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Administração da Produção

“ o conhecimento que leva à eficácia em manufatura e em serviços”

Prof. Dr. Ualison Rébula de Oliveira


1
Currículo Resumido do Professor
Ualison Rébula de Oliveira é Doutor em Engenharia (ênfase em
Engenharia de Produção) pela Universidade Estadual Paulista, Mestre
em Sistemas de Gestão da Qualidade pela Universidade Federal
Fluminense, Especialista em Gestão Empresarial (MBA) pela Fundação
Getúlio Vargas, Especialista em Controladoria e Finanças Empresariais
pela Universidade Federal de Lavras, Especialista em Administração
Estratégica de Empresas pela Universidade Estácio de Sá, Especialista
em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes,
Pós-Graduando em Gestão de Projetos pela Universidade Católica de
Brasília, Graduado em Engenharia Mecânica e Graduando em
Administração de Empresas. É certificado pelo Lean Institute do Brasil em
Mapeamento Lean. Possui 15 anos de experiência profissional em
Finanças Corporativas, sendo professor em Cursos de Pós-Graduação
em Logística Empresarial (Análise de Investimentos - Gestão Econômico
Financeira - Gestão de Custos Logísticos); Pós Graduação em Gestão de
Negócios (Contabilidade Gerencial e Gestão Financeira de Empresas) e
professor de Graduação em Contabilidade Gerencial, Análise Econômica
de Projetos, Contabilidade de Custos, Pesquisa Operacional e
Administração Financeira. 2
Administração da Produção

É o conjunto de atividades que criam


bens e serviços por meio do processo de
transformação de entradas em saídas.
As atividades que criam bens e serviços
ocorrem em todas as organizações.

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Ementa da Disciplina

Introdução à Administração da Produção e Operações;


Planejamento da Capacidade; Localização das
Instalações; Projeto do Produto e do Processo; Arranjo
Físico das Instalações; Projeto do Trabalho; Previsão da
Demanda; Just in Time; Planejamento Agregado;
Programação da Produção. Controle da Produção.
Sistemas Integrados de Gestão da Produção.

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Objetivos
GERAL

Conhecer os modos pelos quais as organizações produzem bens e prestam


serviços. Empregar técnicas de auxílio à tomada de decisões na função
produção nos níveis estratégico, tático e operacional.
ESPECÍFICOS

1. Entender a inserção da administração da produção no âmbito de toda


organização;
2. Conhecer o processo de gestão da função produção;
3. Capacitar o aluno a tomar e/ou auxiliar na tomada de decisões em
diversos níveis na área da administração da produção;
4. Identificar e analisar as relações entre as estratégias da administração da
produção e estratégia corporativa;
5. Desenvolver habilidades específicas que qualifiquem os alunos a
administrar a produção;
6. Desenvolver conteúdos relacionados a ferramentas operacionais em
administração de Produção.

5
Bibliografia

BÁSICA
MOREIRA, D. A,. ADMINISTRAÇÃO DE OPERAÇÕES. SÃO PAULO:
CENGAGE LEARNING, 2002.
RITZMAN, L. P. & KRAJEWSKI, L. J. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E
OPERAÇÕES. SÃO PAULO: PRENTICE HALL, 2004.
SLACK, N.; CHAMBERS, S. & JOHNSTON, R. ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO, SÃO PAULO: ATLAS, 2002..
COMPLEMENTAR
CORRÊA, H. L. & CORREA, C. A. ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E
OPERAÇÕES: MANUFATURA E SERVIÇOS. SÃO PAULO: ATLAS, 2004.
DAVIS, M.; AQUILANO, N. & CHASE, R. FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO. PORTO ALEGRE: BOOKMAN, 2001.
REID, D. & SANDERS, N. GESTÃO DE OPERAÇÕES. RIO DE JANEIRO:
LTC, 2005.
6
As decisões abrangentes na área de
produção e operações
 Tamanho da fábrica,
Calçados
hospital, escola

Tangível
Geladeira

Físico
Atividades
Sabonete
Industriais  Decisões sobre a
Livro
Móveis capacidade
Administração
da produção e  Onde será localizado
operações

meios físicos)
 Programação da

Ação (utiliza
Bancos
Empresas Escolas rotina diária
de Serviços Hospitais
Aeroportos  Controle das
atividades

As atividades devem ser planejadas,


organizadas, dirigidas/lideradas e
controladas (Funções Administrativas)
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Estratégia de Operações e Vantagens
Competitivas
 O papel da estratégia de operações é estabelecer um plano para a
função operações de modo que esta possa otimizar o uso de seus
recursos. A estratégia de operações, conforme Reid e Sander
(2005), é o plano que especifica o projeto e a utilização desses
recursos para apoiar a estratégia empresarial. Isso inclui qualidade,
projeto de bens e serviços, projeto de processos e de capacidade,
seleção da localização, projeto de layout, recursos humanos, gestão
da cadeia de fornecedores, estoques, programação e manutenção;
 Depois da estratégia empresarial desenvolvida, as organizações
devem trabalhar nas prioridades competitivas em gestão de
operações, de forma a criar o plano para o projeto e o
gerenciamento da função operações para apoiar a estratégia
empresarial. Essas prioridades competitivas são: Custo, qualidade,
tempo, flexibilidade, diferenciação e confiabilidade, que se
encontram desdobradas, a seguir:

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Estratégia de Operações e Vantagens
Competitivas
 Custo – Competir com base em custos significa oferecer um produto
a um preço baixo relativamente aos preços dos produtos dos
concorrentes. A necessidade desse tipo de competição provém da
estratégia empresarial. Para desenvolver essa prioridade
competitiva, a função operações deve focalizar na redução de custos
do sistema, como os custos de mão-de-obra, materiais, de
instalações e outros, para criar um sistema que diminua o custo
unitário do produto ou serviço (RITZMAN e KRAJEWSKI, 2004; REID
e SANDERS, 2005).
 Qualidade – Qualidade é uma dimensão de um produto ou serviço
que é definida pelo cliente. Hoje, mais do que nunca, a qualidade
possui importantes implicações para o mercado. No tocante às
operações, a qualidade como prioridade competitiva apresenta duas
dimensões: projeto de alto desempenho e consistência de produtos e
serviços. Ou seja, enquanto a função operações é projetada para
focalizar aspectos da qualidade como características superiores,
tolerâncias restritas, grande durabilidade e excelente atendimento ao
cliente, a consistência apura o quanto o produto ou serviço atende
exatamente as especificações de projeto. (RITZMAN e KRAJEWSKI,
2004; REID e SANDERS, 2005).
9
Estratégia de Operações e Vantagens
Competitivas
 Tempo – As empresas de todos os segmentos de negócios estão
competindo para entregar produtos de alta qualidade em um tempo
tão curto quanto possível. Quando o tempo é uma prioridade
competitiva, a tarefa da função operações é analisar de maneira
crítica o sistema e combinar ou eliminar processos para economizar
tempo. (REID e SANDERS, 2005). O principal benefício da rapidez
de entrega de bens e serviços para os consumidores (externos) é
que ela enriquece a oferta, pois quanto mais rápido estiverem
disponíveis para o consumidor, mais provável é que este venha a
comprá-los. (SLACK et al., 2002);
 Confiabilidade – Confiabilidade, atrelada a qualidade e tempo,
significa os consumidores receberem sues bens ou serviços
prometidos. Os consumidores só podem julgar a confiabilidade de
uma operação após o produto ou serviço ter sido entregue. Ao
selecionar o produto ou serviço pela primeira vez, o consumidor não
terá qualquer referencia do passado quanto a confiabilidade.
Entretanto, no decorrer do tempo, confiabilidade pode ser ais
importante do que qualquer outro critério (SLACK et al., 2002);

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Estratégia de Operações e Vantagens
Competitivas
 Flexibilidade – É uma característica das operações que permite que
a empresa reaja às necessidades do cliente de modo rápido e
eficiente. (RITZMAN e KRAJEWSKI, 2004). A medida que o
ambiente de uma empresa se modifica rapidamente, incluindo as
necessidades e as expectativas dos clientes, a capacidade de
acomodar essas mudanças pode ser uma estratégia vencedora.
Esta tem duas dimensões, sendo uma a customização e a outra a
flexibilidade de volume (REID e SANDERS, 2005). Empresas que
enfrentam mudanças rápidas e imprevistas no mercado estão
criando capabilidade de processos estáveis, de longo prazo e
flexíveis, que diminuem o tempo de lançamento de novos produtos
no mercado e aumentam a customização do produto de forma
eficiente em termos de custo (PINE, 1994

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Conteúdo da disciplina: Abordagem sobre...
Produtividade

Localização

Previsão da Demanda

Gestão da Capacidade

Arranjo Físico

Planejamento Produção
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Estratégia de Operações e Vantagens
Competitivas
Custo

Flexibilidade

Velocidade

Confiabilidade

Qualidade

Qualidade
Qualidade + Confiabilidade
Qualidade + Confiabilidade + Velocidade
Qualidade + Confiabilidade + Velocidade + Flexibilidade
Qualidade + Confiabilidade + Velocidade + Flexibilidade + Custo
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Conceito de produtividade

Saída
Produtividade =
Entrada

“PRODUTIVIDADE é conseguir CADA VEZ MAIS com CADA VEZ MENOS.”

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Conceito de produtividade

 Produzir mais output usando o mesmo nível de inputs.


 Produzir a mesma quantia de output usando menor nível de inputs.
 Produzir mais output usando menor nível de inputs.

Turbina Gerador Queda


E USINA PRODUTIVI-
x Engolimento Potência Altura líq. DADE
e m3/s MW m (MW/m3/s)/m
m GPS 10 62 750 0,008
p
GBM 350 418 140 0,008
l
SEG 300 315 117 0,008
o
ITAIPU 650 700 120 0,008

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Melhoria da produtividade

Ciclo da Produtividade

Medida
da
Produtividade

Melhoria Avaliação
da da
Produtividade Produtividade

Planejamento
da
Figura 1.3 Produtividade
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Melhoria da produtividade
Impacto econômico da melhoria da produtividade e qualidade

Melhoria na AÇÃO Melhoria nos


qualidade do GERENCIAL processos
produto produtivos

Aumento no Redução no Aumento no


“output” por “input” por “output” e
unidade de unidade de redução no
“input” “output” “input” Nosso enfoque,
nesse momento
Maior valor Preços Produtividade
percebido mais altos
melhorada

Maior Baixos custos


participação Aumento de manufatura
no mercado na receita e serviços

Maiores
lucros
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Melhoria da produtividade
Segundo Barnes (1982), existem quatro enfoques que devem ser
considerados no desenvolvimento de possíveis soluções de melhorias
da produtividade. São eles:

MODIFICAR
a seqüência das operações
SIMPLIFICAR
as operações essenciais

ELIMINAR COMBINAR
trabalho desnecessário
operações e tarefas

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Tipos de Desperdícios

SUPERPRODUÇÃO
Produzir somente o necessário e no momento correto

Produzir antecipadamente à demanda.


Altos tempos de setup induzem a produção de grandes
lotes. Falta de sintonia entre demanda e produção.
Grandes distâncias a percorrer, que induzem à
superprodução.

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Tipos de Desperdícios

ESPERA
Sincronizar o fluxo de trabalho e
balancear as linhas de produção

 Material à espera de processamento;


 Filas que visam garantir altas taxas de
utilização do equipamento;
 Utilização sem necessidade dos
equipamentos;
 Pessoas aguardando atendimento;
 Espera de processo e espera de lote.

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Tipos de Desperdícios

TRANSPORTE
Elaborar arranjo físico adequado, que minimize as distâncias

Grandes distâncias a serem percorridas ao longo do processo;


Armazenagem incorreta dos materiais;
Layout das células mal dimensionado;
Formas inadequadas de transportar materiais.

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Tipos de Desperdícios

PROCESSAMENTO
Simplificar o número de componentes ou operações

 Componentes com funções questionáveis;


 Etapas no processo produtivo que não agregam valor;
 Operações que só agregam custo;
 Única preocupação de fazer mais rápido.
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Tipos de Desperdícios

MOVIMENTAÇÃO
Economizar movimentos e obter
consistência nos mesmos

Difícil visualização de desperdício;


Falta de padronização;
Presente nas mais variadas operações.

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Tipos de Desperdícios

RETRABALHO
Prevenir a ocorrência de defeitos

Problemas de qualidade;
Armazenagem de produtos defeituosos;
Transporte de produtos defeituosos;
Uso de dispositivos que não são a prova de falha.

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Tipos de Desperdícios

INVENTÁRIO
Eliminar as causas da necessidade
de se manter estoque

Ocultam os problemas;
Desperdício de investimento e espaço;
Tempo de Setup e Lead Time;
Máquinas não confiáveis.

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Exercícios

Descreva os passos que são


realizados para cada uma das
atividades a seguir:

 digitar uma carta;


 consertar um automóvel;
 estudar para a prova;
 viajar para Angra dos Reis

Após, levante quais são as os


desperdícios existentes.

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Reflexão!
Descreva quais são os principais tipos
de desperdício do Departamento ou
Empresa que você trabalha e responda
a seguinte pergunta: Você acredita que
existe algum modo de melhorar esse
desperdício?
Guarde essa informação consigo (não é necessário
expor sua empresa ao professor ou aos demais
colegas)

27
Desperdício x Agregação de Valor

DESPERDÍCIO: tudo que não


agrega valor do ponto de vista do
cliente em Serviço e/ou Manufatura.

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Desperdício x Agregação de Valor

Valor: o resultado que justifica o esforço empregado, segundo a ótica do


cliente final. O Valor não se realiza quando: o que se recebe está aquém do
que se espera; expectativas são frustradas.
AV: Agregação de Valor. Quando a operação pertencente ao processo
apresenta resultados de interesse do cliente. Exemplo: a alteração
física/química da matéria-prima (run time); a execução do projeto; a
realização da venda; a estadia do hóspede; etc.
NAN: Não Agregação de Valor, mas Necessário. Atividades requeridas para
que a atividade AV possa se realizar. Exemplo: o tempo de setup de uma
linha produtiva; a aprovação da entidade financiadora; o estudo do mercado;
a limpeza do quarto; etc.
NAD: Não Agregação de Valor e Desnecessário. Atividades que não
deveriam existir. Sua existência é um desperdício. Exemplo: esperando
material na linha; espera devido a atraso no fornecimento de dados para a
confecção do projeto; preenchimento de cadastro com informações
desnecessárias ou redundantes; etc. 29
Desperdício x Agregação de Valor
Em tese:

NAD NAN AV NAD NAN

.
e ra t up de nto e ra de ão
sp r .
e be a s e po me ). sp o .
e ut do po taç
e d e to . m sa e e e m en
d c r e im o pos lho e
T es tim d rod nta T im
o e p p a po o p me ov
p a r ia- m o a b r oc run
m r r
Te pa até Te d tr P ( m a vi
Te par mo
m
m de r
a s e
No entanto, como você classificaria ...
 Distâncias muito longas.
 Setups demorados.
 Inspeções que poderiam ser executadas pelos operadores.
 Manutenções que poderiam ser executados via TPM.
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Desperdício x Agregação de Valor

Em um ambiente de
produção de bens, a relação
entre os tempos consumidos
pelos três tipos de atividades
gira em torno de:

5%
5% atividades
atividadesque
queagregam
agregamvalor
valor(AV).
(AV).
60%
60% não
nãoagregam
agregamvalor
valor(NAD).
(NAD).
35%
35% não
nãoagregam,
agregam,mas
massão
sãonecessárias
necessárias(NAN).
(NAN).

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Desperdício x Agregação de Valor

Companhia
Típica AV NAV

Enfoque
Traditional nas AV NAV Melhorias
Tarefas Tradicionais

AV NAV Melhorias nas


Enfoque de Atividades NAV
Produção
Enxuta
TEMPO

32
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

Quais são as prioridades?

Processos que impactam prioritariamente


os resultados operacionais.

Processos críticos para a implementação


da estratégia organizacional.

Processos que impactam nas interações


ou nas interfaces de outros processos
prioritários, estrangulando ou limitando
resultados.

33
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios
O caso da empresa BETA,
onde seus estoques encobriam
todo o tipo de problema,
PRINCIPALMENTE os
desperdícios.

34
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

35
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

36
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

37
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

38
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

39
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

40
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios
O mapeamento desempenha o papel essencial de desafiar os processos
existentes, ajudando a formular uma variedade de perguntas críticas,
como por exemplo:
 Esta complexidade é necessária?
 São possíveis simplificações?
 Existe excesso de transferências interdepartamentais?
 O processo está alinhado com as necessidades dos clientes?
 Os custos são adequados?

Envolva
Envolvaoogestor
gestordo
doprocesso
processononomapeamento
mapeamento
para
paraobter
obteraprovação.
aprovação.
Envolva
Envolvapessoas
pessoasafetas
afetasao
aoprocesso
processo(clientes
(clienteseefornecedores)
fornecedores)para
para
obter
obtersubsídios
subsídioseevalidação.
validação.
41
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios

 Fundada em 1962 por Glenn Bell, a Taco Bell


tornou-se parte da PepsiCo em 1978. Desde
então, a PepsiCo tem buscado melhorar a
produtividade da Taco Bell. Como muitos
serviços, a Taco Bell depende cada vez mais
de sua função de operações para melhorar a
produtividade e reduzir os custos.

42
Análise e diagnóstico para eliminação de
desperdícios
 Em primeiro lugar, ela reviu o cardápio e projetou refeições de fácil
preparação. A Taco Bell então transferiu uma parte substancial da
preparação de comida para fornecedores que podiam realizar o
processamento com mais eficiência que um restaurante autônomo. Os
bifes de carne moída eram recebidos pré-cozidos e depois eram
reaquecidos, como acontecia com muitos pratos que chegavam em
sacos plásticos para um fácil reaquecimento higiênico. De maneira
semelhante, as tortilhas já chegavam fritas e as cebolas já vinham
picadas. O arranjo físico e a automação eficientes reduziram para 8
segundos o tempo necessário para preparar tacos e burritos.
 Os gerentes de operações da Taco Bell acreditavam que reduziram o
tempo de trabalho na loja em 15 horas por dia e o espaço de
circulação em mais de 50%. O resultado é um estabelecimento que
pode lidar com o dobro do volume com metade da mão-de-obra. O
gerenciamento eficaz de operações produziu aumentos de
produtividade que dão suporte à estratégia de preços baixos da Taco
Bell. A Taco Bell é atualmente o fast-food líder em pecos baixos.

Fonte: Fortune, 4 de agosto de 1997, p. 27.


43
Exercícios

Retornando aos dados do exercício


anterior faça uma análise dos quatro
processos (digitar uma carta;
consertar um automóvel; estudar
para a prova; viajar para Angra dos
Reis) e levante quais são as
atividades AV, NAD, NAN e quais
desperdícios poderiam ser eliminados
ou minimizados. Aponte as soluções
que você encontrou para resolver os
problemas de desperdício de cada
processo!

44
Reflexão!

Descreva quais são as atividades AV,


NAD e NAN do Departamento ou
Empresa que você trabalha e
responda a seguinte pergunta: Existe
a possibilidade de eliminação das
atividades NAD e minimização das
atividades NAN?
Guarde essa informação consigo (não é necessário
expor sua empresa ao professor ou aos demais
colegas)

45
Entendendo o que é um processo

Todo processo está inserido em um processo maior e pode ser


decomposto em outros processos.

Macroprocesso

ENTRADAS SAÍ
SAÍDAS

Subprocessos Processos

46
Entendendo o que é um processo

47
Entendendo o que é um processo

PROCESSOS

PROCESSO

ENTRADA TRANSFORMAÇÕES SAÍDA


EM CADA
• MATERIAIS POSTO DE TRABALHO • MATERIAIS
• SERVIÇOS • SERVIÇOS
• INFORMAÇÕES • INFORMAÇÕES

AGREGAÇÃO DE VALOR

48
Entendendo o que é um processo

Exemplo: Escovar os dentes

PROCESSO

ENTRADA SAÍDA
ESCOVAR
OS DENTES
MATÉRIA-PRIMA PRODUTO

• ESCOVAS • DENTES HIGIENIZADOS


• PASTA DE DENTE
• ÁGUA
• PESSOA - AGENTE

AGREGAÇÃO DE VALOR
(DENTES PROTEGIDOS CONTRA CÁRIE)
49
Exercícios
Descreva o processo (entrada, saída e
agregação de valor), exatamente com
os ícones utilizados no exemplo do
processo de escovar os dentes, das
seguintes atividades:
a) Digitar uma carta no computador.
b) Consertar um automóvel.
c) Estudar para a prova.
d) Viajar para Angra dos Reis.

50
Início do Mapeamento de Processos

Antes de sair mapeando tudo por aí,


preste atenção nos próximos slides!

51
Início do Mapeamento de Processos
Para iniciar a fase de representação do processo, Pentland et al.
(1999) sugerem o desenvolvimento de uma lista de atividades através
da realização de entrevistas semi-estruturadas, que permitam aos
atores dos processos falar aberta e claramente a respeito do seu
trabalho diário. A pergunta inicial, denominada de “grand tour”,
consiste em perguntar-se de forma direta ao ator:

“O que você faz em seu trabalho?”

As pessoas envolvidas em outros processos devem compreender o


mapeamento realizado. Este fato possibilita a não existência da
premissa de que somente pessoas envolvidas diretamente com o
processo podem mapeá-lo.

52
Início do Mapeamento de Processos
Questões utilizadas por mapeadores de processos:

Questões a respeito dos processos (do geral para o específico)


· Você pode falar a respeito das atividade em que está envolvido?
· Você pode citar quais atividades compõem este processo?
· Quais prazos você tem que cumprir?
· Quais documentos você encontra no seu trabalho diário?

Questões a respeito das atividades


· Quem desempenha estas atividades (atores)?
· Quais são os objetivos desta atividade?
· Quais são os objetivos dos departamentos ou indivíduos envolvidos nesta
atividade?
53
Início do Mapeamento de Processos

· Que formulários, relatórios ou outros papéis você tem que preencher ou


ter disponível para esta atividade?
· Quais formulários ou relatórios esta atividade produz?
· Quais fatores contextuais são de importância crítica para a realização
desta atividade (questões, problemas, exceções, medidas, incentivos ou
interdependências)?

Pontos importantes a serem observados:

• Defina os limites do processo a ser mapeado (atividades inicial e final)


• Defina os pontos do processo onde existe uma decisão a ser tomada
• Defina as esperas significativas que ocorrem no transcorrer do processo

O mapeamento é um meio, e não um fim!!!!!


54
Exercícios

Monte um questionário com CINCO


QUESTÕES relacionadas ao processo
produtivo de uma organização (que sirva para
qualquer tipo de organização). Esse
questionário deve, dentro das cinco questões,
levantar o máximo de informações necessárias
para o início do entendimento de como
funciona a empresa entrevistada. Após essa
etapa, junte-se a outro colega e faça uma
entrevista com ele (ele entrevistará você e você
ele). Ao final, veja se você conseguiu extrair
informações necessárias para conhecimento da
organização a ser mapeada.

55
Ferramentas e metodologias para
mapeamento de processos
Geral

SIPOC
SIPOC
Mapa
Mapa de
deProcesso
Processo ou
ouFluxo
Fluxo de
de Processo
Processo
Fluxograma
Fluxograma de
deProcesso
Processo
Mapofluxograma
Mapofluxograma
Balanceamento
Balanceamentode
deLinha
Linha

Detalhe 56
Ferramentas e metodologias para
mapeamento de processos - SIPOC
O nome SIPOC se remete à relação Fornecedor (Supply), Entradas
(Inputs), Processo (Process), Saídas (Outputs) e Clientes (Customers).
O diagrama SIPOC é utilizado como uma ferramenta para identificar os
elementos relevantes de um projeto de melhoria de processo antes do
início dos trabalhos.

Fornecedores Entradas Processo Saídas Clientes

57
Ferramentas e metodologias para
mapeamento de processos - SIPOC
O elemento fornecedor (S) do diagrama representa os indivíduos,
departamentos ou organizações que provém materiais, informações ou
recursos que serão trabalhados no processo em análise.

Fornecedores Entradas Processo Saídas Clientes

As entradas (I), por outro lado, representam as informações ou materiais


fornecidos. Estas são transformadas, consumidas ou usadas de outra
maneira pelo processo. Têm-se como exemplos, a matéria-prima e as
informações para que os produtos sejam produzidos, as ordens de
carregamento e transporte, entre outras.
58
Ferramentas e metodologias para
mapeamento de processos - SIPOC
O processo (P) envolve os passos ou atividades que transformam as
entradas em produto ou serviço final (as saídas).

Fornecedores Entradas Processo Saídas Clientes

As saídas (O) se referem Os consumidores (C) são


aos produtos ou serviços indivíduos, departamentos ou
finais que são resultados organizações que recebem
do processo. as saídas dos processos.

59
Ferramentas e metodologias para
mapeamento de processos - SIPOC
Fornecedores Entradas Processo Saídas Clientes
Suppliers Inputs Process Outputs Customers

- Distribuidora - Peças Descrição do processo: reparo do carro Carro - Proprietário


de auto peças danificado em uma colisão reparado do
automóvel
Mapa do Processo:
- Companhia
- Proprietário - Automóvel
de Seguro
do automóvel - Informações Cliente Mecânico Mecânico
adicionais entrega o registra o verifica o
sobre o carro pedido carro
automóvel

Mecânico
estima Aprovação
do Cliente Obtenção
custo do
e da das peças
reparo e
tempo Seguradora

Instalação Cliente
Teste
apanha
das peças Drive
seu carro

60
Ferramentas e metodologias para
mapeamento de processos - SIPOC
Nota-se no exemplo anterior que o “Proprietário do carro” faz o papel de
fornecedor e cliente do processo. Sua posição de cliente é lógica, pois
este representa o destinatário do serviço, com expectativas a serem
atendidas, devendo ser o foco do processo. Porém, a definição de inputs
para a ferramenta SIPOC é a seguinte: “itens (recursos físicos e
informações) que são requeridos para completar com sucesso o primeiro
passo do processo”. Desta forma, o processo de reparo do carro
danificado só pode ser iniciado através das informações prestadas pelo
proprietário do carro, além de seu próprio carro. Estas entradas permitirão
o start do processo.

Start Step: cliente entrega o


carro e explica o problema
Stop Step: cliente recebe seu
carro em condições
satisfatórias
61
Exercícios

Expresse, através do SIPOC, o


mapeamento dos seguintes processos:

a) Fazer café (um simples café preto)


em casa para sua família;
b) Trocar o pneu furado de um carro;
c) Pagar a conta de água em um banco
ou casa lotérica;
d) Fazer compras de artigos de
alimentação, limpeza, higiene, etc. em
um supermercado;

62
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapa de Processo
É uma técnica para se registrar um processo de maneira compacta, a fim
de tornar possível sua melhor compreensão e posterior melhoria.
Representa os diversos passos ou eventos que ocorrem durante a
execução de uma tarefa específica, ou durante uma série de ações.

Símbolo Significado Descrição


Operação Alguma coisa está sendo feita no momento.

Transporte Há um movimento de um local para o outro.


Inspeção Observação para verificar qualidade e
precisão
Atraso Espera antes de iniciar o próximo passo de
um processo
Armazenagem Há armazenagem de produtos acabados ou
armazenagem de estoque em processo
63
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapa de Processo
Método Atual [x] Gráfico do Fluxo do Processo

Método Proposto [ ]

Assunto Pesquisado: Pedido de ferramentas pequenas Data:26 / 01 / 2004

Departamento: Laboratório de Pesquisa

Distância (m) Tempo (s) Símbolos Descrição do Processo


60 Pedido de mercadoria

180 Na mesa esperando mensageiro

22,5 540 Pedido de mercadorias entregue

3.600 Esperando aprovação

120 Pedido examinado e aprovado

240 Esperando transferência

22,5 4.740 1 1 1 3 0 TOTAL

64
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapa de Processo

65
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapa de Processo
Processo: Requisição de Pequenas Ferramentas Resumo
Início: Mesa do supervisor
Numero Tempo Distância
Fim: Mesa do digitador (Compras) Atividade de ativ. (min) (m)
Operação 3 2.5 —
Transporte 4 2.5 65
Inspeção 2 2 —
Atraso 8 40 —
Armazenagem — — —

Atividade Tempo Distância


no. (min) (m)
Descrição das Atividades

1 0.5 - X Requisição escrita pelo supervisor (uma cópia)


2 10.0 - X Mesa do supervisor (esperando o mensageiro)
3 0.5 15 X Para a mesa da secretária do superintendente
4 5.0 - X Sobre a mesa da secretária (aguardando digitação)
5 1.0 - X Requisição digitada (copiada da requisição original)
6 0.5 5 X Para o superintendente
7 3.0 - X Sobre a mesa do superintendente (para aprovação)
8 1.0 - X Examinado e aprovado
9 5.0 - X Sobre a mesa do superintendente (esperando o mensageiro)
10 1.0 40 X Para o departamento de compras
11 4.0 - X Sobre a mesa do agente de compras (esperando aprovação)
12 1.0 - X Examinado e aprovado
13 6.0 - X Sobre a mesa do agente de compras (esperando o mensageiro)
14 0.5 5 X Para a mesa do digitador
15 4.0 - X Sobre a mesa do digitador (esperando a digitação da ordem de compra)
16 1.0 X Ordem de compra digitada
17 3.0 - X Sobre a mesa do digitador (esperando a transf. para o escritório central)

66
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapa de Processo
ATIVIDADE
1. Solicita trancamento
2. Preenche o formulário
3. Vai ao banco
4. Aguarda na fila
5. Realiza Pagamento
6. Retorna a Faculdade
7. Entrega comprovante
8. Confere documentação

Como eliminar desperdícios e aumentar a satisfação do cliente?

67
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapa de Processo

ATIVIDADE
1. Solicita trancamento
2. Preenche o formulário
3. Realiza Pagamento na Faculdade
4. Confere documentação

...permitindo que o pagamento da taxa seja efetuada na secretaria

68
Exercícios

Expresse, através do MAPA DE PROCESSO, o


mapeamento dos seguintes processos:

a) Fazer café (um simples café preto) em casa


para sua família;
b) Trocar o pneu furado de um carro;
c) Pagar a conta de água em um banco ou casa
lotérica;
d) Fazer compras de artigos de alimentação,
limpeza, higiene, etc. em um supermercado;

IMPORTANTE: Todos Mapas de Processos deverão


conter, sempre que possível, os cinco símbolos (operação,
espera, inspeção, armazenagem e transporte); Faça nos
dois modelos (SLIDES DAS PÁGINAS 67 e 68).

69
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Fluxograma
Segundo Slack et al. (1997), o fluxograma é uma técnica de
mapeamento que permite o registro de ações de algum tipo e
pontos de tomada de decisão que ocorrem no fluxo real.

ATIVIDADE DE INÍCIO OU FIM DE UM PROCESSO

AÇÃO A SER EXECUTADA

DECISÃO A SER TOMADA

DOCUMENTAÇÃO

ARMAZENAGEM

70
Início do processo
Fluxograma
1
Transporte de pneus da borda de
linha de pneus para a esteira Sim

Balanceamento do conjunto
pneu/roda
Transporte de rodas da borda de
Não
linha de rodas para a esteira

Montagem do componente
Pneu/Roda O Pneu está devidamente balanceado?

Montagem da peça “anel” no


Sim
componente Pneu/Roda
Envio do conjunto pneu/roda para
armazenagem temporária
Enchimento do componente
Pneu/Roda
Não
Armazenagem do conjunto
pneu/roda para seqüência na
produção de caminhões
O Pneu está com a calibragem correta?

Fim do Processo

1 71
Exercícios

Expresse, através do FLUXOGRAMA, o


mapeamento dos seguintes processos:

a) Recebimento de matéria-prima
adquirida de um fornecedor, onde serão
executadas as seguintes atividades:
recebimento, conferência,
movimentação da matéria-prima,
armazenagem, inclusão da matéria-
prima no computador, outras atividades
que julgar pertinente;
b) Preparar um churrasco completo.

72
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapofluxograma
Segundo Barnes (1982), o mapofluxograma é uma técnica onde se
registra as linhas do mapa de processo em uma planta que
represente a área onde o processo se desenvolve

73
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapofluxograma
MÉTODO ORIGINAL MÉTODO NOVO
Caminhão Caminhão

Rampa Rampa
Balanças Bancada Balanças Bancada
Escritório Escritório
Área para desempacotamento Área para desempacotamento

Recepção Recepção

Prateleiras
Prateleiras Inspeção
Registro

Registro

Inspeçãoo
74
Ferramentas e metodologias para mapeamento
de processos – Mapofluxograma

75
Conteúdo da disciplina: Abordagem sobre...
Produtividade

Localização

Previsão da Demanda

Gestão da Capacidade

Arranjo Físico

Planejamento Produção
76
Estratégia de Localização
Do ponto de vista da Walt Disney Corporation, a decisão de investir
Euro Disney no projeto Euro Disney foi uma das decisões de localização mais
importantes que já fizeram. Na realidade a decisão foi tomada em
O que deu errado? duas partes. Primeiro, deveria a Disney abrir um de seus famosos e
altamente bem-sucedidos parques temáticos na Europa? Segundo,
se sim, onde na Europa, deveria ser localizado? A decisão da
Disney de repetir na Europa a fórmula que foi bem-sucedida na
Califórnia e na Flórida foi influenciada parcialmente por suas
experiências no Japão. A Disneylândia de Tóquio, aberta
oficialmente em 1983, teve um enorme sucesso desde a sua
abertura. Atendeu as tendências japonesas para maior tempo de
lazer e apelou ao gosto japonês pela cultura popular americana.
Também permitiu que os clientes japoneses passassem pela
experiência Disney sem as despesas e transtornos de viajar para os
Estados Unidos. Na Europa, entretanto, já haviam um mercado bem
estabelecido para férias na Flórida, que dizia respeito tanto à Disney
como a outros parques temáticos. Para os turistas do Reino Unido,
especialmente, a Flórida era somente um pouco mais cara do que
viajar para o que mais tarde, ficou conhecido como a Euro Disney,
com o benefício de melhor clima. Havia também uma diferença
entre a visão japonesa dos temas da Disney e os da Europa. Muitas
das história de Disney são baseadas em lendas européias. “Por
que”, disseram alguns críticos, “construir um castelo falso em um
continente cheio de castelos reais? Por que construir um parque
temático em um continente que em si mesmo já é um parque
temático?” Se algumas dúvidas perturbaram a Disney, elas foram
vencidas.
77
Estratégia de Localização
Em seguida decidiu onde na Europa ia construir o parque. Pelo
menos dois lugares foram considerados – um na Espanha e outro
Euro Disney na França. A vantagem da França é que estava numa localização
mais central. A demografia da Europa significa que localizando seu
O que deu errado? parque temático 30 quilômetros a leste de Paris, ele estaria a uma
distância de viagem relativamente fácil de literalmente milhões de
clientes potenciais. Geograficamente, a Espanha era menos
conveniente. Havia também, nessa parte da França, uma
infraestrutura de transporte que ainda foi melhorada pelo governo
francês como um fator indutor. O governo francês ainda ofereceu à
Disney numerosos outros fatores financeiros indutores, atribuindo
baixos valores ao terreno para dar à empresa concessões em
impostos. A Espanha geograficamente mais isolada e
provavelmente incapaz de oferecer atratividade semelhante aos
fatores indutores do governo francês, tinha, entretanto, a vantagem
crítica de clima melhor e mais previsível. O que talvez não tenha
sido previsto na época foi a hostilidade dos meios de comunicação
franceses ao que alguns viam como o imperialismo cultural. O
projeto foi chamado de “Chernobyl cultural” e descrito por um crítico
francês como “um horror feito de papelão, plástico e cores
apavorantes; uma construção de goma de mascar endurecida e
folclore idiota extraído de livros cômicos escritos para americanos
obesos”. Também houve algumas questões culturais relatadas no
recrutamento e treinamento do pessoal (ou “elenco” como a Disney
os chama). Nem todos os europeus (especialmente os franceses)
foram tão receptivos aos códigos de comportamento e vestuário
como seus equivalentes americanos nos empreendimentos Disney
nos Estados Unidos. 78
Estratégia de Localização

A decisão de localização muitas vezes depende do tipo do negócio.


Para as decisões de localizações de indústrias, a estratégia é
normalmente voltada para a minimização dos custos, enquanto que
para as organizações de varejo e de serviços profissionais a estratégia
concentra-se na maximização da receita.
A estratégia de localização de depósitos, entretanto, pode ser dirigida
por uma combinação de custos e rapidez de entrega;
De um modo geral, o objetivo da estratégia de localização é
maximizar os benefícios da localização para a empresa;
As opções de localização incluem (1) a expansão de uma instalação
existente em vez de uma mudança; (2) a manutenção dos locais atuais
enquanto acrescenta outra instalação em outro lugar; (3) o fechamento
da instalação existente e a transferência para outro local.

79
Fatores Básicos de Localização

 Localização dos materiais de produção (insumos);


 Disponibilidade de mão-de-obra;
 Terrenos disponíveis, clima, fatores topográficos;
 Distância da fonte de combustível;
 Facilidades de transporte;
 Distância e dimensão do mercado e facilidades de
distribuição;
 Disponibilidade de energia, água, telefones, rede de
esgotos;
 Condições de vida, leis e regulamentos, incentivos;
 Estrutura tributária.
80
Critérios e Métodos de Localização

 FATORES DE AVALIAÇÃO
QUALITATIVA;

 MACRO E MICRO FATORES;

 FATORES DE AVALIAÇÃO
QUANTITATIVA.

81
Fatores de Avaliação Qualitativa

 Disponibilidade e transporte de matéria-prima e/ou


produtos semi-acabados;
 Disponibilidade de transporte em geral;
 Energia, água, resíduos industriais e esgotos; bancos e
financiamentos locais.
 Mão-de-obra da região; ambiente social e sindical;
 Acidentes e fatores geográficos;
 Zoneamento em face de regulamentos municipais
(ruídos, resíduos, etc.)

82
Macro Fatores
 O mercado e suas necessidades de satisfação, incluindo
uma previsão futura;
 O processo técnico-econômico e as necessidades de
energia, matérias-primas e integração com outras
indústrias;
 A ecologia, o meio geográfico, principalmente o clima;
 A mão-de-obra disponível.

83
Micro Fatores
 Conseqüências danosas para as comunidades oriundas
do processo tecnológico adotado (ruído, resíduos,
emanações nocivas, etc.);
 Posição relativa às vias de transporte, portos e desvios
ferroviários;
 Condições de segurança contra acidentes (inundações,
incêndios, etc.);
 Possibilidade de fácil acesso dos funcionários à
empresa.

84
Hierarquia das decisões de localização
Nível
hierárquico Decisão Fatores principais

•Potencial de mercado
•Custos operacionais
•Estabilidade política
Região Região do mundo •Acaitação cultural
•Adequação ao clima e temperatura
global ou país •Infra-estrutura global de utilidades e serviços

•Custos de transporte
•Impostos e incentivos
•Custos e disponibilidades de insumos materiais e humanos
•Legislação e incentivos fiscais regionais
País ou
Sub-Região região de país
•Legislação trabalhista (estabilidade, flexibilidade)
•Protecionaismo
•Infra-estrutura interna de utilidades e serviços
•Potencial de mercado

•Acesso a mercados
•Custos e disponibilidade de insumos materiais e humanos
Comunidade Cidade •Legislação e incentivos fiscais locais
•Atitude da comunidade
•Disponibilidade de locais; custo do espaço
•Infra-estrutura local de utilidades e serviços
•Fatores referentes a qualidade de vida

•Acesso a infra-estrutura de transporte


Local •Acesso a mercados locais
Endereço
específico •Características do endereço (ambiente físico e de negócio)
•Infra-estrutura micro local de utilidades e serviços
•Custo do espaço; disponibilidade para expansão
•Impostos territoriais
•Incentivos locais (fiscais ou outros)
•Fatores referentes a qualidade de vida 85
Estágios do processo de Localização (Quali)

Escolha dos fatores de localização mais importantes

Restrição da área a ser levada em consideração,


escolha das zonas

Pesquisas locais nas zonas escolhidas

Atribuições de pesos aos fatores escolhidos

Comparação final
86
Exemplo de Localização: método qualitativo
A tabela abaixo apresenta quatro fatores de importância para a abertura de
uma clinica pública de tratamento de drogados da cidade de Jauzinho. A
acessibilidade para os viciados era de alta importância, para que
promovesse o acesso mais fácil ao maior número de pacientes possível.
Devido ao orçamento apertado, o custo do aluguel anual da clinica também
era importante. Outro aspecto de suma importância era a necessidade de
privacidade e anonimato dos pacientes. Por fim, como muitos dos
funcionários da clínica seriam voluntários, a segurança, local para
estacionamento e o fácil acesso de cada local também eram considerados
importantes. UTILIZANDO-SE do método de classificação de fatores, qual
é a localização que deve ter a preferência?
LOCALIZAÇÕES POTENCIAIS PONTUAÇÃO PONDERADA
Rua A, nº Av. B, nº Rua 1, nº Rua A, nº Av. B, nº Rua 1, nº
FATOR PESO 23, Centro 438, 6, Vila 23, Centro 438, 6, Vila
Centro Nova Centro Nova
Acessibilidade para
viciados 5 10 9 4 50 45 20
Custo do aluguel anual
3 3 10 7 9 30 21
Anonimato para os
pacientes 3 5 4 9 15 12 27
Facilidade e segurança
para os funcionários 2 6 5 7 12 10 14

PONTUAÇÃO TOTAL 86 97 82 87
Exemplo de Localização: método qualitativo
OBSERVAÇÕES: a) O imóvel da Rua “A” custa R$ 3.000,00 por mês, está
ao lado do metrô e de pontos de ônibus e não possui estacionamento; O
Imóvel da Av. “B” é da prefeitura e sua utilização será gratuita, está ao lado
do shopping e próximo ao ponto de ônibus e não possui estacionamento; O
imóvel do Bairro Vila Nova está distante 20 km do centro da cidade, seu
aluguel custa R$ 1.000,00 por mês, possui estacionamento, está ao lado de
um restaurante/lanchonete e os ônibus passam de uma em uma hora.

LOCALIZAÇÕES POTENCIAIS PONTUAÇÃO PONDERADA


Rua A, nº Av. B, nº Rua 1, nº 6, Rua A, nº Av. B, nº Rua 1, nº 6,
FATOR PESO 23, Centro 438, Centro Vila Nova 23, Centro 438, Centro Vila Nova
Acessibilidade para
viciados 5 10 9 4 50 45 20
Custo do aluguel anual
3 3 10 7 9 30 21
Anonimato para os
pacientes 3 5 4 9 15 12 27
Facilidade e segurança
para os funcionários 2 6 5 7 12 10 14

PONTUAÇÃO TOTAL 86 97 82

88
Exercícios Defina a localização de uma nova refinaria de
petróleo para Petrobras. Para tanto, tome como
base seis fatores (relacionados a seguir) e seus
respectivos pesos. Pontue cada fator e calcule sua
média ponderada final, para a correta localização.
FATOR NOME DO FATOR PESO
1 Proximidade de portos 5
2 Disponibilidade e custo da fonte de energia 3
3 Atitude e custo da força de trabalho 4
4 Distância de Jauzinho 2
5 Conveniência da comunidade 2
6 Fornecedores de equipamentos na área 3

A Gerência classificou cada localização, para cada


fator, em uma base de 1 a 100 pontos (abaixo):
FATOR MAXARANGUAPE PITITICA PUNAÚ
1 100 80 80
2 80 70 100
3 30 60 70
4 10 80 60
5 90 60 80
6 50 60 90

89
Fatores de Avaliação Quantitativa

 Análise do ponto de equilíbrio;

 Método do centro de gravidade;

 Modelo de Transportes

90
Estratégia de Localização: Ponto de equilíbrio

Análise de Equilíbrio de Localização Informações de


330000 Custos
300000
270000 Fixos p/ XTPO,
240000 XYZ e ABC:
210000
$30.000; $60.000;
Custos

180000
150000 $110.000,
120000
90000 respectivamente.
60000
Variáveis p/ XTPO,
30000
0
XYZ e ABC:
0 1000 2500 4000
$75; $45; $25,
Quantida de Produzida/Transporta da
respectivamente.
XTPO XYZ ABC

91
Estratégia de Localização: Centro de Gravidade
 O método de centro de gravidade é uma técnica matemática usada
para se encontrar a localização de um centro de distribuição que irá
minimizar os custos de distribuição. O método leva em
consideração a localização dos mercados, o volume de produtos
embarcados para esses mercados e os custos de expedição para
encontrar a melhor localização para um centro de distribuição;
 Em sua forma mais simples, assume que os custos de transporte de
material para a unidade a ser localizada, vinda das fontes de
insumos e da unidade a ser localizada para seus destinos (clientes),
são iguais e proporcionais às quantidades transportadas;
 A primeira etapa do método do centro de gravidade é colocar as
localizações em um sistema de coordenadas, conforme ilustra o
mapa do Estado de São Paulo, no próximo slide;

92
EXEMPLO 800

PROBLEMA
LOCALIZAÇÃO 700

No mapa, ao lado, 600


há cinco unidades já
existentes [quatro
distribuidores 500
independentes
(círculo) e uma
fábrica (triângulo)]. 400
Nosso problema de
localização é “onde” 300
LOCALIZAR um
armazém
intermediário entre a 200
fábrica e os
distribuidores
100
independentes, para
que os custos de
transporte sejam
mínimos.
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Distribuidor Fábrica 93
POSIÇÕES
APROXIMADAS: 800

São Paulo (630,330)


700
Presidente
Venceslau (120, 510)
Bauru (410, 470) 600
Franca (590, 650)
São José dos 500
Campos (720,350)

400
QUANTIDADES
DESPACHADAS:
300

São Paulo 15.500 ton


Presidente 200
Venceslau 2.500 ton
Bauru 5.500 ton 100
Franca 3.000 ton
São José dos
Campos 4.500 ton
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Distribuidor Fábrica 94
Estratégia de Localização: Centro de Gravidade

Cx 
 dixVi
e Cy 
 diyVi
Vi Vi
Onde
Cx = Coordenada x (eixo horizontal) do centro de gravidade
Cy = Coordenada y (eixo vertical) do centro de gravidade
dix = Coordenada x do iésimo local
diy = Coordenada y do iésimo local
Vi = Volume de bens movimentados para ou do iésimo local

Cx = (630 x 15,5) + (120 x 2,5) + (410 x 5,5) + (590 x 3,0) +(720 x 4,5)
15,5 + 2,5 + 5,5 +3,0 + 4,5

Cy = (330 x 15,5) + (510 x 2,5) + (470 x 5,5) + (650 x 3,0) +(350 x 4,5)
15,5 + 2,5 + 5,5 +3,0 + 4,5
95
RESULTADO:
800
Cx = 17.330 / 31

Cx = 560 700

600
Cy = 12.500 / 31

Cx = 403 500

Isso dá ao analista 400


as coordenadas X e
Y (560,403) do
“grid” como um 300
ponto de partida
para a decisão de
200
localização do
armazém
intermediário. Isso, 100
no mapa, leva a
uma localização
nas proximidades
de Piracicaba. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Distribuidor Fábrica 96
Exemplo de sucesso em Localização
Em 2003, a Wal-Mart faturou US$ 245 bilhões
com suas mais de 4.300 lojas ao redor do
mundo, empregando mais de 1,3 milhão de
pessoas (é o maior empregador privado do
planeta). Estima-se que 100 milhões de pessoas
visitem as lojas Wal-Mart semanalmente.

Um fator que contribuiu grandemente para o


sucesso da Wal-Mart foi a estratégia de
localização e a habilidade de seu fundador de
identificar bons locais para estabelecer suas
lojas. Inaugurando sua primeira loja em 1962,
manteve-se fiel à sua estratégia de localizar
lojas em pequenas cidades americanas, onde
havia pouca ou nenhuma concorrência.
97
Estratégia de Localização: Modelo de
Transportes
 O objetivo do modelo de transportes é determinar o melhor padrão
de expedição a partir de diversos pontos de suprimento (fontes)
para diversos pontos de demanda (destino), de modo a minimizar
os custos totais de produção e de transporte;
 Esse assunto será aprofundado na disciplina de Tópicos Especiais
II, que abordará PESQUISA OPERACIONAL.

98
Exercícios

Uma pequena empresa manufatureira está


sendo planejada para alimentar três grandes
fabricantes com peças. As localizações das três
grandes plantas clientes são dadas pelas
coordenadas da tabela a seguir, na qual
também são informados os volumes de peças a
serem transportadas. Para facilitar a solução,
utilize o mapa do Estado de São Paulo, que
consta nos slides anteriores.

LOCALIZAÇÃO COORDENADAS VOLUME


(X,Y) (TON. POR ANO)
Botucatu 470, 400 4.000
Pirassununga 580, 490 6.000
Tupã 270, 500 3.000

99
Exercícios
Uma fabricante de produtos de higiene pessoal
tem duas plantas industriais; a primeira em São
Paulo e a segunda em Belo Horizonte; Essas
plantas, atualmente, distribui seus produtos
para quatro centros de distribuição localizados
em Cuiabá, Rio de Janeiro, Vitória e Curitiba.
Devido aos elevados custos de distribuição a
empresa pensa em instalar um armazém geral
que abasteceria estes CD’S com os produtos
das fábricas. Diante dessas informações,
determine a localização deste armazém geral
pelo método do centro de gravidade.
LOCALIZAÇÃO COORDENADAS VOLUME
(X,Y) (TON. POR ANO)
Curitiba 65, 40 100
Vitória 127, 130 300
Cuiabá 30, 120 200
São Paulo 80, 70 300
Rio de Janeiro 90, 110 100
Belo Horizonte 58, 96 400
100
Exercícios
A principal agência dos correios de Sergipe, ora
situada em Aracajú, deverá ser substituída por
uma instalação moderna que vai poder manipular
o enorme fluxo de correspondências que
acompanhou o crescimento do estado desde
1970. Como toda correspondência que entra ou
sai trafega das diversas agências interioranas de
Sergipe através da agência de correios principal, a
escolha da localização pode significar uma grande
diferença na eficiência geral da entrega e da
movimentação. Utilizando os dados da tabela
abaixo, calcule a localização do centro de
gravidade para a nova instalação proposta.
LOCALIZAÇÃO COORDENADAS VIAGENS DE IDA E
(X,Y) VOLTA DOS
CAMINHÕES (POR DIA)
AQUIDABA 10, 5 3
TOMAR DO GERU 3, 8 3
BREJO GRANDE 4, 7 2
CARIRA 15, 10 6
CRISTINÁPOLIS 13, 3 5
SIRIRI 1, 12 3
ARACAJU 5,5 10 101
Exercícios
Os custos fixos e variáveis de quatro
possíveis locais das instalações de um
fabricante de equipamentos de solda são
mostrados a seguir (TABELA ABAIXO):
a) Faça o gráfico das linhas de custo total das
quatro localizações potenciais;
b) Acima de que faixa de volume anual de cada
localização se torna preferível (a que
apresenta o custo esperado mais baixo)?
c) Se o volume esperado de equipamentos de
solda é de 5.000 unidades, qual localização
você recomendaria?

LOCAL CUSTO FIXO CUSTO VARIÁVEL


POR ANO POR UNIDADE
QUATIS R$ 75.000,00 R$ 5,00
PORTO REAL R$ 100.000,00 R$ 4,00
RESENDE R$ 125.000,00 R$ 6,00
ITATIAIA R$ 50.000,00 R$ 12,00
102
Exercícios
Os custos fixos e variáveis de três possíveis
locais das instalações de um fabricante de
cadeiras de balanço se encontram na tabela
abaixo:
a) Acima de que faixa de produção cada
localização deve ser considerada ótima?
b) Para uma produção de 200 unidades, qual é o
melhor local?

LOCAL CUSTO FIXO CUSTO VARIÁVEL


POR ANO POR UNIDADE
PORTO REAL R$ 500,00 R$ 11,00
RESENDE R$ 1.000,00 R$ 7,00
ITATIAIA R$ 1.700,00 R$ 4,00

103
Conteúdo da disciplina: Abordagem sobre...
Produtividade

Localização

Previsão da Demanda

Gestão da Capacidade

Arranjo Físico

Planejamento Produção
104
Previsão da Demanda
A previsão da demanda é a base para o planejamento estratégico
da produção, vendas e finanças de qualquer empresa.

Permite que os administradores destes sistemas antevejam


o futuro e planejem adequadamente suas ações.

As previsões são usadas pelo PCP para planejar o sistema


produtivo (longo prazo) e para planejar o uso (curto prazo) deste
sistema produtivo.
 Longo prazo: produtos/serviços, instalação, equipamentos,...
 Curto prazo: planos de produção, armazenagem e compras,
seqüenciamento

105
O consumo interno de aço vem crescendo, em
média, 7,5% a.a. desde 1992...
...e deverá continuar ascendente até 2005, entre 7% a 10% ao ano.
103t
40
33,6 34,2 34,7 34,7
35 32,4
30,4 30,8 30,0
28,3 29,5 29,1
30 28,2
27,9
25 25,7 26,2 25,3
25,1 25,2 25,8 25,0
23,7
22,2
20 20,9
18,9
17,0 17,5
15 16,1
14,5 15,6
13,4 13,3
10

5
Realizado Previsto
0
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Consumo Aparente Capacidade Instalada Produção
Fonte: IBS Instituto Brasileiro de Siderurgia

106
Por que prever?

hoje
Horizontes de planejamento

curto prazo tempo

médio prazo

Longo prazo

Efeito da Efeito da Efeito da


decisões
decisão A decisão B decisão C

A
B
C

107
Atenção para as previsões no longo prazo:
Erros esperados crescem com horizonte!

Previsão de
demanda / erro

Erros esperados de previsão crescem com o horizonte

Faixa de erro esperado


Previsão

Hoje Horizonte futuro (tempo)


108
Previsão como processo
Projeto e melhoramento contínuo do processo de gerar
previsões

Processo Informações que expliquem


comportamento atípico
Informações da
conjuntura econômica
Tratamento quantitativo
Tratamento estatístico
dos dados
dosoutras de vendas
dadosvariáveis
de vendase e Dados históricos de
Decisões da área vendas
outras variáveis
comercial
Outras informações do
mercado Tratamento estatístico Dados de variáveis que
Tratamento Qualitativo
dos dados de vendas e das
outras variáveis expliquem as vendas
Informações do cliente
informações

Informações do
concorrente

Reunião de Previsão
Comprometimento das áreas envolvidas
Tratamento das informações
Tratamento das
disponíveis

Previsão
Previsão de Vendas
de vendas

Avaliação crítica do processo de gerar previsões


109
Etapas do Modelo de Previsão
Objetivo do
Objetivo do Modelo
Modelo

Coleta ee Análise
Coleta Análise dos
dos Dados
Dados

Seleção ee Análise
Seleção Análise das
das Técnicas
Técnicas de
de Previsão
Previsão

Obtenção da
Obtenção da Previsão
Previsão

Monitoramento do
Monitoramento do Modelo
Modelo
110
Objetivo do Modelo
A primeira etapa consiste em definir a razão pela qual
necessitamos de previsões. Que produto, ou famílias de produtos,
será previsto, com que grau de acuracidade e detalhe a previsão
trabalhará, e que recursos estarão disponíveis para esta previsão.

 A sofisticação e o detalhamento do modelo depende da


importância relativa do produto, ou família de produtos, a ser
previsto e do horizonte ao qual a previsão se destina.

 Itens pouco significativos podem ser previstos com maior


margem de erro, empregando-se técnicas simples. Assim
como admite-se margem de erro maior para previsões de longo
prazo, empregando-se dados agregados de famílias de
produtos.

111
Coleta e Análise dos Dados
Visa identificar e desenvolver a técnica de previsão que melhor se
adapte. Alguns cuidados básicos:

 Quanto mais dados históricos forem coletados e analisados, mais


confiável a técnica de previsão será;
 Os dados devem buscar a caracterização da demanda real pelos
produtos da empresa, que não é necessariamente igual as vendas
passadas (faltas, postergação,...);
 Variações extraordinárias da demanda (greves, promoções, ...)
devem ser analisadas e substituídas por valores médios, compatíveis
com o comportamento normal da demanda;
 O tamanho do período de consolidação dos dados (semanal,
mensal,...) tem influência direta na escolha da técnica de previsão
mais adequada, assim como na análise das variações
extraordinárias.

112
Seleção da Técnica de Previsão
Existem técnicas qualitativas e quantitativas. Cada uma tendo o seu
campo de ação e sua aplicabilidade. Alguns fatores merecem destaque
na escolha da técnica de previsão:

 Decidir em cima da curva de troca “custo-acuracidade”;


 A disponibilidade de dados históricos;
 A disponibilidade de recursos computacionais;
 A experiência passada com a aplicação de determinada técnica;
 A disponibilidade de tempo para coletar, analisar e preparar os
dados e a previsão;
 O período de planejamento para o qual necessitamos da previsão.

113
Técnicas de Previsão
Existem uma série de técnicas disponíveis, com diferenças
substanciais entre elas. Porém, cabe descrever as características
gerais que normalmente estão presentes em todas as técnicas de
previsão, que são:
 Supõem-se que as causas que influenciaram a demanda passada
continuarão a agir no futuro;
 As previsões não são perfeitas, pois não somos capazes de prever
todas as variações aleatórias que ocorrerão;
 A acuracidade das previsões diminui com o aumento do período de
tempo auscultado;
 A previsão para grupos de produtos é menos precisa do que para
os produtos individualmente, visto que no grupo os erros individuais
de previsão se anulam (veja os três próximos slides)

114
Efeito da agregação dos dados

Sanduíche Previsão para o mês passado


(feita há um ano e meio)
Quarteirão com queijo 2500
Big Mac 6000
Hamburger 4500
Cheeseburger 3000
Filé de peixe 1200
MacChicken 1800
Total 18.000

115
Efeito da agregação dos dados

Sanduíche Vendas efetivas no % erro da


mês passado na loja previsão Média dos
analisada
Quarteirão com queijo 1930 22,8% erros das
Big Mac 7269 21,5% previsões
Hamburger 4980 10,6% por
Cheeseburger 2730 9,0%
Sanduíche
Filé de peixe 1429 19,0%
MacChicken 1050 41,6% 20,8%
Total 18.443 2,4%

116
Efeitos dos horizontes e da agregação dos
dados nas previsões

Erros esperados de previsão crescem com o horizonte


demanda / erro

dos dados faz erros gradualmente


Agregação gradualmente maior
Agregação dos dados pode ser maior para decisões de longo prazo
Previsão de

diminuirem
Previsão

Hoje Horizonte futuro (tempo)


117
Técnicas de Previsão
As técnicas de previsão podem ser subdivididas em dois grandes grupos:

 As técnicas qualitativas privilegiam principalmente dados subjetivos,


os quais são difíceis de representar numericamente. Estão
baseadas na opinião e no julgamento de pessoas chaves,
especialistas nos produtos ou nos mercados onde atuam estes
produtos;

 As técnicas quantitativas envolvem a análise numérica dos dados


passados, isentando-se de opiniões pessoais ou palpites.
Empregam-se modelos matemáticos para projetar a demanda
futura. Podem ser subdivididas em dois grandes grupos: as técnicas
baseadas em séries temporais, e as técnicas causais (Mais
conhecidos: Regressão Simples e Múltipla)

118
Técnicas de Previsão

Técnicas Qualitativas
 Pouco tempo para coleta de dados, introdução de novos
produtos, cenário político/econômico instável
 Questões estratégicas – em conjunto com modelos matemáticos
e técnicas quantitativas

Técnicas Quantitativas
 Séries Temporais – modelo matemático da demanda futura
relacionando dados históricos de vendas do produto com o
tempo
 Causais – associar dados históricos de vendas do produto com
uma ou mais variáveis relacionadas à demanda

119
Técnicas de previsão
Técnicas de
previsão

Quantitativas Qualitativas

Intrínsecas Extrínsecas Método Delphi

Juri de
Regressão executivos
Médias móveis
simples
Força de
Suavizamento Regressão vendas
exponencial múltipla
Pesquisa de
Projeção de mercado
tendências
Painel de
Especialistas
Decomposição
120
Modelos Quantitativos e Qualitativos

Modelos
QUANTITATIVO
Matemáticos
Médias móveis
Suavizamento exponencial
Projeção de tendências
Decomposição Previsão
Regressão Simples
Regressão Múltipla
Conhecimento
QUALITATIVO e opiniões

 Técnica Delphi
 Análise de Cenários
 Júri executivo de opiniões
 Painel de Especialistas
 Composição de forças de vendas
 Pesquisas de mercado 121
Abordagem qualitativa x quantitativa

Presença crescente da hipótese de “continuidade”


dos padrões de comportamento

Presença crescente de históricos longos e confiáveis de dados

“parcela” qualitativa
da previsão

“parcela” quantitativa
da previsão

122
Métodos Qualitativos – Método Delphi
Características: anonimato, realimentação controlada das informações,
quantificação das respostas (escala numérica), resposta estatística
(pode não haver consenso).

Processo:
 1º. Passo – Coordenador elabora Questionário
 2º. Passo - Grupo responde Questionário (escala numérica)
 3º. Passo – Coordenador confere coerência das respostas, altera
questões (se necessário), processa análise estatística, sistematiza os
argumentos manifestados
 4º. Passo – Grupo responde novo Questionário (com as
informações da análise estatística e dos argumentos), respostas
discrepantes com relação à Média devem ser justificados
 5º.Passo – Coordenador verifica se não houve variações
significativas (Fim - Relatório), caso contrário retornar ao Passo 2.

123
Métodos Qualitativos – Método Delphi

(1) Nova Rodada


Objetivos da Pesquisa
Respostas

Tabulação/Análise
Seleção de Painelistas
Questionários

(2)
Questionário Tem Convergência?

Tabulação/Análise
Conclusões Gerais
Questionários

Relatório
Novas Questões? Respondentes

Elaboração/Remessa
Novo Questionário Relatório Final

124
Métodos Qualitativos – Método Delphi

Vantagens Desvantagens
• Ótimo método para lidar com • Processo lento, média de 6
aspectos inesperados de um
problema meses

• Previsões com carência de • Dependência dos


dados históricos participantes

• Interesse pessoal dos


participantes • Dificuldade de redigir o
questionário
• Minimiza pressões
psicológicas
• Possibilidade de consenso
forçado
• Não exige presença física

125
Métodos Qualitativos – Análise de Cenários

Características Gerais:

 Situações muito complexas;


 Geralmente utilizado para o longo prazo;
 Aplicado quando não há parâmetros que permitam uma previsão
segura.

Três possíveis cenários:

 Cenário base: sem surpresas


 Cenário alternativo 1: otimista
 Cenário alternativo 2: pessimista

126
Métodos Qualitativos – Análise de Cenários

Aplicação do método

1. Construir uma base de dados


2. Selecionar objetivos organizacionais
3. Identificar as variáveis ambientais
4. Identificar as variáveis organizacionais
5. Selecionar os cenários
6. Desenvolver os cenários
7. Analisar implicações dos cenários
8. Implantar um plano de ação

127
Métodos Qualitativos – Método Delphi

Vantagens Desvantagens
• Estruturar e sistematizar o • Dependência dos resultados
processo de projeções
qualitativas em função da escolha das
variáveis
• Identificar as variáveis que
impactam a demanda e seus • Complexidade para se tratar
impactos mútuos
muitas variáveis ao mesmo
tempo
• Estabelecer objetivos de
longo prazo
• Pequenas alterações nas
• Identificar prioridade de ação variáveis podem causar
grandes distorções nas
previsões

128
Método qualitativo – Júri executivo, Painel de
Especialistas, Opinião de vendas e Pesquisa de mercado

Júri Executivo de Opiniões - Um grupo de altos executivos da empresa se


reúne para desenvolver uma previsão de demanda. O grupo é formado por
executivos vindos de áreas diversas, como Marketing, Produção, Finanças,
Operações, etc. Nesse caso, experiência, qualificação e relacionamento pode
fornecer uma visão sobre o “estado de consumo” dos segmentos que
interessam à empresa;
Painel de Especialistas - A empresa convida diversos especialistas sobre os
segmentos do seu interesse para desenhar um provável cenário.
Opinião da Força de Vendas ou da Linha de Frente - Significa desenvolver
previsões com base na opinião do pessoal envolvido diretamente com a demanda
de produtos e serviços por meio de projeções localizadas sobre provável “estado
de consumo” futuro dos seus clientes;
Pesquisa de Mercado - Questionários, entrevistas, testes de mercado, etc.
formam a base para testar hipóteses sobre mercados reais. Esses métodos
comumente são preferidos para novos produtos ou para produtos existentes a
serem introduzidos em novos segmentos de mercados.

129
Reflexão!

Analise quais seriam os impactos de uma


previsão de demanda malfeita para as
operações a seguir; analise separadamente os
impactos de más previsões de curto, médio e
longo prazos:

 A Cia Siderúrgica Nacional (CSN)


 O portal de compras pela internet
“Submarino”
 Um hospital geral, como o Sírio Libanês, em
São Paulo ou o Miguel Couto, no Rio de
Janeiro;
 Uma empresa fabricante de cosméticos;
 Uma linha aérea, a exemplo da GOL.

130
Métodos Quantitativos de Previsão
Previsões Baseadas em Séries Temporais

Partem do princípio de que a demanda futura será uma projeção dos seus
valores passados, não sofrendo influência de outras variáveis.

 É o método mais simples e usual de previsão, e quando bem


elaborado oferece bons resultados;

 Para se montar o modelo de previsão, é necessário plotar os dados


passados e identificar os fatores que estão por trás das
características da curva obtida (Previsão final = composição dos
fatores);

 Uma curva temporal de previsão pode conter tendência,


sazonalidade, variações irregulares e variações randômicas
(há técnicas para tratar cada um destes aspectos).

131
Series Temporais

Sazonalidade Tendência
60
50
40
Demanda

30
20
Variação irregular
10 Variação randônica

0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

132
Tipos de Demanda
DEMANDA REGULAR OU ESTÁVEL

CONSUMO

TEMPO

DEMANDA CRESCENTE/DECRESCENTE

CONSUMO

TEMPO

DEMANDA SAZONAL

CONSUMO

TEMPO
133
Series Temporais
Horizontal: os dados se agrupam em
Quantidade

torno de uma linha horizontal. As


variações aleatórias são flutuações
que ocorrem ao longo do tempo.
Tempo
Quantidade

Tendência: é um padrão de movimento


direcional dos dados, com natureza
gradual, ascendente ou descendente.

Tempo
Quantidade

Ano 1 Sazonal (também chamado de


ciclicidade): refere-se às variações
razoavelmente regulares de curto prazo
geralmente relacionados a fatores tais
| | | | | | | | | | | |
J F M A M J J A S O N D como clima, meses comemorativos,etc.134
Meses
Unidades

0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
jan/01
mar/01

mai/01

jul/01
set/01

nov/01

Vendas
jan/02

mar/02
mai/02

jul/02

Meses

tendência
set/02

nov/02

jan/03
mar/03
Tendência e Ciclicidade

Ciclicidade

mai/03
jul/03

set/03
nov/03
135
Projeções
Demanda

Vendas reais do passado


Faixa de erro
identificada no passado
Ciclicidade identificada no passado
e projetada para o futuro
e projetada no futuro
X
X
X

Previsões de curto prazo


feitas com base nas projeções

Tendência identificada no passado


e projetada no futuro

tempo
passado futuro

136
Previsão de demanda por Médias Móveis

Vendas reais Média móvel de 3 períodos


de copos MM3
Janeiro 154
Fevereiro 114
Março 165
Abril 152 (154 + 114 + 165) / 3 = 144,3
Maio 176 (114 + 165 + 152) / 3 = 143,7
Junho 134 (165 + 152 + 176) / 3 = 164,3
Julho 123 (152 + 176 + 134) / 3 = 154,0
Agosto 154 (176 + 134 + 123) / 3 = 144,3
Setembro 134 (134 + 123 + 154) / 3 = 137,0
Outubro 156 (123 + 154 + 134) / 3 = 137,0
Novembro 123 (154 + 134 + 156) / 3 = 148,0
Dezembro 145 (134 + 156 + 123) / 3 = 137,7

137
Previsão de demanda por Médias Móveis

Previsão Média Móvel de Três Períodos MM3


200
180
Unidades Vendidas

160
140
120
100
80
60
40
20
0
il

ro
o
o

o
o

o
iro

o
ço
ro

lh

br

br
br
nh

st
ai
Ab

ub
ei

ar
ne

Ju

o
M

em
em

m
Ju
r

Ag

ut
M
ve
Ja

e
O
t

ov

ez
Se
Fe

D
Vendas Reais Vendas Previstas
138
Previsão de demanda por Médias Móveis
Ponderadas
Vendas reais Média móvel de 3 períodos
de copos ponderada com pesos 3, 2 e 1
Janeiro 154
Fevereiro 114
Março 165
Abril 152 [(1*154) + (2*114) + (3*165)] / 6 = 146,2
Maio 176 [(1*114) + (2*165) + (3*152)] / 6 = 150,0
Junho 134 [(1*165) + (2*152) + (3*176)] / 6 = 166,2
Julho 123 [(1*152) + (2*176) + (3*134)] / 6 = 151,0
Agosto 154 [(1*176) + (2*134) + (3*123)] / 6 = 135,5
Setembro 134 [(1*134) + (2*123) + (3*154)] / 6 = 140,3
Outubro 156 [(1*123) + (2*154) + (3*134)] / 6 = 138,8
Novembro 123 [(1*154) + (2*134) + (3*156)] / 6 = 148,3
Dezembro 145 [(1*134) + (2*156) + (3*123)] / 6 = 135,8

139
Previsão de demanda por Médias Móveis
Ponderadas

Previsão Média Móvel Ponderada de Três


200
Períodos MM3 com pesos 3, 2 e 1
180
Unidades Vendidas

160
140
120
100
80
60
40
20
0
o

ro
o
iro

iro

ril

o
o

o
o
ço

to
nh

lh

br
br
ai

br
Ab

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ne

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Ju
M

em
m

em
Ju

ut
Ag
ve

M
Ja

te

ez
ov
Fe

Se

D
N
Vendas Reais Vendas Previstas

140
Previsão com Suavizamento exponencial
Vendas reais Suavizamento exponencial com alfa Suavizamento exponencial
de copos 0,1 0,8

última previsão (feita em dezembro)

Janeiro 154 150 150

Fevereiro 114 [(0,1)*(154) + (1 - 0,1)*(150)] = 150,4 153,2

Março 165 [(0,1)*(114) + (1 - 0,1)*(150,4)] = 146,8 121,8

Abril 152 [(0,1)*(165) + (1 - 0,1)*(146,8)] = 148,6 156,4

Maio 176 [(0,1)*(152) + (1 - 0,1)*(148,6)] = 148,9 152,9

Junho 134 [(0,1)*(176) + (1 - 0,1)*(148,9)] = 151,6 171,4

Julho 123 [(0,1)*(134) + (1 - 0,1)*(151,6)] = 149,9 141,5

Agosto 154 [(0,1)*(123) + (1 - 0,1)*(149,9)] = 147,2 126,7

Setembro 134 [(0,1)*(154) + (1 - 0,1)*(147,2)] = 147,9 148,5

Outubro 156 [(0,1)*(134) + (1 - 0,1)*(147,9)] = 146,5 136,9

Novembro 123 [(0,1)*(156) + (1 - 0,1)*(146,5)] = 147,4 152,2

Dezembro 145 [(0,1)*(123) + (1 - 0,1)*(147,4)] = 145,0 128,8

141
Previsão com Suavizamento exponencial

Previsão com Suavizamento Exponencial

200
Unidades Vendidas

180
160
140
120
100
80
60
40
20
0 o

ov ro
Fe iro

ril
iro

o
o

o
to
ço

o
nh

lh

br
br
ai

br
Ab

ub
os
ne

re

ar

Ju
M

em
m

em
Ju

ut
Ag
ve

M
Ja

te

ez
Se

D
N
Vendas Reais Suavizamento alfa = 0,1 Suavizamento alfa = 0,8

142
Previsão da demanda por Regressão Linear

CONSUMO

Y=a+bX

X =TEMPO

143
Previsão da demanda por Regressão Linear
Uma equação linear possui o seguinte formato:

Y  a  bX

b

n  XY   X  Y  Y  b  X 
2 a
n X     X 
2
n

Y = Variável Dependente;
a = Intercepto no eixo dos Y;
b = Coeficiente angular;
X = variável Independente;
n = número de períodos observados.

144
Previsão da demanda por Regressão Linear
2
Semana(X) Demanda(Y) X X XY
1 450 1 1 450
2 430 3 5 860
3 470 6 14 1410
4 480 10 30 1920
5 450 15 55 2250
6 500 21 91 3000
7 520 28 140 3640
8 530 36 204 4240
 3830 17770

b

n  XY   XY b
8  17770  36  3830

4280
 12 , 73
2 8  204  36  36 336
n X    X 
2

Y = 421,46 + 12,73 X
 Y  b X  3830  12,73  36
a a   421,46
n 8
145
Comparativo entre vários modelos sem
inclusão de tendência e ciclicidade
MÉDIA MÉDIA
SEMANA CONSUMO M.MOVEL M.MOVEL SUAVIZADA SUAVIZADA REGRESSÃO
n=3 n= 5 a= 0,2 a = 0,5 LINEAR
1 120 100 100
2 125 104 110
3 130 108 118
4 140 125 113 124
5 155 132 118 132
6 150 142 134 125 143
7 150 148 140 130 147
8 165 152 145 134 148 162
9 180 155 152 140 157 169
10 200 165 160 148 168 181
11 170 182 169 159 184 198
12 190 183 173 161 177 192
13 210 187 181 167 184 200
14 180 190 190 175 197 212
15 190 193 190 176 188 199

146
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade
Modelo:Decomposição Clássica
A sazonalidade é expressa em termos de uma quantidade, ou de uma
percentagem, da demanda que desvia-se dos valores médios da série.
Caso exista tendência, ela deve ser considerada.

 O valor aplicado sobre a média, ou a tendência, é conhecido como


índice de sazonalidade.
 Exemplo: Índice de Sazonalidade de cervejas em janeiro = 1,30, ou
seja, é 30% maior que a média anual.

A forma mais simples de considerar a sazonalidade nas previsões da


demanda, consiste em empregar o último dado da demanda, no período
sazonal em questão, e assumi-lo como previsão.
Exemplo: Venda de casacos em julho/2003 = Vendas em
julho/2002 + tendência
147
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade
Modelo:Decomposição Clássica

A forma mais usual de inclusão da sazonalidade nas previsões da


demanda, consiste em obter o índice de sazonalidade para os
diversos períodos, empregando a média móvel centrada, e aplicá-los
sobre o valor médio (ou tendência) previsto para o período em
questão.

 O índice de sazonalidade é obtido dividindo-se o valor da


demanda no período pela média móvel centrada neste período. O
período empregado para o cálculo da média móvel é o ciclo da
sazonalidade. Quando se dispõem de dados suficientes,
calculam-se vários índices para cada período e tira-se uma média.

148
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade
Dia Demanda Média Móvel Centrada Índice
Segunda 50
Terça 55 Exemplo:
Quarta 52
Quinta 56 443/7=63,28 56/63,28=0,88
vendas de cerveja
Sexta 65 448/7=64 65/64=1,01
Sábado 80 443/7=63,28 80/63,28=1,26
Domingo 85 449/7=64,14 85/64,14=1,32
Segunda 55 443/7=63,28 55/63,28=0,86
Terça
Quarta
50
58
448/7=64
443/7=63,28
50/64=0,78
58/63,28=0,91
Isegunda = 0,84
Quinta 50 438/7=62,57 50/62,57=0,79 Iterça = 0,79
Sexta 70 435/7=62,14 70/62,14=1,12
Sábado 75 435/7=62,14 75/62,14=1,20 Iquarta = 0,87
Domingo
Segunda
80
52
431/7=61,57
441/7=63
80/61,57=1,29
52/63=0,82
Iquinta = 0,86
Terça 50 436/7=62,28 50/62,28=0,80 Isexta = 1,04
Quarta 54 446/7=63,71 54/63,71=0,84
Quinta 60 456/7=65,14 60/65,14=0,92 Isábado = 1,25
Sexta
Sábado
65
85
454/7=64,85
457/7=65,28
65/64,85=1,00
85/65,28=1,30
Idomingo = 1,32
Domingo 90 458/7=65,42 90/65,42=1,37
Segunda 50
Terça 53
Quarta 55
149
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade
No caso da demanda do produto apresentar sazonalidade e tendência,
há necessidade de se incorporar estas duas características no modelo
de previsão. Para se fazer isto, deve-se empregar os seguinte passos:

 Primeiro, retirar o componente de sazonalidade da série de dados


históricos, dividindo-os pelos correspondentes índices de
sazonalidade;

 Com estes dados, desenvolver uma equação que represente o


componente de tendência;

 Com a equação da tendência fazer a previsão da demanda e


multiplicá-la pelo índice de sazonalidade.

150
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade
 Exemplo: No caso das vendas de cerveja, considere uma tendência
dada pela equação: Y = 40 + 2X.
 Deseja-se a previsão da demanda para uma semana onde a 2a. Feira
é o 18º Dia.

Solução:D(2a.) = (40 + 2 x 18) x 0,84 = 63,84


D(3a.) = (40 + 2 x 19) x 0,79 = 61,62
D(4a.) = (40 + 2 x 20) x 0,87 = 69,60
D(5a.) = (40 + 2 x 21) x 0,86 = 70,52
D(6a.) = (40 + 2 x 22) x 1,04 = 87,36
D(sab.) = (40 + 2 x 23) x 1,25 = 107,50
D(dom) = (40 + 2 x 24) x 1,32 = 116,16

151
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade: outro exemplo

TRIMESTRE ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4


1 45 70 100 100

2 335 370 585 725

3 520 590 830 1160

4 100 170 285 215

TOTAL 1000 1200 1800 2200

MÉDIA 250 300 450 550

152
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade: outro exemplo
TRIMESTRE ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 MÉDIA
1 45/250=0,18 70/300=0,23 100/450=0,22 100/550=0,18 0,20

2 335/250=1,34 370/300=1,23 585/450=1,30 725/550=1,32 1,30

3 520/250=2,08 590/300=1,97 830/450=1,84 1160/550=2,1 2,00

4 100/250=0,40 170/300=0,57 285/450=0,63 215/550=0,39 0,50

153
Previsão da demanda com Tendência e
Sazonalidade: outro exemplo

ACRESCIMO NA MÉDIA TRIMESTRAL = 550 - 250 = 300 / 4 = 75 UNID/ANO


MÉDIA ANUAL PREVISTA PARA O 5º ANO = 550 + 75 = 625 UNID.

TRIMESTRE PREVISÃO
1 625 X 0,20 = 125

2 625 X 1,30 = 813

3 625 X 2,00 = 1250

4 625 X 0,50 = 313

154
Tecnologia em Previsões da Demanda
Participação no mercado dos software de previsão

Outros 7,1%

Delphus 0,3%

Distinction 0,3%

Parker 0,3%

Churchill 1,0%

Aut omatic Forecasting 1,0%

Applix 1,7%

Chesapeake 1,7%

Retek 2,4%

RER 2,7%

Adaytum 2,7%

Demantra 3,7%

SPSS 4,0%

Bus. Forecast System 4,4%

Smartsoft ware 5,1%

John Galt 5,4%

SAS 10,1%

Lotus (Planilha) 3,7%

M C Excel Planilha) 42,4%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0%

155
Exercícios

O gestor de uma pequena livraria tem de


fazer sua alocação de pessoal de
recebimento de livros e planejar possível
aumento de pessoal para garantir níveis
desejados de serviço aos clientes, sempre
com um mês de antecedência. Uma
informação importante refere-se às
previsões de quantos recebimentos serão
VENDAS VENDAS VENDAS feitos, pois isso determina em grande
ANO 1 ANO 2 ANO 3 parte as necessidades de pessoal. Os
JANEIRO 1664 1882 1983 históricos de recebimentos (número de
FEVEREIRO 2365 1922 2291
MARÇO 1891 1928 2162
recebimentos feitos por mês) encontram-
ABRIL 1731 1594 1969 se na tabela abaixo, para os últimos três
MAIO 2441 2020 1845 anos. Com base nessas informações, faça
JUNHO 1478 2445 1868 a previsão para janeiro do ano 4 usando
JULHO 2215 2054 2205 os seguintes métodos: a) média móvel
AGOSTO 2373 2662 2122
SETEMBRO 2460 2200 2667 simples de três períodos; b) média móvel
OUTUBRO 2088 2150 2432 ponderada de três períodos; c)
NOVEMBRO 2467 2635 2519 suavizamento exponencial com α = 0,3; d)
DEZEMBRO 2321 2564 2669 regressão linear.
156
Exercícios

A proprietária de uma empresa de locação


de equipamento precisa saber qual o
volume de aluguéis de impressoras para
alguns de seus clientes principais para
poder prever a quantidade de suprimentos
que irão junto. Os dados das últimas dez
semanas se encontram na tabela ao lado.
De posse dessas informações, PEDE-SE:
ALUGUÉIS
SEMANA 1 26
a) Prepare uma previsão para as semanas
de 6 a 10 usando a média móvel de 4
SEMANA 2 28 semanas;
SEMANA 3 30
b) Qual seria a previsão para a semana 11
SEMANA 4 26 usando esse método?
SEMANA 5 27 c) Prepare uma previsão, usando
SEMANA 6 22 suavizamento exponencial com α = 0,2
SEMANA 7 26 para as semanas de 6 a 10, considerando
SEMANA 8 24 que a previsão feita para o mês 6, no mês
SEMANA 9 20 5, foi de 21.
SEMANA 10 23
157
Exercícios
Período Demanda
Considerando os dados a seguir (tabela Mês 1 7
superior ao lado), use a regressão linear para Mês 2 9
deduzir uma equação de previsão. Além disso, Mês 3 5
com base nessa equação, calcule a estimativa Mês 4 11
Mês 5 10
de demanda do período 7. Mês 6 13

O gerente de operações de um distribuidor de


instrumentos musicais sente que a demanda
por baterias pode estar relacionada ao número
de aparições do popular grupo de rock Capital
Inicial. O gerente coletou os dados mostrados Período Aparições Demanda
na tabela ao lado (tabela inferior). Com base do Capital por
nessas informações, PEDE-SE: a) Trace o Inicial na Baterias
gráfico desses dados para ver se uma equação TV
Semana 1 3 3
linear pode descrever o relacionamento entre
Semana 2 4 6
os shows do grupo na televisão e as vendas de Semana 3 7 7
baterias; b) Use o método de regressão linear Semana 4 6 5
para deduzir a equação de previsão; c) Qual Semana 5 8 10
seria a estimativa de vendas de baterias para o Semana 6 5 8
próximo mês, caso o grupo Capital inicial
aparecesse na TV por nove vezes? 158
Exercícios

As vendas mensais dos computadores


ITAUTEC no site de vendas do portal VENDAS VENDAS
Submarino em 2006-2007 são 2006 2007
mostrados na tabela ao lado. Caso a JANEIRO 80 100
demanda anual média de computadores FEVEREIRO 75 85
em 2008 fosse estimada em 1.200 MARÇO 80 90
unidades, PEDE-SE: encontre a
demanda média mensal (para todos os ABRIL 90 110
meses) de computadores levando em MAIO 115 131
consideração questões de sazonalidade JUNHO 110 120
e excluindo-se aspectos de tendência. JULHO 100 110
Para tanto, siga os seguintes passos: a) AGOSTO 90 110
Calcule o índice de sazonalidade de SETEMBRO 85 95
cada mês com base em 2006/2007; b) OUTUBRO 75 85
calcule a demanda mensal para cada NOVEMBRO 75 85
mês de 2008. DEZEMBRO 80 80

159
Exercícios

Com base nos dados de


vendas de livros da tabela
ao lado, PEDE-SE:
a) Desenvolva uma equação VENDAS VENDAS VENDAS VENDAS
de previsão de demanda 2000 2001 2002 2003
JANEIRO 174 99 158 85
com base no método de FEVEREIRO 98 121 98 177
regressão linear; MARÇO 145 136 79 165
b) Faça uma reta (um gráfico) ABRIL 193 306 199 164
para identificar a tendência MAIO 277 118 143 154
de evolução dos dados; JUNHO 128 68 48 76
c) Calcule, em relação à reta JULHO 63 134 92 77
AGOSTO 236 248 106 180
de tendência, os SETEMBRO 90 177 231 205
coeficientes de OUTUBRO 91 181 46 64
sazonalidade para cada NOVEMBRO 151 64 78 67
mês; DEZEMBRO 50 23 47 70
d) Calcule, com base nos
resultados dos itens
anteriores, sua melhor
previsão de vendas de
livros para o ano de 2004. 160

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