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Esta citação nos remete ao horizonte de expectativa categoria Ao considerarmos as categorias de Koselleck, percebemos que o
pensada por Koselleck, afinal, a cavaleiro desta categoria, está o lugar espaço de experiência em que João Cruz Costa se inseria permitiu que
aonde se produz algo, ou seja, o espaço de experiência. Desta maneira, estes questionamentos fossem levantados. No entanto, que espaço
percebemos a realização da expectativa no hoje, considerando que era este? Acreditamos, considerando as explanações de Astor Diehl27,
este hoje “é o futuro presente, voltado para o ainda não, para o não que no ano da escrita deste texto o espaço acadêmico brasileiro e em
experimentado”24. Segundo Koselleck, e dentro desta dinâmica, os especial das ciências sociais passava por um processo de ebulição com
sentimentos se entrelaçam, “esperança e medo, desejo e vontade, a institucionalização do saber nas universidades. Institucionalização
a inquietude, mas também a análise racional, a visão receptiva ou a esta que provocou o engajamento de determinados setores intelectuais
curiosidade fazem parte da expectativa e a constituem”25. às perspectivas nacional-desenvolvimentistas.
Apesar de distantes, teórica e metodologicamente, João Cruz É deste espaço que João Cruz Costa responde. Procurando dar
Costa e Reinhart Koselleck permitem um diálogo que se desdobra sentido à relação entre as disciplinas que constituem seu campo de
a partir da percepção do modelo histórico e algumas perspectivas análise, ou seja, a filosofia no Brasil e a história desta, afirma não crer
filosóficas que João Cruz Costa aborda em sua obra, ao considerarmos que o filósofo deva ser avesso ao estudo da história das filosofias por
as categorias acima citadas. mais que:
Na introdução de Contribuição à História das Idéias no Brasil a
Dir-se-á, porém, que este trabalho é trabalho de historiador.
proposta e as motivações que deram forma ao modelo histórico e Efetivamente. É mister, porém, não esquecer que este historiador
filosófico desenvolvido por Cruz Costa aparecem. Nesta, o nosso deve seguir os infinitos meandros da Geistesgeschichte dos
ensaístas alemães, ou os caminhos mais sutis que, no rico e
autor explana sua preocupação acerca da relação entre o estudo da pujante pensamento de Lucien Febvre, constituem o estudo das
ideias serem elaborada por filósofos ou historiadores e em seguida sensibilidades, isto é, o estudo dos níveis intelectuais e culturais.
questiona: É necessário ainda que o historiador das idéias aplique aos seus
Entre esses dois não há, em verdade, tanto uma oposição absoluta, edição da obra. Cândido destaca a aventura e o trabalho como a
como uma radical incompreensão. Ambos, participam em maior ou tipologia básica do livro e que ao serem consideradas opostas, como
aparece como um modelo de recomposição da configuração do tempo, a terra, mais prático, agia conforme a necessidade, habitante do sertão.
Esta vocação atlântica contrastada com o sertão que aparece em Euclides
atrelado à perspectiva antagônica das duas personagens, o jesuíta e
da Cunha é a relação da situação do homem brasileiro com sua terra e o
o aventureiro, constituindo um exemplo da interpretação da história e
resultado desta relação foi a exposição de um problema que “é de nosso
das idéias no Brasil.
idealismo, não se alongar muito longe da terra ...”69.
Euclides, homem do litoral, encontrou-se na Campanha de Canudos
com esse sertão que, na nossa história, aparece nos momentos Estes modelos emprestados, resignificados e que se transformam
de crise e de transformação revolucionária e para o qual se volta em ferramentas de interpretação da história do Brasil são um exemplo
como escreve Alcântara Machado, a alma nacional como a agulha
de como João Cruz Costa concebia a filosofia.
imantada para o pólo magnético. Tem sido o sertão a obsessão
do aventureiro, a decantada salvação das elites que com ele Filosofia é reflexão; inquietação. Não é esquematismo, não é
simpatizam, mas que o esquecem... dogmatismo. Alain já dizia que pensar é dizer não, que refletir é
negar aquilo que se crê. Há quem procure na filosofia, escrevia uma
Euclides da Cunha, não o geólogo, o geógrafo, o botânico. O vez Karl Jasper, um remédio para a humanidade. Mas isto é pedir-
antropologista – que nem sempre são seguros – foi o artista que lhe demasiado. A filosofia deixa de ser verdadeira quando pretende
interpretou em palavras cheias de foca para ferir os ouvidos e aquilo que somente as religiões podem dar, isto é, respostas
sacolejar a alma dos bacharéis pálidos do litoral [...] clamando em absolutas. A filosofia representa para o pensamento ao contrário,
favor do deserto incompreendido, dos sertões abandonados, dos o pólo oposto, o indispensável que mantêm viva a inquietação. O
sertanejos esquecidos. homem perde-se se perde esse pólo. A atitude filosófica é feita,
ao mesmo tempo, de respeito e de crítica e a filosofia é a fonte de
inquietação do mundo.70
Os fanáticos, como disseram os homens do litoral, foram batidos
pelas nossas tropas de linha. Enquanto isso, os letrados, do litoral
ainda continuariam a entregar-se a tarefa de construir uma fachada
Decorrente desta inquietação e reflexo na perspectiva histórica
européia para o país. de Cruz Costa é a possibilidade que a história seja constantemente
Nesta passagem, percebemos algumas leituras que nos mostram O pensamento português foi marcado por um espírito terra-terra
que gravitou, como diz o Prof. Joaquim de Carvalho, em torno de
as influências para a escrita de sua obra. Além dos autores citados, uma “problemática realista, de objeto preciso, limitado, concreto”.
também Jaime Cortesão, Joaquim Nabuco e Miguel Unamuno são O caráter comercial, cosmopolita da vida portuguesa dos fins do
século XV e começo do XVI, contribuiria para acentuar esta feição,
referencias para o nosso autor.
digamos, pragmática. 77
Em um artigo escrito para Enciclopédia Delta Larousse, intitulado
“A História da Filosofia no Brasil”, de 1964, afirmava a “herança” João Cruz Costa descreve a história do Brasil e de sua filosofia
portuguesa como delimitadora da forma cultural brasileira e sua fortemente marcada pela presença dos jesuítas, segundo os quais,
tradução aparecia como uma visão prática da existência. “Assim, desde “não é possível examinar a história dos países ibéricos sem atender à
cedo o pensamento português é marcado por um sinal grosseiro da influência que sobre eles exerceram os discípulos de Santo Inácio”78.
praticidade (...). O sentido de útil, do imediato é o que transparece no Os Jesuítas do período colonial desenvolveram o que se
pensamento português” . 75 convencionou chamar de ”Segunda Escolástica” Portuguesa,
No mesmo ano, 1956, em que o livro Contribuição à História das principalmente difundida pelo conhecido Curso Conimbricense. Esta
Idéias no Brasil foi lançado, em um artigo publicado na Revista Kriterion escolástica é marcada pelo trabalho dos Jesuítas que produziram uma
“Um aspecto da Filosofia América”, Cruz Costa aponta o pragmatismo relação entre o Humanismo e seus métodos críticos ao pensamento
como um problema filosófico brasileiro, mas que teria suas raízes nos de São Tomás.
paises colonizadores dos séculos XV e XVI. Da cultura portuguesa, “o A importância que nosso autor dá aos jesuítas aparece em A
senso prático, o sentido do útil, do imediato é o que de preferência aí Filosofia no Brasil de 1945, aonde afirma que o movimento intelectual
João Cruz Costa afirma em “Contribuição à História das Idéias no Os estudos humanísticos que haviam passado na Metrópole,
completamente para a mão dos jesuítas, prolongam-se até a
Brasil”: Colônia. (...) Qualquer que possa ser a nossa posição em face das
Esta concepção de cultura (a portuguesa) deriva de uma valorização idéias da Companhia de Jesus, é inegável que muito contribuíram
pragmática da existência. O caráter cosmopolita, burguês, da vida os jesuítas, com as suas escolas, com os seus colégios, para nossa
portuguesa do século XV, e do início do XVI, contribuiria também formação intelectual. (...) o que vai ser a filosofia nesse período, é
para acentuar, no seu pensamento, essa feição pragmática. 77 fácil de imaginar. As velhas lições da escolástica coimbrense serão
A partir de uma dialética entre jesuíta e aventureiro, como foi Opondo-se a este, o missionário, empenhado, no mais largo sentido
descrito no primeiro capítulo, João Cruz Costa traça as primeiras da palavra, na conquista das almas, quando o outro o estava na
conquista da riqueza. Na ação do jesuíta, na sua ânsia de conquista
características de uma possível interpretação da história do Brasil.
espiritual, não se disfarçava o cruzadismo medieval. Assim, ao lado
Herdeiro da colonização portuguesa, o Brasil seria o palco destas duas do renome e do lucro, o sumo zelo na dilatação da fé.85
figuras, o jesuíta e o aventureiro, se complementam na construção
Para Cruz Costa, é neste modelo de colonizadores em que se
da sociedade brasileira, este pelo espírito desbravador aquele pelo
encontram as contradições de nossa história e sempre em momentos de
cuidado espiritual. O aventureiro e o jesuíta assumem características
crise eles aparecem com uma possível resposta. Levando a afirmação
determinantes na colonização e na história do Brasil. O primeiro estaria
preocupado na conquista da terra, do material, enquanto o outro se de que “da dialética que se vai estabelecer em nossa história entre
preocupa com a conquista espiritual. Em “A filosofia no Brasil”, trabalho esses dois tipos de colonizadores, derivará o molde inicial de nossa
percebe sobre a forma do Regalismo e o Beneplácito Régio. Percebemos a importância e o valor dados pelo autor à implantação
A renovação de métodos de estudos na península Ibérica e em da cultura francesa no Brasil no seu trabalho “A Filosofia no Brasil”,
particular Portugal, decorre da sugestão “introduzida pela Congregação onde afirma que “é preciso dizer que não podíamos ter encontrado
do Oratório, que se guerreia com a influência tradicional dos jesuítas”87 melhor guia para a nossa inteligência”92, e reeintera:
aonde seu posicionamento filosófico “substituiam em aulas a lógica
A cultura francesa, toda ela impregnada pelo espírito da liberdade
carvalha e barreta dos jesuítas por livros inspirados em doutrinas que havia de conduzir à Revlução de 1789, inspirava-nos e guiava-
mais recentes”88. Esta alteração aparece através da influência de Luís nos no sentido da nossa independência. (...) a nossa história
cultrural abre-se então às mais variadas inpirações. Estas, porém,
Antônio Verney, “esse iluminista português foi o pioneiro da renovação
só tomam forma quando, na própria terra, podem encontrar seiva
cultural portuguesa”89. que as faça prosperar.93
Desta maneira, a influência dos jesuítas, que durante dois séculos
A missão da França “nessa época foi a de acordar, instruir e guiar
foram os responsáveis pela educação na Colônia, perde força. Sua
as nações”94. Alguns livros que constituem a biblioteca do Cônego
expulsão de todos os territórios portugueses, através da reforma
Luís Vieira da Silva sugerem esta visão, já que, revelam o acesso a
imprimida por Pombal, em Portugal, determinaria definitivamente seu
algumas obras francesas do período, entre elas livros de Descartes,
afastamento da Colônia.
Montesquieu, Voltaire e alguns volumes da da Enciclopédia de Diderot
O momento que marca esta mudança de influência é também
e D’Alembert.
o momento que “uma ininterrupta tentativa de novas e variadas
A influência inicial e marcante do pensamento francês no Brasil
experiências intelectuais, visões originadas em outras culturas”90,
foi a do ecletismo desenvolvido por Vitor Cousin. Enquanto atitude
começam a ganhar espaço. Consequentemente, a nova corrente que
filosófica o ecletismo pretendia conciliar os valores tradicionalistas
ganha força na Europa, o iluminismo, afeta os intelectuais que vão,
com um desejo pela modernidade. Sem problemas maiores podiam
principalmente a Coimbra fazer seus estudos, recebem esta nova
ligar os princípios liberais econômicos, político e buscar preservar a
influência e a levam para a Colônia. O que nos leva à percepção da
unidade nacional em recém formação. Enquanto corrente filosófica, o
influência francesa, na qual uma:
objetivo desta filosofia foi, segundo Cousin, o discernimento entre o
verdadeiro e o falso das diversas doutrinas e a reunião deste resultado
Além do ecletismo, Silvestre Pinheiro Ferreira foi responsável pelo O desenvolvimento cultural e econômico empreendido no Brasil
primeiro contato com as idéias da filosofia germânica no Brasil, sendo com a presença da corte portuguesa a partir de 1808 foi determinante
que “na sua obra são citados filósofos alemães tais como Kant, Fichte, no processo que culminou no setembro de 1822. Esta presença fez
Schelling e Hegel.” 97
Todavia, a adesão às diretrizes destes filósofos parecer que “o Brasil tivesse despertado de um sono prolongado e se
não aparecem claramente por parte de Silvestre Pinheiro, afirma Cruz pusesse agora a caminho da conquista da sua libertação” 100
, e ainda,
Costa. “o século XIX vê surgir, num continente novo, um novo grupo de nações
Joao Cruz Costa faz uma breve referência ao republicanismo em que iria logo se integrar no destino político da civilização ocidental”101.
sua segunda contribuição à coleção “História Geral da Civilização
uma resenha quase apologética em favor dos filósofos nacionais. Os contraponto, em especial à resenha elaborada por Reale. Apesar de
parágrafos iniciais compõem uma justificativa do porquê de escrever não resenharem a mesma obra o que aparece é esta oposição entre
uma resenha sobre o mesmo texto que Vita havia resenhado meses metafísica e material, filósofo e filosofante. Uma afirmação de Lins
atrás, ou melhor, na edição anterior da Revista Brasileira de Filosofia. permite que vislumbremos este debate implícito. Afirmava Lins:
O tom desta justificativa se esclarece nas linhas seguintes do Quando em 1956, saiu a primeira edição do livro do Professor Cruz
Costa, ouvi um destacado mentor do ISEB fazer-lhe restrições
texto. Duas questões são levantadas por Reale. A primeira diz respeito
por ter muitas notas. Não me contive e ponderei-lhe: “o senhor
à suposta negação de Cruz Costa à metafísica e a outra gira em torno confunde livro de história e cultura com livro de imaginação e
de provável preconceito desenvolvido pelo professor da USP sobre os poesia. O professor Cruz Costa não fêz uma “novela” ou um
“poema” sobre as idéias no Brasil, mas uma história, e sendo assim
bacharéis que vivem a diletar sobre filosofia. não podia deixar de documentar suas afirmativas”.186
Da mesma maneira que Vita, porém mais incisivo, Reale procura
defender a perspectiva do IBF, que tomaria a filosofia como pensamento Seguindo nesta perspectiva, a última resenha, escrita por Luís
desvinculado de perspectivas políticas e ideológicas e aberto as Washington Vita em 1968, também sobre “Contribuição à história das
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