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LUANDA, 2019
DA FORMAÇÃO À PRÁTICA DO PROFISSIONAL PSICÓLOGO CLÍNICO: Um
estudo a partir da visão dos profissionais Psicólogos Clínicos formados no ISCISA, 2014.
Luanda, 2019
Autorizo exclusivamente para fins académicos e científicos, a reprodução total ou parcial deste
trabalho, desde que seja citada a fonte.
Assinatura:
Luanda, aos _____ / _____/ ________
FICHA CATALOGRÁFICA
Ganga, Joaquim
48p.
BANCA EXAMINADORA
Desde pequeno aprendi que em tudo dai graças a Deus, por este motivo agradecemos a
Deus todo-poderoso, criador do Ceu e da Terra, pela dádiva da vida, pela família, por ter
acompanhado a nossa vida académica e pela capacidade de reflexão e compreensão.
A minha família, por ser meu apoio, porque sem ela nada seria possível. Especialmente
meus pais, Raúl Nganga e Laurinda Faria, meus filhos Lauriane e Láureo, minha esposa Jacira
António, irmãos (Zinha, Madó, Catia, Serafim, Francisco, e Faustina), pelo encorajamento e
apoio.
Aos meus colegas que serviram de suporte nos momentos difíceis e complicados da
nossa formação, meu muito obrigado, sobretudo pelos estudos em conferência durante as
madrugadas (Vigília Académica), onde cada um procurava explicar o que entendeu durante as
aulas.
Aos brilhantes Docentes do ISCISA, pelo apoio e paciência demostrado no percurso das
aulas, sobretudo a Digníssima Prof. Dra. Laurinda Magalhães Carlos Sebastião Máquina
Mendes (minha Orientadora), pelo apoio e ensinamento empenhado na elaboração deste estudo,
porque todos os encontros foram repletos de aprendizado que levarei para vida toda.
Outro meu muito obrigado é estendido aos colegas finalistas do Curso de Psicologia
Clinica, ano de 2014 do ISCISA, que aceitaram participar e de forma direita fazeram parte deste
estudo, contribuindo com as suas opiniões.
EPIGRAFE
“Escolha uma ideia. Faça dessa ideia a sua vida. Pense nela, sonhe com ela, viva pensando
nela. Deixe cérebro, músculos, nervos, todas as partes do seu corpo serem preenchidas com
essa ideia. Esse é o caminho para o sucesso”.
Swami Vivekananda
RESUMO
Ganga, J. Da Formação à Prática do Profissional Psicólogo Clínico: Um estudo a partir da visão dos
profissionais Psicólogos Clínicos formados no ISCISA, 2014. //Licenciatura// Instituto Superior de
Ciências da Saúde da Universidade Agostinho Neto, Luanda, 2019.
Para Psicologia e outras áreas, a formação pode ser considerada como elemento chave para consolidação
da profissão, onde factores ligado a qualidade e capacidade do corpo Docente em passar os
conhecimentos, juntamente o Ambiente Universitário, Empenho do formando e Grelha Curricular são
considerados elementos chaves para qualificação da formação e posteriormente a profissionalização.
Neste intuito, o presente trabalho pretende compreender as dificuldades dos formados em Psicologia
Clínica no ano 2014 no ISCISA, em trabalharem na sua área de conhecimento ou estarem no
desemprego, sobretudo a identificação dos aspectos positivos em sua formação, as principais lacunas,
aspectos importantes para a actuação que não foram contempladas pela formação e descrição dos
factores que levam os formados na área de Psicologia Clínica enveredarem para outras áreas. Fizeram
parte da pesquisa 11 formados em Psicóloga Clínica. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem
qualitativa, porque esta permite compreender o Universo dos significados, das motivações, aspirações,
crenças, valores e actividades correspondentes ao espaço mas profundo das reações, dos processos e dos
fenómenos, que podem ser apreendidos através do cotidiano, da vivência e da explicação do senso
comum das pessoas que vivenciam determinadas situações. Os dados foram obtidos através do
questionário devidamente estruturado, composto por 6 perguntas, as mesmas foram analisadas e
apoiadas na teoria de análise de Bardin. Os resultados indicaram quando analisado a Formação à Prática
do Profissional Psicólogo Clínico, a partir da visão destes formados, a sua formação é qualificada como
boa, apesar da sua grelha Curricular não estar adequada as necessidades actuais e por terem pouco tempo
de prática no Estágio Curricular com uma carga horaria inferior a 120h no total, enquanto o estabelecido
pela estrutura do Curso de Licenciatura em Psicologia Clínica é 240h. Os entrevistados consideraram
que a sua formação não foi suficiente para o que fazem hoje no campo profissional. Avaliam o Estágio
Curricular como uma disciplina ou actividade indispensável à prática profissional de um Psicólogo
Clínico, para eles a formação não deixou de abordar alguns aspectos indispensáveis para prática diária
de um Psicólogo Clínico, sugerem a criação de um consultório de Psicologia para facilitar o primeiro
contacto da profissionalização do estudante. Conclui-se que vários são os que ainda se encontram a
trabalhar fora da sua área do conhecimento, com exceção de dois formados, todos trabalham como
professores e não como Psicólogos Clínicos, durante o estudo não verificamos nenhum desempregado,
eles trabalhavam em outras áreas profissionais, devido a falta de oportunidade para trabalharem na sua
área e após a sua formação receberam propostas para trabalhar como professor.
Ganga, J. From the Training to the Practice of the Professional Clinical Psychologist: A study from the
perspective of professionals Clinical Psychologists trained at ISCISA, 2014. // Licenciatura // Higher
Institute of Health Sciences of Agostinho Neto University, Luanda, 2019.
For Psychology and other areas, training can be considered as a key element for the consolidation of the
profession, where factors linked to the quality and capacity of the teaching staff in passing the
knowledge, together the University Environment, Trainee Engagement and Curriculum Grid are
considered key elements for qualification of the training and later the professionalization. In this sense,
the present work intends to understand the difficulties of those trained in Clinical Psychology in ISCISA
in 2014, to work in their area of knowledge or to be unemployed, especially the identification of positive
aspects in their training, the main gaps, the performance that were not contemplated by the training and
description of the factors that lead the graduates in the area of Clinical Psychology to move to other
areas. They were part of the research 11 graduated in Clinical Psychologist. It is a descriptive study with
a qualitative approach, because it allows us to understand the Universe of meanings, motivations,
aspirations, beliefs, values and activities corresponding to the deepest space of reactions, processes and
phenomena, which can be apprehended through everyday life, of the experience and the explanation of
the common sense of the people who experience certain situations. The data were obtained through the
questionnaire De Resende (2014), duly structured, composed of 6 questions, which were analyzed and
supported in the analysis theory of Bardin. The results indicated when analyzing the Professional
Practitioner Psychologist Training, from the perspective of those trained, their training qualifies as good,
although their curriculum grid is not adequate to the current needs and because they have little time of
practice in the Curricular Internship with a workload of less than 120 hours in total, while the structure
of the Licentiate Course in Clinical Psychology is 240 hours. The interviewees considered that their
training was not sufficient for what they do today in the professional field. Evaluate the Curricular
Internship as a discipline or activity indispensable to the professional practice of a Clinical Psychologist,
for them the training did not fail to address some aspects indispensable for daily practice of a Clinical
Psychologist, suggest the creation of a Psychology office to facilitate the first contact the
professionalization of the student. It is concluded that several are still working outside their field of
knowledge, except for two trained, all work as teachers and not as Clinical Psychologist, during the
study did not check any unemployed, they worked in other professional areas , due to lack of opportunity
to work in their area and after their training received proposals to work as a teacher.
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 14
3.6 PROCEDIMENTOS........................................................................................................... 29
CONCLUSÕES....................................................................................................................... 39
RECOMENDAÇÕES............................................................................................................. 40
ANEXOS ................................................................................................................................. 43
APÊNDICES ........................................................................................................................... 50
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INTRODUÇÃO
outras áreas profissionais após a conclusão da sua formação académica, de forma vaga alguns
se limitam em justificar com a falta de oportunidades no mercado de trabalho face ao provável
número elevado de formados em diferentes áreas da Psicologia e mergulhados no mundo do
desemprego, enquanto outros justificam com o facto de terem recebido outras oportunidades
aliciantes em áreas profissionais diferentes da Psicologia Clínica (FRANCISCO, 2015). Com a
elaboração deste trabalho se pretende saber e entender de que maneira os Ex-estudantes de
Psicologia do Instituto Superior de Ciências da Saúde (ISCISA) formados em 2014, avaliam a
sua formação e identificam as principais lacunas encontradas no percurso da sua formação, de
modo a compreender na vertente destes os aspectos que seriam importantes ser apreendido no
percurso da sua formação e que infelizmente na altura não os foi oferecido, como também
entender o nível de empregabilidade dos mesmos e os factores que estejam na base.
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CAPÍTULO I - PROBLEMA
O ISCISA é uma instituição de ensino superior que faz parte do grupo de unidades
orgânicas que compõe a Universidade Agostinho Neto (UAN), anteriormente o ISCISA era
denominado Instituto Superior de Enfermagem (ISE), segundo a página de informação
institucional da UAN (UAN, 2010).
1.3 OBJECTIVOS
Para Universia (2013), para que o formando adquira satisfacção académica ou sucesso
é necessário que o mesmo leve em conta alguns pontos como ir as aulas de modo a fazer
apontamento e possíveis avaliações, se envolver com outros colegas de modo a conhecer outras
pessoas e aprender com a experiencia delas, fazer amizade com colegas de classe superior para
ter ajuda de quem já falou sobre os temas que esteja estudando, solicite apontamento deles,
mantenha contacto com os seus familiar, ser cuidadoso, saber priorizar as tarefas e aprender
mais sobre ele próprio e sua formação.
Para Vendramini et al., (2004), O modo que os estudantes vivenciam a sua formação é
dependente de várias dimensões, dentre as quais se encontra à Formação académica anterior,
Relacionamento interpessoal, Envolvimento com atividades universitárias, Escolha do curso,
Desempenho acadêmico, Habilidade para estudo, Condições externas, Condições de saúde
física e psicológica, Ambiente universitário e porque estando numa universidade é conveniente
que os estudantes lidem da melhor forma uns com os outros, criando grupos de suporte de modo
a passarem as dificuldades universitárias juntas e criando assim investimentos de caracter
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Para Dos Santos, et al., (2013), a integração refere-se ao grau em que o estudante
compartilha atitudes, normas e valores com os colegas, o Curso pretendido, o corpo Docente e
outros funcionários da instituição, ressalvando que a maior probabilidade de insucesso aumenta
quando o processo de integração não ocorre, especialmente no primeiro ano do curso em que
ocorre a adaptação, pois o sucesso nessa etapa inicial é um elemento forte na persistência e
qualidade do percurso acadêmico desses formandos de nível superior.
Vendramini et al., (2004), afirmam que o ensino superior é um nível que exige mais
empenho, tempo, vontade e dedicação se comparado com outros anteriores, é necessário que os
estudantes desenvolvam hábitos de fazer parte das actividades universitárias de caracter não
obrigatório onde se destacam a troca de experiência académica, desportiva, actividades sociais
adquirida e partilhada durante o percurso da formação, criando assim um determinado nível de
comprometimento com a universidade, entre os estudantes e sua vida académica.
O desempenho académico depende de vários factores e cofactores, que podem ser desde
as condições de luminosidade, ventilação e de uma forma geral acomodação na sala de aula e
metodologia ou habilidade da parte dos Docentes, ao passarem os conhecimentos aos estudantes
durante as aulas, as metas pessoais estabelecidas pelos estudantes também acabam
influenciando muito nos resultados adquiridos nas avaliações feitas no percurso da formação,
de modo que se tiver bons resultados nas avaliações o mesmo estudante poderá passar de classe,
conquistando assim o prestígio e valorização por parte dos seus colegas e docentes, enquanto
se o resultado não for como esperado, o mesmo chega a desenvolver stress elevadas, perigando
assim a sua saúde (VENDRAMINI et al., 2004).
a) Perfil Profissional
O licenciado em Psicologia Clínica deverá:
Ter sempre presente que a complexidade da experiência psicológica é tal que a constante
actualização, reciclagem e estudo devem acompanhá-lo ao longo da sua carreia.
Ter presente que dispondo desta aptidão técnica tem uma responsabilidade social acrescida e
uma deontologia própria que deverá por em prática de forma a dignificar e a corresponder com
aquilo que dele se espera.
Aprofundar o autoconhecimento e desenvolver características da sua personalidade que lhe
permitam desempenhar com eficácia a sua profissão, nomeadamente a Empatia, a Emotividade,
a Tranquilidade e a serenidade que a mesma implica.
Caso trabalhe na área da saúde, ser sensível à solicitação e pedidos de ajuda que, directa ou
indirectamente, sejam demandados. Neste caso deverá actuar como um profissional qualificado
na relação de ajuda, podendo inspirar-se em códigos universitários (como o juramento
hipocrático) ou regionais no quadro ético da profissão.
Ter sempre o discernimento para não deixar que eventuais problemáticas pessoais interfiram
negativamente com os utentes a que dá resposta, devendo, nessa eventualidade e enquanto se
justificar, abster-se do exercício da mesma.
Zelar pela sua profissão recebendo com justeza honorária relativos à sua actividade.
b) Competências
Conhecer:
Cada Semestre, do 1º ao 6º, tem uma carga de 420h cada (840 total).
O 7º, 8º Semestres têm uma carga de 540h de contacto e 300h de trabalho individual (Estas não são
contabilizadas no total de horas ministradas na licenciatura).
O Estágio é anual e realizado durante o 7º e 8º semestres, com uma carga horária de 120h por
semestre (240 total).
O Seminário de Estágio é anual e realizado no 7º e 8º semestres, com uma carga horária de 60h por
Semestre (120h total).
O Seminário de Trabalho de Fim de Curso é anual e realizado durante o 7º e 8º semestres, com carga
horária de 30h por Semestre (60h total).
Ao Trabalho de Fim de Curso a realizar no 7º e 8º semestres são atribuídos 10 UC por Semestre (20
total), correspondentes à sua conclusão e cálculo de 300h de trabalho individual do aluno (10h por
Semana).
Apresenta as seguintes áreas científicas: Psicologia (PSIC), Ciências Sociais (CS), Biologia (BIO),
Estatística (EST), Metodologia (MET) e Línguas (LING).
Assim o Curso de Licenciatura em Psicologia desenvolve-se ao longo de 8 Semestres e possui uma
carga horária total de 3360h correspondentes a 224 Unidades de Crédito.
2.3.4 Formação
Para que tenhamos pessoas qualificadas em suas áreas profissionais é necessário que
antes de exercer a actividade profissional se tenha uma formação, orientação ou capacitação da
área em que se pretende trabalhar de modo a saber ou aperfeiçoar as suas capacidades como
também as suas limitações de exercer as futuras actividades com maior índice de
profissionalismo durante a prática, porque ao longo da vida por meio de formação e educação
as pessoas acabam alterando a sua personalidade e forma de encarar a vida profissional
mediante as necessidades e exigências existente na realização das suas actividades
(LOURENÇO, 2015).
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Segundo o mesmo autor, a formação profissional pode ser de tipo Inicial ou Continuo,
onde a formação profissional inicial é direcionada as pessoas que tenham pouca ou nenhuma
experiencia e conhecimento profissional da referida área de trabalho, necessitando assim de
bases e conhecimentos para realização da referida actividade profissional, enquanto a formação
profissional contínua é aplicada à pessoas que já têm alguma experiência profissional e buscam
estas formações de modo a ampliar a sua grelha de conhecimento, aperfeiçoando sua forma de
intervenção, e deste modo, acaba ampliando suas oportunidade no que tange o crescimento das
oportunidades profissionais, do mesmo jeito que ocorrem também as reconversões
profissionais.
Segundo o mesmo autor, no ano de 1986 em Luanda foi inaugurado o ISCED de Luanda
como núcleo do existente no Lubango tendo assim um grande número de candidatos para
referida opção, na primeira turma dos formandos deste curso no ISCED de Lubango se
encontravam algumas das grandes figuras que hoje se tornaram referência e pilares da
Psicologia em Angola, juntamente com outros que não faziam parte deste grupo, mas que do
mesmo jeito também têm se destacado de forma peculiar no processo de oficialização da
profissionalização da Psicologia em Angola.
Segundo o mesmo autor, somente em 1995 é que foi fundada a Associação Angolana
de Psicologia, desde o referido momento estava então lançada outro passo para a
profissionalização da Psicologia em Angola, e em 1999 surge a Universidade Católica que foi
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a primeira Universidade privada em Angola que dentro das suas grelhas de cursos se
incorporavam também a psicologia e um ano depois outras Universidades foram surgindo no
país, como o caso da Universidade Jean Piaget de Angola que sua linha de formação psicológica
era mas focada a área clínica e o Instituto Superior Privado de Angola (ISPRA) actualmente
denominado por Universidade Privada de Angola (UPRA) que apresentava os cursos de
Psicologia de uma forma mas genérica.
Segundo Francisco (2013), a Universidade pública UAN como era de se esperar não
ficou de trás de todo este crescimento no mundo da Psicologia, de modo que a partir de 2002 e
2003 passou a lecionar os cursos de Psicologia na extinta Faculdade de Letra e Ciências Sociais,
a partir deste momento as balizas relacionadas a psicologia acabaram por ser separadas de modo
que alguns Docentes do ISCED acabaram por ser transferidos para a Faculdade de Ciências
Sociais onde são lecionados os cursos de Psicologia do Trabalho e Criminal e posteriormente
de lá alguns também foram para o antigo Instituto Superior de Enfermagem que na base do
Decreto 7/09 de 12 de Maio do Conselho de Ministros ganhou o nome de Instituto Superior de
Ciências da saúde (ISCISA), onde são ministrados os cursos de Psicologia Clínica e Psicologia
Escolar.
- Idade
- Sexo
- Estado Civil
- Ano de ingresso
- Ocupação actual
- Nível académico.
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3.6 PROCEDIMENTOS
Foi solicitada uma autorização aos ex-estudantes do ISCISA que finalizaram em 2014
o Curso de Psicologia Clínica, para participar no presente estudo, onde foi mantido em sigilo a
identificação e todos outros dados pessoais dos participantes.
Os dados qualitativos foram realizadas por meio da análise temática, que consiste em
descobrir os núcleos de sentido que compõem uma comunicação cuja presença dê algum
sentido para o objectivo analítico estudado e guiado pela análise do conteúdo de Bardin (2006)
Citado por Mendes (2017).
A partir destes dados, foram criadas as Categorias de análise nestas mesmas dimensões.
As subcategorias foram delimitadas a partir das respostas dadas pelos formados, como pode ser
visto nas tabelas abaixo. Quando questionados de como avaliam a sua formação.
Os estudos de Rudá, Coutinho e Filhos (2015), dizem que já é tempo de se criar mais
debates sobre a formação em Psicologia como ciência e dela como profissão e posteriormente
usarem sua formação, como própria profissão para viver, conforme ocorrem em outras áreas do
saber.
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início da formação, apesar de nos primeiros dias se constatar dificuldades com a vaga nas
Unidades hospitalares, supervisões e dificuldade na resolução dos problemas apresentados
pelos pacientes, chegando a fazer com que os estudantes sintam-se profissionalmente
despreparados.
Não deixou de
“Não, o essencial já foi passado
abordar
no momento das aulas” F6
(5 Referências)
(1 Referência) actuais… F3
CONCLUSÕES
Quanto a Grelha Curricular do Curso, maior parte dos formados que fizeram parte do
estudo, acreditam que não está adequada as necessidades da sociedade actual, apesar de ser
publicada no Diário da República, ela apresenta algumas lacunas, por não abordar vários
problemas sociais ligados a nossa realidade durante a formação, porque o esperado é que a
formação Profissional em Psicologia deve estar directamente ligada aos factores sociais,
culturais, históricos e vivências actuais da própria sociedade.
Os participantes, consideraram que a sua formação não foi suficiente para o que fazem
hoje no campo profissional onde é claro que o Estágio deve ser anual, com uma carga horária
de 120h por semestre totalizando 240h para o aperfeiçoamento do nível de conhecimento
prático.
Quanto ao nível de Empregabilidade dos referidos formandos, foi possível constatar
que grande parte dos participantes deste estudo, não trabalham como Psicólogos Clínico, apesar
de serem licenciados em Psicologia Clínica. Grande parte dos entrevistados trabalham como
professores, somente um trabalha como Psicólogo Clínico.
RECOMENDAÇÕES
Os órgãos de direito do ISCISA e UAN, devem criar as condições mínimas adequadas para
prestação de um ensino de qualidade (Laboratório de ensino e pesquisa, consultório), de
maneira a facilitar passagem de conhecimentos de algumas disciplinas Teórico-prática e
Prática, pelo facto do consultório servir de base no aprendizado, mais próxima da futura
realidade Profissional.
É necessário que o corpo Docente juntamente com os Formandos, devem procurar manter
uma boa relação, de modo a facilitar passagem de conhecimento e criação de bases
suficientes para melhor desempenho profissional.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
DA CUNHA, M. S. R.; ALMEIDA, C. O conceito de stress: uma reflexão crítica. Trabalho apresentado
no VIII congresso brasileiro de medicina psicossomática, São Paulo. (1992).
ANEXOS
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Perfil Profissional
O licenciado em Psicologia Clínica deverá:
A. Ter sempre presente que a complexidade da experiência psicológica é tal que a constante
actualização, reciclagem e estudo devem acompanhá-lo ao longo da sua carreia.
B. Ter presente que dispondo desta aptidão técnica tem uma responsabilidade social acrescida e
uma deontologia própria que deverá por em prática de forma a dignificar e a corresponder com
aquilo que dele se espera.
C. Aprofundar o autoconhecimento e desenvolver características da sua personalidade que lhe
permitam desempenhar com eficácia a sua profissão, nomeadamente a Empatia, a Emotividade,
a Tranquilidade e a serenidade que a mesma implica.
D. Caso trabalhe na área da saúde, ser sensível à solicitação e pedidos de ajuda que, directa ou
indirectamente, sejam demandados. Neste caso deverá actuar como um profissional qualificado
na relação de ajuda, podendo inspirar-se em códigos universitários (como o juramento
hipocrático) ou regionais no quadro ético da profissão.
E. Ter sempre o discernimento para não deixar que eventuais problemáticas pessoais interfiram
negativamente com os utentes a que dá resposta, devendo, nessa eventualidade e enquanto se
justificar, abster-se do exercício da mesma.
F. Zelar pela sua profissão recebendo com justeza honorária relativos à sua actividade.
Competências
Conhecer:
3 Instituições de Afectação
Segundo a mesma fonte, os licenciados em Psicologia poderão exercer a sua actividade
em instituições como as seguintes:
- Cada Semestre, do 1º ao 6º, tem uma carga de 420h cada (840 total).
- O 7º, 8º Semestres têm uma carga de 540h de contacto e 300h de trabalho individual (Estas não são
contabilizadas no total de horas ministradas na licenciatura).
- O Estágio é anual e realizado durante o 7º e 8º semestres, com uma carga horária de 120h por
semestre (240 total).
- O Seminário de Estágio é anual e realizado no 7º e 8º semestres, com uma carga horária de 60h por
Semestre (120h total).
- O Seminário de Trabalho de Fim de Curso é anual e realizado durante o 7º e 8º semestres, com carga
horária de 30h por Semestre (60h total).
- Ao Trabalho de Fim de Curso a realizar no 7º e 8º semestres são atribuídos 10 UC por Semestre (20
total), correspondentes à sua conclusão e cálculo de 300h de trabalho individual do aluno (10h por
Semana).
- Apresenta as seguintes áreas científicas: Psicologia (PSIC), Ciências Sociais (CS), Biologia (BIO),
Estatística (EST), Metodologia (MET) e Línguas (LING).
- Assim o Curso de Licenciatura em Psicologia desenvolve-se ao longo de 8 Semestres e possui uma
carga horária total de 3360h correspondentes a 224 Unidades de Crédito.
UC – Unidade de Crédito
I - Dados Sócio-demográficos
Idade:___anos
Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
Ano de ingresso e conclusão da graduação
Estado Civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) outro
Qual sua ocupação actual?
Há quanto tempo trabalha nesta área (cargo)?
1. Como foi sua trajetória acadêmica? (Caso os participantes não respondam se tiveram
contato anteriormente com esta área será realizada pergunta complementar: - Você teve
algum contato anteriormente com a área em que trabalha actualmente?)
3. Existe alguma disciplina ou atividade (competência) que você avalia como indispensável à
sua prática profissional actual? Fale a respeito disto.
4. Em sua opinião, a graduação deixou de abordar algum aspecto que hoje é importante em
sua prática diária? Fale a respeito disto.
5. Você teria alguma sugestão visando a melhor adequação do curso de graduação à prática
profissional?
6. Você gostaria de complementar alguma questão? Algo que tenha deixado de falar.
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__________________________________ ___________________________________
Contactos: (+244) 912 318 436 / 926 910 294 ou pelo email: joaquimganga2012@gmail.com.
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DADOS PESSOAIS
2. Você acha que a grelha curricular do Curso de Psicologia Clínica do ISCISA está adequada
as necessidades da sociedade actual? Justifica.
3. Acha que a sua formação foi suficiente para o que você faz hoje no campo profissional?
Argumente.
4. Existe alguma disciplina ou atividade que você avalia como indispensável à prática
profissional de um Psicólogo Clínico? Fale a respeito disto.
5. Em sua opinião, a formação deixou de abordar algum aspecto que hoje verificas como
necessário para prática diária de um Psicólogo Clínica? Fale a respeito disto.
6. Você teria alguma sugestão visando a melhor adequação do curso de Psicologia Clínica à
prática profissional?