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A coluna compreende um total de 26 ossos, dos quais 7 são vértebras cervicais, 12 são
torácicas e 5 lombares, havendo ainda um sacro e um cóccix.
4. O que é o sacro?
O sacro é um osso grande, único e mediano, de forma triangular e ligeiramente encurvada (de
convexidade posterior), resultado da fusão das 5 vértebras sacrais. Articula-se, de cada lado,
com a porção ilíaca da pelve, superiormente com a 5ª vértebra lombar e, inferiormente, com o
cóccix. Nele está contida a porção terminal do canal vertebral (nesse nível, também chamado
de canal sacral). Na face anterior ou pélvica (côncava), apresenta 4 orifícios de cada lado, por
onde saem os ramos anteriores dos nervos sacrais. Na face posterior (convexa), os orifícios dão
saída aos ramos posteriores desses mesmos nervos.
5. O que é o cóccix?
Não. Da cabeça à pelve, a coluna suporta progressivamente mais peso. As vértebras tornam-
se, pouco a pouco, maiores até o sacro e, a partir daí, vão decrescendo em tamanho. Cada
vértebra acima da última lombar é mais alta do que a imediatamente acima dela. As vértebras
de cada grupo (cervical, dorsal, lombar) também são dotadas de características individuais.
São as que se situam entre o crânio e o tórax. Como características diferenciais apresentam um
forame em cada processo transverso (um em cada lado). Este forame (forame transverso) dá
passagem à artéria vertebral (exceto a 7ª vértebra cervical), às veias vertebrais e a um plexo
simpático. A 1ª vértebra é chamada atlas e o crânio repousa sobre ela (tem esse nome em
2
alusão a Atlas, personagem mitológico que sustentava o céu). A 2ª é chamada axis porque
apresenta um eixo em torno do qual o atlas se move, com o crânio (as duas primeiras são
vértebras de transição enquanto que as outras, da 3ª até a 6ª, são tidas como típicas).
8. Como eixo do corpo, como a coluna consegue ser rígida e elástica ao mesmo tempo?
É flexível em virtude de ser constituída de muitas partes ligeiramente móveis, as vértebras. Sua
estabilidade decorre, em grande parte, dos ligamentos e músculos. No entanto, parte da
estabilidade, dependeria da forma da coluna e das partes componentes. Kapandji expôs uma
idéia interessante de como conciliar dois objetivos mecânicos contraditórios: a rigidez e a
elasticidade. Segundo ele, a coluna vertebral poderia fazê-lo graças a sua estrutura fixada, em
seu conjunto, semelhante a um mastro de navio. O mastro (coluna) estaria apoiado sobre a
pelve, elevar-se-ia até a cabeça e, ao nível dos ombros, suportaria uma grande verga
transversal: a cintura escapular. Em todos os níveis existiriam tensores ligamentares e
musculares, dispostos a maneira de cordames, isto é, ligando o próprio mastro à sua base de
implantação, a pelve. O segundo sistema de cordame encontrar-se-ia disposto sobre a cintura
escapular formando um losango com o grande eixo vertical e o pequeno eixo transversal. Este
conjunto daria condições a que os tensores musculares ajustassem automaticamente a sua
tensão, restabelecendo o equilíbrio (por ação do SNC). A elasticidade é devida, como visto
acima, à sua constituição por múltiplas peças sobrepostas, ligadas umas às outras por
elementos ligamentares e musculares. A estrutura, dessa maneira, poderia deformar-se
continuando rígida sob a influência dos tensores musculares. Como um exemplo prático,
poderíamos citar o fato de que tanto faz o indivíduo estar em pé, apoiado sobre os dois pés ou
em um pé somente ou, ainda, “andar” apoiado sobre as mãos, a coluna tem flexibilidade e, do
mesmo modo, rigidez (lembrando a imagem náutica, as vergas – pelve e cintura escapular - são
simétricas, assim como os cordames, que se cruzam).