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Processo 1
Processo 1
Ana, menor impúbere, é filha de José e Maria, ambos com apenas 18 (dezoito)
anos de idade, desempregados e recém-aprovados para ingresso na Faculdade
de Direito Alfa. As respectivas famílias do casal possuem considerável poder
aquisitivo, porém se recusam a ajudá-los no sustento da pequena Ana, em razão
de desentendimentos recíprocos. Destaca-se, por fim, que todos os avós são
vivos e exercem profissões de destaque. Com esteio na hipótese proposta,
responda aos itens a seguir.
A) Os avós são obrigados a prestar alimentos em favor de sua neta? Em hipótese
positiva, cuida-se de obrigação solidária?
B) A ação de alimentos pode ser proposta por Ana, representada por seus pais,
sem incluir necessariamente todos os avós no polo passivo da demanda?
Ana Flávia dirigia seu carro em direção à sua casa de praia quando, no caminho,
envolveu-se em um acidente grave diante da imprudência de outro veículo,
dirigido por Sávio, que realizou ultrapassagem proibida. Como consequência do
acidente, ela permaneceu no hospital por três dias, ausentando-se de seu
consultório médico, além de ter ficado com uma cicatriz no rosto. Como apenas
o hospital particular da cidade oferecia o tratamento adequado e ela não possuía
plano de saúde, arcou com as despesas hospitalares. Ciente de que o automóvel
de Sávio está segurado junto à seguradora Fique Seguro Ltda., com cobertura
de danos materiais, Ana Flávia ajuizou ação em face de ambos. Sávio e a
seguradora apresentaram contestação, esta alegando a culpa exclusiva de Ana
Flávia e a impossibilidade de figurar no polo passivo. Em seguida, o juízo
determinou a exclusão da seguradora do polo passivo e o prosseguimento da
demanda exclusivamente em face de Sávio. Tendo em vista o caso exposto,
responda aos itens a seguir.
A) Qual o recurso cabível contra a decisão? Qual o seu fundamento?
B) Além do prejuízo material, quais outros danos Ana Flávia poderia ter pedido
para garantir a maior extensão da reparação?
Maria Clara e Jorge tiveram uma filha, Catarina, a qual foi registrada sob filiação
de ambos. Apesar de nunca terem se casado, Maria Clara e Jorge contribuíam
paritariamente com o sustento da criança, que vivia com Maria Clara. Quando
Catarina fez dois anos de idade, Jorge ficou desempregado, situação que
perdura até hoje. Em razão disso, não possui qualquer condição de prover a
subsistência de Catarina, que não consegue contar apenas com a renda de sua
mãe, Maria Clara, filha única de seus genitores, já falecidos. Jorge reside com
sua mãe, Olívia, que trabalha e possui excelente condição financeira. Além
disso, Catarina possui um irmão mais velho, Marcos, capaz e com 26 anos, fruto
do primeiro casamento de Jorge, que também tem sólida situação financeira.
Com base em tais fatos, responda aos itens a seguir, justificando e
fundamentando a resposta.
A) Olivia e Marcos podem ser chamados a contribuir com a subsistência de
Catarina? A obrigação deve recair em Olivia e Marcos de forma paritária?
B) Quais as medidas judiciais cabíveis para resguardar o direito de subsistência
de Catarina, considerando a necessidade de obter com urgência provimento que
garanta esse direito?
Pedro, maior com 30 (trinta) anos de idade, é filho biológico de Paulo, que nunca
reconheceu a filiação no registro de Pedro. Em 2016, Paulo morreu sem deixar
testamento, solteiro, sem ascendentes e descendentes, e com dois irmãos
sobreviventes, que estão na posse dos bens da herança. Diante da situação
apresentada, responda aos itens a seguir. É possível cumular os pedidos de
reconhecimento da paternidade e do direito hereditário no mesmo processo?
Cabe a cumulação de pedidos no mesmo processo, uma vez que a
investigação de paternidade, bem como a petição de herança observam os
requisitos de admissibilidade previstos no Art. 327, § 1º, do CPC, na medida
em que os pedidos são compatíveis entre si, a competência é do mesmo
juízo e o mesmo procedimento é adequado a ambas.
Marcos, por negligência, colidiu seu carro com o automóvel de Paulo, que é
taxista e estava trabalhando no momento. Em razão do acidente, Paulo teve que
passar por uma cirurgia para a reconstrução de parte de seu braço, arcando com
os custos correlatos. A cirurgia foi bem-sucedida, embora Paulo tenha ficado
com algumas cicatrizes. Após ficar de repouso em casa por quatro meses, por
recomendação médica, no período pós-operatório, Paulo resolveu ajuizar ação
contra Marcos, com o objetivo de obter indenização por perdas e danos sofridos
em razão do acidente. No curso da ação, Marcos, que tinha contratado seguro
contra terceiros para seu veículo, requereu a denunciação da lide da Seguradora
X, tendo o juiz, no entanto, indeferido o pedido.
Qual a medida processual cabível para Marcos impugnar a decisão que indeferiu
o pedido de denunciação da lide? Esclareça se Marcos poderá exercer
futuramente o direito de regresso contra a Seguradora X, caso seja mantida a
decisão que indeferiu o pedido de denunciação da lide.