultadas por todos sempre que necessário.
4ª etapa
Leve para a sala instrumentos musicais de origem africana, como agogô, caxixi e alfaia e
mostre às crianças as maneiras de tocá-los. Apresente também coreografias de danças
africanas, como o jongo, para que a turma possa praticar - o uso de DVDs de referência com
os principais passos é um bom recurso didático. Lembre-se de que essa etapa, que deve
durar alguns dias, exige que você se prepare previamente para conhecer instrumentos e
danças.
Avaliação
Para avaliar o aprendizado dos procedimentos de música e dança, observe o desempenho da
turma ao longo das atividades, prestando atenção especialmente na evolução, na parte
rítmica. Para verificar conteúdos conceituais (como é a África, onde se localiza etc.), avalie a
participação da classe nas rodas de conversa e na construção do painel coletivo, procurando
perceber se cada criança levanta hipóteses, ouve a contribuição dos outros e registra no
mural suas descobertas.
Objetivos:
Criar situações de aprendizagem que possibilite as crianças á apropriação
do conhecimento necessário para a compreensão do mundo em que vivem;
Construir identidades raciais e de gênero positivas;
Contribuir para a construção de uma auto-imagem positivo de si e do outro a
partir de descobertas;
Estimular o respeito às diferenças.
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nasdiferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de
tomar decisões coletivas
Descrição da atividade:
No momento da aquisição de materiais didáticos para a turma,
selecionaremos itens levando em conta se eles promovem as igualdades entre
negros e brancos, homens e mulheres, homossexuais pessoas com deficiência e
grupos de diferentes culturas.
Para que a postura em casa ajude a iniciativa na escola, envolveremos os
pais no trabalho. Organizaremos uma reunião com eles para explicar a importância
de abordar a diversidade no dia-a-dia. Estimulando que cada um faça um exame
crítico de seu próprio comportamento, refletindo sobre como isso influencia as
crianças.
A primeira aula tem caráter introdutório. Alguns conceitos serão elaborados
de maneira que os alunos consigam compreender que os seres humanos não são
homogêneos sob os mais diferentes aspectos: etnia, gênero, orientação sexual,
sócio-econômica e cultural. Entretanto, existem elementos que permitem garantir
coesão e identidade nacional.
Do ponto de vista cultural, a sociedade se caracteriza pela diversidade.
Faremos uma explanação sobre o assunto que está sendo discutido com os
educando, incitando-os a pensarem sobre o tema, pedindo para que estes
exponham sua opinião sobre o assunto abordado.
No convívio com os alunos, observaremos se há manifestações de
preconceito, interviremos mostrando a importância do respeito às diferenças e da
autoaceitação. Se apoiando nos exemplos trazidos pelos materiais selecionados.
Espaço físico:
Sala de aula
Pátio
Biblioteca
Material necessário:
Atividades xerocadas;
Cartolina
Meio de comunicação a ser utilizado
Livro história da cultura Afro- brasileira; Ensino Fundamental; livro1. Editora
Grafset.
Autores: Roberto Benjamim;
Janete Lins Rodrigues;
Josilaine Maria Do Nascimento Aires;
Maria Carmelita Lacerda.
Participantes:
Alunos;
Professores;
Pais de alunos.
Avaliação
A avaliação será constante, diagnóstica e com o intuito de reorganizar os
conceitos e concluir de forma significativa.
Será realizada através de:
Observações direta e indireta do aluno;
Relatos de trabalhos realizados, com as observações e conclusões
desenvolvidas;
Atividades que demonstram se o aluno foi capaz de interpretar as
mensagens contidas;
Observações no decorrer das atividades, com o intuito de verificar a
criatividade, a interpretação, a coesão e o desenvolvimento do educando.
Objetivo:
- Conhecer, vivenciar e identificar a influência da cultura africana no Brasil.
- Construção de imagem positiva do Negro e Afrodescendente Brasileiro.
Ano
E. Médio
Duração
04 aulas (se necessário, acrescentar mais 01 aula).
Recursos Materiais
Vídeo, catálogos, imagens ref. a cultura africana, papéis, tintas, pincéis, tecidos, cola,
tesoura.
Aula 1 – Exibir o vídeo despertando o olhar do aluno para a diversidade da cultura africana.
Em seguida, discutir a sua influência na cultura brasileira, nas diversas linguagens artísticas
(pintura, escultura, dança, música) como imagens positivas do Negro no Brasil. Solicitar que,
a partir do vídeo, escolha a linguagem artística que mais o interessou.
Aula 2 – Dividir a turma em grupo de interesse (pintura, escultura, música, dança) para
pesquisar Elementos Visuais (cor, forma, linha, simetria) presentes na linguagem escolhida, e
Artistas Plásticos afrodescendentes que trabalham a cultura africana em suas obras.
BIOGRAFIA:
Compositor/Cantor do SAMBA - MONARCO DA PORTELA
Monarco está entre os compositores mais respeitados da sua geração. E, mesmo sendo um
dos mais jovens integrantes da Velha Guarda da Portela é autor de músicas que foram
sucessos nas vozes de Martinho da Vila (Tudo menos Amor), Paulinho da Viola (Passado de
Glória) e Clara Nunes (Rancho da Primavera).
Monarco da Portela é o nome artístico do carioca Hildemar Diniz, que tem 66 anos de idade e
50 anos de samba, e sua geração tende a se perpetuar no samba, pois além do filho, o
grande maestro Mauro Diniz, de 45 anos de idade, tem o Marcos Diniz com 35 anos de idade,
que também é compositor. Os filhos seguem a tradição de Monarco e seus parceiros da
antiga, todos já falecidos: Alcides Dias Lopes(o Malandro Histórico da Portela), Chico
Santana, Manacea e Mijinha, Candeia.
Atualmente seu parceiro mais constante é o Ratinho de Pilares, com quem fez: Coração em
Desalinho, Tudo Menos Amor, e Vai Vadiar; com o filho Mauro Diniz, compôs entre outros
sambas, um belíssimo que por sinal esta no CD do "Quinteto Em Branco e Preto", o samba
"Nem Pensar em Te Perder", que se a mídia prestar atenção com certeza será outro grande
sucesso do Mestre Monarco e Mauro Diniz.
Nestas cinco décadas gravou apenas quatro discos, mas que foram lançados também na
Europa, Japão e Estados Unidos. Seu ultimo CD, "A Voz do Samba", lançado pelo selo
Kuarup, em 1995, lhe rendeu um prêmio Sharp de melhor cantor do gênero.
Todos os grandes intérpretes do samba gravaram músicas do Monarco. Entre eles: João
Nogueira, Roberto Ribeiro, Paulinho da Viola, Clara Nunes, Maria Creuza, Beth Carvalho e
Zeca Pagodinho, cujo primeiro grande sucesso aliás foi "Coração em Desalinho".
Sua música exibe a forma tradicional dos autênticos sambas de terreiro ou samba de raiz,
como o próprio compositor gosta de classificá-la. A linha melódica dolente é prato cheio para
expor o belo registro vocal grave que possui. No repertório constam músicas suas como:
Quitandeiro, Tudo Menos Amor, O lenço, Passado de Glória, Vai Vadiar.
Em 1999 a cantora Marisa Monte Produziu o CD Tudo Azul com a Velha Guarda da Portela,
com participação de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Este disco contém pérolas dos
grande mestres da Azul e Branco de Madureira, Monarco incluído.
Vídeos:
CORAÇÃO EM DESALINHO
http://youtu.be/C4svUXKl_uE
Site
http://books.google.com.br/books?id=FZgihSGIthMC&dq=diaspora+negra+para++de+Mato+Grosso
&source=gbs_similarbooks_s&cad=1, acesso em abril/2011.
Site
http://books.google.com.br/books?id=xpUMAQAAMAAJ&q=diaspora+negra+para++de+Mato+Gros
so&dq=diaspora+negra+para++de+Mato+Grosso&hl=pt-BR&ei=ik-8TZm6J-
Xa0QGxzKm9BQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CDYQ6AEwAQ, acesso em
abril/2011.
BIBLIOGRAFIA
BUENO, Eduardo. História do Brasil. 2. ed. Folha de São Paulo/Zero Hora, 1997.
MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo. Crime e Escravidão. São Paulo: brasiliense, 1987.
PRICE, Richard. REIS, João José. Liberdade por um fio. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.