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UFPR – DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES

SISTEMAS DE TRANSPORTES– TT046

Prof.Eduardo Ratton
Prof. Garrone Reck
Profa. Gilza Fernandes Blasi
Profa. Márcia de Andrade Pereira
ASSUNTO 05 – CLASSIFICAÇÃO DE
RODOVIAS E PAC RODOVIAS
CLASSIFICAÇÃO DE RODOVIAS

Classificadas segundo diversos critérios, sendo os


mais importantes aqueles que vinculam aspectos
técnicos, pois permite a definição de uma série
de limites geométricos do traçado rodoviário

Fatores intervenientes: o tráfego, o relevo, a


importância e conseqüente hierarquia, a
jurisdição, a função da rodovia, o tipo de
construção e a localização.
3
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

 Função: é o tipo de serviço que a via proporciona. É o


desempenho da via para a finalidade do deslocamento.

 Mobilidade: atender à demanda do tráfego de passagem


pela região atravessada e proporcionar fluidez ao
deslocamento de uma atividade (quando o percurso é longo e o
tempo de viagem é importante).

 Acessibilidade: atende à demanda do tráfego local e de


propriedades ou instalações lindeiras (permite o acesso ao local
desejado).
4
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Objetivo: agrupar em sistemas e classes as
rodovias da Rede Rodoviária Nacional, de
acordo com a mobilidade de tráfego e do
acesso que cada rodovia exerce sobre a
malha.

SISTEMA ARTERIAL
SISTEMA COLETOR

SISTEMA LOCAL
5
Sistema Arterial

Possuem a função principal de


proporcionar um alto nível de
mobilidade e controle de acesso, para
grandes volumes de tráfego, tráfego de
longa distância e só ocasionalmente
tráfego local

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Sistema Arterial
 Arterial Principal - rodovias utilizadas para
viagens internacionais e inter-regionais;
conexão entre cidades com mais de 150.000
habitantes; TMDA > 1000;

 Arterial Primário - para viagens interregionais


e interestaduais; conexão entre cidades com
mais de 50.000 habitantes; TMDA > 500;

 Arterial Secundário - para viagens intra-


estaduais e inter-municipais; conexão entre
cidades com mais de 10.000 habitantes; 7

TMDA > 250;


Sistema Coletor

Atendem a centros populacionais ou centros


geradores de tráfego de menor volume, não
servidos pelo sistema arterial; ligação de
áreas rurais com centros municipais e malha
arterial; velocidade de operação inferior as
das arteriais; combina mobilidade e acesso.

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Sistema Coletor
 Coletor primário - rodovias que atendem ao
tráfego inter-municipal, conexão entre cidades com
mais de 5.000 habitantes;
TMDA > 150

 Coletor secundário - rodovias que devem


proporcionar mobilidade e especialmente o acesso
as áreas dentro de um mesmo estado; conexão
entre cidades com mais de 2.000 habitantes;
TMDA > 50 9
Sistema Local

Composto por rodovias de pequena


extensão destinadas essencialmente a
proporcionar acesso ao tráfego
intramunicipal de áreas rurais e de
pequenas localidades até as rodovias de
nível superior pertencentes, em geral, ao
sistema coletor secundário.
Caracteriza-se por apresentar baixo volume
de tráfego e fácil acesso.
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RELAÇÃO ENTRE AS FUNÇÕES DE
MOBILIDADE E DE ACESSO

alto nível de
mobilidade

Combina
mobilidade e
acesso

Fácil acesso

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO A JURISDIÇÃO
OU POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

As rodovias são classificados em


federais, estaduais, municipais ou
privadas

O conjunto das mesmas constitui a


“Rede Rodoviária Nacional”.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO A JURISDIÇÃO
OU POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

 As Rodovias Federais estão sob o controle e


a responsabilidade do atual DNIT, enquanto
as estaduais estão sob a égide dos DER’s e
Departamentos Estradas e Rodagem, e
finalmente as rodovias municipais sob o
controle e responsabilidade das Prefeituras
através de seus Departamentos Municipais.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO A JURISDIÇÃO
OU POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

PNV – Plano Nacional de Viação – define


o sistema nacional de viação,
constituindo-se peça básica para
orientação, coordenação e articulação
dos sistemas viários.

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NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

 São identificadas através da sigla BR,


seguindo-se de um traço, uma centena, uma
barra e outra sigla correspondente ao estado
da federação onde está implantada.

 Exemplos: BR-101/BA; BR-116/PR;


BR-370/SC , BR-277/PR, BR-369/PR

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NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

 primeiro algarismo da centena define a direção


geográfica dominante do trecho:
 centena 0 = rodovias radiais
 centena 1 = rodovias longitudinais
 centena 2 = rodovia transversal
 centena 3 = rodovias diagonais
 centena 4 = rodovias de ligação
 centena 5 = rodovia de acesso
 os dois outros algarismos indicam a posição da
rodovia relativamente a Capital Federal e aos
limites territoriais do país, da forma estabelecida16
a seguir.
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

1 - Rodovias Radiais: São aquelas que partem


de Brasília, em qualquer direção, realizando
uma ligação com alguma capital estadual ou a
pontos periféricos importantes do País.
Nomenclatura: BR-0XX.
Primeiro Algarismo: 0 (zero).
Algarismos Restantes: A numeração dessas
rodovias pode variar de 10 a 90, segundo a
razão numérica 05 e no sentido horário.
Exemplo: BR-020/BA 17
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

18
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

2 - Rodovias Longitudinais: São aquelas com direção


predominante Norte-Sul e que, por força de sua grande
extensão (mais de 200 km), constituem em geral vias
de ligação nacional.
Nomenclatura: BR-1XX. Primeiro Algarismo: 1 (um).
Algarismos Restantes: A numeração varia de 00, no
extremo leste do País, a 50, na Capital, e de 50 a 99,
no extremo oeste. O número de uma rodovia
longitudinal é obtido por interpolação entre 00 e 50, se
a rodovia estiver a leste de Brasília, e entre 50 e 99, se
estiver a oeste, em função da distância da rodovia ao
meridiano da Capital Federal. Exemplos: BR-101/SC.19
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

20
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS
3 - Rodovias Transversais: São as que possuem direção
predominantemente Leste-Oeste e que, devido a sua grande
extensão (maior que 200 km), ligam dois ou mais estados da
federação. BR-250 passa por Brasília.
Nomenclatura: BR-2XX. Primeiro Algarismo: 2 (dois).
Algarismos Restantes: A numeração varia de 00, no
extremo norte do país, a 50, na Capital Federal, e de 50 a 99
no extremo sul. O número de uma rodovia transversal é obtido
por interpolação, entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte
da Capital, e entre 50 e 99, se estiver ao sul, em função da
distância da rodovia ao paralelo de Brasília. Exemplo: BR-290-
RS. 21
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

22
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

4 - Rodovias Diagonais: São igualmente de grande


extensão (mais de 200 km) e ligam dois ou mais
estados da federação, com direção oblíqua em
relação aos paralelos, ou seja, direção Nordeste-
Sudoeste ou Noroeste-Sudeste.
Nomenclatura: BR-3XX. Primeiro Algarismo: 3
(três).
Algarismos Restantes: A numeração dessas
rodovias obedece ao seguinte critério
especificado. 23
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

 Diagonais orientadas na direção geral NO-


SE: A numeração varia, segundo números pares,
de 00, no extremo Nordeste do país, a 50, em
Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste.
Obtém-se o número da rodovia mediante
interpolação entre os limites consignados, em
função da distância da rodovia a uma linha com a
direção Noroeste-Sudeste, passando pela Capital
Federal. Exemplos: BR-304, BR-324, BR-364; BR-
376/PR.
24
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

25
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

 Diagonais orientadas na direção geral NE-SO:


A numeração varia, segundo números ímpares, de
01, no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília,
e de 51 a 99, no extremo Sudeste. Obtém-se o
número aproximado da rodovia mediante
interpolação entre os limites consignados, em
função da distância da rodovia a uma linha com a
direção Nordeste-Sudoeste, passando pela Capital
Federal. Exemplo: BR-369/PR.
26
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS

27
NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS
5- Rodovias de Ligação: São troncos de menor extensão,
normalmente dentro de um mesmo estado da federação, que
possuem o objetivo de interligar rodovias longitudinais,
transversais ou diagonais, entre si; não tem uma orientação
específica.
Nomenclatura: BR-4XX. Primeiro Algarismo: 4 (quatro).
Algarismos Restantes: A numeração dessas rodovias varia
entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do paralelo da
Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta
referência. Exemplos: BR-401 (Boa Vista/RR – Fronteira
BRA/GUI), BR-407 (Piripiri/PI – BR-116/PI e Anagé/PI), BR-470
(Navegantes/SC – Camaquã/RS), BR-488 (BR-116/SP – Santuário
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Nacional de Aparecida/SP - BR-476/PR).


NOMINAÇÃO DAS RODOVIAS ESTADUAIS E
MUNICIPAIS
 As rodovias estaduais trazem em sua
identificação a sigla dos estados, seguida de um
traço e logo a seguir uma centena. Cada estado
possui uma maneira de classificar e
estabelecer esta centena, não havendo uma
normatização comum a todos.

 As rodovias municipais, igualmente, não


possuem uma sistemática única de
classificação e nomenclatura, sendo que cada
municipalidade estabelece sua classificação. 29
QUILOMETRAGEM DAS RODOVIAS
FEDERAIS

 A quilometragem das rodovias não é


cumulativa de uma Unidade da Federação
para a outra. Logo, toda vez que uma rodovia
inicia dentro de uma nova Unidade da
Federação, sua quilometragem começa
novamente a ser contada a partir de zero.

 O sentido da quilometragem segue sempre o


sentido descrito na Divisão em Trechos do
Plano Nacional de Logística e Transporte 30
QUILOMETRAGEM DAS RODOVIAS
FEDERAIS
 Rododovias Radiais – o sentido de
quilometragem vai do Anel Rodoviário de
Brasília em direção aos extremos do país, e
tendo o quilometro zero de cada estado no ponto
da rodovia mais próximo à capital federal.

 Rodovias Longitudinais – o sentido de


quilometragem vai do norte para o sul. As únicas
exceções deste caso são as BR-163 e BR-
174, que tem o sentido de quilometragem do sul
para o norte.
31
QUILOMETRAGEM DAS RODOVIAS
FEDERAIS
 Rodovias Tranversais – o sentido de quilometragem vai do
leste para o oeste.

 Rodovias Diagonais – a quilometragem se inicia no


ponto mais ao norte da rodovia indo em direção ao
ponto mais ao sul. Como exceções podemos citar as BR-
307, BR-364 e BR-392.

 Rodovias de Ligação – geralmente a contagem da


quilometragem segue do ponto mais ao norte da rodovia
para o ponto mais ao sul. No caso de ligação entre duas
rodovias federais, a quilometragem começa na rodovia
32 de
maior importância.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

33
CONDICIONANTES PARA A
CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA

 As condicionantes econômicas - em relação


aos custos de construção, definido pelas
soluções geométricas condicionantes pelo
relevo regional (terreno plano, ondulado ou
montanhoso);

34
CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA (DNIT)

Manual de Projeto Geométrico de


Rodovias Rurais – 1999

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36
Via expressa (expressway)

 Uma via expressa ou via rápida é uma via


quase sempre dentro de uma área urbana. É
sempre asfaltada e fechada para ciclistas e
pedestres, com o intuito de maximizar o
movimento e a velocidade média dos veículos
motorizados que a usam. Além disso,
cruzamentos e semáforos não são usados em
uma via expressa.
 .

37
Via expressa

Marginal Tietê em São Paulo é um exemplo de via expressa no Brasil


38
Auto-Estrada (freeway)

 As auto-estradas são vias de comunicação


destinadas apenas a tráfego motorizado, dotada de
duas vias (pelo menos) em cada sentido,
separadas por elementos físicos, com cruzamentos
desnivelados ou seja, não possui cruzamentos (e
sim rampas de acesso), e serve dentro de uma
metrópole. Ainda são dotadas de serviços
especiais, como: postos telefônicos, postos de
segurança e pronto-socorro, etc.

39
Auto-Estrada

Rodovia dos Bandeirantes, é considerada uma das melhores auto-estradas do mundo,


embora pelo HCM o Brasil não possua nenhuma freeway 40
PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO
DO CRESCIMENTO
 É MAIOR PROGRAMA ESTRATÉGICO DE
INVESTIMENTO DO BRASIL NAS ÚLTIMAS
QUATRO DÉCADAS
 INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA: rodovias,
ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias
 INFRAESTRUTURA SOCIAL E URBANA:
saneamento, habitação, transporte urbano, Luz
para todos e recursos hídricos
 ENERGIA: geração e transmissão de energia
elétrica, petróleo, gás natural 41
PAC
Ministério dos
Transportes

Programa de Aceleração do
Crescimento
2007 / 2010

Logística Nacional
de Transportes

42
junho de 2007
43
PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO
CRESCIMENTO

44
• Um novo ciclo de desenvolvimento do País necessita de uma
estratégia de qualificação e ampliação da infra-estrutura de
transportes destinada a superar:

• A perda de eficiência da infra-estrutura existente.

• A falta de capacidade nas regiões mais desenvolvidas.

• A insuficiência de cobertura nas regiões de expansão econômica.

45
% do PIB per capita nacional

O PIB constitui um indicador da atividade econômica de


um determinado país na medida em que representa o
valor total da produção de bens e serviços.

Dividindo o PIB pelo total da população obtém-se o PIB


per capita, indicador que mede o grau de
desenvolvimento econômico de um país.

46
% do PIB per capita nacional

Maior nível de pobreza;


Agricultura: algodão, feijão, soja
Pecuária: prejuízo devido as
constantes secas;
Indústria: petróleo é explorado no
47
litoral.
% do PIB per capita nacional

Bastante diversificada e bem distri-


buída em seus diversos setores
Agricultura: arroz, milho, soja, trigo
Pecuária: criação de suínos, gado
bovino
Indústria: 2 maior pólo automobilístico da
América Latina; laticínios, frigoríficos, têxtil
48
% do PIB per capita nacional

Pecuária é a atividade mais importante


Agricultura: arroz, milho, algodão, café,
amendoim
Pecuária: destaque para o gado bovino –
4/hab
Indústria: produtos alimentícios, minerais e
madeireira 49
50
51
BR-364/AC – Divisa de RO/AC BR-163/PA – liga Cuiabá a Santarém
(Pará)

Ferrovia Norte – Sul/TO –


safra de grãos ao Porto de
Itaqui (Maranhão)
52
53
Duplicação
BR-101/Nordeste (RN/PB/PE)

54
55
BR-265/MG BR-153/MG

BR-365/MG

56
57
BR-101-Sul (SC) - Duplicação

BR-101/Sul (RS) - Duplicação

58

BR-282/SC - Pavimentação
59
BR-158/MS/SP – Construção
da Ponte Paulicéia-Brasilândia

Ferrovia Norte-Sul / GO BR-364/MT – Pavimentação 60

Diamantino-Campo Novo
61
62
Restauração Conservação

63

Pesagem Sinalização
REGIÃO TOTAL
(R$ bilhões)

Norte 6,2
Nordeste 7,3
Sudeste 6,1
Sul 3,9
Centro-Oeste 3,5
Programas Especiais 17,7
TOTAL 44,7
64
OBRAS PREVISTAS DO PAC 2 ATÉ 2014 NAS
RODOVIAS DA REGIÃO NORTE

65
OBRAS PREVISTAS DO PAC 2 ATÉ 2014 NAS
RODOVIAS DA REGIÃO NORDESTE

66
OBRAS PREVISTAS DO PAC 2 ATÉ 2014 NAS
RODOVIAS DA REGIÃO CENTRO-OESTE

67
OBRAS PREVISTAS DO PAC 2 ATÉ 2014 NAS
RODOVIAS DA REGIÃO SUDESTE

68
OBRAS PREVISTAS DO PAC 2 ATÉ 2014 NAS
RODOVIAS DA REGIÃO SUL

69

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