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A exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira,

apresentada no Santander Cultural, está ancorada em um conceito no qual


realmente acreditamos: a diversidade observada sob aspectos da variedade, da
pluralidade e da diferença. O que é diverso e tem multiplicidade, seja na área
cultural ou étnica, na crença ou na linguística, ganha cada vez mais atenção
por parte da nossa organização.
Diferentes ângulos de visão e abordagens são fundamentais e extrapolam
questões institucionais ou relacionadas ao politicamente correto. Trata-se de
um valor para nossa empresa, pois acreditamos que a diversidade é a impulsora
da criatividade e da eficiência.
Essa mostra inédita é composta por cerca de 270 obras – oriundas de co-
leções tanto públicas quanto privadas – que percorrem o período histórico de
meados do século XX até os dias de hoje, promovendo o questionamento entre
a realidade das obras e do mundo atual em questões de gênero e suas nuances.
Com curadoria de Gaudêncio Fidelis, a exposição é um espaço no qual a
inclusão é exercida para além dos parâmetros restritivos, por meio de um diálogo
do histórico com o contemporâneo.
Esta é a primeira exposição já realizada no Brasil com a referida aborda-
gem, além de ser a primeira com tal envergadura na América Latina, o que
insere plenamente o Santander em um contexto global. Queremos cultivar a
diversidade em uma organização contemporânea, plural, criativa e madura.
Aqui você pode ser quem você é!
Desejamos a todos uma ótima visita!

Sérgio Rial
Presidente
Santander Cultural

QUEERMUSEU: CARTOGRAFIAS DA DIFERENÇA NA ARTE BRASILEIRA 1


Caro Professor (a),

Este caderno é um material para ser utilizado em sala de aula, no espaço


expositivo, bem como a possibilidade de uma mediação estendida. E quere-
mos, através de proposições e conteúdo complementar, como textos, imagens
e referências, trazer aqui alguns elementos que ajudem a ampliar as discussões
acerca da plataforma curatorial e do universo queer, a diversidade e a diferença.
O ambiente escolar é, por excelência, o espaço onde encontramos, em suas
mais variadas fases, o sujeito – complexo, múltiplo e diverso. Entendemos que
a escola e os ambientes culturais funcionam com uma ágora para ampliar, por
meio do encontro com o outro, as discussões e o compartilhamento de saberes.
Reforçamos aqui o convite para que educadores e educandos possam vi-
venciar a exposição e utilizá-la como plataforma para que desenvolvam seus
planos de aula e suas proposições. O conteúdo que apresentamos neste material
não está dividido por faixa etária nem está concluso em seus direcionamentos.
Trata-se de contribuições para serem desenvolvidas e expandidas na prática en-
tre alunos e educadores. Anexamos um CD com materiais complementares,
glossário e conteúdo do caderno, que poderá ser reimpresso e multiplicado a
critério do professor.
A equipe do Educativo do Santander Cultural coloca-se à disposição para
conversas e encontros com a equipe através de visitas mediadas e demais ativida-
des para que possamos juntos expandir o universo do conhecimento sobre a arte.

Ação Educativa
Santander Cultural

2 QUEERMUSEU: CARTOGRAFIAS DA DIFERENÇA NA ARTE BRASILEIRA


DIFERENÇA E DIVERSIDADE: EM DIREÇÃO A UMA
CONVIVÊNCIA NÃO NORMATIVA COM A ARTE

GAUDÊNCIO FIDELIS
Curador

O projeto educativo para a exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na


Arte Brasileira reveste-se de significativa importância e de um profundo desafio.
Trata-se da primeira exposição autointitulada queer no contexto de exposições
brasileiras e da América Latina, especialmente se considerarmos a envergadura
e a escala da exposição. Com essa plataforma, assumimos a responsabilidade
de tratar um conjunto de problemas artísticos que nos demanda navegar por
um meandro de questões culturais, históricas, sociais e conceituais cuja com-
plexidade é não só admirável, mas também extremamente importante para a
sociedade contemporânea. Em vários casos, esse universo de problemas está
inserido em um campo de surpreendentes fenômenos do nosso tempo, em ou-
tras interligado com territórios de atuação política que implica lutar por uma
sociedade mais justa e democrática.
Para que possamos ter sucesso em um projeto como esse, é necessário ado-
tar uma disposição inclusiva e, ao mesmo tempo, uma mudança no modo de
pensar: daquele de sempre refletir a partir de uma visão restrita da normativi-
dade para outro de um campo de visão não normativa do mundo que permita
incluir a diferença e a diversidade. Para tanto, iniciamos aqui pelas formas ar-
tísticas e pela convivência entre obras. É justamente nesse exercício de interação
com as particularidades que podemos ver realizada a consciência e o exercício
de uma experiência inovadora do mundo, fundamentada então em princípios
de coletividade. Nesse novo campo de existência, o preconceito e a discrimina-
ção tornam-se insustentáveis, como de outra forma visíveis. A arte não esconde
a indisposição de ninguém com o outro.
Exposições como essa são complexos arranjos de obras no espaço realizadas
a partir de um conjunto de prerrogativas estabelecidas pela curadoria com o
objetivo de assinalar um conjunto de questões consideradas de relevância em
determinada época, contexto ou período. Mais do que isso, elas reúnem obras
de arte que nos ensinam muito sobre o mundo em que vivemos através dos
objetos. Revelam também inúmeras especificidades e consequentes paradigmas
que fazem da sociedade contemporânea o complexo campo de disputas que

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conhecemos. Essas obras são, assim, um “espelho” de nossos desejos e mani-
festações interiores, reveladas agora em um campo conceitual de aprendizado.
Sobre isso eu escrevi em outra ocasião:

Objetos de arte se transformam em repositórios dos desejos do visitante, de


suas vontades, frustrações, preconceitos, visões de mundo, perspectivas sobre
a arte, receios, admiração, e outra infinidade de sentimentos projetados que
ultrapassam, na maioria das vezes, nosso conhecimento sobre tais objetos
e, em muitos casos, os fazem agir irracionalmente diante de sua presença.1

Por outro lado, é justamente o confronto com esse universo de objetos


que nos possibilita uma compreensão mais justa do mundo em que vivemos,
somada ao desenvolvimento de sentimentos de tolerância, justiça e desejos de
reparação. Se pensarmos, por exemplo, que a “eleição” de determinados objetos
em detrimento de outros designa muitas vezes as limitações do preconceito e da
indiferença, poderemos conceber uma exposição como plataforma para o exer-
cício da tolerância estética e, por consequência, da aceitação da diferença e do
outro. Tais objetos indicam, então, um extenso perímetro de investigação desses
desejos e de nossas percepções do mundo, elas mesmas extremamente diversas.
O mundo das exposições é um vasto território de dispositivos na forma de obje-
tos, que possibilitam ao espectador investigar suas limitações e sua abertura, seja
para o mundo do conhecimento, seja para a disposição inclusiva. Exposições e
seus objetos constituem o campo privilegiado do exercício e a experimentação
do pensamento e da ação:

Constituídos como ativadores das diversas concepções de mundo que pos-


suímos, eles [os objetos] são importantes para identificar o comportamento
de uma sociedade diante da arte e o modo como os diversos públicos de uma
exposição reagem, demonstrando, em grande parte, o reflexo dessa sociedade e
de sua visão de mundo diante da vida. Assim, podemos perceber claramente as
diferenças entre essas diversas perspectivas e de como elas atravessam os tem-
pos, claramente refletidas diante do comportamento da sociedade em relação
à arte de seu tempo, bem como a produção que a precede. Esse mesmo com-
portamento se reflete também na maneira como tais sociedades ou grupos de
indivíduos agem diante do seu patrimônio artístico e a perspectiva que adotam

1. Gaudêncio Fidelis, “Em Direção a uma Curadoria Não Heteronormativa: Exposições Queer e Curadoria Olfatória no
Contexto Museológico”, in Escola Experimental de Curadoria, Gaudêncio Fidelis e Marcio Tavares (Orgs.), 10a Bienal do
Mercosul – Mensagens de Uma Nova América, Porto Alegre, RS, 2015, 65.

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em sua preservação, refletindo também sua concepção de futuro e o patamar
de responsabilidade social que mantém diante das gerações que a antecederam
e a precedem. Ao ingressar na entrada do espaço de exposições e manifestar,
dentro daquele espaço, um determinado comportamento, o visitante expressa
sua perspectiva de futuro e sua consideração para com o passado, mas, antes de
tudo, demonstra diante de seus pares sua visão de mundo, seja ela mais demo-
crática, conservadora ou reacionária, libertária ou vanguardista.2

Esse talvez seja o aspecto mais extraordinário de uma exposição, aquele que
deve ser aproveitado como a melhor das oportunidades que se apresenta para
o exercício da experiência educativa no campo da arte. Podemos concluir que
a dimensão desta experiência e aquela da consciência colidem a cada passo que
se desenvolve o processo de visibilidade através desses objetos. Nesse sentido, a
diversidade é um exercício da aceitação da diferença, da singularidade daquilo
que reside fora da norma − e as obras de arte, como elemento da cultura, re-
metem a essa consciência do mundo como um universo que reflete a dimensão
prototípica da diversidade. Esse momento de confronto com uma realidade
acachapante de nossas limitações, que é visto diante da arte, representa, antes de
tudo, uma dilacerante experiência, na qual o encontro com o outro é inevitável
e na verdade desejável. Porém, esse confronto com a espacialidade transformada
em uma luta de convicções determina, em última análise, nossa capacidade de
nos reposicionar frente ao mundo de maneira mais consciente e, talvez diante
disso, confrontar nossos preconceitos e limitações como uma forma de exas-
peração através do olho de outrem. Esse olhar agora deve tornar-se mais claro,
mediado pela clareza da liberação da racionalidade diante do mundo da arte.
Sim, porque devemos considerar nesse caso o processo de reflexão através do
olhar. É a partir de então que poderemos, quem sabe, observar o desmorona-
mento de determinadas concepções equivocadas de gênero, o entendimento e
a legibilidade de determinadas formas que não compreendemos e de outros fa-
tores concomitantes. Podemos supor que, desse contato entre o eu e os objetos,
a convivência tal como a conhecemos é redimensionada e podemos reinventar
outra relação com o mundo, menos desfigurada e complementar a um patamar
de consciência com o conjunto da diferença de que o mundo é feito.
Exposições como essa possibilitam-nos vivenciar os diversos paralelos
entre a arte, seu potencial criativo e o universo da cultura. Nesse universo,
as obras de arte mostram-nos que a diversidade, expressa na constituição da

2. Ibid, 65.

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diferença como alteridade, surge refletida na formação do cânone artístico e
como ele é estabelecido pela academia e pelo museu. Dessa forma, Queermu-
seu é um “museu provisório”, ficcional, onde a inclusão é exercida para além
dos parâmetros restritivos do cânone artístico, geralmente excludente e discri-
cionário. Para essa plataforma curatorial, a escolha das obras levou em conta
os aspectos artísticos, culturais e históricos do objeto artístico, considerando
sua realidade material e conceitual, com vistas a assinalar sua contribuição
para o espectador contemporâneo e possibilitar o exercício da diferença e da
diversidade como já se falou.
Investigar os limitadores da nossa percepção sobre a diferença é um dos
objetivos dessa exposição e de seu projeto educativo. A derrubada de visões
arcaicas diante da normatividade é um exercício primordial de reflexão que per-
mite que pensemos o papel da inclusividade no mundo contemporâneo e como
ela inicia nos aspectos mais mundanos de nossas vidas e reflete-se nos mais
complexos, das escolhas de toda ordem até opções que determinam um suposto
grau de consciência. Para que possamos entender um mundo mais democrático
e inclusivo, é preciso aceitar a diferença como um instrumento de justiça e de
igualdade diante da diversidade. Queermuseu é, sobretudo, uma exposição que
pretende dar projeção à arte e à cultura através das inúmeras questões artísticas
que ultrapassam os mais diversos aspectos da contemporâneidade, na consti-
tuição formal dos objetos, nos hábitos, nos costumes, na moda, na diversidade
comportamental e geracional, na evolução da estética, na percepção da cor, nos
desdobramentos do corpo por meio da história e em inúmeras outras manifes-
tacões que são determinantes na construção da forma artística. É preciso então
entender esse campo de exposição de objetos como paradigmático do processo
de transformação pelo qual passamos quando confrontados com o real, cruel ou
indiferente, amigável ou paradoxal.
Trata-se, por fim, da compreensão do mundo como exigindo e deman-
dando uma resposta em favor da diferença, que somos forçados a responder
sob pena de alienação e de percepção da substância de que é feito esse mesmo
mundo que nos rodeia. A expressão de tal paradoxo designaria outra forma
de ver o mundo, em que a disparidade e a indiferença transformam-se subita-
mente em uma nova possibilidade que é, por definição, a expressão concreta
dos critérios do absolutismo das escolhas e de como elas existem em um uni-
verso restrito de nossas vidas.

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ATIVIDADES PROPOSTAS

PROPOSTA 1
Diariamente as pessoas são expostas a diversas formas de violência e atos discri-
minatórios que assumem diversas manifestações, como o machismo, o racismo,
a homofobia e a transfobia, entre outros. O preconceito não se encontra so-
mente nas ruas, mas também no mercado de trabalho, nos hospitais, nas escolas
e inclusive no ambiente doméstico.
Nesta exposição, muitas obras discutem situações de preconceito que vi-
venciamos no cotidiano. Na série de trabalhos do coletivo AVAF (Assume Vivid
Astro Focus), como Abusada São Paulo #4, vemos uma figura feminina com o
corpo semicoberto por padrões geométricos. A imagem poderia ter saído de
anúncios publicitários, que frequentemente são misóginos, muitos dos quais
representam a mulher como um objeto sexualizado, o que nos leva a pensar
sobre a banalização da imagem feminina. Christus Nóbrega, por outro lado, em
sua série Sudários, critica uma norma, instituída nos anos de 1980, que previne
homossexuais de doarem sangue. Nessa obra, realizada através de monotipias
impressas, ele utiliza o próprio sangue.
A partir desse conjunto de obras, estimule uma discussão sobre o precon-
ceito e as discriminações já institucionalizadas, bem como sobre direitos e leis
que promovam qualquer tipo de discriminação.
■ PALAVRAS-CHAVE: arte, discriminação, leis e normas, violência, preconcei-
to, direitos.
■ IMAGEM: obra de AVAF (Assume Vivid Astro Focus) ˗ Abusada São Paulo #4
(2013).

PROPOSTA 2
Como percebemos as relações entre moda e gênero? Ao longo da história,
as vestimentas e roupas são criadas pensando no conforto, no clima, na
moda e, de modo geral, são voltadas para o público masculino ou feminino,
no âmbito de uma relação muitas vezes estritamente binária, consagrada
pela cultura e estabelecida pela normatividade. Sabe-se que as tendências
da moda constituem uma força cultural que determina regras e estabelece
normas, mas fundamentalmente estabelecem o comportamento. O artista
Flávio de Carvalho caminhou pelas ruas de São Paulo vestindo sua roupa

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Experiência nº 3 – New Look – Traje do “Novo Homem dos Trópicos”, hoje
uma conhecida obra da arte brasileira, que se mostrou adiantada para o seu
tempo na época em que foi criada (em 1956) na forma de uma “proposta”.
Vale lembrar que a ação de caráter performático de Flávio de Carvalho
aconteceu 58 anos atrás.
Como você imagina que foi a reação das pessoas na época ao ver a roupa
do artista pelas ruas de São Paulo? Qual será o “papel” do artista em vencer
preconceitos e romper barreiras, especialmente se forem de gênero? Como
seria hoje caminhar com uma roupa similar em um local público? O que você
supõe que tal atitude provocaria? A partir da observação desta obra na exposi-
ção, que tal refletirmos sobre o impacto da moda no mundo contemporâneo?
Após a convivência com a imagem da roupa do artista, sugira que os alunos
em grupo criem uma ação performática na escola, com o objetivo de gerar
uma discussão acerca do assunto.
■ PALAVRAS-CHAVE: performance, moda, gênero, costumes, cultura, público.
■ IMAGEM: obra de Flávio de Carvalho ˗ Experiência nº 3 – New Look – Traje do
“Novo Homem dos Trópicos” (1956)

PROPOSTA 3
A obra Cabeça Coletiva (1975), de Lygia Clark, é composta por uma estrutura
de madeira com armação de arame forrada por um tecido na forma de uma
grande “cabeça”. Como proposta original, o público foi convidado a utilizar
esse objeto, bem como contribuir acrescentando-lhe novos e variados elemen-
tos. Ela lembra uma trouxa de roupa, objetos e utensílios que determinados
povos e culturas carregam ou utilizam na cabeça, e apresenta características
materiais e visuais distintas. Podemos dizer que nossa “cabeça” é heterogênea:
composta por ideias, pensamentos e vontades diversas, assim como são diversas
as pessoas, cada qual com suas singularidades.
Proponha para seus alunos a produção de um trabalho coletivo, em que
cada integrante do grupo contribua com algo que lhe diz respeito, com o qual
se identifique de alguma forma ou pelo qual sinta afinidade ou “simpatia”
visual. Considere propor relatos acerca do motivo das escolhas e da possi-
bilidade de incorporá-lo ao trabalho, que pode utilizar diferentes recursos e
linguagens, tais como vídeos, objetos, pintura, graffiti, colagem, etc.
■ PALAVRAS-CHAVE: objeto artístico, coletividade, identidade, diversidade,
participação.
■ IMAGEM: obra de Lygia Clark ˗ Cabeça Coletiva (1975).

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PROPOSTA 4
A obra do artista Sandro Ka é feita com objetos de materiais diversos apro-
priados do cotidiano, muitos dos quais encontramos no mercado em lojas de
baixo preço. O artista promove um “confronto” entre esses objetos para ques-
tionar seu significado mais imediato e seu papel na cultura. Um dos assuntos
abordados nessas obras é o o reconhecimento do outro através do mecanismo
de “espelhamento”. O próprio conceito de propriação significa tomar para si o
significado de algo. Entender algo a partir do conhecimento.
Utilizando como ponto de partida as obras do artista, sugira aos alunos que
se coloquem diante de um espelho. Após essa experiência, solicite que façam
diferentes tipos de registros da observação de si mesmos, por meio de desenhos,
colagens, anotações, etc. Posteriormente, reúna os alunos e proponha que cada
um deles apresente o resultado desses registros. Peça que dialoguem sobre o que
descobriram de novo sobre tais observações.
■ PALAVRAS-CHAVE: apropriação, reflexo, observação, percepção, registro, re-
presentação.
■ IMAGEM: obra de Sandro Ka ˗ Reconhecimento (2008).

PROPOSTA 5
Esta proposta pode ser utilizada como projeto de um trimestre, relacionando
arte, ciências, história e literatura, entre outras disciplinas. Sugira aos alunos
que investiguem as diferenças e semelhanças que encontramos na natureza, ten-
do como foco a área de botânica. Através de imagens fotográficas coletadas no
entorno da escola ou do Santander Cultural, inicie o primeiro processo: a ob-
servação. Em aula, organize uma exposição fotográfica em que todos os aspectos
multidisciplinares possam ser contemplados.
■ PALAVRAS-CHAVE: fotografia, multidisciplinaridade, reprodutibilidade, diferença.
■ IMAGEM: todas as imagens das obras.

PROPOSTA 6
Muitas obras na exposição Queermuseu tratam da igualdade através do res-
peito à diferença, como, por exemplo, as pinturas de Bia Leite. É preciso
compreender e aceitar a diferença do outro como sendo parte da identidade
para combater o bullying, uma das maiores e mais pervasivas fomas de vio-
lência psicológica e física. Proponha um diálogo franco e aberto sobre os
diversos tipos de violência acerca da diferença, ou seja, a partir das caracte-

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rísticas únicas de cada um. Sugira a construção de um documento de relatos
e experiências de quem sofreu – ou vem sofrendo – bullying em algum mo-
mento de sua vida. Esse documento pode ser um relato visual ou escrito, que
pode tomar a forma de desenhos, imagens, textos, observações soltas, frases
poéticas, música, ou mesmo histórias. Sugira uma apresentação visual desse
material, que pode ser por meio de uma exposição com material coletado ao
longo de determinado período. Ao fazê-lo, proponha uma discussão sobre
bullying e diferença, abordando alguns de seus frequentes desencadeadores
como expressão de gênero, constituição física, faixa etária, sexualidade, classe
social, construções culturais e outros elementos que venham a surgir durante
o processo de realização da conversa.
■ PALAVRAS-CHAVE: bullying, diálogo, relato.
■ IMAGENS: obras de Bia Leite ˗ Adriano bafônica e Luiz França-She-há (2013) e
Travesti da lambada e deusa das águas (2013).

PROPOSTA 7
Os brinquedos infantis são alvo de inúmeras discussões no que se refere às
questões de gênero que influenciam sua produção. E, muitas vezes, meni-
nos que brincam com brinquedos de meninas são repreendidos – o inverso
também é verdadeiro. Essas situações tidas como fora do “normal”, ou seja,
dentro da normatividade, acabam por gerar violências sutis e veladas, porém
igualmente danosas.
Que tal propor em sala de aula uma visita a uma loja de brinquedos para
observar o que é vendido habitualmente, a partir de uma visão de marketing
destinada a meninos e meninas? Há uma relação de gênero binária, portanto.
Proponha que em grupos os alunos construam protótipos de brinquedos em pa-
pelão, ou outros materiais, invertendo tais conceitos. Aproveite essa visita para
propor uma discussão sobre a equivalência entre a visita a um estabelecimento
comercial (como uma loja de brinquedos) e um museu ou espaço cultural como
o do Santander Cultural. Quais são suas mais significativas diferenças e simila-
ridades? Existem equivalências? Proponha esquemas, desenhos e diagramas que
comparem ou contrastem um com o outro e discuta as diferentes perspectivas
que cada um tem sobre o assunto.
■ PALAVRAS-CHAVE: contemplação, gênero, brinquedo, criação, mercado, nor-
matividade.
■ IMAGENS: obra de Sandro Ka ˗ Reconhecimento (2008).

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PROPOSTA 8
Ao observarmos a fotografia La Femme 4 (2011), da artista Silvia Giordani, sur-
ge-nos a seguinte pergunta: qual a criança que nunca brincou de se vestir com
a roupa da mãe ou do pai? O desenho Sem título (1912), de Angelina Agostini,
também nos faz refletir sobre as questões relacionadas ao corpo e às suas repre-
sentações. Partindo desses e de outros questionamentos, proponha aos alunos
um jogo de encenação ou dramatização corporal, acompanhado de registros
fotográficos ou desenhos de observação. Sugira uma discussão sobre performa-
tividade, que pode ser caracterizada como o ato de desenvolver uma forma de
atuação. Como ela se manifesta em nossa vida diária e na formação da identi-
dade e da expressão de gênero, por exemplo, é um possível tópico de discussão.
■ PALAVRAS-CHAVE: fotografia, corpo, expressão, identidade, nudez, pertenci-
mento, performatividade.
■ IMAGENS: obras de Silvia Giordani ˗ La Femme 4 (2011) e Angelina Agostini ˗
Sem título (1912).

PROPOSTA 9
A maquiagem é um recurso fascinante, que nos permite criar diversos jogos de apa-
rências e, com ela, podemos modificar os traços naturais do corpo humano ou partes
dele. Nas obras de Marcos Chaves incluídas nesta exposição, por exemplo, o artista
utiliza artifícios de maquiagem para modificar e salientar elementos arquitetônicos.
A maquiagem é instrumental e parte fundamental na construção da identida-
de. Como a maquiagem transforma as características físicas? De que modo a maquia-
gem é influenciada por forças culturais ou tendências da moda? Como a maquiagem
causa impacto na formação da identidade, na expressão de gênero e na sexualidade?
Pesquise exemplos e promova um criativo debate com os alunos sobre o assunto.
■ PALAVRAS-CHAVE: arquitetura, aparência, disfarce, maquiagem, transforma-
ção, identidade.
■ IMAGEM: obra de Marcos Chaves ˗ Sem título, série Ecléticos (2001).

PROPOSTA 10
As religiões de matriz africana chegaram ao Brasil há muito tempo, com os
primeiros povos escravizados, e a religião preservou seus valores, seus idio-
mas, sua cultura e seu conhecimento. As obras de Nelson Faedrich re-
presentam duas divindades das religiões afro-brasileiras: Oxumaré e Exu.
Oxumaré, na mitologia Yorubá, é a junção do feminino e do masculino,

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representando a dualidade dos elementos que juntos são capazes de criar a vida,
a terra e a água. Na imagem de Oxumaré vemos o arco-íris, que é considerado
um símbolo dos movimentos LGBT. Exu é um orixá ligado à vitalidade e à
força, construindo uma ponte entre o humano e o divino.
Proponha a seus alunos que organizem um seminário sobre religiões e sobre a
importância da diversidade e dos sincretismos religiosos discutindo, entre outros, suas
origens, iconografias, datas simbólicas e comemorativas, vestimentas, rituais e história.
■ PALAVRAS-CHAVE: gravura, corpo, crença, cultura, religião.
■ IMAGEM: obra de Nelson Boeira Faedrich ˗ Oxumaré [Álbum Deuses do panteão
africano: Orixás] (1980).

PROPOSTA 11
Em Queermuseu, há um considerável número de obras que utilizam colagem, tais
com as obras de Amorim, Nino Cais, Cintia Ribas e Odires Mlászho. Existem
diversas modalidades de colagem, como aquela feita com materiais planos e pa-
pel, e outras que incorporam formas tridimensionais, estas mais conhecidas como
assemblagem. A colagem é um instrumento acessível e extremamente interessante
para trabalhar com imagens, e pode ser explorada das mais diversas maneiras.
Selecione duas imagens de representação do corpo que aparecem em revistas, e
recorte as imagens em diversas partes; tente reconstruí-las misturando e recriando
uma nova imagem, sejam elas figurativas ou abstratas. Discuta os resultados re-
correndo a uma análise formal, conceitual e criativa dos resultados.
■ PALAVRAS-CHAVE: colagem, assemblagem, imagem, corpo, recorte, fragmen-
to, reconstrução.
■ IMAGEM: obra de Amorim ˗ A morte do homem brasileiro (2017).

PROPOSTA 12
Depois de visitar a exposição, escolha uma obra com a qual mais tenha se iden-
tificado. Por que essa obra chamou mais a sua atenção? Ela fez com que você se
lembrasse de alguma experiência pessoal? Que sensações ela despertou ao obser-
vá-la? Como ela é assimilada pelos diversos sentidos (tato, olfato, olhar, paladar,
audição)? E quais sentidos ela não aciona durante o processo de contemplação?
Nesse processo de observação e reflexão visual, escreva, desenhe, pinte, etc. Tente
traduzir visualmente o motivo de sua identificação e compartilhe com seus colegas.
■ PALAVRAS-CHAVE: exposição, escolha, identificação, imagem.
■ IMAGEM: todas as imagens das obras.

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PROPOSTA 13
Selecione duas imagens que façam parte do material educativo e então as des-
creva tanto aos alunos cegos quanto aos alunos sem deficiência visual, pedindo
que estes cubram os olhos. Fale sobre os elementos que compõem as imagens:
cores, formas, linhas, texturas, composição de elementos, etc. Feita a descrição,
pergunte aos alunos quais as impressões, sensações, diferenças e semelhanças
que perceberam em relação às imagens descritas. Após, sugira a eles que criem,
utilizando massa de modelar, argila ou massa fria, a representação das imagens
descritas pelo professor.
■ PALAVRAS-CHAVE: imagem, descrição, representação.
■ IMAGEM: todas as imagens das obras.

PROPOSTA 14
Quando falamos em violência, segundo dados da Anistia Internacional, mais de
30 mil jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados no Brasil em 2012, dos quais
77% eram negros. O racismo está bastante presente nos postos de trabalho, na
discrepância salarial, na violência, na pouca representatividade nos cargos políti-
cos, entre outros âmbitos. Proponha à turma que faça uma pesquisa sobre a cul-
tura negra nas diversas áreas (artes visuais, dança, literatura, música, política). Em
sua obra Amnésia, Flávio Cerqueira apresenta um menino negro derramando um
balde de tinta branca sobre o seu corpo. Trata-se de uma obra que discute, entre
outras questões, a invisibilidade da comunidade afro-brasileira. O que essa figura
sugere para você? Será que ela pretende esconder sua identidade? O título sugere
o esquecimento de algo? Por que esconderíamos quem somos?
Outra obra que trata da “invisibilidade” é Tigre (2017), de Antonio Obá.
Na língua portuguesa, escutamos diversas expressões empregadas de manei-
ra depreciativa: “mercado negro”, “lista negra”, “humor negro”, “denegrir”,
etc. Quando e como essas expressões são utilizadas com sentido depreciativo?
Quando são utilizadas com sentido metafórico? Qual a diferença entre os dois
usos? Um está implicado no outro?
■ PALAVRAS-CHAVE: escultura, cor, racismo, representatividade, pesquisa.
■ IMAGEM: obras de Flávio Cerqueira ˗ Amnésia (2015) e Antonio Obá ˗ Tigre (2017).

PROPOSTA 15
Em algumas obras, Leonilson (1957-1993), usava o bordado como ferramenta
para fazer desenhos ou escritos. Ele costuma trazer elementos de sua vida íntima

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para o repertório artístico. Na obra Leo Não Pode Mudar o Mundo, vemos esse
procedimento. Em 1991, o artista descobriu que era portador do vírus HIV, e
algumas obras na exposição abordam a doença, a vida, as relações e a efemeri-
dade das coisas. Há ainda um aspecto biográfico em sua obra. Durante muitos
anos, foram criados diversos mitos envolvendo o HIV; por isso, é interessante
discutirmos mais a esse respeito, desmistificando o tema, falando sobre a vida
dos portadores do vírus e suas possibilidades de tratamento. Organize uma pes-
quisa que apresente notícias sobre os métodos de prevenção, tratamento, con-
trole do vírus, preconceito, discriminação entre outros.
Pensando sobre a obra de Leonilson, converse também sobre procedimen-
tos artísticos em relação a perspectivas de gênero. Por exemplo: seria o bordado
uma atividade exclusivamente feminina? Como ele funciona no universo da
arte para tratar de questões de gênero? Existem outras modalidades artísticas
que estão ligadas à inclinações de gênero?
■ PALAVRAS-CHAVE: bordado, AIDS/HIV, biografia, preconceito, saúde,
doença.
■ IMAGEM: obra de Leonilson ˗ Leo não pode mudar o mundo (1991).

PROPOSTA 16
Esta é uma exposição que trata de questões de gênero e diferença, mais
especificamente da expressão de gênero e das relações entre formação da iden-
tidade através da diferença como alteridade. Esse processo envolve a aceitação à
diversidade e o respeito aos direitos humanos (direito à vida, direito de igualda-
de perante a lei, direito à escola, à livre expressão, à crença, à preferência sexual
e muitos outros). Queermuseu é uma exposição baseada na ideia de um museu
ficcional, onde a diversidade de pensamento estético – e, portanto, de ideias – é
a mais ampla possível. É nessa perspectiva que a exposição foi construída, ou
seja, para que refletisse um mundo mais igualitário, embora saibamos que o
mundo fora do espaço de exposições não seja assim.
Proponha aos alunos a construção de diferentes tipos de museus ficcio-
nais: museus de direitos humanos, museus de arte, museus sobre a igualdade,
museus dos mais diversos assuntos e objetos de estudo. Convide seus alunos a
planejá-los em seus mais diferentes níveis, como os objetos a serem exibidos,
de que forma, por quais meios de funcionamento, de financiamento, modos de
interação com o público, suas propostas culturais e filosóficas, etc.
■ PALAVRAS-CHAVE: museu, direitos, inclusão, igualdade, planejamento.
■ IMAGENS: todas as imagens das obras.

14 QUEERMUSEU: CARTOGRAFIAS DA DIFERENÇA NA ARTE BRASILEIRA


REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae (org.). Arte/educação contemporânea: consonâncias internacionais. 3.ed. São Paulo: Cor-
tez, 2010.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 10.ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2016.
CANDAU, Joël. Memória e identidade. São Paulo: Contexto, 2011.
DICIONÁRIO Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
DICIONÁRIO Oxford de Arte. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FIDELIS, Gaudêncio (org.). Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira [catálogo de exposição].
Porto Alegre: Santander Cultural, 2017.
FIDELIS, Gaudêncio. Em direção a uma curadoria não heteronormativa: exposições queer e a curadoria
olfatória no contexto museológico. In: FIDELIS, Gaudêncio; TAVARES, Márcio (orgs.). Escola experimental
de curadoria. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2015. p. 65-85.
KURY, Lorelai. Ritos do corpo. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2000.
MARQUES FILHO, Adair. Arte e cotidiano: experiência homossexual, teoria queer e educação. Disponível
em: <https://culturavisual.fav.ufg.br/up/459/o/2007_Adair_Marques_Filho.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2017.
SILVA FILHO, Raimundo Martins da. Arte e cotidiano: experiência homossexual, teoria queer e educação.
UFG, 2007. Disponível em: <https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2758>. Acesso em: 20 abr. 2017.

SITES
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<http://www.ggb.org.br/>. Acesso em: 28 jun. 2017.
<https://novaescola.org.br/conteudo/336/bullying-escola>. Acesso em: 28 jun. 2017.
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<https://www.youtube.com/watch?v=-j2A6ORysVU&sns=em>. Acesso em: 16 jul. 2017.
<http://www.cchla.ufrn.br/bagoas/v03n04art05_bento.pdf>. Acesso em: 17 jul 2017.
<http://seer.ufrgs.br/index.php/redppc/article/view/65755/37782>. Acesso em: 17 jul. 2017.
<https://www.uninter.com/iusgentium/index.php/iusgentium/article/viewFile/198/pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017.
<http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S23.0001.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2017.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Cisg%C3%A9nero>. Acesso em: 25 jul. 2017.
Corpos marcados: a intersexualidade como (des)encaixes de gênero. <https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/
view/3133/pdf>. Acesso em: 26 jul. 2017.
Nome social para pessoas trans: cidadania precária e gambiarra legal. <http://www.contemporanea.ufscar.br/
index.php/contemporanea/article/viewFile/197/101>. Acesso em: 26 jul. 2017.
<http://www.revistaflorestan.ufscar.br/index.php/Florestan/article/view/64>. Acesso em: 26 jul. 2017.
<http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001871/187191por.pdf>. Acesso em: 26 jul. 2017.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/LGBT>. Acesso em: 26 jul. 2017.
<https://anistia.org.br/campanhas/jovemnegrovivo/>. Acesso em: 26 jul. 2017.

■ As propostas educativas deste caderno foram elaboradas pela equipe de Ação Educativa do Santander Cultural.

QUEERMUSEU: CARTOGRAFIAS DA DIFERENÇA NA ARTE BRASILEIRA 15


BANCO SANTANDER (BRASIL)
presidente do conselho de administração
Álvaro de Souza
presidente
Sérgio Rial
vice-presidente executivo de comunicação, marketing,
relações institucionais e sustentabilidade
Marcos Madureira

SANTANDER CULTURAL assistente institucional projeto educativo elavorado


DIRETORIA Lara Sosa Dias pela equipe da ação educativa
[Poart Gerenciamento Cultural] do santander cultural
presidente Aline Dallagnese
Sérgio Rial assistente administrativa
Carla Meyer
Amália Meneghetti
vice-presidente [Poart Gerenciamento Cultural] Lenira Costa dos Santos
Marcos Madureira Márcio Lima Melnitzki
coordenadora de comunicação
diretor executivo Pedro Gomes Pereira
Carolina Biberg Maia
Angel Santodomingo Martell [Poart Gerenciamento Cultural]
diretor executivo bibliotecário
Carlos Rey de Vicente Rafael Antunes
diretor executivo [Poart Gerenciamento Cultural]
Jean Pierre Dupui
coordenador da ação educativa
diretor-superintendente Márcio Lima Melnitzki
Carlos Trevi [Poart Gerenciamento Cultural]
CONSELHO CURADOR mediadores
presidente Aline Dallagnese
Marcos Madureira Bruno da Rosa Lumertz
conselheiros Carla Meyer
Carlos Trevi Jade Lopes
Elly de Vries Kethlen Santini Rodrigues
Lenira Costa dos Santos
EQUIPE EXECUTIVA Pedro Gomes Pereira
coordenador-geral [Poart Gerenciamento Cultural]
Carlos Trevi coordenador de operação
coordenadora institucional Günther Natusch Vieira
Mariele Salgado Duran [Poart Gerenciamento Cultural]

analista financeiro assistente de operação


Daniel Cardoso Vitt Sérgio Wagner Navarro Pimentel
[Poart Gerenciamento Cultural]

EXPOSIÇÃO Maicon Petroli consultoria e gestão


Paulo Prola de incentivos
curadoria
Renan Oliveira Sérgio Cunha
Gaudêncio Fidelis
projeto luminotécnico e iluminação [Incentiva Assessoria e Consultoria]
assistente da curadoria André Domingues
Jéssica Jank assessoria e divulgação
Maurício Moura internacional
coordenação geral e produção [Santa Luz] Marcus Vinícius Ribeiro
Ana Gonçalves equipe de instalação
Anilton Souza revisão de textos
[Rainmaker Projetos e Produções]
Daniel Fetter Elisângela Rosa dos Santos
assistente de coordenação
João Fraga tradução
geral e produção
Pedro Domingues Francesco Souza Settineri
Gi Medeiros
laudos técnicos material de acessibilidade
assistente de produção Ana Eliza Cania Rodrigues Casa do Braille
Andreza Santos Ana Maria Monteiro de Carvalho
segurança do trabalho
design gráfico Caroline Pires
Pathseg
Jéssica Jank Fabiane Moraes
Mariane Sato sinalização e legendas
projeto cenográfico e montagem Krim Bureau Brasil
Maicon Petroli embalagem e transporte
[Estruturarte] de obras de arte impressão de materiais gráficos
equipe de montagem ArtQuality/Chenue do Brasil Gráfica Editora Pallotti (catálogo)
Ivanildo d’Oliveira seguro de obras de arte Ideograf Gráfica e Editora (convites,
Jair Nascimento Affinitè (Chubb Seguros Brasil Ltda) folders e cadernos educativos)

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