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Cardapio para Gestante Obesa e

Hipertensa

Pressão alta

A hipertensão arterial na gestação pode ser detectada em todas essas


condições patológicas ou anômalas citadas acima e agrava-se quando já
ocorre antes da gestação. Pode ainda aparecer sem a menor evidência de
patologias prévias por volta da 20ª semana de gestação, com inchaço de mãos
e face, associada à perda de proteínas na urina e a possibilidade de
complicações graves como a eclâmpsia.

Os cuidados nutricionais da gestante hipertensa devem ser iniciados bem antes


da concepção, no sentido de atingir e manter um peso ideal, evitando a
obesidade. Se a hipertensão arterial já existe antes da gestação, ela deve ser
cuidadosamente compensada, permitindo estabilidade hemodinâmica e
metabólica para garantir o fluxo sangüíneo placentário e evitando a progressão
de lesões que possam colocar em risco a gestante e o feto, bem como a saúde
da mãe após o parto.

São fundamentais as consultas pré-natais quinzenais, com a orientação do


médico obstetra, para acompanhamento da gestação, cuidando do
desenvolvimento fetal e da saúde da mãe, uma vez que o agravamento das
alterações metabólicas ocorre à medida em que a gestação evolui.

Orientação nutricional

A orientação nutricional da gestante hipertensa começa pelo cálculo das


calorias a serem consumidas diariamente, que não diferem da gestante com
pressão arterial normal. As necessidades calóricas variam de acordo com a
idade, o peso pré-gestacional, o nível de atividade física e o estado nutricional.

A maioria das mulheres na idade adulta necessita ingerir entre 1800 e 2000
calorias/dia, mesmo sem estarem grávidas. Durante a gestação, esta média se
mantém no primeiro trimestre. Hoje, já sabemos que a gestante não precisa
comer por dois, porque isso pode levar a um ganho excessivo de peso, assim
como não deve tentar perder peso durante a gestação, pois pode ficar
desnutrida, comprometendo o desenvolvimento fetal.

Durante a gestação, o gasto calórico da mulher aumenta, em média, 300


calorias/dia. Isso teoricamente produz um ganho de peso materno de 10-12kg
até o término da gestação nas mulheres com peso pré-gestacional normal, 12-
14kg naquelas abaixo do peso ideal e no máximo 9kg naquelas com sobrepeso
ou obesas.
Pirâmide alimentar

A distribuição dos alimentos na dieta da gestante hipertensa segue as


recomendações das gestações normais e tem como base a pirâmide alimentar,
que é um guia que representa um dia alimentar. Trata-se de instrumento visual
simples e prático, que oferece conceitos alimentares importantes como
consumir grande variedade dos alimentos, alertando para a moderação com
alguns deles (gorduras e açúcares) e obedecendo a uma proporcionalidade
(consumindo mais os alimentos da base e menos os do ápice).

Hipertensas e o sal

O sal não deve ser liberado durante a gestação, pois dificulta o controle da
hipertensão arterial, podendo mesmo agravá-la. Isso ocorre porque ele
potencializa a retenção de água pelo organismo. As recomendações ficam em
torno de 2-3g de sal por dia e isso corresponde a menos de uma colher de chá
de sal, incluindo o sal dos alimentos e aquele utilizado no preparo deles. Esse
item da dieta é geralmente o mais difícil para ser seguido uma vez que
alimentos industrializados são ricos em sal (2 fatias de presunto = 1,5g de sal;
6 bolachas de água e sal = 0,85g de sal).

Importância do cálcio

A suplementação de cálcio ainda causa muita discussão, mas precisamos nos


assegurar do consumo alimentar mínimo de 3 porções de laticínios por dia (1
porção = 1 xícara de leite ou de iogurte desnatados ou 1 fatia de queijo branco
magro) para garantir o consumo de cálcio adequado pela gestante hipertensa e
por aquelas com história de déficit alimentar de cálcio. A suplementação de 1-
2g/dia pode ser realizada, pois têm embasamento científico.

Outras recomendações

Outras medidas são também importantes como coadjuvantes da terapia


nutricional da gestante hipertensa, como a interrupção do tabagismo, a redução
do consumo do álcool e a implementação de atividade física aeróbica
monitorada.

As gestantes obesas e hipertensas podem levar suas rotinas alimentares sem


muita preocupação, mas procurando manter quantidades equilibradas de
refeições ao longo do dia.

Significa dizer que as mães não devem e não precisam passar fome, comendo
a cada 3 horas, mesmo porque os filhos dependem da nutrição dada por elas
para crescerem com saúde.

O principal mesmo é a redução de alimentos com baixo valor nutricional, que


costumam não satisfazer a fome e serem tóxicos ao organismo e do sódio para
nenhum agravante na pressão arterial da mãe.
O que procurar comer
As comidas evitadas são aquelas pobres em valor nutritivo, calóricas, ricas em
sódio e muito industrializadas, como já foi dito.

Aquelas a procurar são bem mais específicas e controlam tudo o que as


demais desestabilizam.

São alimentos ricos em vitaminas, minerais, antioxidantes, proteínas, bons


carboidratos e fibras. Eles trazem benefícios como:

 Regulação da pressão arterial;

 Prevenção de doenças;

 Proteção ao coração;

 Melhora na qualidade do leite materno e na saúde do recém-nascido;

 Redução do peso;

 Disposição;

 Fortalecimento imunológico;

 Melhora no humor;

 Aumento da concentração mental.

Cardapio para gestante obesa e hipertensa


(Acrescente 1 copo de água 20 minutos depois e antes de cada refeição)

Café da manhã

 2 frutas (uma cítrica, pois costumam ser ricas em vitamina C e outra rica em
potássio como as bananas);

 1 colher de sopa de aveia, linhaça, quinoa, chia ou granola natural;

 1 copo de iogurte natural ou leite desnatado;

 2 fatias de pão integral com queijo cottage.


Lanche da manhã

 1 fruta qualquer ou um punhado de frutas secas;

 Um punhado de sementes orgânicas sem sal;

 Iogurte natural (um pote pequeno).

Almoço

 1 concha de arroz integral;

 Salada com verduras e legumes (1 prato raso) com azeite de oliva e limão;

 1 filé de peito de frango grelhado;

 2 conchas de feijão

 1 copo de água de coco ou suco de laranja com limão sem açúcar (20 minutos
após a refeição).

Lanche da tarde

 1 copo de vitamina feita com melancia, banana, laranja, manga, maracujá,


mamão ou pera + cereal integral natural (aveia, linhaça, chia, etc).

 2 fatias de pão integral com geleia natural de uva ou morango.

Jantar

 1 prato com salada farta regada com azeite de oliva e limão;

 Arroz integral;

 Um pouco de raízes cozidas como cenoura ou batata doce;

 1 filé de peixe sem ser frito.

Ceia
1 xícara de leite desnatado morno ou de chá de folhas de maracujá.

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