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Futuros Aprovados,
Hoje vamos continuar a tratar sobre a Lei de Drogas. Assim, finalizaremos este
importante tema que, com certeza, estará na próxima PROVA para a Polícia
Federal.
Como vocês devem ter percebido, a lei é de fácil entendimento, mas o
conhecimento dos detalhes é o que fará a diferença.
Iniciaremos esta aula com a continuação dos crimes. Depois trataremos de
alguns institutos penais e, finalizaremos dando atenção especial ao rito
processual.
Por ser continuação, seguirei a numeração da aula anterior para facilitar o
entendimento e a organização das folhas.
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Uma grande inovação trazida pela nova Lei foi a criação de uma figura
autônoma para o chamado informante colaborador com o tráfico.
Mas o que é esse tal da “informante colaborador”?
Com certeza, você já leu notícias de operações policiais que fracassaram
graças a informações que “vazaram” do interior da corporação.
Normalmente isso ocorre pela presença de “informantes” que levam a
notícia para os infratores, antes da realização das ações policiais.
PARA LEMBRAR!!!
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor
à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima
para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a
qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção
ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar.
DENOMINAÇÃO DEFINIÇÃO
QUALQUER GRUPAMENTO DE
PESSOAS, SEM MAIOR
GRUPO
ORGANIZAÇÃO INTERNA.
PARA PENSAR
PARA PENSAR
E o médico-veterinário? Pode também incidir neste tipo penal?
Entende a jurisprudência que não, pois ele tem autorização para
ministrar drogas somente em animais.
E se ele prescrever drogas para um animal e este vier a morrer?
Ai é outro caso, que não cai na sua PROVA!!!
Vamos exemplificar:
Imagine que Mévio, após consumir drogas, resolve conduzir sua lancha em
uma praia particular sem a presença de qualquer pessoa. Neste caso, estará
caracterizado o delito?
A resposta é negativa, pois a condução da lancha em uma praia deserta não
expõe a dano potencial a incolumidade de outrem. Assim, não haverá
crime.
ART. 35 DA LEI DE
AERONAVE CONTRAVENÇÕES ART. 39 DA LEI DE DROGAS
PENAIS
ART. 34 DA LEI DE
EMBARCAÇÃO CONTRAVENÇÕES ART. 39 DA LEI DE DROGAS
PENAIS
Art. 39
[...]
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas
cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis)
anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se
o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo
de passageiros.
O art. 40, que vamos analisar agora, traz a previsão de diversas causas que
possibilitam o aumento de pena. Observe o texto legal:
ATENÇÃO
Este artigo apresenta sete incisos referentes aos casos em que as penas
podem ser aumentadas. Vamos analisá-los:
• O CRIME TIVER SIDO PRATICADO COM VIOLÊNCIA, GRAVE AMEAÇA, EMPREGO DE ARMA
DE FOGO OU QUALQUER PROCESSO DE INTIMIDAÇÃO DIFUSA OU COLETIVA (INCISO IV):
ATENÇÃO!!!
Excelente pergunta... O art. 36 visa alcançar aquele que fica “por trás das
cortinas”, financiando a conduta criminosa de terceiros. Atinge aquele que
não atua diretamente no ilícito, mas financia o desempenho da atividade
por outros.
Já a causa de aumento de pena atinge aquele que desenvolve a atividade
criminosa diretamente e, além disso, acrescenta valores.
1 - COLABORAÇÃO VOLUNTÁRIA; E
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO
SURSIS
Entenda:
Segundo a atual redação do art. 2º da lei nº 8.072/90, não é mais
vedado ao autor de crime hediondo ou equiparado a obtenção da
liberdade provisória sem fiança. Apesar disso, a citada norma proíbe
concessão de fiança para os delitos relacionados com o tráfico de drogas.
O STF, de maneira coerente decidiu que continua em vigor a proibição de
concessão de liberdade provisória para os autores de crimes hediondos e
equiparados, haja vista a proibição emanar da própria constituição (art.
5º, XLIII). Segundo o STF, inconstitucional seria a legislação ordinária
que viesse a conceder liberdade provisória a delitos em relação aos quais
a Constituição Federal veda a fiança (STF, HC nº 93.940/SE, DJ
06.05.2008).
No que tange especificamente ao art. 44, o STJ já se pronunciou da
seguinte forma:
Art.44
[...]
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-
se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços
da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
O parágrafo único deste art. 44 está quase que em plena consonância com
o art. 83 do Código Penal, o qual, versando sobre o mesmo tema,
estabelece em seu inciso V que:
1.7.1 INTRODUÇÃO
Para que você possa compreender bem essa parte da lei em estudo, deve
ter em mente que, no caso dos procedimentos penais, dois ritos distintos
regem os tipos penais previstos:
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será
submetido às seguintes penas:
[...]
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe
plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar
dependência física ou psíquica.
Art. 33 [...]
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para
juntos a consumirem.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo
em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
CRIMES DE
MENOR
POTENCIAL
OFENSIVO
Como você deve estar notando ao analisar esta Lei, fica claro o interesse
em separar usuários e dependentes dos traficantes de drogas. “Mas
professor, você já repetiu isso mais de 1000 vezes!!!”...Sim, e daqui a
pouco vou repetir de novo para que você não esqueça!!!
O legislador se preocupou em afastar, ao máximo, o usuário das Delegacias
de Polícia, evitando-se estigmatiza-lo, estando esta concepção totalmente
em sintonia com o espírito que permeia toda a Lei, ou seja, separar o
usuário do traficante, tratando-os de maneira totalmente diversa.
Dentro desse contexto, vamos ver agora como fica o usuário detido em
flagrante.
Pela Lei, não se lavrará auto de prisão em flagrante para usuário
apreendido com drogas. No seu lugar, deverá ser elaborado termo
circunstanciado, que nada mais é do que um relato do fato tido como de
menor potencial ofensivo, constando os elementos para uma compreensão
do ocorrido. Observe:
Art.48
[...]
§ 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se
imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser
imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta
deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se
termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos
exames e perícias necessários.
Art. 48
[...]
Art. 50
[...]
§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e
estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo
de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por
perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
TIPO APONTADO.
Caso, após o inquérito, ainda fique alguma dúvida sobre a ação ilícita,
poderá ocorrer o requerimento de diligências complementares para se
esclarecer fatos, sem alterar a remessa dos autos.
O resultado dessas diligências deverá ser encaminhado ao juízo competente
até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento. Observe:
Art. 52
[...]
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de
diligências complementares:
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado
deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias
antes da audiência de instrução e julgamento;
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores
de que seja titular o agente, ou que figurem em seu nome, cujo
resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3
(três) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
AS DILIGÊNCIAS COMPLEMENTARES
NÃO IMPEDEM A REMESSA DOS AUTOS.
Analisando:
PODEMOS ESQUEMATIZAR:
INQUÉRITO
POLICIAL ARQUIVAMENTO
NOVAS
CPI DILIGÊNCIAS
PEÇAS
LÍCITAS DENÚNCIA
E se for apresentada?
O que vou
fazer com
Vou essa defesa? Receber a
apresentar Denúncia
minha defesa!
05 DIAS
Rejeitar a
Denúncia
Determinar
Novas
Diligências
Art.56[...]
§1o Tratando-se de condutas tipificadas como infração do
disposto nos arts.33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao
receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do
denunciado de suas atividades, se for funcionário público,
comunicando ao órgão respectivo.
POSSIBILIDADE DE
PRORROGAÇÃO
90 DIAS Î INVESTIGADO
SOLTO
ARQUIVAMENTO
CONSTITUIÇÃO DE
ADVOGADODO OU
OU NOMEAÇÃO
DECISÃO DE REJEIÇÃO DA DEFESA PRELIMINAR DE UM
UM DEFENSOR DATIVO
DENÚNCIA PRAZO: 10 DIAS
DECISÃO DE RECEBIMENTO
TO DA CASO
SO IMPRESCINDÍVEL EM 10
DENÚNCIA DIAS SERÁ:
1-APRESENTADO O PRESO
2-REALIZADAS DILIGÊNCIAS
3-EXAMES E PERÍCIAS
AFASTAMENTO
TO CAUTELAR SE
FUNCIONÁRIO
IO PÚBLICO
REQUISIÇÃO DE
LAUDOS PERICIAIS
1 - INTERROGATÓRIO
2 - INQUIRIÇÃO DAS
DESIGNAÇÃO
ÃO DE
DE AUDIÊNCIA(AIJ) E REALIZAÇÃO DA TESTEMUNHAS DE
CITAÇÃO AIJ ACUSAÇÃO E DEFESA
3 - DEBATES ORAIS
AIJ Î 30
30 DIAS Î REGRA
AIJ Î 90
90 DIAS Î EM
EM CASO
SO DE
DE EXAME 4 – SENTENÇA
DE DEPENDÊNCIA
(IMEDIATA OU EM 10 DIAS)
Neste artigo, o que importa para a sua PROVA é que fica determinado que a
autoridade judiciária poderá decretar a apreensão ou o seqüestro dos
produtos ou bens que constituam proveito dos crimes tipificados na Lei de
Drogas. A ordem poderá ser dada de ofício, a requerimento do
Ministério Público ou diante de representação da autoridade policial.
Ministério
Público
Comprovado interesse
público ou social.
Cientificada
SENAD
Finalidade Vinculada
(uso dos bens
exclusivamente no
interesse das atividades)
Este artigo versa sobre questões relativas ao destino inicial dos veículos,
embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, os
maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza
utilizados na prática dos crimes definidos na lei.
Segundo o texto legal, após a regular apreensão, o bem deverá ficar sob a
custódia da autoridade de polícia judiciária. Excepcionam-se desta regra as
armas apreendidas, pois estas serão recolhidas na forma determinada pelo
Estatuto do Desarmamento.
A COOPERAÇÃO PREVÊ:
• A TROCA DE EXPERIÊNCIAS;
Para finalizar, embora sem muita importância prática, cabe ressaltar inovação
inserida pela Lei 12.219/2010 que prevê:
Caro(a) Aluno(a),
“As pessoas bem sucedidas, nada mais são do que gente que desenvolveu o poder de
acreditar em si mesmas e naquilo que realizam.”
David Schwartz
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da
autoridade de polícia judiciária.
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de
polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo:
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que
a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da
substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a
qualificação e os antecedentes do agente; ou
II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias.
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências
complementares:
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser
encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de
instrução e julgamento;
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja
titular o agente, ou que figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser
encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de
instrução e julgamento.
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos
nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização
judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos
investigatórios:
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída
pelos órgãos especializados pertinentes;
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores
químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no
território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior
número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da
ação penal cabível.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será
concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação
dos agentes do delito ou de colaboradores.
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão
Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério
Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes
providências:
I - requerer o arquivamento;
II - requisitar as diligências que entender necessárias;
EXERCÍCIOS
Art. 28 [...]
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a
que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo,
sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
Errado. Essa questão ficará mais clara ao estudarmos o ECA. Todavia, em que
pesem argumentos em sentido contrário, a cola de sapateiro não é
considerada droga para efeitos da Lei 11.343/06, pois se assim fosse não
poderia ser comercializada nem para maiores 18 anos.
Certo. Lei 11.343, art. 33, § 4o: Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste
artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a
conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa.
Certo. Segundo o art. 33, § 4o, da lei n.° 11.343/2006, nos crimes de tráfico
ilícito de drogas, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços,
desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa.
A questão tenta confundir o candidato ao citar “independentemente de o
tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga
apreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal”. Todavia,
segundo o STJ no REsp 1133945 / MG 15/04/2010, a quantidade e a natureza
da droga não irão impedir a aplicação da diminuição de pena decorrente do
crime de tráfico privilegiado, muito menos o fato de o tráfico ser nacional ou
internacional.
Errado. Segundo o art.50 §1o, da lei de Drogas, caso não haja no momento da
lavratura um especialista no assunto, o laudo poderá ser realizado por “pessoa
idônea”.
Errado. Nos termos do art. 52 da lei nº 11.343/06, um dos itens que precisam
constar nos autos do inquérito é exatamente a justificativa das razões que
levaram a autoridade policial a classificar o delito no tipo apontado.
Errado. A questão está incorreta, pois a lei nº 11.343/06 prevê nos incisos do
art. 28 as penalidades a serem aplicadas. São elas advertência sobre os efeitos
das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de
comparecimento a programa ou curso educativo.
Errado. O art. 28 da lei nº 11.343/06 define que quem adquirir, guardar, tiver
em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar
será submetido às seguintes penas: Advertência sobre os efeitos das drogas,
prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a
programa ou curso educativo.
As condutas “usar” ou “consumir” constituem fato atípico. Existe atipicidade,
porque o crime não é “usar” ou “consumir” a droga, mas sim adquiri-la,
guardá-la, mantê-la em depósito, transportá-la ou trazê-la consigo para
consumo pessoal. Assim, podemos afirmar que não se pune o consumo em si
da droga.
Certo. A questão refere-se ao delito do art. 38, da nova lei de drogas (lei n.º
11.343/2006), consistente na conduta de prescrever ou ministrar,
culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em
doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
31. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Ainda que o fato tenha sido
cometido antes da vigência da Lei n.º 11.343/2006 e que o condenado
preencha os requisitos dispostos no art. 44 do CP, não é possível a
substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de
direito em crime de tráfico de entorpecentes, já que o STF, ao julgar
inconstitucional o art. 2.º, § 1.º, da Lei n.º 8.072/1990 - Lei dos
Crimes Hediondos -, passou a admitir somente a progressão de
regimes aos condenados por crimes hediondos, mas não a conversão
em pena restritiva de direito.
Errado. Muito embora a Lei 11.343/06 não faça previsão expressa sobre a
rejeição da denúncia após a resposta escrita, permite e aplicação subsidiária
do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal (artigo 48, caput), o
que determina a aplicação da absolvição sumária prevista no artigo 397 do
Código de Processo Penal, no qual constam a existência manifesta de causa
excludente da ilicitude do fato (inciso I); a existência manifesta de causa
excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade (inciso II); que o
fato narrado evidentemente não constitui crime (inciso III); ou extinta a
punibilidade do agente (inciso IV).
Errado. O art. 40, III da Lei 11.343/06 não menciona condomínios residenciais.
Veja:
Errado. O crime de associação para o tráfico exige duas ou mais pessoas (no
mínimo duas). Já o delito de quadrilha ou bando exige a associação de mais de
três pessoas (no mínimo quatro).
Errado. Aproveitarei esta questão para tratar de um ponto que é muito pouco
exigido em prova, mas que complementará seus estudos. Vimos que vender
drogas visando o lucro é crime. Mas e se um indivíduo oferece droga, ao outro,
eventualmente e sem objetivo de lucro? Neste caso temos o chamado crime de
uso compartilhado que, para ocorrer, deve acumular os seguintes requisitos:
31. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Ainda que o fato tenha sido
cometido antes da vigência da Lei n.º 11.343/2006 e que o condenado
preencha os requisitos dispostos no art. 44 do CP, não é possível a
substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de
direito em crime de tráfico de entorpecentes, já que o STF, ao julgar
inconstitucional o art. 2.º, § 1.º, da Lei n.º 8.072/1990 - Lei dos
Crimes Hediondos -, passou a admitir somente a progressão de
regimes aos condenados por crimes hediondos, mas não a conversão
em pena restritiva de direito.
GABARITO