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Apostila de corrosão - TIPOS DE CORRÕSÃO

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Apostila de corrosão
Enviado por: Adriana Santos | comentários

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(Parte 1 de 6)

Os artigos integrantes desta seção compõem um conjunto de material didático específico, abordando de um modo
objetivo e simples "O que é corrosão", para que estudantes e outros interessados possam ter um conhecimento geral
sobre o assunto.

Uma abordagem geral Artigos elaborados por Gutemberg de Souza Pimenta

1 - Conceito de Corrosão.

A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não DESCRIÇÃO
associado a esforços mecânicos. Ao se considerar o emprego de materiais na construção de equipamentos ou
instalações é necessário que estes resistam à ação do meio corrosivo, além de apresentar propriedades mecânicas TIPOS DE CORRÕSÃO
suficientes e características de fabricação adequadas. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais, sejam
metálicos como os aços ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não metálicos, como plásticos, cerâmicas ou concreto. A TAGS
ênfase aqui descrita será sobre a corrosão dos materiais metálicos. Esta corrosão é denominada corrosão metálica.
Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre o material, os processos corrosivos podem ser classificados em CORROSÃO E SUAS FORMAS
dois grandes grupos, abrangendo todos os casos deterioração por corrosão:

- Corrosão Eletroquímica ESTATÍSTICAS

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- Corrosão Química. 1639 downloads
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Os processos de corrosão eletroquímica são mais freqüentes na natureza e se caracterizam basicamente por:

ARQUIVOS SEMELHANTES
Necessariamente na presença de água no estado líquido;
principios de arquitetura em aço
Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água, sendo a grande maioria na temperatura ambiente; apostila

Formação de uma pilha ou célula de corrosão, com a circulação de elétrons na superfície metálica.

Instrumentação
Em face da necessidade do eletrólito conter água líquida, a corrosão eletroquímica é também denominada corrosão em Apostila
meio aquoso. Nos processos de corrosão, os metais reagem com os elementos não metálicos presentes no meio, O2,
S, H2S, CO2 entre outros, produzindo compostos semelhantes aos encontrados na natureza, dos quais foram
extraídos. Conclui-se, portanto, que nestes casos a corrosão corresponde ao inverso dos processos metalúrgicos, vide
figura 1 pae cad5
apostilar

Ar Condicionado
apostila

form ped modulo 02

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Apostila de corrosão - TIPOS DE CORRÕSÃO

apostilar

FIGURA 1
estação tratamento agua
apostila
Os processos de corrosão química são, por vezes, denominados corrosão ou oxidação em altas temperaturas. Estes
processos são menos freqüentes na natureza, envolvendo operações onde as temperaturas são elevadas. Tais
processos corrosivos se caracterizam basicamente por: - ausência da água líquida;
Aspersão Termica
- temperaturas, em geral, elevadas, sempre acima do ponto de orvalho da água; Apostila

- interação direta entre o metal e o meio corrosivo.

Apostila de Tubulação Aula 02


Como na corrosão química não se necessita de água líquida, ela também é denominada em meio não aquoso ou Apostila
corrosão seca.

Existem processos de deterioração de materiais que ocorrem durante a sua vida em serviço, que não se enquadram na
definição de corrosão. Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove mecanicamente partículas do material.
Embora esta perda de material seja gradual e decorrente da ação do meio, tem-se um processo eminentemente físico e LIVROS RELACIONADOS
não químico ou eletroquímico. Pode-se entretanto ocorrer, em certos casos, ação simultânea da corrosão, constituindo
o fenômeno da corrosão-erosão. Curso de Falência e Recuperação
de Empresa
Fruto da grande experiência de Amador
Outro tipo de alteração no material que ocorre em serviço, são as transformações metalúrgicas que podem acontecer Paes De Almeida, esta obra oferece uma
rica análise...
em alguns materiais, particularmente em serviço com temperaturas elevadas. Em função destas transformações as
propriedades mecânicas podem sofrer grandes variações, por exemplo apresentando excessiva fragilidade na Português - Coleção
temperatura ambiente. A alteração na estrutura metalúrgica em si não é corrosão embora possa modificar Esquematizado
profundamente a resistência à corrosão do material, tornando-o, por exemplo, susceptível à corrosão intergranular. Para a Língua Portuguesa tivemos a honra
Durante o serviço em alta temperatura pode ocorrer também o fenômeno da fluência, que é uma deformação plástica de contar com o trabalho de Agnaldo
Martino que...
do material crescente ao longo do tempo, em função da tensão atuante e da temperatura.
Teoria e Prática dos Títulos de
3 - Meios Corrosivos Crédito
Esta obra de Amador Paes de Almeida traz
uma análise da letra de câmbio, da nota...
Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento do eletrólito. O eletrólito é uma
solução eletricamente condutora constituída de água contendo sais, ácidos ou bases.

Principais Meios Corrosivos e Respectivos Eletrólitos

- atmosfera: o ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeira, etc. O eletrólito constitui-se da água
que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes no ambiente. Outros constituintes como
poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo corrosivo;

- solos: os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos apresentam também, características ácidas
ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos;

- águas naturais (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais minerais, eventualmente ácidos ou bases,
resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se principalmente da água
com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o processo corrosivo;

- água do mar: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. Uma análise da água do mar apresenta em
média os seguintes constituintes em gramas por litro de água:

A água do mar em virtude da presença acentuada de sais, é um eletrólito por excelência. Outros constituintes como

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Apostila de corrosão - TIPOS DE CORRÕSÃO

gases dissolvidos, podem acelerar os processos corrosivos;

- produtos químicos: os produtos químicos, desde que em contato com água ou com umidade e formem um eletrólito,
podem provocar corrosão eletroquímica

4 - Reações no Processo Corrosivo - Produtos de Corrosão

As reações que ocorrem nos processos de corrosão eletroquímica são reações de oxidação e redução.

As reações na área anódica (anodo da pilha de corrosão) são reações de oxidação.

A reação mais importante e responsável pelo desgaste do material é a de passagem do metal da forma reduzida para a
iônica (combinada), (responsável pelo desgaste do metal)

As reações na área catódica (cátodo da pilha de corrosão) são reações de redução.

As reações de redução são realizadas com íons do meio corrosivo ou, eventualmente, com íons metálicos da solução.

As principais reações na área catódica são:

As reações catódicas mais comuns nos processos corrosivos são "a", "b" e "c" as reações "d" e "e" são menos
freqüentes, a última aparece apenas em processos de redução química ou eletrolítica.

Serão detalhados a seguir as reações catódicas apresentadas anteriormente e que ocorrem em meios neutros ou
aerados e não aerados. Reações catódicas em meio neutro aerado:

Reações catódicas em meio neutro não aerado:

Conclusões Importantes: Das reações catódicas acima pode-se tirar algumas importantes conclusões:

• A região catódica torna-se básica (há uma elevação do pH no entorno da área catódica).

• Em meios não aerados há liberação de H2, o qual é absorvido na superfície e responsável pela sobretensão ou
sobrevoltagem do hidrogênio. Este fenômeno provoca o retardamento do processo corrosivo e chama-se polarização
catódica.

• Em meios aerados há o consumo do H2 pelo O2, não havendo a sobrevoltagem do hidrogênio. Neste caso não há,
portanto, a polarização catódica e haverá, consequentemente, a aceleração do processo corrosivo.

A composição do eletrólito na vizinhança do catodo é dependente de difusão do oxigênio no meio e da velocidade de


renovação do eletrólito. Deste modo é possível a ocorrência da reação "a" em meios aerados, caso o fluxo de elétrons
chegando ao catodo seja muito elevado. Um exemplo é o caso da superproteção catódica em água do mar onde a
reação "c", que normalmente ocorre, pode ser sobrepujada pela reação "a". Um sério inconveniente é a possibilidade
de ocorrência do fenômeno de fragilização pelo hidrogênio produzindo trincas e/ou a diminuição da vida à fadiga.

Observação: Em meios ácidos haverá um decréscimo da acidez no entorno da área catódica e em meios básicos
haverá um acréscimo da alcalinidade no entorno da área catódica.

Os produtos de corrosão nos processos eletroquímicos são, em geral, resultantes da formação de compostos insolúveis
entre o íon do metal e o íon hidroxila. O produto de corrosão é portanto, na grande maioria dos casos hidróxido do
metal corroído, ou óxido hidrato do metal.

Quando o meio corrosivo contiver outros íons poderá haver a formação de outros componentes insolúveis e o produto
de corrosão pode ser constituído de sulfetos, sulfatos, cloretos, dentre outras.

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Apostila de corrosão - TIPOS DE CORRÕSÃO

5 - Polarização - Passivação - Velocidade de Corrosão 5.1 - POLARIZAÇÃO

Polarização é a modificação do potencial de um eletrodo devido a variações de concentração, sobrevoltagem de um gás


ou variação de resistência ôhmica.

Caso não houvesse o efeito do fenômeno da polarização a corrente entre anodos e catodos seria muito mais elevada, à
semelhança de um quase curto circuito. Isto se daria porque as resistências elétricas do metal e do eletrólito são muito
baixas, restando apenas as resistências de contato dos eletrodos.

Os fenômenos de polarização promovem a aproximação dos potenciais das áreas anódicas e catódicas e produzem
aumento na resistência ôhmica do circuito, limitando a velocidade do processo corrosivo.

Graças a existência destes fenômenos as taxas de corrosão observadas na prática são substancialmente inferiores
àquelas que ocorreriam caso as pilha de corrosão funcionassem ativamente em todas as condições dos processos
corrosivos.

Quando as reações de corrosão são controladas predominantemente por polarização nas áreas anódicas : diz-se que a
reação de corrosão é controlada anodicamente e que o eletrodo está sob o efeito de uma polarização anódica.

Quando as reações de corrosão são controladas predominantemente por polarização nas áreas catódicas: diz-se que a
reação é controlada catodicamente e que o eletrodo está sob o efeito de uma polarização catódica.

Quando é controlada pelo aumento de resistência de contato das áreas anódicas e catódicas: diz-se que a reação é
controlada ohmicamente.

De modo geral tem-se um controle misto das reações de corrosão. São basicamente três as causas de polarização: A -
POLARIZAÇÃO POR CONCENTRAÇÃO

Este tipo de polarização ocorre freqüentemente em eletrólitos parados ou com pouco movimento.

O efeito de polarização resulta do aumento de concentração de íons do metal em torno da área anódica (baixando o seu
potencial na tabela de potenciais) e a rarefação de íons H+ no entorno da área catódica.

Caso o eletrólito possua movimento ambas as situações não devem acontecer. B - POLARIZAÇÃO POR ATIVAÇÃO

Este tipo de polarização ocorre devido a sobrevoltagem de gases no entorno dos eletrodos.

Os casos mais importantes no estudo da corrosão, são aqueles em que há liberação de H2 no entorno do catodo ou do
O2 no entorno do anodo.

A liberação de H2 no entorno do catodo é denominada polarização catódica e assume particular importância como fator
de controle dos processos corrosivos.

Em eletrólitos pouco aerados o H2 liberado e absorvido na área catódica provoca uma sobretensão ou sobrevoltagem
do hidrogênio capaz de reduzir sensivelmente a agressividade do meio. Podendo-se considerar por este fato a corrosão
do aço desprezível na presença de água doce ou salgada, totalmente desaerada.

A sobrevoltagem do hidrogênio foi estudada por Tafel estabelecendo a seguinte equação:

onde:

I - sobrevoltagem do hidrogênio, em V;

, em V e , em A/cm2 - constantes que dependem do metal e do meio; - densidade de corrente aplicada que provoque a
sobrevoltagem , em A/cm2.

- Figura 01 Curva de TAFEL Sobre voltagem em função da densidade de corrente

A polarização ôhmica ocorre devido a precipitação de compostos que se tornam insolúveis com a elevação do pH no
entorno da áreas catódicas.

Estes compostos são principalmente carbonatos e hidróxidos que formam um revestimento natural sobre as áreas
catódicas, principalmente carbonato de cálcio e hidróxido de magnésio.

5.2 PASSIVAÇÃO

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Apostila de corrosão - TIPOS DE CORRÕSÃO

Passivação é a modificação do potencial de um eletrodo no sentido de menor atividade (mais catódico ou mais nobre)
devido a formação de uma película de produto de corrosão. Esta película é denominada película passivante.

Os metais e ligas metálicas que se passivam são os formadores de películas protetoras.

Como exemplo podem ser citados:

• Cromo, níquel, titânio, aço inoxidável, monel que se passivam na grande maioria dos meios corrosivos, especialmente
na atmosfera; • Chumbo que se passiva na presença de ácido sulfúrico;

• ferro que se passiva na presença de ácido nítrico concentrado e não se passiva na presença de ácido nítrico diluído;

• A maioria dos metais e ligas passivam-se na presença de meios básicos, com exceção dos metais anfóteros (Al, Zn,
Pb, Sn e Sb).

- Figura 02 Taxas de Corrosão de um Metal Passivável

Figura 03 Taxas de Corrosão de um Metal Não Passivável

5.3 CURVAS DE POLARIZAÇÃO

As modificações no potencial de eletrodo resultante da polarização provoca mudança no valor deste potencial alterando
o ponto de equilíbrio, fazendo com que o potencial anódico desloque no sentido catódico e vice-versa.

A determinação experimental da curva de polarização de um certo material, num dado eletrólito, pode ser feita por dois
métodos distintos.

a. Método Galvanostático

O método mais simples, e também o mais antigo, é o galvanostático, que é caracterizado pelo fato de ter como variável
de controle a intensidade da corrente que circula no sistema, a qual é variada por meio de um resistência.

b. Método Potenciostático

O outro método, de que se dispõe para a realização e ensaio de polarização, é o método potenciostático, o qual
apresenta como variante o método potenciocinético. Este método é caracterizado pelo fato de ter como variável de
controle o potencial e não a intensidade da corrente, como no modo galvanostático. A célula de polarização é
semelhante à anterior, porém a aparelhagem requerida é diferente. Para variar o potencial aplicado ao corpo de prova
em estudo é necessário um potenciostato, que é uma aparelho bem mais complexo. Por meio do potenciostato varia,
no sentido anódico ou no catódico, o potencial do metal em relação ao eletrodo de referência. Para cada valor do
potencial imposto, o sistema demanda uma certa corrente que é suprida pelo próprio potenciostato.

A curva de polarização catódica que se obtém por este método é semelhante à obtida pelo método galvanostático,
porém a curva anódica para metais que apresentam a transição ativo/passivo, tem aspecto completamente diferente.
Curvas deste tipo não poderiam ser obtidas pelo método galvanostático.

- Figura 04 Potencial anódico e catódico

Figura 05 Curva de Polarização Anódica e Catódica

Os fenômenos de polarização assumem grande importância na cinética dos processos de corrosão eletroquímica e

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Apostila de corrosão - TIPOS DE CORRÕSÃO

muito particularmente para a proteção catódica, a qual consiste essencialmente na polarização catódica da estrutura a
proteger. É também muito importante para a técnica da proteção anódica porque, neste caso, o fundamento da técnica
consiste em se aplicar um potencial anódico à estrutura, levando-a ao campo de passividade, onde a corrente de
corrosão é muito mais baixa. Esta técnica não elimina portanto a corrosão e só é possível de ser aplicada em materiais
que apresentam a transição ativo/passivo. As curvas de polarização são também denominadas diagramas E (potencial
de eletrodo) / (corrente) ou diagrama de Evans e são apresentados de um modo geral

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