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Ética a Nicômacos
As paixões da alma
As virtudes cardeais
Os vícios capitais
gula: apetite desordenado do
desejo e do deleite de
À temperança, que põe alimentos [Sum. Theo. II-II,q148].
moderação na vontade
frente ao apetite sensitivo luxúria: apetite desordenado do
concupiscível se desejo e dos prazeres sexuais [Sum.
contrapõem os vícios Theo. II-II,q153].
Virtudes Sociais
piedade: é a virtude pela qual se dá o devido respeito que se deve aos
pais, parentes, amigos e à pátria [Sum. Theo. II-II,q.101,a.1,c]. Opõe-se
à piedade a impiedade, ou seja, a falta de respeito devido às referidas
pessoas e instituições.
respeito: é a virtude pela qual se reconhece a excelência e dignidade de
outrem e o dever de prestar-lhe honras [Sum. Theo. II-
II,q.102,a.1,c]. Opõe-se à virtude do respeito o desrespeito, ou seja, a
falta de respeito devido às referidas pessoas e instituições.
honra:é a virtude pela qual ao se reconhecer a excelência e dignidade
de outrem manifesta tal reconhecimento pelo testemunho das palavras,
gestos, saudações, ou com oferendas, brindes, estátuas [Sum. Theo. II-
II,q.103,a.1,c]. Opõe-se à virtude da honra a desonra, ou seja, a falta do
testemunho devido à excelência de quem a quem se deve
reconhecimento.
obediência:é a virtude pela qual se reconhece pela ordem do direito
natural e do divino, a retidão e a excelência do mando de uma
Virtudes sociais
autoridade superior [Sum. Theo. II-II,q.104,a.1,c].Opõe-se à virtude da
obediência a desobediência [Sum. Theo. II-II,q105,a1,c].
gratidão:é a virtude pela qual se reconhece a generosidade dos
benfeitores [Sum. Theo. II-II,q.106,a.1,c]. Opõe-se à virtude da gratidão
a ingratidão [Sum. Theo. II-II,q.107,a1,c].
verdade:é a virtude pela qual alguém diz a verdade e nesta acepção se
diz verdadeira e é a virtude que torna bom aquele que a possui e faz com
que a sua obra seja boa [Sum. Theo. II-II,q.109,a.1,c]. Opõe-se à
virtude da verdade a mentira [Sum. Theo. II-II,q.110,a.1,c] a simulação,
a hipocrisia [Sum. Theo. II-II,q111,a1-4], a jactância [Sum. Theo. II-
II,q112,a1,c], a ironia [Sum. Theo. II-II,q113,a1,c].
amizade:é a virtude pela qual se mantém a harmonia da ordem entre as
relações humanas em vistas ao bem comum e do convívio [Sum. Theo.
II-II,q.114,a.1,c]. Opõe-se à virtude da amizade a inimizade e a
adulação [Sum. Theo. II-II,q.115,a.1,c].
liberalidade:é a virtude pela qual se faz bom uso daquelas coisas que
poderíamos usar mal[Sum. Theo. II-II,q.117,a.1,c]. Opõe-se à virtude da
liberalidade a injustiça, a avareza[Sum. Theo. II-II,q.118,a.1,c],
a prodigalidade [Sum. Theo. II-II,q.119,a.1,c].
eqüidade: é a virtude parte essencial da justiça pela qual se realiza a
justiça legal, por isso é a justiça com propriedade [Sum. Theo. II-
II,q120,a1,c]. Opõe-se à virtude da eqüidade a injustiça.
Léxico da Ética
Designa em Tomás uma atividade prática e refere-se a
algo singular [n.1194], o seu princípio é no agente
Ação [n.1063], o seu fim nem sempre é distinto da própria ação
[n.1167]. A boa ação não é senão de natureza prática e
reta intenção [n. 1294].
Tomás distingue entre atos humanos e atos de homem.
Atos
Os atos humanos requerem o intelecto e o apetite [n. 8].
Segundo Tomás, devemos amar mais a verdade do que os
Amar homens [n.77]. É louvável amar-se a si mesmo pela
virtude [n.1874-1875].
Em Tomás a amizade se diz daqueles que se amam
[n.1551]. É efeito da virtude [n.1292], é útil [n.1585], é
louvável e honesto [n.1544], é tríplice: perfeita, deleitável
Amizade e útil [n.1561], é necessária à vida humana [n.1539],
consiste em uma comunicação [n.1656-1660], é a união
de pessoas amigas [n.203], a concórdia, a beneficência e
benevolência são seus atos [n.1607].
Designa em Tomás a inclinação intrínseca [n.387] do
intelecto ao bem [n.10] particular [n.1136], e denomina-
Apetite se vontade [n.486] e pode ser intelectivo e sensitivo
[n.237] e este se distingue em concupiscível e irascível
[n.293 e n.437].
Em Tomás é aquilo que todos desejam
[nn.9,21,500,1975], tem natureza de fim [n.30], é próprio
da vontade [nn.9,386,515,1438], se diz de muitas coisas
segundo a analogia [n.96], é o que é em si perfeito e
desejável [nn.1552, 1979], é elegível e amável [n.1846],
Bem
pode ser útil, deleitável e honesto
[nn.58,1552,1557,1563], pode ser absoluto ou relativo
[nnn.90, 1484], pode ser imperfeito, perfeito ou
perfeitíssimo [n.109], é alguma semelhança e
participação do sumo bem [nn. 11,115].
Em Tomás algo é dito contingente destes modos:
Contingênci
enquanto existe em muitos, em poucos ou ambos [In VI
a
Met. lec.2, n. 1182-1183].
É ato imperfeito pela privação de algum bem [n.2052],
como por um movimento que existe no apetite sensitivo
Concupiscê
[n.1062], por isso é acerca dos bens futuros, que se hão
ncia
de buscar [nn.518,2052], é sempre deleitável ou triste
[nn.441,628].
É o que se deseja pelo apetite sensitivo [nn.695,1552], é o
que move o apetite [nn.377,1393], pode ser por acidente,
Deleitável enquanto meio para algum outro fim [n.1533] ou por
natureza, cujo deleite se dá no exercício de alguma
operação da natureza [nn.1533].
Diz-se do poder ou do principado do povo [n.1679] e que
Democracia
tende só ao bem dos mais pobres [nn.1679,1701].
É o movimento do apetite ao bem amado [n.293] e é
Desejo natural se intrínseco e emergente de quem apetece em
direção ao bem inerente a algo [n.21].
É a causa última, primeiro princípio e fonte de todos os
bens [nn.30,223,2134]. É a felicidade do homem [n.120].
Deus
É o bem total [n.115]. A Ele assemelhamo-nos pelo
intelecto [n.1807].
É o ato do apetite racional relativo ao bem que se ordena
e que lhe pertence [n.443]. Não é a vontade [n.443], mas
pertence à mesma potência que a vontade [n.443] e ato
acerca de algo voluntário [n.434-436]. É acerca do bem e
do mal [n.1137]. Distingue-se de opinião [n.448-457].
Eleição
Depende do intelecto e do hábito moral [n.1133-1134]. É
o desejo acerca daquelas coisas que se encontram sob o
nosso poder [nn.447,448,452,486]. Não se dá nos animais
[n.438]. É próprio da virtude [n.432]. É o principal na
virtude moral [n.2119]. O seu efeito é a ação [n.1134].
É o sumo bem dos atos humanos [nn.45,172,2078], não
consiste a posse de bens corporais [n.124-125], mas é
querido pelo que é em si e não por outra coisa
[n.65,67,2097]. É o fim das operações dos voluntários
[nn.71,98,2065,2080]. É o princípio de todos os bens dos
homens [nn.106,201,2076,2099]. Se dá na operação
Felicidade
racional do homem [n.143,173,226]. Parcialmente pode-
se atingir, segundo o Filósofo, nesta vida [nn.113,1912].
É dom supremo de Deus [n.167]. É principalmente de
Deus e cooperativamente se nos atribui [nn.169,173]. É o
deleite do homem que opera na virtude [nn.1895,1898]. É
contínua e permanente [nn.129,2088].
Fim É aquilo pelo que se age [nn.105,1431].
É alguma disposição que determina a potência com
relação a algo [n.298]. É o gênero da virtude [n.867].
Hábito Determina a operação [n.1646]. Louvável denomina-se
virtude [n.244]. É duplo: bom ou mal [n.298]. Existe na
natureza como seu modo [n.265].
Intelecto É imaterial e simples, incorruptível e impassível [n.2108].
É a privação do voluntário [nn.386,425]. É causado pela
Involuntário
violência ou pela ignorância [nn.425,931].
Justiça É hábito operativo dos justos [nn.888,890-891,894]. É
virtude perfeita não em si mesma, mas com relação a
outras [nn.885-886]. É comunicação [n.1658]. Pode ser
comutativa, enquanto comunica comumente o bem ao
outro [n.928], distributiva, enquanto distribui igual e
proporcional [nn.932,935-937] e legal, enquanto pelo uso
da virtude procede segundo a lei [nn.907,911].
É necessária para a consecução do bem do homem
Lei [nn.2153-2154]. É o ditame da razão [n.1009]. É
reguladora das ações humanas [n.1087].
É a perversa eleição [n.1294], é voluntária [nn.497,502-
Malícia 503,1428]. É hábito vicioso [nn.1170,1274], corrompe a
natureza [1977], contraria a virtude [1297].
É a privação do bem [n.808] e não pode ser íntegro
Mal
[nn.140,808].
É a ciência que ensina os homens seguir a razão e decidir
acerca daquelas coisas que são levadas pela inclinação
Moral
das paixões humanas [n.39]. É ciência dos atos
voluntários ou humanos [nn.35,1955].
Não inclina nem ao que é mal nem ao que é falso
Natureza
[n.1509].
É imanente e transeunte [nn.13,98,144]. É boa se
Operação
segundo a reta razão [n.257].
Causa a ignorância e o pecado [n.1049]. É efeito de ação
Paixão [n.1056]. Pertence à parte sensitiva
[nn.595,1571,1604,1873,2114].
É parte da filosofia moral que considera as operações do
Política
homem na vida civil [n.6].
É a arte de agir retamente [n.282]. É causa das ações
virtuosas [n.404]. Prática é o princípio das ações
Razão
imanentes e transeuntes que ordena a um fim particular
[n.1135].
Sabedoria moral é a prudência e o conhecimento dos atos
Sabedoria humanos [n.323]. A privação do voluntário [nn.386,425].
É causado pela violência ou pela ignorância [nn.425,931].
É inclinação do apetite [n.190]. É causa da honra [n.62],
é hábito [n.299-305], é o meio-termo [nn.309,316]. É o
meio de seguir a razão e eleger pela vontade [n.325]. É
Virtude
hábito eletivo [nn.305,308,382], permanente [n.1577],
perfeição da natureza [n.1977], é medida das ações e
coisas humanas [n.2062].
Vício É o oposto da virtude. Vid virtude.
É o que é determinado pela vontade [n.426], cujo
Voluntário
princípio está no próprio operante [nn.425-426].
Vontade Não é potência de algum órgão corpóreo [n.241], existe
na razão [nn.428,1062]. É o nome do apetite racional,
cujo ato pleno se dá no bem absoluto [n.443]. Tende por
natureza ao bem [n.500] e não é movida necessariamente
por bens particulares [n.403]. É princípio dos atos
exteriores [n.889].