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Objetivos:
- Contextualizar brevemente o sujeito e a sociedade em que estamos inseridos
- Expor o conceito de teatro-pós moderno
- Explicar o que é metodologia do ensino de teatro.
- Expor exemplos de metodologias contemporâneas.
Conteúdo programático:
Quanto mais planetariamente é exigido de todos que se deixem assalariar, mais as pessoas
sucumbem a ter que cuidar de suas próprias vidas. E isso gera o aniquilamento da "vida
privada", da individualidade e subjetividade submetendo-as á uma regulação coletiva o
tempo todo, sem qualquer perspectiva de "descanso" ou oportunidade para emergência
do "eu interior" - do espaço privado.
Ou seja, o sujeito foi abdicado de sua autonomia e esta relegado aos processos capitalistas
de coerção.
No dicionário Machaelis:
metodologia
me·to·do·lo·gi·a
sf
1 Parte da lógica que trata dos métodos aplicados nas diferentes ciências.
2 Estudo dos métodos, especialmente dos métodos científicos.
3 Conjunto de regras e procedimentos para a realização de uma pesquisa.
4 LIT Estudo e pesquisa dos componentes e do caráter subjetivo de um texto
narrativo, poético ou dramático.
Japiassu acredita que o pensamento auto reflexivo é a única forma para uma educação
emancipadora.
Não existe apenas um caminho para o ensino do teatro, pois o ensino nesta linguagem é
polissêmico e muito diverso de professor para professor, não existe um caminho melhor
ou pior, existem escolhas e sistematizações que podem ser utilizadas.
Creio que a maior pergunta para professores iniciantes quando pegamos uma sala de aula
é:
Para onde eu vou? O que eu vou fazer? Que conteúdo ministrar?
Segundo Richard Courtney (1980 , p. 42), "a formulação da idéia básica de que a
atividade dramática era um método bastante efetivo de aprendizagem deveu-se
principalmen te a Caldwell Cook (...) a primeira formulação do método dramático
foi a de Caldwell Coo k em 'The Play Way' (1917)". De acordo com Courtney , o
papel do teatro na educação escolar passou a ser destacado só a partir da difusão
das idéias de uma educação "pedocêntrica", I inspirada no pensamento filosófico e
educacional de Jean-Jacques Rousseau.
Nos anos 70 os jogos teatrais fizeram um BUM em todo o meio educacional brasileiro
após experimentação pelos grupos da ECA USP liderados por Ingrid D. Koudela
Nos jogos dramáticos todos são participantes, todos são atores, fazedores da situação.
O objetivo da proposta para o ensino do teatro que aqui se expõe não é a preparação de
atores mirins para encenações escolares nem a formação de crianças para atuação no
mercado profissional do teatro, do cinema e da televisão; sua finalidade é, antes o
crescimento pessoal dos alunos e seu desenvolvimento cultural pelo domínio, pela
fluência, pela decodificação e pela leitura crítica da linguagem teatral.
Japiassu utiliza como embasamento para a criação de suas aulas os jogos teatrais de Viola
Spolin. E ainda é um pai ofertando todos os seus planos de aula e mostrando como
sistematizou a sua forma de ensino.
Seu sistema de jogos teatrais é uma metodologia que tem se revelado eficaz para o ensino
do teatro a crianças e adultos. Sua proposta tem informado uma quantidade expressiva de
práticas pedagógicas teatrais na educação infantil, no ensino fundamental, médio e
superior brasileiros e se configura numa âncora para o trabalho de teatro-educadores tanto
no âmbito da educação escolar, quanto no nível da ação cultural (oficinas e intervenções
cênico-pedagógicas) em todo o país.
e o sistema de jogos teatrais de Viola Spolin, sem prejuízo de sua eventual utilização
instrumental , permite sobretudo reivindicar o espaço do teatro como conteúdo relevante
em si na formação do educando. O trabalho pedagógico com sua metodologia de ensino
do teatro permite que os alunos experimentem o fazer teatral (quando jogam),
desenvolvam a apreciação e compreensão estéticas da linguagem cênica (quando assistem
a outro s jogarem) e contextualizem historicamente seus enunciados estéticos (durante a
avaliação coletiva quando também se auto-avaliam)
Os jogos teatrais são atividades pedagógicas para aquisição, leitura, domínio e fluência
da comunicação por meio do teatro, de uma perspectiva improvisacional (sem roteiros
nem combinações apriorísticas de como será a atuação na área de jogo e sem textos de
sustentação à representação teatral previamente elaborados). Basicamente, os jogos
teatrais constituem desafios (problemas cênicos de atuação) apresentados aos jogadores,
na forma de jogos com regras (Spolin 1992).
Pontos importantes:
- Universalidade: Todas as pessoas são capazes de atuar no palco / todas as pessoas são
capazes de improvisar.
- Aprendemos através da experiência e ninguém ensina nada a ninguém.
- Talento é uma capacidade individual de experimentar...
- Experimentar é penetrar no ambiente, é envolver-se total e organicamente com ele.
- Ser intuitivos e espontâneos para nos reformarmos
7 aspectos da espontaneidade:
- Jogo: ação que propicia a o envolvimento e a liberdade pessoal necessários para esta
experiência.
- Aprovação / Desaprovação: A dependência do outro desestimula a experiência pessoal,
é necessário estar livre de julgamentos e se auto-identificar com os processos dentro das
regras do jogo. É preciso a capacidade de se relacionar com o problema dado e acabar
com o juízo de valor bom ou mau e o autoritarismo.
- Expressão de grupo: Colaboração, não incentivar a competição pois ela levanta
carcateristicas e qualidades nos jogadores que abalam o trabalho da colaboração do grupo
desmotivando os envolvivos em detrimento da automotivação exacerbada de alguns.
- Platéia: parte concreta do treinamento teatral. Não deve ser esquecida, pois é o grupo de
pessoas com quem nós compartilhamos a experiência.
- Técnicas Teatrais: As técnicas mudam radicalmente com o passar dos anos. Elas se
alteram para atenderas necessidades do tempo e do espaço. As técnicas são os artíficios
mecânicos. Um saco de truques.
- A transposição do processo de aprendizagem para a vida diária: o processo de é
aprendizagem só se dá nas sessões de trabalho, não se deve levar trabalho para casa. Em
outros momentos deve-se estar disponível para experimentação das cotidianidades.
- Fisicalização: é a relação psicológica aberta que o aluno e o professor desenvolve dentro
do vocabulário do teatro, assim conseguem dialogar para ativação da liberdade de
expressão. Nào tem juízo de valor (bom ou ruim).
Todos os exercícios são variações que são dispostas para pequenos e grandes grupos
articulando diversas habilidades.
O teatro do oprimido interessa-se pelo teatro como ação cultural estético-pedagógica que
conduz e ensaia uma revolução política, econômica e histórica nas sociedades humanas.
Teatro politico
Teatro do Oprimido é teatro na acepção mais arcarca da palavra: todos os seres humanos
são atores, porque agem, e espectadores, porque observam. Somos espect-atores. (…)
Creio que o teatro deve trazer felicidade, deve ajudar-nos a conhecermos melhor a nós
mesmos e ao nosso tempo. O nosso desejo é o de conhecer o mundo que habitamos, para
que possamos transformá-lo da melhor maneira. O teatro é uma forma de conhecimento
e deve ser também um meio de transformar a sociedade. (Jogos para Atores e Não
Atores)
Metodologia:
- Aula expositiva, com base em estudo bibliográfico acerca do tema.
Avaliação:
- Observação e avaliação da aplicação, entre os alunos, da improvisação teatral,
metodologia de Viola Spolin.
Tipos de Metodologia:
- Jogos teatrais augusto boal - teatro do oprimido
- Viola Spolin
[18] SPOLIN, Viola (2001) Jogos teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva.
SPOLIN, Viola (1999) O jogo teatral no livro do diretor.São Paulo: Perspectiva. SPOLIN,
Viola (1992) Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva.